Ñ q a pandemia tenha atrapalhado, mas me surpreendeu – Max & Igggor ñ estão com abril e maio tomados por turnê retrô?? – há pouco: “Totem”, disco novo do Soulfly sai dia 22. Sem Dino Cazares.
Primeiro single, “Superstition”.
Na análise fria dos números, Max é impressionante: 20 discos em 24 anos. Soulfly, Cavalera Conspiracy, Killer Be Killed e Go Ahead And Die – faltou algum?
O q ainda ñ foi dito, o q se mais pode dizer desse verdadeiro homem de família?
Q tem a própria banda, na qual emprega 1 dos filhos na bateria (Soulfly), lança projeto (Cavalera Conspiracy) barra turnê nostalgia (Max & Igggor) quando o irmão tá precisando duns trocados e o Mercado demandando uma volta da ex banda, e q agora faz parte da banda do outro filho?
(tb rende uns trocados em royalties pros desafetos daqui quando toca Sepultura aí pelo worldwide)
Puro altr00ísmo?
Go Ahead And Die é a banda. Disco de estréia autointitulado prestes a sair. 11 sons. Nuclear Blast. Formatos lp (de várias cores), cd, cassete branco e digital, segundo a nota no G1.
[G1!]
Tomei um susto, pq apareceu no meu new Instagram (desde q troquei de celular há 20 dias, recebo em nível bombardeio informações sobre heavy metal como nunca antes) e a princípio achei q fosse zoeira. Ñ é.
Claramente o som é do Igor Amadeus; ñ precisa entender inglês pra sacar q o vocabulário empregado é bem mais amplo q o do pai ahah
Deixo a parte musical para discutirmos abaixo. Por ora, meu total espanto e admiração: tava na hora de desovar Soulfly novo, Max lança algo uma vez por semestre, a agenda é quase implacável. Já tinha participado do segundo Killer Be KIlled (bom?) no anterior, agora vem essa.
Com clipe muito bem produzido, aliás. Max é gente q faz. Empreendedor. Pensa fora da caixinha E dentro da caixinha. Poderia estar por aí vendendo solo de guitarrariff, fazendo live coitadinha ou perdendo amigos por causa de política. Tem bala na agulha ainda. E ñ teme desperdiçar.
Deve ser muito foda ser filho do sujeito. Q ñ demora muito, virão netos. Uma dinastia, um clã.
Covid meio trancou o mundo, as lives se tornaram norma e a música se recusa a se render, pelo jeito. Os algoritmos do celular andam bem calibrados, e ainda q seja inútil render-lhes crédito (ahahah), compartilho as surpresas da vez.
O Fates Warning é aquela banda q até sei q ainda existe, mas – e acho q ñ só eu – só fico sabendo q estão ativos quando soltam algo.
Nunca fui exatamente fã, e sei do lugar deles no ecossistema do heavy metal enquanto criadores do metal progressivo (Dream Theater foi lá e popularizou a franquia)… pra bem e pra mal ahah
Então de onde menos se espera, soube estarem pra desovar álbum novo, “Long Day Good Night”, em 20 de novembro – haverá 20 de novembro? – e curti bastante “Scars”, o som acima. Pesado e acessível como tvz só a maturidade garanta. Ñ é q vou comprar o disco, e a amostragem é risível – de repente, o único som legal da safra – mas achei legal demais.
Já o Deep Purple, de onde menos se esperava (aposentadoria descartada) soltaram disco novo, “Woosh!”, bastante elogiado pq aparentemente deixaram Don Airey trabalhar, tocar a lojinha. Eterno substituto do insubstituível Jon Lord, parece q saiu da coadjuvância e quis jogo.
Baita som, baita videoclipe.
Engraçada ainda outra coisa: enviando pra amigo roqueiro mais antigo (uns 15 anos mais velho), sujeito manda um “ñ curti, e a real é q depois q o Blackmore saiu perdi o interessse na banda”. Normal.
Até eu falar q com Steve Morse já seriam 7 os discos, fora os ao vivo: “Purplendicular”, “Abandon”, “Bananas”, “Rapture Of the Deep”, “Now That?!”, “Infinite” e esse novo. E q é uma outra banda, de fato.
O amigo vem falar q parou no “Come Taste the Band”…
Killer Be Killed, de onde menos se espera, é Max trampando na quarentena. “Reluctant Hero”, disco novo, vem aí, tb em 20 de novembro. Vai virar 2021 e ele precisa dos trocados pro IPTU e pra bancar a molecada mulamba porra caralho porra caralho no fio da navalha no fio da navalha.
Curti demais o som, acima da média em composição e execução. Mas os vocais q ñ o do Max ferram tudo.
A maior surpresa, por fim, vem da Holanda. Q agora chama Países Baixos. De onde menos se espera, o tal Ayreon, daquele tal guitarrista incensado e dito gênio (tô com preguiça de buscar o nome), tá soltando disco novo, “Transitus”, daquela pegada “sons com convidados ilustres pq sou rico e pago pros outros e tenho um projeto cult q ñ é uma banda”.
E uau. Alô, Simone Simmons.
“Nice!”
Cantando melhor. E ainda mais (desculpem o machismo) gostosa. Minha nossa. 35 anos apenas e muito a apresentar. Mulherão da porra existe?
É a Simone q eu gostaria q chegasse pra mim daqui uns 3 meses e me perguntasse “então é Natal, e o q vc fez?”
Foi um ano meio morno, esse 2014. Bons lançamentos, mas tvz nenhum assim memorável. Ou q vire um álbum clássico daqui 10 anos. Exceção, tvz, ao Ratos de Porão novo, petardo. Arregaço. Porrada.
Sem mais preâmbulos, minhas listas da vez:
MELHORES ÁLBUNS DE 2014
“Século Sinistro”, Ratos De Porão
“Fé + Fé = Fezes”, Periferia S.A.
“Blood In, Blood Out”, Exodus [apesar do Zetro]
“Rock Or Bust”, AC/DC [queimei a língua]
“Redeemer Of Souls”, Judas Priest
“White Devil Armory”, Overkill
“Snakes And Servants”, Regicida
“Blind Rage”, Accept
“Killer Be Killed”, Killer Be Killed
“War Eternal”, Arch Enemy [pra inteirar 10]
MELHORES ÁLBUNS Q ADQUIRI EM 2014, MAS LANÇADOS NOUTROS ANOS:
“THRAK”, King Crimson
“Dry”, PJ Harvey
“God Fodder”, Ned’s Atomic Dustbin
“Anomalies”, Cephalic Carnage
“Couldn’t Stand the Weather”, Stevie Ray Vaughan And Double Trouble
“Around the Next Dream”, BBM
“To Bring You My Love (& the B Sides CD)”, PJ Harvey
“Paris”, Malcolm McLaren
“The Electric Age”, Overkill
“Sounds That Can’t Be Made”, Marillion
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álbum desnecessário do ano: “The Endless River”, Pink Floyd
Acreditou em “álbum novo do Pink Floyd” o otário e a otária q quiseram. Vi babacas na internet crendo piamente q Roger Waters tomaria parte disso. “Rádio rock” daqui de SP anunciando como o “novo álbum após 20 anos” só alimenta a ilusão capenga e dolosa. É um disco de sobras de “The Division Bell”, q já ñ era um primor. Apenas pra ganhar uns trocos, a troco de prestar tributo a Rick Wright, autor e co-autor de 12 dos 18 “sons” por aqui. Disco de Pink Floyd com Rick Wright à frente é o mesmo q disco do Metallica com Kirk Hammett compondo tudo sozinho… Comprei mesmo assim.
A pior capa de disco q já vi, aliada a algo inacreditável: um disco ñ mixado. Nem Darktrhone véio faria pior. Provavelmente gastaram o orçamento do disco em farofa, pinga, uísque com energético (pro Iggggor) e lançaram o álbum, q tem bons momentos, apesar de tudo. Tomara q daqui uns anos relancem… mixado!
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PIORES ÁLBUNS Q COMPREI ESTE ANO…
“(the best of) New Order”
“The Corruption Of Mercy”, Sarah Jezebel Deva
“Registro Sonoro Oficial”, Video Hits
“Nheengatu”, Titãs
“Tubular Bells III”, Mike Oldfield
“Meds”, Placebo
“Leave Scars”, Dark Angel
“Carnival Of Chaos”, GWAR
“Warhorse”, Picture
“Is This Desire?”, PJ Harvey
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MELHORES LIVROS DEVASSADOS EM 2014, E Q RECOMENDO:
“É Tão Fácil”, Duff McKagan
“Cheguei Bem A Tempo de Ver o Palco Desabar”, Ricardo Alexandre
“O Réu e o Rei”, Paulo César de Araújo
“Crazy Diamond: Syd Barrett & o Surgimento do Pink Floyd”, Mike Watkinson & Pete Anderson
“Malcolm”, Fábio Massari e Luciano Thomé
“Ghost Rider”, Neil Peart
Série-saga “A Torre Negra”, de Stephen King, da qual li os 4 primeiros livros. Junto-os todos
“Mtv, Bota Essa P#@% Pra Funcionar”, Zico Góes
“Zumbis Marvel” [graphic novel], Robert Kirkman & Sean Philips
“O Papa de Hitler – A História Secreta de Pio XII”, John Cornwell
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SHOWS…
ñ tem muito. Fui só no Hypocrisy e nos dos amigos do Armahda, quando abriram pra Sabatton (fracos) e Vicious Rumors (quase fracos)
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PREVISÕES DE SHOWS
fora os anunciados e os mega-festivais, prevejo shows no Brasil de Sonata Arctitica, Glen Rugas, Focus e Peter Hook tocando Joy Division (pelo menos uma vez: em 2014 foram duas). Fora Biohazard em “Matanza Festival # 519” (com montes de gente, de novo, saindo fora durante a “atração principal”), Epica, Obituary, Destrúcho e Brujeria (q ñ aprendem a parar de brincar)… e Metallica, lançando disco novo em set-list demagógico, mas com turnê temática comemorativa dos 10 anos em q Lars Ulrich aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas.
Tem lá seus altos e baixos – e o maior “baixo”, o refrãozinho chorão melodicu-zinho tentando emular o In Flames com 20 anos de atraso – mas achei bão. Honesto.
Deste aqui, curti mais. Pq pareceu mais orientado pro mercado europeu: distorções guitarrísticas à Hypocrisy. Será q esses estadunidenses já ouviram a horda de Tägtgren? Músicos muito bons, pouco cheiro de timbres ou execuções ajeitadas em Pro Tools. Posso estar enganado.
Essa 3ª já me pareceu uma cruza das duas anteriores. As pretensões comerciais ñ anulam a abrasividade decantada. A meu ver.
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Ñ achei melhor q os melhores do Soulfly (“Prophecy” a “Enslaved”), tampouco superior ao Nailbomb, pra falar em termos “maxísticos”. Mas torna desnecessário o tal Cavalera Conspiracy novo, q agüarda lançamento; e tb os anteriores. Achei bem melhor q os ex-chapas daqui insistindo com o “Sepultura” e o negão sem carisma nem voz. Ou q Andreas Beijador tentando abraçar o Mercosul com 20 anos de atraso no tal De La Tierra. Max vai conseguindo se recolocar no mercado, pelo jeito.
Tô na dúvida ainda sobre comprar o artefato, mas beleza. Hail, Max!!