O auto-intitulado disco dos alemães é daqueles raros – e q raros artistas conseguem fazer – a caber na prateleira do “saindo da zona de conforto”.
Sucedeu o (pra mim) fraquíssimo “LiebeIstFürAlleDa“, q por sua vez já sucedia o (pra mim – parte 2) fraquinho “Rosenrot“. Impressionou pelos videoclipes (quesito em q são invictos), mas tem bem mais. Afinal, quem vive de videoclipe é boyband.
Todas as músicas têm alguma evolução e novidades, em termos de timbres e riffs, e em termos do Rammstein de antes, ainda q cedendo ao mid-tempo de sempre quando do vocal, naquilo q é ao mesmo tempo estilo da banda e limitação técnica de TillLindemann. Q mesmo assim me surpreendeu em “Puppe”.
Eletrônica, peso, partes acústicas e déjà-vus formam um patchwork q demanda mais tempo pra ver q músicas vão me “grudar” mais. Estou na 2ª audição seguida da devida imersão*, não tenho pressa. Preferidas até agora: “Deutschland”, “Radio”, “Zeig Dich”, “Diamant”.
Lembro ter sido dos primeiros discos Universal Music a não sair nacional, o q me foi critério infalível pra trazê-lo de Londres. Aqui, quando encontrei, eram só importados e caros; curiosamente me foi tb o mais caro q trouxe de viagem.
Importado lá tb? Não entendi.
* originalmente escrito há uns 10 dias lá no Colecionadores/Acumuladores
A q serve a porra do corretor ortográfico? Pra pessoa passar vexame ou ter q desfazer maus entendidos variados.
Ñ q isso me canse: sou dos q demora um tempão pra digitar msg no celular. Ñ sei fazer com as duas mãos! Ahahah
Tudo isso pra falar desta belezinha q trouxe de Londres:
“Outcast” versão remasterizada, com livrinho contendo depoimentos de Mille Petrozza sobre bastidores e curiosidades, mais um cd ao vivo de 1998, com a banda tocando no Dynamo Open Air daquela vez. O q eu já achava foda ficou um pouco melhor; à exceção do disco ao vivo, pra mim, q as músicas antigas padecem da afinação pra trás, q as estragou.
E aí a gente vê na página abaixo, dum cd europeu de gravadora alemã, esse tipo de bizarrice:
“Against the Best” é o caralho. Faltou revisão na bagaça, q ainda ficou estranho por conter 1 “rest”. Q me fez procurar a letra no Metal Archieves. Achei q teria “best” e “rest”. Tem nada.
“Abandoned Places”, Henk van Rensbergen, 2013, 160 pp., Lannoo
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O autor é belga e piloto de Boeing 787, o q lhe permitiu aprimorar um hobby fotográfico de longa data: buscar lugares abandonados (ñ é o mesmo q “desertos”) pelo mundo e fotografá-los, inicialmente para um site próprio chamado ‘industrial art’, posteriormente para fazer carreira desse tipo de registro, o q inclui seguidores, imitadores e até um estilo consolidado.
Desconheço realmente se Rensbergen foi o primeiro a fazê-lo: seus relatos pessoais, em prefácio, epílogo e casos envolvendo algumas locações e percalços são exatamente pessoais, sem pretensões de isenção ou coisa assim. E tanto faz, na verdade.
O livro em questão é uma coletânea de outros ‘abandoned places’ lançados pela mesma editora, e em versões ‘1’, ‘2’, ‘3’ e ‘melhores momentos’. E oferecem um tema q é de meu interesse, tvz mórbido, o q a capa entrega de imediato. Aliás, a foto em questão parece algo ártico, mas é no litoral da Flórida.
Ñ q eu tenha nascido com fascínio por fotos de lugares abandonados, ou tenha adquirido gosto em algum momento da minha vida por isso especificamente (nem imaginava se tratar dum segmento em fotografia), mas tenho apreço por distopias, filmes de cenários futuristas esvaziados/apocalípticos, coisas assim.
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E o q o livro entrega é tudo isso: viagens pelo mundo (mais pelo mundo civilizado; p.ex., nada de África) retratando construções outrora úteis, imponentes ou significativas totalmente abandonadas, tantas vezes sem uma razão específica. Apenas abandonadas, tornadas obsoletas, esquecidas quase q por completo.
E ñ por serem ruínas ou destroços: shopping center em Nova Jérsei, monumento comunista inóspito na Bulgária, motel, bar retrô setentista – com mecanismo ainda funcionando quando das fotos – e parque de diversões no Japão (fotos noturnas, coisa de filme de terror b), castelo europeu do século XVIII, fábricas imponentes, teatros, hospitais, bancos, igrejas, q tantas vezes sugerem uma reforma para voltarem a ter utilidade, função. Fantasmagorias urbanas. Construções às vezes intactas, apenas deixadas pra lá.
Sem o tal do ser humano. Fotos ñ óbvias: ruínas sugeririam destruição e impactam menos; abandono sugere descaso, desdém. Causam dúvidas, geram espanto. Parecem aquela nota desafinada no meio dum solo, ou aquela banda q propõe algo diferente q demora a assimilarmos. Por isso chocam. Por isso curti.
O título do post, acima, alude a como o autor denomina esse seu trabalho, dentro duma certa ética: entrar nos lugares sem invadir, apenas tirando as fotos e deixando pegadas pra trás. Mais um dos tantos livros q trouxe de Londres e q valeram muito a pena. E q recomendo.
CATA PIOLHO CCLXII – fotógrafo conhecido é o holandês Anton Corbijn, de colaborações com Depeche Mode, U2, Metallica fases “Load/Reload/S & M”, entre outros. Colaborações muitas vezes instantânea e imediatamente reconhecidas.
A dúvida abaixo, citando duas capas específicas, seria: estilo ou auto-plágio envolvido?
Estamos quase em outubro e ainda ñ tenho um disco favorito deste ano. Em parte por minha culpa, já q tenho/ouvi uns 5 lançamentos só.
Este “Hell Yeah”, do KMFDM, vi à venda em Londres, mas ñ trouxe. Por falta de referência ou indicações. Se tivesse prestado atenção à capa (o q o amigo bonna me fez reparar, lá no FB), teria trazido sem vacilar.
Assim: ñ tenho ainda um “disco do ano”, mas A CAPA DO ANO, e de muitos anos, e tvz de toda uma geração, seja essa.
Estive em Londres recentemente e ñ estive em Abbey Road. Pq ñ fiz a menor questão, nem minha esposa.
E se tivesse encontrado camiseta com essa frase, compraria ahah
O q quis ver MESMO desde o momento de planejarmos a viagem, foi a usina termelétrica de Battersea. E foi foda.
Sensação indescritível de olhar pra cima e ñ conseguir ver tudo. Parece pouco? Cliquem na imagem. Negócio gigantesco. Tipo o edifício à esquerda na foto? Tem uns 13 andares, q eu me lembre.
Sensação de uma nave alienígena pousada em meio a uma cidade, por sinal, a ela indiferente. Solidez. Achei estranhíssimo ñ ser ponto turístico. Só eu e a esposa tirando fotos perto, longe, da rua de trás (como esta) e o pessoal da obra (estão revitalizando gourmetizando a região) e do bairro olhando a gente.
Essa é a vista q equivale à capa de “Animals”. A parte de trás (ñ deu pra chegar) é o Rio Tâmisa.
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Além disso, sem nem sabermos antes, acabamos vendo uma exposição sobre o Pink Floyd – “The Pink Floyd Exhibition – Their Mortal Remains” – no Albert & Victoria Museum.
Tão requintada, paramentada, documentada, repleta de áudios (nos audiofones), q entrar às 15h15min e sair às 18h (nós e uma galera) tocados de lá pq era hora do museu fechar, ñ permitiu ver tudo direito. Disco a disco, com relíquias, rascunhos, vídeos com depoimentos de quase todos (só faltando Syd Barrett) etc.
As guitarras acima? De David Gilmour. Aí os amigos vão pensar o q eu pensei na hora: “ah, tá”.
E aí, ao lado, rola um vídeo do Gilmour fazendo “Run Like Hell” com a Stratocaster preta encardida (pena a foto ter saído borrada), e depois o solo da “Confortably Numb”… Cisco no olho do caralho!
Momento foda outro: uma sala com 5 mesinhas de mixagem pra fazemos nosso próprio mix de “Money”, rolando em loop. 2 canais pra guitarra (guitarras), 2 pra sax, 1 pro baixo, 1 pra bateria, 1 pro vocal e 1 pras moedas. Dá pra ficar o dia inteiro pirando.
De minha parte, tirei todo o excesso: deixei só com voz e bateria.
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O final, apoteótico: após passar por uma cabine telefônica londrina com “sinal de ocupado” (pra marcar o fim da banda, de fato), ficamos todos num hall enorme com as 4 paredes exibindo “Arnold Layne” (o início) e então a “Confortably Numb” do Big 8, em 2005 (o final). Gente aplaudindo, gente chorando, putz.
A lamentar: provavelmente isso ñ chega aqui. Ñ com todo o aparato (pedaleiras do Gilmour são maiores q os teclados do Rick Wright), com todas as maquetes (uma Battersea de isopor bem tosca e nada alta) ou com a fartura de souvenires vendidos (caros) na lojinha ao final. Me parece q mesmo rolando aqui em São Paulo, Ñ CABE no MIS; teria q ser no Anhembi ou no prédio da Bienal. E custaria uma fortuna.
Ñ q ñ tenha sido caro pra nós: £ 20. Equivalente a 80 e poucos foratemers. Curadoria de Nick Mason e tudo.
Ñ sou o maior fã de Pink Floyd do mundo, mas paguei um pau forte.
Todos por aqui q têm ou já tiveram banda provavelmente já passaram por situações parecidas. Estúdios sarcofágicos, bares quitinéticos…
De minha parte, afirmo: isso aí é fichinha! ahahah
(do whiplash, já meio antigo)
A banda de Death Metal Unfathomable Ruination vai se apresentar em uma caixa hermética, à prova de som em Londres esta semana.
Visível mas inaudível para o público, o set da banda irá fazer parte de uma instalação de arte do artista Português João Onofre chamada “Box Sized Die”, que faz parte da nova exposição Sculpture in the City.
“A caixa é à prova de som, determinando e limitando a duração do show ao período de tempo em que o oxigénio é consumido”, diz uma sinopse da instalação.
Do lado de fora, o público só poderá ver a banda entrando e saindo da caixa. “De acordo com os médicos, vamos todos morrer… Desafio aceito”, disse a banda em seu Facebook.
Encaixotada no pequeno cubo, a banda irá reproduzir faixas de seu álbum, possivelmente incluindo sons como ‘Edges of Disfigured Atrocity’ e ‘Futile Colossus Decapitated’.
A banda vai se apresentar de 3 de julho a 1 agosto de 2014, às 18:00, de quarta a sexta-feira.