sons: GRUMBACHUM / VOODOO VENUS / O GÁRGULA, A GÓRGONA E A BAILARINA SEM OLHOS / TRUXTON / PLANETA CARNÍVORO / O VALE DOS ANDRÓIDES ALCOÓLATRAS / RAIOS DE VINHO DO SOL DERRETIDO / MASSACRE DAS LESMAS / HORRORO, OS ESTRANHOS / URANO / KAURA / INVASOR VERME / GALÁXIA DOS OSSOS VERDES
E o q temos aqui?
13 sons em 25 minutos e 20 segundos totais, sendo q os 8 minutos e 10 segundos derradeiros do derradeiro som são locuções ininteligíveis, sons de mar e de apitos de navio. No q o tempo de música total de verdade é 17:10.
Músicas todas em Português, de títulos às vezes geniais (eu achei) só q sem letras no encarte (leiam encartes). Ao mesmo tempo em q não precisa (eu é q gostaria), pq não se entende nada. Podiam estar em basco.
Parece q o barato é dissertarem sobre espaço sideral e gore. Singulares, oras.
Som q mistura um hardcore mais bruto com algum crust muitíssimo bem gravado (pra média das bandas do tipo) de trio formado por vocalista (Marcelo), guitarrista (Vinícius) e baterista (Erick). Sem baixista. Não faz falta.
Lançado independente em 2018 e disco de estréia da banda – parecem ser do RJ – por selo chamado Bagaça Records. Nenhuma informação atualizada no Facebook deles – onde se descrevem como “Urano dadaístas” (sic) – desde 2019. Não tive como saber se ainda existem.
E mesmo assim recomendo, ainda mais a quem curte Test, D.F.C., Surra e Ratos de Porão, sobretudo a quem – como eu – dos últimos adora a fase “Carniceria Tropical”.
TOP 10 ÁLBUNS DE ARTISTAS/BANDAS Q Ñ GOSTO, MAS Q ACHO O TÍTULO FODA:
“O Silêncio Que Precede o Esporro”, O Rappa
“You Can Tune A Piano, But You Can’t Tuna Fish”, REO Speedwagon
“Cidades em Torrente”, Biquini Cavadão
“Suck It And See”, Arctic Monkeys
“Supposed Former Infatuation Junkie”, Alanis Morissette
“Se Deus Vier, Que Venha Armado”, Pavilhão 9
“Antichrist Superstar”, Marilyn Manson
“Skeleton Skeletron”, Tiamat
“Hot Fuss”, The Killers
“God’s Own Medicine”, The Mission
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WhatsAppin’: Azul Limão, D.F.C., Satan (por causa de passaporte), I Am Morbid (por causa de furacão), The Troops Of Doom (por causa do I Am Morbid) e Vazio [corrigido](com comunicado memorável) cancelaram o M.O.A., q rolou.
Vi stories do Crypta. Tocaram. Rolaram Desalmado, Mayhem e parece q rolou, em horário alterado, Dorsal Atântica. E me pareceu uma nova modalidade de mambembice de festival tosco no Brasil: a “vai q alguma banda cola”. Aguardo a cobertura passa pano dos sites oficiais.
No aguardo de ver se esse Summer Breeze Brasil rolará assim.
No grupo facebúquico Metal Contra o Golpe (um tanto desatualizado… Ou ortodoxo?), postaram isto aqui.
Ficou no ar uma dúvida: “de quem é?”.
Chutei q, pelo vocal, devia ser o D.F.C.
O esclarecimento veio, em partes: um certo Daniel Grilo, aparentemente apelidado D.O.R.. Ñ sei mesmo de quem se trata, e a foto de perfil pouco ajuda. Gravou tudo sozinho e lançou.
Tá numa página própria no YouTube chamada “Gaiola Sessions”.
A última da série. Pq os “anos 20” estão começando neste covid-ano, e terá q incluir “Throes Of Joy In the Jaws Of Defeatism” (Napalm Death). E mais 9.
Sobrevivamos e vejamos!
MEU DISCOS PESADOS FAVORITOS DOS ANOS 10:
“13”, Black Sabbath
“Surgical Steel”, Carcass
“Blood Of the Nations”, Accept
“The Devil Put Dinosaurs Here”, Alice In Chains
“Seqüência Animalesca de Bicudas e Giratórias”, D.F.C.
“Extinct”, Moonspell
“Meliora”, Ghost
“Exhibit B: The Human Condition”, Exodus
“Koloss”, Meshuggah
“Século Sinistro”, Ratos de Porão
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Fora isso: vc se lembra da tua 1ª vez aqui no Thrash Com H? O primeiro post q leu, por q veio “parar” aqui, o primeiro comentário?
Embora a primeira postagem em modo “ponto com ponto br” tenha sido em 18 de julho de 2008 (“Koyanisqatsi”), o fato é q o blog estreou em 12 de outubro de 2003.
Estou lançando a pergunta e eventuais repercussões com fins comemorativos. Embora login, a senha e a maioria das postagens sejam meus/minhas, o blog ñ é só meu.
Agradeço muito ao pessoal q aqui freqüenta. Mesmo quem vê e ñ comenta. Agradeço mesmo!
E a playlist semanal do bonna deve seguir nos comentários.
Quase 8h de som, a 120 kitgays, quase 80ºC à sombra, 6 bandas, de q o show “pior” foi nota 8.
Resumindo, foi isso o Overload Beer Fest domingo. Como evento, impecável: lotado, pessoal bebendo e comendo, camisetas oficiais e cd’s disponíveis, horário conveniente. E som das bandas, todas, ñ abaixo de ótimo. Um feito.
Críticas: 1) poderia ter sido no Audio. Lugar melhor e com área livre (a dos sanduíches) maior. Tvz ñ se tivesse a expectativa de casa cheia; 2) o pessoal do Carioca Club ligar o ar condicionado só a partir do Tankard. Artifício manjado pra vender cerveja. Venderam. Muito. Mas teve muita gente passando mal, incluindo a mulherada vendendo camiseta. Fim de semana senegalesco em SP, com direito a 40º C sábado.
Elogio outro, fora todos os contidos abaixo: terem ajeitado do show do Overkill no Brasil ser data única aqui. Resultado: montes de vans vindas do interior e de outros estados. Desconheço se algo ajeitado em contrato, mas funcionou.
(pq cabe uma ressalva: nos últimos anos, os shows de metal na capital têm enfrentado concorrência com shows em Limeira, a 143 km daqui. Algo q esvazia os eventos, lá e cá. Mais cá)
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Cheguei com o Blasthrash já andando. Tocaram meia horinha, e soaram bem diferente da banda “tr00” q eu conheci lá atrás. (“No Traces Left Behind”,de 2005, jaz em algum pen drive por aqui). Soaram mais profissionais e capazes. Ñ sabia q ainda tocavam. Thrash metal retrô – q lá atrás me parecia modinha tosca – bastante pertinente hoje em dia. Gente q faz o q gosta de fazer. Nada de fuleiragem de relação simbiótica com o “underground“. Som consistente, com uma fala do baixista ao final bem interessante:
“queremos agradecer ao Gustavo da Overload pelo CONVITE”. Captei a mensagem.
Na sequência, veio o Surra. Impressionante. Foi um coice. E levando o nível pra cima. Comentava com o amigo Leo assim: “D.F.C. e R.D.P. vão ter q suar pra superar”. Tb uma meia horinha de som, mas com prováveis 10 ou 15 músicas executadas. Grindcore irrepreensível, extremamente bem executado, quase maquinado. Único defeito o vocal meio baixo, mas dane-se.
Ñ reconheci sons q ñ tivessem sido anunciados: “Não Escolha” e “7 x 1” rolaram. Outro dado relevante: das bandas escaladas, a q tinha mais gente portando camisetas. Uma pena ñ terem levado cd’s e camisetas pra vender. Teria vendido muito. Memoráveis.
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D.F.C. veio na sequência contando com carisma e sede de sangue. Tecnicamente estão mais pra hardcore q o Surra. Outro conhecido me disse terem rolado 46 sons no repertório. Ñ duvido, mas acho q ñ foi tanto.
Baterista aloprado, vocal um pouco baixo (com ótimas tiradas) e rodas insanas. A trinca inicial do disco recente – “Venom”, “Não São Casos Isolados” e “Conversa Pra Boy Dormir” – quando percebi e respirei, já tinha acabado. Rolou “Cidade de Merda”, “Vai Se Fuder No Inferno”, “Respeito É Bom e Conserva os Dentes” (com babada pra cima de babacas q estavam passando mão na mulherada nas rodas), “Pau no Cu do Capitalismo em Posições Obscenas” (q abriu os trabalhos), numa geral da carreira toda.
As melhores camisetas do merchan, incluída uma paródia da capa de “Aces High” (single do Maiden). Q escolhi comprar “depois” e ñ encontrei mais. O nível alto mantido. Nenhuma banda brasuca tosca escalada, fantástico.
Final com “Molecada 666” apoteótico.
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O Ratos de Porão foi estranho. O show nota 8. O pior. Ñ foi ruim. Só fazem show ruim se quiserem: estavam estranhos, meio apáticos. Ainda assim, rolaram 17 sons.
Pareceu menos. Como assim, sem “Aids, Pop, Repressão”? Esperava deles discursos anti-Bolsonaro, e tvz a eleição os tenha afetado. “Não Me Importo” tvz tenha sido o mote. Quem falou, foi ao fim, o Juninho – “pau no cu do Bolsonaro e pau no cu de quem votou no Bolsonaro” – em meio à microfonia, q nem todo mundo ouviu. Clima “no future”. Pouquíssima interação.
Gordo esqueceu ordem no set; puxou “Beber Até Morrer”, e ainda tinha “Herança” antes. Falhou em “Crise Geral” (esqueceu letra no fim). “Crucificados Pelo Sistema” foi executada protocolarmente. O som estava bom, mas opaco. Até isso estranho.
O público nem ligou: agitou demais. Embora menos q com o D.F.C. Impressão de q estavam ensaiando, ou faltando ensaio. Estavam meio autistas. E se houve algum discurso anti-Bozo, parecem ter preferido fazer nos sons apresentados, praticamente todos literais. E surreais, por isso mesmo. Juninho usando camiseta do MST, Jão do Facada. Eita. Entendi. No fim, Jão e Boka jogaram as camisetas (!!) pro público.
Lados b presentes: “Estilo de Vida Miserável” nunca pensei q veria ao vivo. “Farsa Nacionalista” deveria virar o Hino Nacional. Faltou dedicarem “Crianças Sem Futuro” à ministra sinistra sociopata de Deus. Fiz eu comigo mesmo isso.
Set list: 1. “Pensamentos de Trincheira” 2. “Estilo de Vida Miserável” 3. “Crocodila” 4. “Ódio” 5. “Amazônia Nunca Mais” 6. “Lei do Silêncio” 7. “Testemunhas do Apocalipse” 8. “Ignorância” 9. “Crianças Sem Futuro” 10. “Farsa Nacionalista” 11. “Morrer” 12. “Não Me Importo” 13. “Crucificados Pelo Sistema” 14. “Herança” 15. “Beber Até Morrer” 16. “Crise Geral”
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Do Tankard, ñ esperava grande coisa. Acho uma banda menor, de q tenho um monte de discos copiados, mas q ñ encontrei “tempo” suficiente ainda pra destrinchar. Banda tvz divertida, mas ñ de riffs memoráveis ou discos pra levar pra tal ilha deserta.
Por outro lado, era a banda mais esperada. Entraram com o jogo ganho. Vencedores para o público, com folga. Parece q funcionam melhor ao vivo, com seus melhores momentos e na base da interação festeira.
O vocalista barrigudo lembra um Jon Oliva menos lesado. Ou um Ozzy articulado. Jogava gelo (!!!) na galera, mostrava o pânceps, tirava onda. Banda q ñ se leva (muito) a sério, acertando onde o Anthrax oitentista ñ chegava a tanto. Baterista tocando com a bateria das bandas anteriores e mandando muito bem. Baixista meio tiozão, competente, correndo q nem tonto pelo palco. E o único guitarrista sobrando, destaque absoluto. Ñ precisam de um segundo guitarrista. Bacana.
Rodas a mil, monte de gente entoando as letras todas, set list contemplando todas as fases, e diversão genuína. Foi bem divertido. Tecnicamente, até onde o som em geral estava ótimo, ficou ainda melhor. Irrepreensível.
Set list: 1. “One Foot In the Grave” 2. “The Morning After” 3. “Zombie Attack” 4. “Not One Day Dead (But Mad One Day)” 5. “Rapid Fire (A Tyrant’s Elegy)” 6. “Rules For Fools” 7. “Die With A Beer In Your Hand” 8. “Minds On the Moon” 9. “R.I.B. (Rest In Beer)” 10. “Pay to Pray” 11. “Rectifier” 12. “Chemical Invasion” 13. “A Girl Called Cerveza” 14. “(Empty) Tankard”
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E aí tudo o q estava foda ficou ainda maior. O Overkill ñ é primeiro escalão do thrash, mas estão alguns degraus acima das bandas outras todas. Show profissional e visceral. Retrô e atual. Headliners de fato.
Som insuportavelmente alto, mais q das bandas anteriores. Pratos e chimbau sibilando infernalmente. Repertório assassino. Até luzes melhores. Ñ acho q tenha faltado som, ñ ouvi ninguém reclamar. Saí de lá com zumbido no ouvido, o q há muito ñ ocorria.
Méritos aos caras, cada vez mais velhos e cada vez mais sérios. Bobby Blitz berrando como nos discos, apenas sumindo nas horas de solo, pra sentar atrás dos amplis. Tinham tocado no sábado, tvz estivesse se poupando. No q tange aos guitarristas perpetuamente anônimos (o mais “novo”, na horda há 18 anos), ñ sabia q Derek Tailer fizesse 90% dos solos, mas tudo bem. Dave Linsk, à esquerda, se ocupava em jogar palheta pra cima e tirar onda com pessoal do camarote. Mas sem comprometer. E fazendo um ou 2 solos.
A postura dos caras, um outro conhecido (aê, Eduardo Cabelo!) apontou: ninguém toma a frente do palco. É um pelotão. Uma banda. Cujo destaque são os sons. Ninguém querendo aparecer mais q o outro. Por mais q, pra mim, o baterista novo aloprado – o ex-Shadows Fall Jason Bittner – tenha sobrado. Tocando os sons antigos à risca, mas tb melhor. Ñ consigo explicar. “In Union We Stand” foi absurda, igual ao disco.
Sabe aquela estória da banda merecidamente a ser escalada num “próximo Big Four”? Testament? Exodus? Overkill ninguém nunca cogitou, mas deixam Anthrax no chinelo.
Tvz se entrassem no lugar do Metallica, q ficaria no backstage contando dinheiro e subiria ao palco só pra “Am I Evil?” eheh
Set list: 1. “Mean, Green, Killing Machine” 2. “Rotten to the Core” 3. “Electric Rattlesnake” 4. “Hello From the Gutter” 5. “In Union We Stand” 6. “Coma” 7. “Infectious” 8. “Goddamn Trouble” 9. “Wrecking Crew” 10. “Head Of A Pin” 11. “Hammered” 12. “Ironbound” + bis 13. “Elimination” 14. “Fuck You” (com “Sonic Reducer”)
Fiquei sabendo dessa pelo amigo märZiano, num padrão q vem se tornando recorrente, de eu saber de eventos na minha cidade por meio dos capixabas, à distância.
Minha antena parece andar “fora da área de cobertura” ahah
E já comprei; digo, amigo meu comprou sábado na Galeria (sem “taxa de conveniência”) e já peguei com ele. 120 kitgays e ter q levar 1kg de alimento no dia, o auspicioso, afável e benvindo “ingresso promocional”. Q finalmente contempla quem ñ pode pagar meia, como eu.
E digo ainda: bandas de verdade em atividade. E pra mim, bandas gringas vêm de brinde. Vou, e iria, só pelas nacionais envolvidas. Caralho: D.F.C., Surra e Ratos de Porão num mesmo dia, mesmo evento?
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E digo mais: Rock In Rio é o caralho. Monte de banda anunciada, em reprise perpétua de outras edições. Megadeth, Sepultura (só ñ tocaram no de 1985, confere?), Iron Maiden, Claustrofobia & Torture Squad em show – cover? – com Chuck Billy. Anthrax tb, pelo q parece.
Vai custar uma fortuna e compensa tvz ver algum show separado aqui em SP, com mais tempo envolvido e mais barato. Aposto em noite com Iron Maiden e Anthrax.
E digo também: fosse esta bodega um negócio maior e mais influente, lançaria bombasticamente uma campanha: “Mate Um Dinossauro Ainda Hoje”. Sério. Chega.
A gente tem q parar de ir em show de dinossauro decadente. Tipo noite gloriosa havida anteontem aqui, com Blaze Bayley, Doogie White, Udo e André Matos, provavelmente tocando covers mal ensaiados e ainda pior cantados. Nego vindo pra cá pra tirar dinheiro pra comprar Viagra. Torço pra q ñ tenha lotado.
Lógico: vai quem quer. Tem quem curta mesmo assim. Tem quem ñ ligue ver/ouvir músicas tocadas indignamente, com 3 ou 4 tons abaixo. Pq o q importa é ver pessoalmente o ídolo, o ícone, a lenda. Mesmo q longe da dignidade e da melhor fase. Mas se a gente ñ “matar” essa gente q nada mais tem, nada de novo vem.
E mesmo q nada de novo venha, penso q tvz o VÁCUO seja melhor opção. Discos e shows incríveis já foram legados por esse povo, só ir atrás.
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Quanto ao Overload Beer Fest: se ñ houver ditadura militar, bora encontrar amigos por ali?
43 anos nesta carcaça carcomida q ñ me permitem exagero: o show mais insano q já vi.
E o tempo todo da apresentação, duas idéias me ocorriam em loop:
Brujeria (sobretudo ao vivo) é o caralho
é o q o Sepultura poderia ter virado. E ñ virou
Sobre a segunda, comentava com o amigo märZ ainda na noite de sábado: o Gangrena Gasosa, pelo q apresentou, fez o Sepultura“Roots”/“Against”/“Nation” e o Soulfly parecerem – ainda mais – macumba pra turista. A sensação de q falta a Max Cavalera incorporar – ops – mais a coisa. E ñ só ter ficado no berimbau e no “porrada, mulambo, mané garrincha, zé do caixão, zumbi e lampião”.
Assim: aquela fuleiragem DESAGRADÁVEL do Gangrena já era. Banda reformulada, músicos tocando de verdade. Venda de merchan, fotógrafos e câmeras registrando tudo, disco novo lançado por crowdfunding (e ñ “crowdfucking”, FC!). Sobrou nenhum integrante original daqueles discos noventistas, “Welcome to Terreiro” e “Smells Like a Tenda Espírita”. Sobrou Ângelo Arede, ex-Dorsal Atlântica e carismático pra caralho, comandando a coisa.
Com receita até óbvia, de simples, q o Sepultura lá atrás poderia ter adotado: puseram percussionista na banda e o vocal cantava e tocava tb tamborim, pandeiro e ganzá. Tinha hora q a parte percussiva ficava impressionante. Metal.
Tudo ensaiado e roteirizado, incluídas as “vinhetas” de pontos de umbanda. Bradadas tb pela galera. Incluídos cosplays de entidades, com direito ao baterista (ex-D.F.C.) de diabo e cuecão vermelho. Tudo no limite do mau gosto, da zoeira e da provocação. Aquilo q algum metal brasileiro mais radical deveria fazer, representado fidedignamente. Ao invés de corpsepaint importado. Acharam o ponto!
(ops)
A seqüência de fotos (ñ minhas – da amiga dum amigo q foi junto) pretende demonstrar uma outra coisa: desde o 1º som, a galera foi invadindo o palco, sem volta. (Cliquem nelas, q aumenta). Mas sem treta e tb sem pisar na pedaleira do guitarrista-caveira. Gente inconveniente? Sim, pouca. Mas Arede lidou de modo genial com a situação: conforme cantava, ia pra cima dos caras e os empurrava de volta.
Sem muito sucesso, virou brincadeira, o pessoal voltava.
Detalhes outros: muita mulher, inclusive subindo ao palco. Crianças presentes tb, a ponto do baterista-diabo ter chamado 2 molequinhos ao palco – durante um som – pra dar baquetas a eles. Gente bangeando, mas tb agitando como nem os pastores da IURD conseguem imitar em seus tele-exorcismos. Gente possuída mesmo ahah
Gente carente de banda DE VERDADE, sem frescuras. Comentava com os amigos ali: o monte de banda de “metal nacional” daria chilique caso alguém cogitasse pisar no palco. Todo mundo sabendo todos os sons e cantando inclusive os do disco novo, “Gente Ruim Só Manda Lembrança Pra Quem Não Presta”, lançado em janeiro!
Arede terminou a apresentação sendo carregado pelo pessoal. Ñ dava pra ser melhor q isso. Ou, mesmo querendo, ñ daria pra continuar o show. Levantaram o Omolu novo tb. A percussionista tentava fotografar no meio da zona toda, rachando o bico. Arede subiu as escadas (o palco no Centro Cultural Vergueiro é no subsolo) e terminou tudo tirando selfies e misturado com o público acima. Parecendo aqueles vídeos antigos de Black Flag e Agnostic Front.
Tocaram “Benzer Até Morrer”? Tocaram. E foi foda. Fecharam com “Centro do Pica-Pau Amarelo”, mas eu na verdade nem atentava às músicas q conhecia ou ñ. Meio entrei no clima: me foi o primeiro show em muito tempo em q sequer bocejei ou olhei relógio pra ver tempo decorrido. Q foi de uma hora e 10, parecendo mais. O primeiro show em muito tempo em q ñ consegui achar defeito, a ñ ser o baterista precisar arrumar uma bateria maior, nem q ñ use toda, pra fazer vulto.
O Gangrena Gasosa achou a fórmula de seu crossover, com o adendo de ter um clima de show PUNK. Banda e público eram uma mesma entidade.
(ops de novo)
Trocamos idéia no fim com o guitarrista e o omolu, q estavam surpresos. E satisfeitos. Ninguém com cuzice e ñ-me-toque. Tirei foto junto até. Outra idéia em loop ocorrida: se os caras forem pra Europa (de novo) no ponto – ops! – em q estão, vão arrebentar. Gringo vai pirar.
Set-list:
No mais, comprei o cd. Legal, mas sem reproduzir a ENERGIA ali dispendida. Virando banda de verdade, como parece ter rolado, parece questão de tempo prum disco legal e verossímil sair.
Ano horrível, uns lançamentos cá, outros lá. Bora encavalar umas listas a respeito?
MELHORES ÁLBUNS DE 2017, PRA MIM:
“Red Before Black”, Cannibal Corpse
“Demonization”, Lock Up
“For the Demented”, Annihilator
“The Grinding Wheel”, Overkill
“Gods Of Violence”, Kreator
“Gods Of Chaos”, Chaos Synopsis
“The Rise Of Chaos”, Accept
“Heavy Fire”, Black Star Riders
“Testimonium”, Lacrimosa
“Under Cöver”, Motörhead [modo de dizer]
E só comprei/ouvi esses 10 lançamentos mesmo. Estou na espera do Cavalera Conspiracy novo, ainda sem previsão de sair nacional, q certamente tiraria algum desses aí do pódio
MELHORES ÁLBUNS ADQUIRIDOS EM 2017, MAS LANÇADOS NOUTROS ANOS:
“I” (ep), Meshuggah
“Seqüência Animalesca de Bicudas e Giratórias”, D.F.C.
“obZen”, Meshuggah
“The Construkction Of Light”, King Crimson
“Supernatural Birth Machine”, Cathedral
“Civilization Phase III”, Frank Zappa
“The Peel Sessions 1991-2004”, PJ Harvey
“Killing Technology”, Voïvod
“The Serpent’s Egg”, Dead Can Dance
“Year Zero”, Nine Inch Nails
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PIORES ÁLBUNS ADQUIRIDOS ESTE ANO PASSADO:
“Crypt Of the Wizard”, Mortiis
“Ronnie James Dio: This Is Your Life”, tributo ao Dio
“Mere Contemplations”, Enslavement Of Beauty
“British Lion”, Steve Harris
“Flowers”, Echo & the Bunnymen
“Scars”, Gary Moore
E foram bem poucos, pq há tempos (desde 2016) venho adotando austeridade em comprar disco. Nada de comprar se está em oferta só pelo preço, ou coisa do tipo. Além disso, tenho me achado sem tempo de ficar “descobrindo” coisas duvidosas e descobri tardiamente o You Tube como test drive eheh
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MELHORES LIVROS DEVASSADOS EM 2017 E Q ME ATREVO A RECOMENDAR:
“Futebol Ao Sol e À Sombra”, Eduardo Galeano
“A Autobiografia”, Pete Townshend
“Maré Viva”, Cilla & Rolf Börjlind
“Abandoned Places”, Henk van Rensbergen
“O Galope do Tempo (Conversas com André Barcinski)”, Marcelo Nova
“Substance – Inside New Order”, Peter Hook
“Dublê de Corpo”, Tess Gerritsen
“O Fio do Bisturi”, Tess Gerritsen
“Incrível, Fantástico, Inacreditável”, Stan Lee/Peter David/Colleen Doran
“Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei”, Paulo Coelho
PS – tem o livro-catálogo da Hipgnosis tb, mas ñ é bem um livro a ser lido. Se é q vcs me entendem…
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DISCOS DESNECESSÁRIOS DA VEZ:
o auto-tributo de Edu Falaschi (q passarei longe de ouvir) e o tributo ao Helloween por Roland Grapow, constrangedor mesmo à distância (e q tb ñ pretendo ouvir).
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SHOWS DO ANO:
o do Ratos de Porão com Lixomania, no dia mais horrendo do ano pra mim, mas q meio q salvou minha sanidade. Fora esse, vi Megadeth, Claustrofobia lançando tardiamente o “Download Hatred”, Violeta de Outono lançando disco legalzinho recente, Orquestra Sinfônica Municipal tocando trilha de “2001” e foram todos ok.
Ainda q o show sobrenatural/memorável do The Who, q só vi pela tv, tenha comido todos esses outros e vários outros ainda, com farinha e sem viagra. Puta merda.
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PREVISÕES DE SHOWS:
virão por aí o Focus, Ian Anderson, Scorpions querendo acabar, CJ Ramone sozinho ou tocando com alguém, esses arroz de festa. Cuidado quem comprou já ingresso pra Ozzy e/ou Roger Waters: vai q os velhos morrem no caminho!