DOI2 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
… o q ficou?
por märZ
MASTER – 05.04.24 VITÓRIA, ES
Era pra eu ter perdido esse show, mas um erro da minha logística de trabalho me deixou em casa por mais 7 dias, então comprei o ingresso on line (100 cruzero) e parti pra capital capixaba.
Cheguei no local do show, uma boate pequena e escura voltada a shows de música mecânica, com capacidade para umas 200 pessoas no máximo, sob ameaça de chuva (que não se concretizou). O local nem palco tem, e os organizadores tiveram que improvisar alugando tablados modulados, PA, caixas, tudo.
Aliás, palco minúsculo: cabia a pequena bateria e o restante das bandas se espremendo em volta. Nesse ponto, sorte do Master por ser trio, a banda que abriu tinha cinco membros e 2 deles ficaram praticamente atrás da bateria.
Encontrei 3 amigos do lado de fora ao chegar e ficamos batendo papo, enquanto isso os vilavelhenses do Fase Terminal tocavam lá dentro para, nos disseram, 12 pessoas. Entramos após o final dessa primeira apresentação e vimos os baianos do Escarnium mandando um death metal cadenciado com ocasionais arroubos de velocidade, bem feito até, mas prejudicado pelo som horroroso. A bateria aparentemente nem captação tinha, era no som ambiente mesmo.
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Além de abrir pra banda principal, parece que os soteropolitanos foram os responsáveis pela organização de toda a tour do Master pelo Brasil, e estão rodando o país juntos desde o final de março. Pontos pra eles, mandaram bem. Apesar dos problemas de som, curti a banda. São bons músicos, têm boas ideias, humildade, e me deixou curioso sobre como soam em estúdio. Vou pesquisar.
Ah, e tocam no Obscene Extreme deste ano.
Paul Speckmann e seus dois fiéis escudeiros polacos andavam pelo local displicentemente sem serem incomodados pelos agora cerca de 50 presentes, e o dono da banda inclusive era o merch guy, vendendo somente 1 título (“The New Elite” em cd, que comprei) e um modelo de camisa. Mais despojado, impossível. Subiram ao palco, se ajeitaram no espaço diminuto e sem conversa começaram o ataque, mandando músicas de seus 2 primeiros e seminais álbuns, “Master” e “On The Seventh Day God Created… Master”.
O som pareceu melhorar um tiquinho, mas não muito. Talvez embolasse menos por ser somente uma guitarra. De qualquer maneira, os poucos gatos pingados presentes puderam testemunhar um ataque sonoro contínuo, sem erros, estrelismos (como poderiam?) ou descanso. Eu adoro o death metal praticado pelo Master, bem basicão e direto ao ponto. Dentro do estilo, estão no meu top 5.
E Paul Speckmann manda bem no baixo, que preenche os vazios da guitarra e provém os graves gordurosos de sua música, além de ser um ótimo vocalista de metal extremo. Os escudeiros fizeram sua parte também com competência e economia, com uma postura tranquila e low profile.
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O evento todo foi bem típico dos shows de metal nacional amadores de que todo fã do estilo já compareceu várias vezes em sua vida metaleira, com a diferença de ter no palco uma banda gringa lendária, que merecia mais. Espero que os outros shows pelo Brasil estejam sendo um sucesso, pois eles merecem.
DISCOS DO DESTRUCTION DE SUA FASE REENCARNADA:
eu até acrescentaria o “Thrash Anthems II” pra inteirar 10, mas é q parei no “Spiritual Genocide“.
WhatsAppin‘: a lista mais aleatória dos últimos tempos. Feita pra agradar? A quem? https://consequence.net/2024/04/greatest-basslines-of-all-time/9/
Inteligência Artificial em tempos de Bruno Sutter e whiplash? Venham logo, robôs! https://whiplash.net/materias/news_696/360013-nervosa.html
Death metal para mãos de fogo peludas? Miss Universo, aliás, promovido por Donald Trump https://whiplash.net/materias/news_696/359929-decessus.html
Printado do Instagram da Loudwire
E pra mim bastante esquisito: não sei se já ouvi heavy metal assim em divisões. O q curto no estilo, de Test a Rhapsody, sempre me foi linear, balizado pelo meu gosto, às vezes mau gosto.
(pq mau gosto tb é gosto)
Todo modo, difícil pra mim responder: respondi lá “thrash metal, death metal e crossover“, mas poderia ser ainda “thrash metal, death metal e Meshuggah“.
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PS – pessoal lá na fonte original respondendo grandão new metal e + 2
Sesc Avenida Paulista, 16.03.24
Um show do Krisiun é sempre o mesmo?
A resposta é NÃO. Pq mesmo q os manos Kolesne + Camargo toquem várias vezes direto um mesmo setlist, ainda assim cada show será diferente. Único.
Pra início de conversa, esse show em específico me foi INESPERADO. Não havia conseguido ingressos pra mim, namorada e enteado, até q o casal de amigos Leo e Dani, de última hora – mesmo – não puderam ir e nos repassaram.
No q reitero o agradecimento pela graça alcançada.
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E o evento ali no Sesc Avenida Paulista teve uma cara mais intimista, naquilo q o Krisiun consegue fazer dum show mais intimista: palco baixo, os caras bem na frente, recinto de capacidade pra 225 pessoas reduzido a 175 presentes. Dedo na cara e gritaria versão death metal.
Com direito ao “bingo Krisiun“, gerado pelo gerador de agradecimentos e frases feitas típicas, q é o próprio Alex Camargo. Gravei e enviei por WhatsApp pra amigos ahahah
Está tão parte do show isso, q não consegui ficar sério. E tão parte da paisagem, q pouco antes um Toninho Iron (aquele) onipresente (estava tb no Vazio sexta) ficava imitando “o Krisiun está aquiiiiiii…“ ahahah
Não q os caras não sejam gratos. Não q não role uma agressividade estranha (“monte de paga pau com bandeira enfiada no rabo”). Só q acho mesmo q, do mesmo modo como show da Dorsal Atlântica tem comício, show do Krisiun tem q ter esses recados.
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E chover no molhado é eu cravar q os caras estão cada vez melhores. Estão cada vez melhores, ponto. Na justificativa de lançamento (ainda) de “Morten Solis“, tocaram pelo menos três dele: “Swords Into Flesh”, “Serpent Messiah” e “Necronomical”, fodas.
No entanto, o melhor foram alguns lados b resgatados, pra mim os melhores sons disparados: “Soul Devourer” (do “Conquerors Of Armageddon”), “Ways Of Barbarism” (do “Forged In Fury“, soberba) e “The Will to Potency” (do “The Great Execution”), fora isso anunciada como última música.
Porra, criei expectativa (positiva): sem “Black Force Domain” no final? Uau. Não, tocaram anticlimaticamente “Black Force Domain” no final, pq sempre tem uns chatos q pedem ela. É a “toca Raul” deles, blah.
Dá pra perceber ainda o quanto a banda curte “Blood Of Lions”, tocada com gás e porrada (via Max) inabaláveis. A platéia tb reage e interage; um novo clássico.
Crítica? Continuam ignorando “Ageless Venomous” e “Works Of Carnage“, no q eu torço pra Jessiê retomar as lives e entrevistá-los, perguntando se não gostam dos discos, ou se deles nada tocam pq acham q a gente não curte os discos.
Posso ser voto vencido, mas acho mesmo q fora eu mais gente gosta e aprovaria. Sei lá.
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Outro ponto a destacar: o público. Seres das antigas mesclados a uma molecada. Muita menina curtindo, umas gurias entrando nas rodas. E tudo bem.
Nunca é o mesmo show do Krisiun, mesmo eles sendo sempre os mesmos e variando repertório. 30 anos sem pagar, “buscando renovar” e “não se vendendo por bosta” (sic). É isso.
Estão a caminho de nova turnê européia. Sangue nos olhos, faca nos dentes, “doa a quem doer nessa porra” (sic).
Set list não tinha no palco, deve ser telepatizado entre eles, mas me baseei em show recente de Guarulhos pra citar. Foi 95% assim:
… o q “ficaram”?
… o q ficou?
O famoso old but gold. Nunca fica velho; se muito, vintage.
Um daqueles raros vídeos merecedores do selo “é pra isso q eu pago internet” ahahah