TESTAMENT

Quem já me conhece um tanto, poderá objetar q fui ao show pq ganhei ingresso em promoção. Nem. Paguei 90 paus pra ver o Testament. Bem, ñ pra ver o Testament: pra ver Gene Hoglan.

Em equívoco de culpa parcial minha – afinal, juntei o 2 + 2 de saber q o próprio gravou o novo trampo da banda (a sair), e supus (erradamente, pelo jeito) q o gordo manco/monstro comandaria a bateria, corvertida em tanque panzer de guerra. E, noutro tanto de culpa, do evento, q fora botar foto com Paul Bostaph na divulgação, ñ bem disse q Hoglan viria ou ñ viria.

testament

Bem, merdas acontecem.

E é bem possível q mais gente tenha se iludido nesse quesito. Embora a ilusão, comigo, ñ seria a do sujeito fazer milagres: afinal, algumas das músicas velhas, de baterística pau mole, pouco conseguiriam ser mudadas. Mas tudo bem.

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Cheguei ao show no melhor dos cenários: ñ vi banda de abertura (Chaosfear) e, em 5 minutos instalado no lugar estrumbado, começou o Testament. Fui vendo ñ se tratar do gordão logo de cara, vendo um loiro levando as músicas até de acordo, mas 1) puxando quase tudo um tiquinho mais lento (e ñ sei se por causa do Chuck Billy. Acho mesmo q ñ); 2) por me parecer q ñ fez qualquer aquecimento antes de entrar – FALTAVA BRAÇO pro cara levar as conduções – até o último som – q ñ são nenhum Slayer, diga-se de passagem.

Na 1ª oportunidade de apresentá-lo, ficamos todos sabendo q o batera quebra-galho da vez (procurar “quebra-galho” na Wikipédia, provavelmente vai aparecer a descrição: “baterista no Testament dos 90’s até hj”) era Jon Allen, do Sadus. Pff!…

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=8xV-jcpzLY4[/youtube]

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=u6G6f1tL9Xk&feature=related[/youtube]

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Ah, tava lá o Alex Skolnick. Fantasiado de William Bonner e com o cabelo do Bozo. Toca pra caralho, sim. Mas definitivamente ñ me faz a cabeça: acho mesmo q ele ter ficado no Savatage ou montar alguma banda hard poser, ficaria mais a contento com seu estilo shredder. Minha supresa guitarrística foi sacar q o Japa Peterson tb toca bem e sola legal, sem exageros. Donde eu estava, dava pra ouvir melhor a guitarra dele.

O repertório foi na medida pros veteranos e veteranas ali presentes – ao contrário do Nuclear Assault, quase ñ vi aquela molecada thrasher estereotipada – e poderia se dizer um show duma suposta First Strike Still Deadly tour: 7 sons daquele repertório (praticamente metade do set) foram ali perpetrados. Houve acréscimos homeopáticos da leva pesada recente: 2 sons (incluída a intro playbecada) do “The Formation Of Damnation” e outros 2 do “The Gathering”, infelizmente muito pouco. Q merda ñ ter rolado NADA do “Low”

E sou um ouvinte flutuante da banda, q nunca esteve no meu top 5 thrash, por isso ñ registrei até ver set list na internet terem cometido “The New Order” logo no início, ou “Burnt Offerings” emendada na supreendente (pra mim. Por ser som q sempre achei horroroso – balada – e pelo clipe tosco) “The Legacy”.

Por outro lado, consegui perceber, sim, e apreciar “Souls Of Black” (melhor com 2 bumbos), “Into the Pit”, “The Preacher” (q acho maioumenos), “Alone In the Dark” (essa gruda!) e a soberba “3 Days In Darkness”, ñ recebida tampouco executada com o culhão devido. “Electric Crown”, vinda do álbum péssimo donde vem, tb me foi grata supresa.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=2_-iWqQSz8A&feature=related[/youtube]

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=l_fe4p30ass&feature=related[/youtube]

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Pra falar em som e em produção, ñ consegui dissociar comparação com o Nuclear Assault: onde John Connelly e companhia foram fuleiros e amadores – afinal, trata-se de ex-banda q volta e meia faz show – o show do Testament foi impecável nas luzes e em panos de fundo e de amplis (coisa modesta, mas bem mais legal q um panão de fundo véio pendurado) e num som claramente melhor. Resenhas e orkut q andei lendo reclamam de ñ se ter ouvido a guitarra do Japa, ou a do “Vampira” Skolnick, mas parece coisa de quem ficou muito prum lado ou pro outro. O fato é estava tudo audível e ALTO.

Pra botar um tiquinho final de defeito: “Practice What You Preach” ficou arrastada, assim como a “Disciples Of the Watch” derradeira, q o baterista ajudou a descaracterizar – versão definitiva dela está no “Return to the Apocalyptic City”: se ñ dá pra fazer igual, melhor q sonegassem!

E a observação, a mim definitiva: Chuck Billy é, com folgas, o melhor vocalista thrash da atualidade. Ñ notei efeitos amenizadores, tampouco falta de fôlego no Índio, q ainda acumula função de air guitar hero no pedestal a la Steve Ta-larico (Aerosmtv). Prometeu tb voltarem ano q vem, com o disco novo lançado – e será q com o gordão??

Moral da história: ñ teve Gene Hoglan, mas até q foi bão. O 2º melhor show do ano pra mim.

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Set list: 1. (intro) “For the Glory Of…” 2. “More Than Meets the Eye” 3. “The New Order” 4. “The Preacher” 5. “Practice What You Preach” 6. “Over the Wall” 7. “Electric Crown” 8. “Into the Pit” 9. “Souls Of Black” 10. “The Legacy” 11. “Burnt Offerings” 12. “D.N.R. (Do Not Resuscitate)” 13. “3 Days In Darkness” – bis: 14. “Alone In the Dark” 15. “Disciples Of the Watch”