Pq o rock de tiozão de quem é tiozão é o blues. Pq gente com talento consegue fazer coisas fodas e q não soam protoolzadas.
Pq não parece AC/DC (q vocal é esse?) ou GunsN’Roses ou Aerosmtv, e isso é foda. Não parece nem o pouco q sei do trabalho solo de Slash. Não sei se o disco novo do criador de cobras virá todo assim.
Soa pra mim o q o BlackCountryCommunion poderia ter sido e nunca foi.
Carcass e Megadeth serão lembrados no pós-apocalipse como as bandas q mais enrolaram pra lançar disco novo. Provavelmente ambas hordas condicionando lançamentos a turnês, é do jogo. A diferença dos ingleses é estarem desovando (ops!) as novidades em pílulas (eita), como o ep “Despicable”, meio aperitivo meio paliativo.
E os clipes q se seguiram. Foram 4 já, e o tal “Torn Arteries”, artefato de fato, sai dia 17, salvo engano. E se a galera prestando atenção no Iron Maiden der atenção ahah
Enquanto a banda de Megadave fica mandando funcionário embora, regravando partes e regulando mixaria (vai sair e vai frustrar DEMAIS), Dream Theater parece estar paralelo co-secante soltando novo espécime criado in vitro e tô quase prevendo q o neo-oldGuns N’Roses – com Axl, Duff e Slashhigh school music brothers again – periga lançar um “Chinese Democracy 2” ainda antes ahahah
Dane-se, de qualquer modo.
O post é mais pra enaltecer esse som novo dos liverpoolenses, “Dance Of Ixtab”, q achei bem melhor (até no videoclipe meia boca) q o “Kelly’s Meat Emporium” (vídeo “zero boca”, e q deve ser a arte da capa…) anterior. Bill Steer é o riff encarnado.
Quem tem Steer ñ tem medo. Nem deve.
Um som q tem o q eu espero sempre do Carcass: algo imprevisível.
Na cola do single, os caras ficando grandões, assumindo a influência do Sepultura e, aparentemente, querendo ajudar os índios aqui. Apontando instituições e ONGs pertinentes.
Pelo q tenho acompanhado à distância, ilustres do metal e do hard rock andaram doando instrumentos musicais para serem leiloados, com fundos dirigidos à causa. É isso? Slash já doou, Lenny Kravitz (pecuarista aqui, ñ sei se vcs sabem), alguém do Metallica (Trujillo, claro. Hetfield? Esquece) e etc.
Meu pé atrás: já rolaram experiências caridosas mainstream antes, George Harrison fazendo show pra Bangladesh, Bob Geldof ressuscitando o Queen e pondo uns dinossauros pra passar vexame em prol da Etiópia, o USA For Africa, aquele “Stars”, do Dio. Dos quais soubemos q muito pouco ou NADA da arrecadação foi pra quem deveria.
Será q algo mudou aí? Ao mesmo tempo, o q me soa interessante é algum ativismo mais pró ativo no metal [isentão vai relinchar q “Gojira ñ é metal”], q pode fazer com q a massa crítica (a q pertencemos aqui) mostre mais a cara e os tr00 fiquem mamando kitgays no esgoto recalcado de onde ñ deveriam ter saído.
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II) Tom Hunting e o câncer
Todo mundo soube: Tom Hunting – reserva moral, melhor baterista e fundador do Exodus – foi diagnosticado com câncer e ñ tem grana pra custear o tratamento.
Nem é o caso de “já teve grana”. Nunca teve. Aquilo recorrente aqui no blog, já conversado inúmeras vezes, de q o pessoal do metal “série b” e várzea realmente ñ tem onde cair morto. Literalmente. Mas q um ou outro metaleiro tonto ainda fica acreditando em mansões, Ferraris, top models e rios de dinheiro.
Aquele tipo de metaleiro q só curte o som pelo som e ainda defende o MONSTRO (ae!) Bostonaro.
Pois é: fizeram o crowdfunding – me respeita, q eu sou do tempo da “vaquinha”! – e em poucos dias arrecadaram o q precisava e mais um pouco. Metallica compareceu (Kirk, claro. Lars, esquece) fez um pix de 5 paus.
Impressão de q, independente da pandemia, isso se tornará mais freqüente nos próximos anos…
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III)Bruce Dickinson e os 280km
É um certo Heavy Metal Truants, criado por Rod Smallwood, visando caridade e caravana até o festival de Donington. O link acima esclarece bastante.
Uma das instituições a receber o auxílio financeiro é a Nordoff-Robbins, um misto de escola de música com clínica terapêutica (foco maior é o trabalho em Musicoterapia) e tb uma linha terapêutica na própria Musicoterapia, com trabalhos referendados nos EUA e Canadá há mais de 40 anos.
Ñ achei o vídeo da campanha, com Bruce convocando um pessoal a pedalar, mas puxei esse acima (de 2015) dele fazendo uma visita a um dos centros Nordoff Robbins. Ñ é oportunismo marqueteiro.
O sujeito poderia estar por aí lutando esgrima, pilotando avião (ou ñ), cantando em live do Iron Maiden (ñ fizeram nenhuma mesmo?), curtindo a esposa com metade da idade, mas ñ fica parado e resolveu demonstrar EMPATIA, como ñ?
Q eu saiba, já em “The Osbournes” ele disse q tinha Parkinson. A novidade é tentar tirar proveito da miséria pra emplacar uma nova turnê? É o q vai me parecendo. Decadência sem nenhuma elegância.
Ozzfest pelo jeito ñ rola mais. Disco novo prometido pra até quando? Nem banda fixa parece mais ter. (Já discutimos isso aqui, recentemente). Paciência pra com fã q aguarda salivando algo daí, já ñ tenho mais. Cansei desse povo parado no tempo. O mesmo q enaltece os Priester, Edu Falaschi, Noturnall, Matanzas A & B e tributos ao André Matos, q era um grande cara e ñ tem culpa disso.
O tempo passa. Passou. E está atropelando. Ozzy Osbourne é um milagre da ciência? Tanto quanto Keith Richards e o recém-falecido Ginger Baker. Mas até o fim tem q ter fim, catso.
E me surpreendendo: autobiografia bastante lúcida e sóbria. Repleta de detalhes, mas sem qualquer mimimi.
Como a de Dave Mustaine, em nenhum momento Duff McKagan se faz de vítima neste “É Tão Fácil – E Outras Mentiras” (poderiam ñ ter traduzido o título, hum?), lançada por aqui pela Editora Rocco ano passado. Por outro lado, ainda estou no capítulo 13º – são 65 totais – e nada até agora me fez querer parar.
Relatos ainda estão no pré-“Appetite For Destrúcho”, quando eram uma banda de mulambos hostilizada pelas bandas glam e aceitos com casca e tudo pelos punks de Los Angeles. Duff foi o elo de ligação da formação clássica do Guns N’Roses – havia tocado separadamente com Slash e Steven Adler em projeto natimorto (Road Crew), e com Axl e Izzy Stradlin num GNR embriônico – e isso eu ñ sabia. Legal.
Impressão de sujeito idealista, mas ñ completamente porra-louca, só ñ menos lúcido q Axl, retratado (até agora) como dos menos insanos da paróquia…
O livro ñ é linear, alternando capítulos em q fala de infância (tem outros 7 irmãos/irmãs mais velhos, um com diferença de 14 anos) em Seattle, adolescência de goró, drogas, pequenos furtos e empregos em padarias, como dos percalços pra se mudar pra L.A. com 360 dólares no bolso pra tentar “acontecer”.
Parece ter tido ajuda dalgum ghost writter (Tim Mohr), meio como Mustaine, Anthony Kiedis e Peter Criss tiveram em suas autobiografias; naquela presença de tentar organizar as coisas, coisa e tal. Mas sua prosa é fluente e a tradução bisonhamente ainda ñ marcou presença equivocada – como numa bio sobre Syd Barrett q recentemente li, q traduziu “roadie” por “estradinha”… – o q é mais estímulo pra continuar lendo.
Hora q eu acabar de vez, dou meu crivo de valer a pena ou ñ. Por ora, está valendo bastante.
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PS – a tal cerveja “Duff”, hoje real, antes só de presença no desenho dos Simpsons, tem a ver com o cara e sua lendária fama de bebum. Q ñ tinha como saber, à época, q poderia ganhar muito (mais) dinheiro com copyrights…
Entendo quem desdenhe de “March Ör Die” por considerá-lo comercial em demasia, haja visto “Hellraiser” e “I Ain’t No Nice Guy” ainda serem os sons mais conhecidos. E é disco que parece conter alguma – compulsória? – reparação para com o maciço investimento (sem retorno em paradas de sucesso) que a Sony fez com o Motörhead no “1916” anterior.
Entretanto, a despeito dalguma acessibilidade também marcante na (ótima) versão de Ted Nugent (“Cat Scratch Fever”) e na hoochie coochiana “You Better Run” (anos mais tarde presente em trilha sonora do longa do Bob Esponja), tenho que os demais sons não foram devidamente apreciados.
Que o digam “Bad Religion”, onde Lemmy cospe em Deus – num outro Deus – e também no Diabo, e “Jack the Ripper”, hard rocks com culhão, razoável duração e trampo denso de duas guitarras, ou a positivista “Stand” que inicia o petardo (superior a muito livrinho de auto-ajuda por aí), ou ainda as “na cara” “Name In Vain” e “Too Good to Be True”.
Ah, mas é álbum lento. Sim. Penso que, fora pela vocação mais acessível da safra, também pela mudança baterística à época, resultante em Animal Taylor melancolicamente gravando seu último som com a horda (“I Ain’t No Nice Guy”, de participações a mim identicamente macambúzias de Slash e Ozzy), seu substituto Mikkey Dee ter estreado também num único outro (“Hellraiser”) e Tommy Aldridge, músico de estúdio e ex-tudo quanto é banda, ter gravado os outros.
Ah, mas a faixa-título, aparente continuação da faixa-título anterior (“1916”) não chega aos pés daquela. Questão de gosto, pra mim também não. Além disso, a capa nem é grande coisa, mas tudo bem.
Ouso dizer que “March Ör Die” talvez seja o disco que o ZZ Top jamais fez ou fará. Pior pros texanos. Não o considero o pior do Motörhead, como algumas pessoas apressadamente cravam – “Another Perfect Day” ainda me soa o “menos inspirado” – e me soa recomendação certeira de álbum para ser ouvido nalgum salão de snooker cheirando a cerveja e cigarro.
Stand
Cat Scratch Fever
Bad Religion
Jack the Ripper
I Ain’t No Nice Guy
Hellraiser
Asylum Choir
Too Good to Be True
You Better Run
Name In Vain
March Ör Die
…
[originalmente postado no Exílio Rock em 3 de Abril de 2012]