20 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
Toda uma maldade e sinceridade na dedicatória de “To Hell And Back” (2000):
“SINERGY would like to thank:
All their friends!
SINERGY would like to kill:
All their enemies!“
MELHORES ÁLBUNS HOMÔNIMOS DE SONS DO VENOM PRA MIM:
[corrigida]
Alguém achou q ñ seria o país da vez?
AS 10 MELHORES BANDAS FINLANDESAS PRA MIM:
“To Hell And Back”, Sinergy, 2000, Nuclear Blast/Laser Company
sons: THE BITCH IS BACK / MIDNIGHT MADNESS / LEAD US TO WAR / LAID TO REST / GALLOWMERE / RETURN TO THE FOURTH WORLD / LAST ESCAPE / WAKE UP IN HELL / bonus track – HANGING ON THE TELEPHONE [Blondie]
formação: Kimberly Goss (lead vocals), Alexi ‘Wildchild’ Laiho (lead and rhythm guitars), Roope Latvala (lead, acoustic and rhythm guitars), Marco Hietala (bass, backing and male vocals), Tommi Lillman (drums)
.
O Sinergy é/foi banda q contundentemente prova a tese de q mesmo em países de 1º Mundo ñ basta vc ser bem-relacionado pra emplacar sua banda. Sua líder, “dona”, o q for, Kimberly Goss, foi tecladista de apoio nos primórdios do Therion e do Dimmu Borgir (em épocas em q ou ñ existia o sampler ao vivo, ou em q os comandantes-em-chefe respectivos ainda ñ tinham $ pra comprá-lo); além disso, veja-se os tantos ilustres q passaram pela banda ao longo de sua breve existência, hiatosa já há um tanto, e ainda ñ confirmada como encerrada:
Sharlee D’Angelo (Mercyful Fate [S.U.P. nov/10], Arch Enemy) e Jesper Strömblad (ex-In Flames e Hammerfraude), no álbum de estréia precedente, “Beware the Heavens” (de 1999), o infame Lauri Porra (atual baixista no Chatovarius) ao vivo mais à frente, além da formação neste “To Hell And Back” e no álbum seguinte – “Suicide By My Side” (de 2002) – q incluía meu xará de Tarot/Nightwish e membros presentes e futuros do Children Of Boredom, incluído o Alexi PirLaiho, marido de Goss até 2004.
Saindo da Finlândia (apesar de Goss ser estadunidense) um pouco, rumo ao Brasil: tempos atrás, antes de ter virado o babaca de plantão em reality show de calouro, vi entrevista com o Miranda (aquele!) dizendo q ñ eram os candidatos bons nem os francamente ruins q o incomodavam. Q lhe incomodavam mesmo os medíocres. Pois bem.
“To Hell And Back” acho um álbum medíocre. Mediano. Bem gravado e produzido: realmente distante das produções pasteurizadas – Pro Tools – de tanta banda recente. Feito pra dar certo, contendo até balada (chata. “Laid to Rest”) e faixa semi-acústica (“Last Escape”), com formatação predominantemente power metal. Apresenta ótimos músicos destilando licks, riffs e solos (sobretudo solos), fora bumbadas, q ñ se podem considerar ruins. Mas ñ chama atenção. Ñ se faz digno de nota ruim (minha pretensão inicial era descer o cacete), tampouco de boa. E a mim, por fatores prováveis – até pra dialogar com quem por aqui discordar – q lanço a seguir:
É medíocre por causa da capa xumbrega? Certamente sim; mas ñ só por isso. Por causa dos vocais, inverossímeis (ñ cacei no You Tube pra ver, mas ao vivo ñ deveria prestar muito) e q tb ñ cativam, chegando a incomodar – como em “Lead Us to War” e “Gallowmere”? Claro q sim tb. É álbum deslocado no seu contexto, de bandas de mulheres soprano cantando predominantes, enquanto ele ñ? Sim, tb. Embora tvz pudesse agradar a órfãos de Leather Leone? Tvz, quem sabe.
Mas me é sobremaneira medíocre pelos sons, pouquíssimo cativantes. Ñ q seja muitíssimo clichê ou sufocante em firulices, nada disso: só ñ há aqui 1 mísero riff q grude na memória, uma melodia memoravelmente assobiável ou algum refrão q se saia hormonalmente bradando. Mesmo o cover de Blondie, supostamente mais acessível, tvz seja de som menos pop da banda new wave, só pode. As letras, todas de Goss, tb atrapalham, a despeito de nos 2 primeiros sons a termos quase ofensiva, bravateira, em 1ª pessoa ou nalgum personagem por ela inventada, a até prometer gozar em ver alguém se afogar em medo – “I’ll cum just to watch you drown in fear”, uau! – mas em ousadia abortada, haja visto as demais bastante singelas em apocalipse genérico e em insossas criaturas misteriosas.
Ñ sei se posso reputar tal anodinia como da banda, de fato (tb constante nos demais álbuns. Até pq ñ tive a menor vontade de ir atrás desses), ou só enquanto elemento-mor neste aqui. Faltou, a meu ver, alguém realmente compositor/arranjador (minha viagem é q um Andi Deris faria miséria com o material), ou um produtor q tirasse desse povo algo menos óbvio e genérico. Sons pra indicar? A quem conseguir passar de “The Bitch Is Back” e de “Midnight Madness”, minha sincera admiração pela paciência!
De qualquer modo, à luz do material registrado em “To Hell And Back”, só me resta positivamente apontar a seguinte COERÊNCIA: Goss, musicista de apoio, acabou gerando banda q pouco mais fez q gerar músicas de apoio, de fundo. Pra se deixar ouvindo com visita em casa e mal se saber em q faixa está, ou se o álbum estaria prestes a acabar ou ñ. Pra daí trocarmos por outro.
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CATA PIOLHO CXCIV – ouvia o “Christ Illusion” distraidamente esses dias, quando me deparo com Tom Araya cometendo versão de “Come Together”… Parei, pensei, assustei: “caralho, Slayer coverizando Beatles?”. Nem.
Era a melodia vocal de “Catatonic”, nem tão “Come Together” assim, no fim. Eu devia era estar com sono…
MELHORES SONS UMA HORA MAIS CEDO, UMA HORA MAIS TARDE:
1) “Living After Midnight”, Judas Priest (“Britsh Steel”)
2) “Two Minutes to Midnight”, Iron Maiden (“Powerslave”)
3) “Der Mitternachtlöwe”, Therion (“Gothic Kaballah”)
4) “Midnight”, Joe Satriani (“Surfing With the Alien”)
5) “Midnight Cowboy”, Faith No More coverizando John Barry (“Angel Dust”)
6) “Midnight Mover”, Accept (“Midnight Mover”)
7) “Midnight Sun”, Helloween (“Better Than Raw”)
8) “Fires At Midnight”, Blackmore’s Night (“Fires At Midnight”)
9) “Midnight Madness”, Sinergy (“To Hell And Back”)
10) “Midnight Sunrise”, Turisas (“Battle Metal”)