20 ANOS DEPOIS…
… o q “ficaram”?
… o q “ficaram”?
mês de listas dedicadas aos bateristas
BANDAS Q TROCARAM O BATERISTA ORIGINAL APENAS, E SÓ UMA VEZ:
*é claro q teve o baterista do Arch Enemy ao vivo, quando voltaram. Mas estou contando apenas pelos discos
E a quem quiser incluir Beatles, q trocou Best (meu beatle favorito) pelo Ringo, à vontade. Mas preferi focar só em discos
… o q ficou?
Nome e/ou apelido: Leonardo Musumeci/Leo
Idade: 34
Cidade e Estado de origem: São Paulo/SP
Gênero musical preferido: Thrash estadunidense, principalmente a partir da década de 90 (isso não inclui Metallica e Megadeth. Rs); alemão, principalmente a partir da década de 2000; e brasileiro, na esteira do Sepultura. Além disso, death metal melódico (preferencialmente escandinavo e, mais preferencialmente ainda, sueco. Rs). Hardcore e Nu Metal.
Ouve rock desde: rock um pouco antes. Metal acho que desde 1998
Disco que mudou sua vida: “Virtual XI”, que foi o primeiro contato que tive com o metal
Disco que mais ouviu na vida: Nossa! Que pergunta. De pronto, lembro do “Fulminant” (Claustrofobia), especificamente. “Eu Quero É Que se Foda”, que deve ter criado um segundo buraco no cd. Rs
Primeiro disco que comprou: acho que “Domingo” (Titãs); de metal, o “Killers” (Iron Maiden)
Último disco que comprou: acho que foi o “Archangel” (Soulfly). Confesso que o streaming mudou minha relação com as compras de cd, embora sinta falta dos encartes
***
Top 5 discos Ilha Deserta: levaria 5 discos ao vivo, pra ter a impressão de que tem mais gente por lá. Haha
Top 5 bandas: Iron Maiden, Sepultura, Slayer, In Flames, Claustrofobia
(essa lista, como qualquer uma desse gênero, é injusta. Teria que aparecer Judas e Pantera nela, pelo menos. Rs)
Top 3 melhores shows que já viu ao vivo:
Música que seria a abertura de seu próprio programa de rádio: Kreator – “Violent Revolution”
Música pra tocar no meu velório: se quisesse levar mais alguém comigo, “Deathrow (No Regrets)”, (Hypocrisy) que é a música mais deprimente que conheço; mas acho que “Children Of the Grave” do Sabbath cairia bem. Rs
Não entendo como conseguem gostar de: Tribalistas
Já tocou em alguma banda: Casus Belli… Que, 18 anos depois, ainda não gravou sua demo. Rs
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Além de rock, curto muito: jazz e blues (gosto mais do que entendo); MPB ou bem instrumentada ou com sentido político (pra mim, é incompatível viver neste país – principalmente em certos períodos como década de 70 e hoje – e não usar a música como ferramenta política), de Chico Buarque a Criolo, e além, até MC Garden; e o que se convencionou chamar de música “clássica”, embora nem tudo seja clássico. Rs
Maior decepção musical: Phil Anselmo nazista safado do caralho
Indique 3 bandas novas: Surra, Armahda, Hatefulmurder (pra dar uma força pra galera que tá aqui, trampando forte por um som profissa neste país)
LP, CD, mp3 ou streaming: CD. Acho meu acervo de mp3 bem respeitável, mas hoje confesso que escuto predominantemente streaming.
Ñ sou um ufólogo, sequer um entusiasta. O máximo q tenho de material a respeito são os dvd`s de ‘Arquivo X’ (todos) e uns discos do Hypocrisy. Ñ desacredito, e vou na opinião da tirinha de Calvin & Haroldo q vi certa vez, quando o menino diz pro tigrinho de a prova da existência de vida extraterrestre inteligente ser o fato de nenhum alienígena jamais ter vindo pra cá eheh
Gosto duma teoria q diz q os tais alienígenas e discos voadores, tão vistos por aí, seriam na verdade a humanidade do futuro voltando no tempo para nos estudar. Sei lá se pra tentar reaprender com alguma cagada atual, se pra roubar alguma baleia jubarte (tipo ‘Star Trek’), pra abduzir peças de reposição de Deloreans, se por algum barato comercial (turismo radical) ou se fazendo apenas por poderem fazê-lo. Tanto faz.
Tudo isso pra dizer da impressão do show do Meshuggah ocorrido na última sebunda-feira, como uma INTERVENÇÃO ALIENÍGENA. Dizem q os caras são suecos: já foram vistos perambulando por lá? Ah, o baterista é casado com integrante do Crucified Barbara. Há algum documento q prove?
Aquelas guitarras de 8 cordas: vendem aonde? A Nasa autoriza? Aquele som absolutamente PERFEITO, duma banda com guitarras sintônicas afinadas em G, contando com baixo e bateria tb audíveis? E aquele vocalista nos chamando a toda hora, sei lá se pra tomar o palco, se pra voltar com eles donde vieram? Careca, ainda por cima. Porra.
*
Foi show único no Brasil, precedido de shows únicos tb no Chile (dia 3 – dizem) e na Argentina (dia 1 – a internet diz), duma turnê esquisita, q ao mesmo tempo ñ promoveu álbum recente – “Koloss” – tampouco antecipou lançamento próximo, “The Violent Sleep Of Reason”, a sair mês q vem. Precisavam de pretexto nenhum. Só de virem pra tocar qualquer som de qualquer álbum, já seria foda.
E foi. E estava bem cheio; tvz tanto quanto da última (primeira) vez. Bobear, éramos as mesmas pessoas. Os mesmos convertidos.
E convertidas tanto quanto: tvz já houvesse mulheres da outra vez, mal lembro. (Reli a resenha da apresentação de 2013: já tinha bastante). Estranho haver alguns espécimes fêmea presentes, muitas nitidamente pra acompanhar namorados/namoridos. Por outro lado, sujeita com camiseta do Gojira entregou a rapadura de gente ali tb presente por terem conhecido as derivações e daí terem partido pros criadores…
A impressão de gente vinda do futuro pra nos dar uma COÇA vem daí: fossem apenas banda q tocasse em afinação baixa, ñ teriam reinventado a roda. Tocar em afinação baixa com pirações de compassos nem sempre simultâneos foi redescobrir a pólvora. Por q é q ninguém tinha feito isso antes? Tchã-ran…
A impressão de intervenção alienígena se deu nas luzes, pra lá de ajeitadas com os sons (em “Bleed”, chegando a tercinarem juntas aos bumbos); se deu ainda nos caras praticamente aparecerem no palco sem sobreaviso – a ñ ser por uma zumbizeira duns 5 minutos (meio q um “Tangerine Dream from hell“) q antecipou “Perpetual Black Second” iniciada abrupta. Como todos os 14 sons, iniciados abruptos.
Pq os cabras usam click. Ou dotados seriam dalguma telepatia sociopata.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=aiR35GnzzrI[/youtube]
Estávamos todos entregues. Clima de devoção. Suspiros sendo ouvidos ao se iniciar esta, aquela ou aquela outra música. Gente bradando letra após letra. Momentos de cantarolarem riffs! Os cabras sacaram. Interagiram muito pouco: uns 3 ‘thank you‘, um ‘saon paulo’, uns agradecimentos mais por mímica, por jogar palhetas e baquetas, q por gente q saiba falar inglês direito. Ou português. Ou qualquer língua da Terra. Puta q pariu.
Sons de “Koloss” ficam ainda melhores ao vivo: sobretudo “The Hurt That Finds You Fist”, “Swarm” e “Do Not Look Down”. “Bleed” é monstruosa, gera pânico, comoção e descrença ao mesmo tempo. “Stengah”, um hino: no primeiro bend, já tinha gente entregue. Os guitarristas mal olhavam pra frente – shoegazing de outro mundo. O baixista ora parecia aborrecido… por deter um dom hermético e inacessível? “New Millennium Cyanide Christ” veio como hit, e as duas partes de “Catch 33”, no lugar devido da improvável e imprevista “Future Bleed Machine” da outra vez. Teve gente conseguindo abrir roda nela. Tem gente até agora q nem deve acreditar q rolou.
Tudo isso aqui pra dizer o indizível: o show foi uma EXPERIÊNCIA sensorial. Uma coça de gente do futuro vindo ensinar lições. Saí de lá esgotado, fisicamente inclusive. Uma intervenção extraterrestre da qual a humanidade ñ poderia ser privada. Coisa de uma elite presente, injusto isso. Bem poucas mudanças em relação ao repertório de 2013, mas acho q ninguém ligou. Nas próximas q vierem, lá estarei. E quem ñ puder ir, q vá caçar Pokémons.
O vídeo acima linkado nada assegura sobre a ocorrência do show, da existência da banda, ou de q o tempo passou na noite de sebunda-feira. Ñ serve como prova.
E ñ fui lá pra ver banda de abertura. Um tal de John Wayne.
E sou da impressão de q o técnico de som desses caras TEM Q ganhar um Nobel de Física.
***
Set-list: 1. “Perpetual Black Second” 2. “obZen” 3. “Swarm” 4. “The Hurt That Finds You First” 5. “Stengah” 6. “Lethargica” 7. “Do Not Look Down” 8. “Bleed” 9. “Catch 33” (as partes “In Death – Is Life” e “In Death – Is Death”) 10. “Straws Pulled At Random” 11. “New Millennium Cyanide Christ” 12. “Demiurge” 13. “Dancers to a Discordant System”
DISCOS DO HYPOCRISY PRA MIM:
* Vale 10 Contos por aqui em abr/12
E ñ mais nenhum, por eu ñ ter mais nenhum. O q os amigos/amiga por aqui recomendam?
Vejamos e convenhamos: tirando nos EUA e, tvz, por aqui, bandas inspiradas em Rammstein surgiram a torto e a direito. Aos cântaros. Bandas reconhecidas se inspiraram neles com parcimônia, como até mesmo o Nightwish.
Nada de banda revolucionária: apenas uns ogros competentes surgidos na hora e lugar certos. Com os 2 últimos discos fazendo mais do mesmo e demonstrando declínio aparente, repetição da proposta, marasmo de idéias.
Aí vem Peter Tägtgren (Hypocrisy e Pain) e monta projeto com o vocalista Till Lindemann. Banda intitulada Lindemann, q recém-desovou álbum de estréia conceitual sobre parafilias, abaixo:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=bhJOwHyLpOk&list=PL9_y2ln4fucl2lbuz_is337r-F7WxuLcy[/youtube]
Dúvidas atrozes, por ora:
1. ficou um Rammstein melhorado, mesmo em inglês, ou um Pain melhorado, com vocal melhor?
ou
2. ñ caberia ao Rammstein entrar com recurso na OTAN pedindo embargo da obra? ahah
Os titulares estariam pra lançar álbum novo ainda este ano. Em q condições?!?!
Sobre o tal mega-máxi-ultra-über-super projeto Killer Be Killed, recém-lançado. De q ouvi uns sons no You Tube há pouco:
1. “Wings Of Feather And Wax”
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=kVE2GFvQhyM[/youtube]
Tem lá seus altos e baixos – e o maior “baixo”, o refrãozinho chorão melodicu-zinho tentando emular o In Flames com 20 anos de atraso – mas achei bão. Honesto.
2. “I.E.D.”
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=-qHp05a7lpA[/youtube]
Deste aqui, curti mais. Pq pareceu mais orientado pro mercado europeu: distorções guitarrísticas à Hypocrisy. Será q esses estadunidenses já ouviram a horda de Tägtgren? Músicos muito bons, pouco cheiro de timbres ou execuções ajeitadas em Pro Tools. Posso estar enganado.
3. “Melting Of My Marrow”
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=ONGkrb_Ves0[/youtube]
Essa 3ª já me pareceu uma cruza das duas anteriores. As pretensões comerciais ñ anulam a abrasividade decantada. A meu ver.
*
Ñ achei melhor q os melhores do Soulfly (“Prophecy” a “Enslaved”), tampouco superior ao Nailbomb, pra falar em termos “maxísticos”. Mas torna desnecessário o tal Cavalera Conspiracy novo, q agüarda lançamento; e tb os anteriores. Achei bem melhor q os ex-chapas daqui insistindo com o “Sepultura” e o negão sem carisma nem voz. Ou q Andreas Beijador tentando abraçar o Mercosul com 20 anos de atraso no tal De La Tierra. Max vai conseguindo se recolocar no mercado, pelo jeito.
Tô na dúvida ainda sobre comprar o artefato, mas beleza. Hail, Max!!
Ñ é exatamente uma típica resenha Thrash Com H. Juntei a impossibilidade de fazer uma nova com o ensejo de reprisar esta aqui, postada no extinto Exílio Rock em 2 de Março de 2013. Segue:
–
Outro dia aí, pelos caminhos e descaminhos do Facebook, um amigo postou algo chistoso sobre Ney Matogrosso, tornado mais ou menos papo sobre o Secos & Molhados. Quase que na hora, lembrei de postar por aqui sobre um tributo ao grupo e a seu memorável e auto-intitulado 1º álbum de 1974, lançado há 10 anos, a mim uma das piores atrocidades cometidas sob a chancela “álbum-tributo”.
Segue lista dos sons e executantes – duplo sentido! – que por si só já devem aludir ao horror de “Assim Assado”:
Não fosse suficiente só o notável elenco – explicitamente, quase todo o cast da Deck Records, do magnânimo Rafael “Baba Cósmica” Ramos, numa forçação de barra inenarrável – creio caberem ainda alguns destaques:
Sim, cada artista fez versões de acordo com seu “som”, seu estilo. Mas Arnaldo Antunes “cantar” “Rosa De Hiroshima” configura praticamente crime hedidondo, inafiançável. Cagou e sentou em cima da rosa, da rosa. Matanza fazendo “El Rey” – originalmente acústica – naquele hardcore capenga que lhes é característico, achei um ESTUPRO. Vinheta de 10 segundos, “As Andorinhas”, virando drum’n’samba (eletro-samba pra japonês que já foi modinha), deve ter sido pra arriscarem colocá-la na trilha dalgum remake de “Laranja Mecânica”, naquela parte do condicionamento aversivo com o criminoso, só pode…
Nando Reis, oras, conseguiu ERRAR em sua versão. Cortou fora 2 versos de “Sangue Latino”, com que a banda de apoio o acompanhou. Se foder!
Salvam-se, pra dias de muito bom humor e benevolência, ou de muito tarja preta na moleira, as versões de Ira!, Capital Inicial e Pitty. A de Ritchie é a inusual: um inglês cantando “Fala” com mais propriedade que todos os outros brasucas.
Todo o resto é oportunismo fuleiro de ex-artistas tentando lugar ao sol. Não conseguiram: “Assim Assado” deu em nada. Também por conta dos Secos & Molhados haverem se perdido nas brumas da memória: quem os curte nem é o público da maioria dos artistas aqui elencados. Ainda bem.
Gerson Conrad, um dos ex-integrantes do grupo, em depoimento à finada Revista Zero, também detestou as versões de Arnaldo Antunes e do Matanza e classificou “Assim Assado” como “um disco que não passa emoção”. Chegou perto, foi educado.
Deveria ter falado que “Assim Assado” é um lixo. Uma bosta.
…
CATA PIOLHO CCXXIX – “Slither”: Metallica ou Velvet Revolver? // “Smear Campaign”: Napalm Death ou Annihilator? // “Unleash the Beast”: Saxon ou Hypocrisy?