Ainda ñ li a letra. O som, ñ curti tanto. Mais do mesmo.
Mas essa porra desse clipe, ainda mais nessa hora em q “gente” eleita (aspas e minha resoluta recusa em chamar de “presidente”) e tornada ministerial caga pela boca sobre “nazismo de esquerda”, menino abrir porta, menina ganhar flor, “universidade ñ é pra todo mundo” e etc.
A porra desse clipe, repleta de referências (inclusive ao grupo Baader-Meinhof?), super produzido ao extremo, tvz seja o q a presente zeitgeist mais precisava. Sei lá. Como me recomendou o amigo Leo: “os caras se propuseram a fazer uma síntese estético-histórico-cultural de um país complexo pra caralho como a Alemanha, e DEU CERTO!”
Ou ñ. Quem vai aguentar ver clipe de 8 minutos? Temos tempo para tal tipo de polêmica?
Já tem vídeo entregando as “referências” mastigadas.
O q acho, por hora, é q o Rammstein acertou. Mesmo q o zeitgeist seja outro agora. Bem pior. Os caras progridem, nós aqui só regredimos. Cada vez mais, ainda mais nos últimos 3 meses. Mitando e andando. Puta q pariu.
OBS: se o link ñ abrir, é pq o You Tube tá considerando impróprio pra menor. No celular, consegui abrir e ver.
finalmente ontem adquiri o “Cross Purposes” em cd, o q já estava há muito procurando. E melhor: a 5 kitgays num sebo
daí lembrei q quis fazer, há tempos, uma pauta sobre a faixa-bônus na versão japonesa (acima; e ñ contida no meu, q é a edição brasuca ñ remasterizada mesmo). E q deixei pra lá, pq provavelmente esqueci (ñ lembro ahah)
ver no Facebook compartilhamento de post whipláshico (pouco conclusivo; provavelmente dalgum compartilhamento de rede social de alguém https://whiplash.net/materias/news_759/295628-blacksabbath.html) falando em relançamento dos álbuns sabbáthicos tonymartianos. Remasterizados e com direito a faixas bônus.
Em q provavelmente estará contida a “What’s the Use?”, acima.
Q achei do caralho. Nada a ver com o disco – q curto – por ser mais pesada. Tvz a mais pesada gravada por Tony Martin.
A q serve a porra do corretor ortográfico? Pra pessoa passar vexame ou ter q desfazer maus entendidos variados.
Ñ q isso me canse: sou dos q demora um tempão pra digitar msg no celular. Ñ sei fazer com as duas mãos! Ahahah
Tudo isso pra falar desta belezinha q trouxe de Londres:
“Outcast” versão remasterizada, com livrinho contendo depoimentos de Mille Petrozza sobre bastidores e curiosidades, mais um cd ao vivo de 1998, com a banda tocando no Dynamo Open Air daquela vez. O q eu já achava foda ficou um pouco melhor; à exceção do disco ao vivo, pra mim, q as músicas antigas padecem da afinação pra trás, q as estragou.
E aí a gente vê na página abaixo, dum cd europeu de gravadora alemã, esse tipo de bizarrice:
“Against the Best” é o caralho. Faltou revisão na bagaça, q ainda ficou estranho por conter 1 “rest”. Q me fez procurar a letra no Metal Archieves. Achei q teria “best” e “rest”. Tem nada.
Tem tempo q conversamos por aqui sobre as tais plataformas digitais. Spotify, Deezer e etc. Q começaram lá atrás (há ñ muito tempo) com o Napster e toda aquela ganância – hj até justificada – de Lars Ulrich pra cima dos direitos autorais.
Cassaram o programa, surgiram vários outros, perdeu-se o controle. “Compartilhar” passou a ser o verbo q toda uma geração passou a usar. “Comprar música” voltou a valer – Spotify, Deezer e etc. – mas tvz como algo alienígena pra toda uma molecada q jamais pagou por música. E provavelmente ñ o fará. Como uma nostalgia digital pra dinossauros como nós, às vezes “sem tempo” pra ouvir cd ou passá-los a pendrives.
Cenas punk/hardcore/indie: qualquer banda com 2 meses de atividade põe sons no Sonicloud e em outras plataformas das quais desconheço nome. Se gravam cd, é de forma independente, pra recuperar os gastos vendendo-os debaixo do braço em shows. Música eletrônica: montes de projetos, dj’s e quetais, conhecidos adoidado ñ só por quem fica no pula-pula nas raves à Skol Beats, mas tb… graças a internet.
E aí o heavy metal, o “metal nacional”… Mais q conservador, até mais q reacionário, RETRÓGRADO por vocação e convicção, tem como grande lançamento do ano um cd DUPLO de bandas brasileiras rendendo tributo ao Black Sabbath.
Pra quem?
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Galeria do Rock, outrora reduto com 15o lojas de disco, Guinness Book por isso e o caralho, hj mal tem 15 (QUINZE) lojas vendendo cd’s. Ainda continua freqüentada… por gente q vai fazer tatuagem, comprar camisetas, levar filhos pra comprar camisetinhas de banda, pela fama de lugar roqueiro, pra tomar cerveja importada. Ou, ultimamente, pra ver os escombros do prédio abandonado/invadido q desabou em chamas.
“Escombro” tvz seja a palavra-chave. Metade das parcas lojas voltada a “colecionadores”, vendendo cd’s e lp’s a preços de 3 dígitos; a outra metade quase pagando almoço a quem entrar e comprar alguma coisa. Modos diferentes de lidar com o iminente colapso.
De minha parte, aproveito indo atrás de promoções, em lojas q tentam desovar o q podem dos lautos estoques. Há loja vendendo a 5 golpes cd’s de metal (de 5ª divisão) pq o gasto de manter o depósito de cd’s anda proibitivo.
E aí o “metal nacional”… Ñ tem como salvação da lavoura pret-a-porter a Sandy & Júnior participando de disco novo do Franga. Tem como grande carta na manga (furada) um cd DUPLO de 30 bandas brasileiras rendendo “primoroso” tributo ao Black Sabbath.
Q a assessoria de imprensa tenta vender com hipérbole escrotamente herética: algumas das versões RIVALIZAM com as originais!
Tá, cd está morto. Comprar cd é coisa de gente antiga. Resenhar cd, num blog, é coisa ainda mais arcaica. E esta é uma resenha.
A primeira q faço no estilo: “ñ ouvi e ñ gostei”. Deu pra vcs? Deu pra mim. Baixo astral.
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CATA PIOLHO CCLXVIII – “Superhero”: Jane’s Addiction ou Faith No More? // “Hellfire”: Accept ou Cavalera Conspiracy? // “St. Vitus Dance”: Black Sabbath ou Bauhaus?
Som novo do Alice in Chains desovado. Em forma de videoclipe.
Pelo jeito, ainda se gasta dinheiro com isso.
Ñ é clipe dos mais primorosos, e o som ñ me desceu logo de cara, mas curti. Engraçado, nos comentários ali do You Tube, alguém haver sacado montes de gente discutindo o som e mal reparando na garota de calcinha ao final da historinha eheh
Foda essa interação vocal Jerry Cantrell – William DuVall. O tal disco novo ñ vi/sei nome; já tem?
E me faz lançar por aqui ainda uma questão: como puta compositor q é, Cantrell põe no chinelo Joshua Homme e Dave Grohl. A meu ver. Dêem passagem prum songwritter de verdade, caralho!
Vai chegando uma idade que fica tudo meio confuso. Dez horas da manhã, uma ressaca infernal onde mal me lembro do que aconteceu entre meia noite e às 6 h da manhã, quando fui dormir, e já estou de pé com outras pessoas em nova missão com tempo insuficiente para meu fígado processar toda a etilidade da missão anterior.
A mina ao meu lado é bem gostosinha. Será que vou comê-la? Lembrei de um poema de um amigo entendido do assunto: “Olho para algumas mulheres, como olho para as estrelas: Nunca irei tocá-las, nunca irei comê-las.” Será que é “olho” ou será que é “vejo”? Enfim o resultado é o mesmo.
Mas que é gostosa ah como é.
Pensando melhor será que vou beijá-la? Nessa inhaca de ressaca que estou se conseguir o telefone dela já foi bom demais.
Hummm! Sentou na frente ao meu lado, isso me faz lembrar que minha amiga em comum já confidenciou que ela curte cabeludos. Tenho chance!
– Curte metal? Pergunto.
– Sim, amo Metallica. Responde a mina
Já emendo: “Master of Puppets”?
– Não sei, gosto daquele preto que tem aquelas lentas. Na verdade gosto das lentas em si.
Putz, não aguento mais “Nothing else matters”. A mina nem é tão gostosa assim no fim das contas, e ainda é meio dia!
O que vou ouvir? Lembrei que um amigo de ilibada reputação (metálica) me disse que o Testament lançou um disco imperdível, mas eu retruquei que abandonei a banda no “The Ritual”…
Vá lá, vou dar uma chance a banda tem crédito. A capa é mequetrefe o nome razoável. “Low”.
Uow será que é o cd certo? Assustador, quase death metal. Muito agressivo, não se compara com nenhum, muito menos com o sonso anterior.
Olha só! Segue ainda melhor; muito boa essa introdução da segunda música. Será que essa outra se chama Ave Maria? Meio lugar comum mas a música é muito boa. Puta merda que riff espetacular!
Sabia, tinha que ter uma balada de merda. Melhor pular logo antes que a mina diga que curtiu. Cara ela é maravilhosa (a mina, não a música), mas melhor continuar calado que não quero ouvir “Nothing else matters”.
Cara, esse cd é muito bom!!! Perdi um par de anos por não tê-lo ouvido. Birra boba.
C a r a l h o!!! Que música é essa? Que agressividade! Preciso ouvir no talo! Será que alguém vai perceber se eu der uma “bangueada”? Foda-se o carro é meu. Regras minhas. Cara muito foda, qual o número da faixa? Sete, preciso ver o nome… Putaquepariu!!!
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Santo Deus onde estarei? Já é noite! O que aconteceu? Que merda de lugar branco é esse?
Vai chegando uma idade que fica tudo meio confuso, difícil saber o que foi fato e o que a memória preenche de qualquer forma, mas não vou me esquecer nunca dessa lição: não ouça certas músicas no volante de um veículo, pois o resultado pode ser catastrófico. No meu caso foi uma perda total do primeiro carro, dois pinos na face e uma menina que nunca me ligou. Isso tem mais de vinte anos.
Algo q o amigo märZ me passou esses dias. E q encaixa no papo sobre Slayer de semana passada.
A real da treta. Empresários, advogados e GRANA.
Ñ me parece q Dave Lombardo aqui esteja jogando merda no ventilador ou ressentimento pra todo lado. Vejo amargura. Dave Lombardo ganhando esmola pra tocar no Slayer? Q caralho.
E vejo q ele fez o certo em sair fora, ou estaria bancando o escravo de contratos como claramente vêm estando Tom Araya e Kerry King nos últimos tempos. Me parece. Ao mesmo tempo em q Paul Bostaph e Gary Holt devem estar ganhando os trocadinhos pelo “trampo” e ficando bem com isso…
PS – o título recente, “Repentless” (arrependidos?) será q aludiria a isso tb??
Estive em Londres recentemente e ñ estive em Abbey Road. Pq ñ fiz a menor questão, nem minha esposa.
E se tivesse encontrado camiseta com essa frase, compraria ahah
O q quis ver MESMO desde o momento de planejarmos a viagem, foi a usina termelétrica de Battersea. E foi foda.
Sensação indescritível de olhar pra cima e ñ conseguir ver tudo. Parece pouco? Cliquem na imagem. Negócio gigantesco. Tipo o edifício à esquerda na foto? Tem uns 13 andares, q eu me lembre.
Sensação de uma nave alienígena pousada em meio a uma cidade, por sinal, a ela indiferente. Solidez. Achei estranhíssimo ñ ser ponto turístico. Só eu e a esposa tirando fotos perto, longe, da rua de trás (como esta) e o pessoal da obra (estão revitalizando gourmetizando a região) e do bairro olhando a gente.
Essa é a vista q equivale à capa de “Animals”. A parte de trás (ñ deu pra chegar) é o Rio Tâmisa.
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Além disso, sem nem sabermos antes, acabamos vendo uma exposição sobre o Pink Floyd – “The Pink Floyd Exhibition – Their Mortal Remains” – no Albert & Victoria Museum.
Tão requintada, paramentada, documentada, repleta de áudios (nos audiofones), q entrar às 15h15min e sair às 18h (nós e uma galera) tocados de lá pq era hora do museu fechar, ñ permitiu ver tudo direito. Disco a disco, com relíquias, rascunhos, vídeos com depoimentos de quase todos (só faltando Syd Barrett) etc.
As guitarras acima? De David Gilmour. Aí os amigos vão pensar o q eu pensei na hora: “ah, tá”.
E aí, ao lado, rola um vídeo do Gilmour fazendo “Run Like Hell” com a Stratocaster preta encardida (pena a foto ter saído borrada), e depois o solo da “Confortably Numb”… Cisco no olho do caralho!
Momento foda outro: uma sala com 5 mesinhas de mixagem pra fazemos nosso próprio mix de “Money”, rolando em loop. 2 canais pra guitarra (guitarras), 2 pra sax, 1 pro baixo, 1 pra bateria, 1 pro vocal e 1 pras moedas. Dá pra ficar o dia inteiro pirando.
De minha parte, tirei todo o excesso: deixei só com voz e bateria.
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O final, apoteótico: após passar por uma cabine telefônica londrina com “sinal de ocupado” (pra marcar o fim da banda, de fato), ficamos todos num hall enorme com as 4 paredes exibindo “Arnold Layne” (o início) e então a “Confortably Numb” do Big 8, em 2005 (o final). Gente aplaudindo, gente chorando, putz.
A lamentar: provavelmente isso ñ chega aqui. Ñ com todo o aparato (pedaleiras do Gilmour são maiores q os teclados do Rick Wright), com todas as maquetes (uma Battersea de isopor bem tosca e nada alta) ou com a fartura de souvenires vendidos (caros) na lojinha ao final. Me parece q mesmo rolando aqui em São Paulo, Ñ CABE no MIS; teria q ser no Anhembi ou no prédio da Bienal. E custaria uma fortuna.
Ñ q ñ tenha sido caro pra nós: £ 20. Equivalente a 80 e poucos foratemers. Curadoria de Nick Mason e tudo.
Ñ sou o maior fã de Pink Floyd do mundo, mas paguei um pau forte.
“Seqüência Animalesca de Bicudas e Giratórias”, D.F.C., 2014, Läjä Rekords
sons: VENOM / NÃO SÃO CASOS ISOLADOS / CONVERSA PRA BOY DORMIR / BOLETIM DE OCORRÊNCIA / A BOSTA HUMANA / PUTA QUE PARIU / O PÃO QUE O DIABO VOMITOU / NASCE UM MONSTRO / DIRTY SANCHEZ / A SETE PALMOS DO CHÃO / DIA DE FÚRIA CANDANGO / O ALIENISTA / IGNORANTE / PESADELO ANAL / PORRADA DE RUA / ALMOÇANDO ABUTRES / SUNDAY BLOODY MORNING / CAOS NA CAPITAL / CIDADE DE MERDA / FILHO DA PUTA / SKATE INFERNO / TODOS ELES TE ODEIAM
formação: Tulio (vocais), Miguel (guitarras), Leonardo (baixo), Fabricio (bateria)
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Resenha diferente desta vez. No clima do disco e de seus 22 sons em 23 minutos. O título do post já entrega q acho o disco foda. Harcore crossover absurdo. Inominável. Pesado. Daí postar minhas letras preferidas no momento; dentre as todas excelentes. Dizem por si muito mais do q eu ousaria tentar.
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Não São Casos Isolados (1’00”) – “O assalto na esquina / O político ladrão / O marido espanca a mãe / Apreensão de cocaína / Na igreja exploração / Na estrada acidente / Mentira na televisão / O governo conivente – não! // Não são casos isolados! // O estupro da menina / Compra voto na eleição / Morte em fila de hospital / A polícia é propina / O empregado humilhado / O mendigo suicida / O fiscal vai extorquindo / Outra bomba explodindo – não! // Não são casos isolados!”
Conversa Pra Boy Dormir (1’09”) – “Esse seriado é uma maravilha / Tudo é bonito com essa família / Um conto de fadas onde tudo é legal / Bem diferente do meu mundo real / Minha vida é chata e cheia de ódio / Por isso eu não perco nenhum episódio / Só loiros canastrões de nariz arrebitado / E eu aqui babando igual a um retardado / Porque o meu cabelo é duro / Estou desempregado e não tenho futuro / E o meu nariz é torto / E eu não tenho onde cair morto / O meu cabelo é duro / O meu nariz é torto (repete 8 primeiros versos)”
A Bosta Humana (1’03”) – “Eu durmo em qualquer banco imundo da praça / O dia inteiro eu encho o cu de cachaça / Eu vivo fedido e todo rasgado / Só como lixo podre e estragado // O meu cabelo é imundo de dreadlock / Mas eu não curto nada de reggae nem rock / Eu tô pouco me fudendo / Não vale nada e quem encher o saco eu desço a porrada // Eu sou um excremento nas ruas da cidade, eu fui defecado pela sociedade // Você e seus amigos me acham muito escroto / Tenho menos direitos que os bichos do esgoto / Morrerei como indigente / Sem flores e nem terno / Mas pode ter certeza / Te encontro no inferno / Eu sou a bosta humana / No chão da cidade / Eu estou grudado / No pé da cidade”
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Puta Que Pariu (1’27”) – “Eu cheguei em casa cansado pra caralho / Mais um dia escroto na merda do trabalho / Olho na geladeira, só tem uma Super Bonder e na televisão só novela e Big Brother / Não sei se eu vou dormir, não sei se eu vou cagar / Chegou mais uma conta / Não consigo nem pensar / Eu não suporto mais essa vida sem sentido / Talvez se eu for ao médico eu ganhe um comprimido // Quero desaparecer, quero desaparecer / Eu vou sumir do mapa e mandar tudo se fuder (2x) // Ei! Você! Vai pra puta que pariu!”
Dirty Sanchez (0’42”) – “Tributos, impostos e taxas abusivas / Direitos faraônicos para os ratos do congresso / Roubam, exploram e humilham sua face / Empurram a sujeira garganta abaixo / Esse governo come o seu cu / E esfrega o pau sujo na sua cara”
Sunday Bloody Morning (1’23”) – “A família feliz vai passear no domingão / Mas papai bebeu demais e está na direção / Avança o sinal e atropela a bicicleta / Deixa um rastro de sangue / Pintado em linha reta (repete estrofe) // Tomar 51 foi uma péssima idéia / O carro parou num muro esmagando uma velha / A cabeça explodiu / Miolo pra todo lado / No enterro com certeza vai ser caixão fechado (repete estrofe) // A filha disse adeus a sua curta vida / Num cenário todo feito de carne moída / As tripas espalhadas de dona Elizabete / Fazem muito sucesso em um site na internet / O corpo esquartejado e cheio de marcas / É a capa perfeita dum disco do Carcass”
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Os vocais de Tulio são furiosos, desesperados. E inteligíveis. Ñ recomendo ouvir dirigindo: risco de ficar pilhado. A gravação é impecável e os sons têm dinâmica, quase sempre em tempo de terem introdução, estrofes – às vezes até refrões – desenvolvimento e entrosamento. Domínio da forma e do conteúdo, nada feito nas coxas.
Alguns contêm locuções e/ou gravações de políticos, pastores, nóias, UFC, hino de Brasília, o q torna tudo ainda mais inacreditável. Tudo em muito pouco tempo. Aflito. Urgente. Sem embromação. Conciso, coeso, preciso e cáustico. Tecnicamente, o melhor do D.F.C.; pra mim só ñ o melhor, por causa de meu apreço afetivo pela estréia da banda em “Tchan Nan Nan Nan”, de 1994.
E desce ainda melhor se ouvido junto de “Século Sinistro” (2015), do Ratos de Porão e de “Tamo Na Merda” (2016), do Surra.
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CATA PIOLHO CCLIX – brincar de “jogo dos 7 erros capístico” seria forçar um pouco. Mas existirem algumas semelhanças entre as mesmas, como ñ dizer?