VORSPRUNG DURCH TECHNIK
Ainda ñ li a letra. O som, ñ curti tanto. Mais do mesmo.
Mas essa porra desse clipe, ainda mais nessa hora em q “gente” eleita (aspas e minha resoluta recusa em chamar de “presidente”) e tornada ministerial caga pela boca sobre “nazismo de esquerda”, menino abrir porta, menina ganhar flor, “universidade ñ é pra todo mundo” e etc.
A porra desse clipe, repleta de referências (inclusive ao grupo Baader-Meinhof?), super produzido ao extremo, tvz seja o q a presente zeitgeist mais precisava. Sei lá. Como me recomendou o amigo Leo: “os caras se propuseram a fazer uma síntese estético-histórico-cultural de um país complexo pra caralho como a Alemanha, e DEU CERTO!”
Ou ñ. Quem vai aguentar ver clipe de 8 minutos? Temos tempo para tal tipo de polêmica?
Já tem vídeo entregando as “referências” mastigadas.
O q acho, por hora, é q o Rammstein acertou. Mesmo q o zeitgeist seja outro agora. Bem pior. Os caras progridem, nós aqui só regredimos. Cada vez mais, ainda mais nos últimos 3 meses. Mitando e andando. Puta q pariu.
OBS: se o link ñ abrir, é pq o You Tube tá considerando impróprio pra menor. No celular, consegui abrir e ver.
Leo
5 de abril de 2019 @ 15:24
Grande Marcão,
Eu, como gosto do trabalho do Rammstein de longa data, realmente gostei da música. Mas, fora isso, concordamos em tudo do seu comentário. Rs
Na minha visão, é uma espécie de “epopéia” em negativo. Na Alemanha, isso sempre foi muito forte, vide a importância que tem um Wagner, por exemplo. Essa forma de contar a história e remeter a mitos (pobre palavra que ficou desgraçada. Rs) de formação sempre foi fator de coesão num país que – até hoje! – é MUITO dividido… E o Rammstein faz o exato inverso, rebaixando os mitos, recuperando cenas absolutamente reais que são, ao mesmo tempo que são trágicas, talvez sejam as mais marcantes dessa história – talvez justamente pra mostrar como mitos são mentirosos (nenhuma referência ao Biroliro, embora se aplique. Rs) – e, ao invés do cromatismo do Wagner, usando o industrial, o eletrônico, uma batida pesada, que hoje é muito mais alemão.
E, nessa grande colagem da história da Alemanha (que não é cronológica), fazem uma grande sátira, jogando com a ironia de ter como fio condutor dessa imagem justamente uma mulher negra nas figuras de poder (o oposto do estereótipo nazista histórico alemão).
Achei bem foda!
Não sei se eles tomam como pano de fundo o panorama anti-intelectual (a.k.a. emburrecedor) global das redes sociais e propagação de mentiras. Me parece que o diálogo deles é mais interno, mas não duvido em nada!
märZ
5 de abril de 2019 @ 19:13
Apesar de eu não ser um grande fã ou conhecedor da banda, é inegável a capacidade deles em fazer boa música, com seus limites bem estabelecidos, e grandes videos pra acompanhar. Gostei muito desse, e da explicação do Leo.
Marco Txuca
6 de abril de 2019 @ 02:45
Sou favorabilíssimo a q o Leo participe mais desta bodega. Tem muito o q dizer.
Vou tentar contratá-lo por salário nababesco: 2 mariola e 1 cigarro Iolanda ahah
Falando sério: Rammstein consegue fazer o q muitas bandas pretensamente sérias dariam os rins das mães pra fazer. Fazem ARTE.
märZ
6 de abril de 2019 @ 11:43
“Fazem ARTE” – resumiu tudo.
Leo
26 de abril de 2019 @ 20:31
https://youtu.be/kXylyw6LRVw
Sei que poucos voltarão à discussão, mas achei legal compartilhar, pq gostei da análise dos caras.