30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
versus
Lista centrífuga e ventríloqua pra hoje:
_______
WhatsAppin‘: quem?
Que idiota
Sesc Belenzinho, 15.04.23
No último sábado, tivemos aqui em São Paulo um show daqueles q até quem ñ foi vai passar os próximos anos dizendo q estava lá e q “foi do caralho”. Foi o show do Bruce Dickinson com orquestra tocando Deep Purple ahah
Acontece q o show do Garotos Podres, mesmo q só tenha tido mais esse show por aqui no dia, fica num HONOROSO 2º lugar. Show de q vou me lembrar pros próximos anos, tamanho o repertório, a entrega e a simbiose com o público.
Nenhuma novidade “ingressos esgotados”. Havia entre 600 e 700 pessoas ali, fácil, o q a mim consolida aquele Sesc como um espaço único e altivo pra show: fácil de chegar, horário pertinente, seguro (de novo, eram muitas as crianças presentes), com som e equipamentos de primeira, e ZERO presepada de bandas de abertura.
Falava até pro Leo, q estava junto: “Iron Maiden agora, só se for no Sesc” ahahah
****
E o q é um show do Garotos Podres em 2023? Hinos do punk brasileiro, urgência, zoeira (só eles conseguem cometer “Subúrbio Operário” e “Verme” e soarem coerentes), zoeira com o ex-presidente Pennywise e diversão garantida.
Ñ sei mesmo o nome dos caras (nada garotos) q acompanham Mau agora, mas atesto q vi uma banda ensaiada e entrosada, incluindo as horas de darem “rateadas” no andamento pro vocal rolar. Mau q certamente desconhece tom, semitom, harmonia e o escambau: canta tudo igual e berrado, ainda igual aos discos.
Pessoalmente, ñ me preparei. Ñ no sentido de reouvir os discos todos antes; no máximo, lembrava uma ou outra mais óbvia. E o barato mesmo foi ir me surpreendendo: “caralho, ‘Oi, Tudo Bem?'”, “porra, é mesmo ‘Rock de Subúrbio'”, “putz, ñ lembrava da ‘Nasci Para Ser Selvagem'”.
Além disso, presenciei uma banda zero refém do passado, tocando sons recentes, versões de outras bandas e afiada (Mau afiado) no discurso de esquerda. Historiador q é, ficou dando “cortes” históricos, estrategicamente situados no todo pra ele pegar fôlego.
O público abriu roda, içou criança (o mesmo “Black Force Dominho” q esteve no Krisiun e no Troops Of Doom), berrou junto, deu risada e ficaria mais o tempo q fosse, ñ fosse o cansaço do vocalista, q a idade (passou de 60 anos) e a barriga em cascata proporcionam.
E era um público de punks velhos, roqueiros de meia idade (eu, ñ o Leo), mulherada, crianças e até um perdido por ali usando camiseta do Pantera. Q ñ foi hostilizado, ao passo q se fosse o contrário…
Músicas (versões) repetitivas e longas ali pelo 8º e 9º sons achei um pouco chato, mas entendi q era estratégico pros sons no terço final. Fôlego conservado e recuperado. Pra ser chato ainda, achei desagradável ñ ter cds na venda de merchans, e q as camisetas estivessem custando 70 lulas. Mas fui lá pra me acabar de gritar e me deixar levar. É banda q comecei a ouvir com 12 anos e q ainda tem relevância, contundência e quaisquer outros adjetivos paroxítonos acentuados em circunflexos q eu puder acrescentar.
9º show q assisti em 2023. 9º show no Sesc. E o melhor, disparado, até agora. Anarquia Oi!
Set-List: 1. “Garoto Podre” 2. “Oi, Tudo Bem?” 3. “Vomitaram No Trem” 4. “Nasci Para Ser Selvagem” [versão pra Steppenwolf] 5. “Rock de Subúrbio” 6. “Johnny” 7. “Subúrbio Operário” 8. “Avante Camarada” [versão para hino esquerdista português] 9. “Antifa Hooligans” [Los Fastidios] 10. “A Internacional” [domínio público] 11. “Grandôla Vila Morena” [idem 8] 12. “Aos Fuzilados da CSN” 13. “O Mundo Não Pára de Girar (Por Isso, Estou Tonto)” 14. “Mucha Policia, Poca Diversão” [Eskorbuto] 15. “Gritos Em Meio À Multidão” 16. “Repressão Policial” – 17. “Anarquia Oi’ 18. “Verme” 19. “Expulsos do Bar” [Mata-Ratos] 20. “Papai Noel Velho Batuta” 21. “Vou Fazer Cocô”
PS – faltou “Anistia?”. Seria cirúrgica
Como já dizia o narrador da Sessão da Tarde, “altas confusões com essa turminha da pesada”, hum?
Breves pitacos q me ocorrem:
versus
(último de 2022)
versus
versus
Meshuggah
“Contradictions Collapse” – muito fãs de Metallica
“None” (ep) – um Pantera prog
“Destroy Erase Improve” – um Fear Factory epilético
“Chaosphere” – formatação 80% concluída
“Nothing” – devidamente meshuggados
“I” (ep) – obra de arte
“Catch Thirty-Three” – repetição e ênfase
“Nothing” [2006] – coisa de guitarrista
“obZen” – auge da proposta; forma + conteúdo
“Alive” – “quem sabe faz ao vivo”
“Koloss” – fase groove
“The Ophidian Trak” – souvenir da fase
“The Violent Sleep Of Reason” – estagnados na matemática
“Immutable” – promessa de melhor de 2022
Sem murismos, pode ser?
Da minha parte, daí “Piece Of Mind”. Mesmo pq “Reign In Blood” meu DNA já printou!
… o q ficou?