50 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
Whitesnake, “Starkers In Tokyo”
Como a maioria dos discos do Whitesnake, um disco bom pra namorar. Mas não só: ajuda naqueles (raros) dias em q não estou pra distorção de guitarra.
Involuntariamente introspectivo? Despojado e realmente acústico, não Unplugged (nada contra, outra vibe), nem versões pra luau. Voz (baita voz ainda em 1997) e violão sóbrios, numa coesão de repertório tb louvável.
3 ótimos sons do disco então recém-lançado (“Restless Heart”) comparecem, a porção de hits obrigatórios e até um Deep Purple resgatado (“Soldier Of Fortune”). 40 minutos totais: acaba e dá pra pôr de novo. Dá vontade.
O q será q falta pra “Starkers In Tokyo” estar consagrado na excelsa e estrita prateleira de ‘disco clássico’? Ou já o é e só eu não recebi o memorando?
Descontemos a política local um pouco: vivemos a era das fake news.
Informações sem critério, boatos tornados realidade (até o desmentido, q pode ou ñ ser lido), anseios de q algo aconteça passados adiante, notícias irresponsavelmente plantadas (migués) q em nada dão, fatos históricos pretéritos tornados “opinião”, essas coisas.
Lembro daquele episódio recente, constrangedor, envolvendo até Lars Ulrich, q dava conta duma reunião do Deep Purple MK III, com Glenn Rugas, David Coverdale, Jon Lord e Ritchie Blackmore. Em q “ñ se sabia” se Ian Paice participaria; até Lars se oferecer, a sério. E até Jon Lord romper a aposentadoria pra se pronunciar oficialmente de q aquilo jamais rolaria.
Pois bem. Aparentemente andam vazando áudios no You Tube de sons novos do Dream Theater. Dum tal “Distance Over Time” a sair logo, com direito a capinha.
Sons fake. Caralho.
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O primeiro abaixo, supostamente faixa-título, percebido como fake e até desementido por quem postou. Seria dum tal Redemption, com participação de James LaBrie:
https://www.youtube.com/watch?v=OmsGQhonfv8
Uma “brincadeirinha”?
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O segundo, instrumental, aparente pré-produção vazada e com comentários dando conta de fake tanto quanto:
Tá foda.
A opinião é reiterada: acho uma papagaiada esse Rock’n’Roll Hall of Fame. Agrega algo? O quê? Fora o antropocentrismo estadunidense.
Explicando “antropocentrismo”: premiação em 2016 envolveu Deep Purple – no início, discretamente e recebidos com palpável indiferença – Steve Miller (quem?), N.W.A. (!?!?!?) e Cheap Trick, encerrando a noite com estardalhaço e jam session.
Só nos EUA Cheap Trick (estadunidenses) consegue ser maior q Deep Purple.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=Q4-rGQ-qqMs
[youtube]https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=Q4-rGQ-qqMs[/youtube]
Enfim.
Falo mal, mas por outro lado quando passa na tv (passou há uns 15 dias, no BIS), acompanho.
Pq se tratou de evento insólito, esse dos púrpuras. Ritchie Blackmore ñ deu as caras (nunca daria), Steve Morse e Don Airey ñ ganharam prêmio (filigranas de regulamento do evento), David Coverdale e Glenn Hughes compareceram e discursaram (mas ñ cantaram), viúva de Jon Lord subiu ao palco bastante comovida, Ian Gillan aludiu a Nick Semper, Rod Evans, Joe Lynn Turner, Tommy Bolin e Joe Satriani… e Lars Ulrich fazendo um impagável discurso de indicação. Pândego. Sério mesmo.
E quando recém-citei q Coverdale e Hughes ñ cantaram com a banda, estrago a ilusão – de quem ñ viu e/ou ñ soube – de q teriam tocado “Burn”. Ñ tocaram. Mas tocaram 2 sons. Naquele modo showbizz usa: playback de som gravado ao vivo antes.
Achei divertido. Segue acima. Digam lá vcs o q acharem.
PS – ñ pretendo fazer post sobre o tal Grammy do último domingo. Desculpa ae!
Feliz Natal o caralho!
Papai Noel, Jesus Cristo: idolatrias vãs.
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O bom velhinho faz aniversário hoje. 65 anos forjados e embebidos em puro rock’n’roll
Pra melhorar, ainda nos legou outro Livro Santo – em companhia dos apóstolos Mikkey Dee e Phil Campbell – pra q nos regozijemos em meio a tanto caos, desespero, perversidades, desastres naturais e artificiais (tipo Lady Gaga e Restart) e cataclismas.
Trata-se do “The Wörld Is Yours”, superior (no meu entender) ao Evangelho anterior “Motörizer”. E q de ruim só (humildemente) achei a capa. E de esquisito, o título. (Mas quem sou eu? ELE sabe o q faz).
Com os seguintes capítulos santos:
1. Born to Lose
2. I Know How to Die
3. Get Back In Line
4. Devils In My Head
5. Rock’n’Roll Music
6. Waiting For the Snake
7. Brotherhood Of Man
8. Outlaw
9. I Know What You Need
10. Bye Bye Bitch Bye Bye
Dos quais eu destacaria os versículos contidos em “Brotherhood Of Man”, de duras verdades q poucos querem ouvir, e o versículo final de “Get Back In Line”: “if you think that Jesus saves, get back in line”. Tb ñ entendi bem q espera seria essa pelo David Coverdale, mas deixa quieto…
Palavras de Salvação.
Lemmy.
Motörhead.
Amém.
By Mônica “The Witch” Schwarzwald
Poucos artistas me mobilizariam a ponto de sair do Distrito Federal e ir para Sampa em plena quarta-feira (16/12), à tarde, enfrentar chuvas torrenciais com direito a turbulência violenta e tráfego aéreo em Cumbica, passageiros passando mal e vomitando e um engarrafamento na Marginal Tietê. Um deles é o mestre Glenn Hughes que, somando 58 anos, é exemplo de superação de fases cavernosas estilo “snowblind enemy” e longevidade artística.
Entretanto, mesmo sendo sobre a atração principal, esta resenha cede espaço para a banda de abertura que arrasou antes do prato principal: Casa das Máquinas. Sou fã de carteirinha, possuo os dois cds “Casa de Rock” e o “Lar de Maravilhas”, várias faixas dos quais pude ouvir ao vivo executada por uma banda muito competente e coesa, cujos destaques eu atribuo para o duo de bateras remanescentes da formação original, Marinho e Netinho, e para o Andria Busic (Dr.Sin) que caprichou no baixo e nos vocais. Nada de novo, apenas releituras destes dois álbuns, mas o bastante para relembrar com nostalgia uma banda que sabia fazer Rock dos bons e flertava com o progressivo com muito charme, mesmo com letras em português. Uma verdadeira viagem pelo túnel do tempo com “Astralização”, “Esta é a Vida”, “Lar de Maravilhas”, “Vou Morar no Ar”, “Londres” e a obrigatória “Casa de Rock” . Com uma abertura destas, a noite já prometia.
O Carioca Club tem uma boa acústica. Pequeno, um pouco maior que o Café Piu-Piu. Havia duas opções de acomodação para a galera curtir: a pista, que estava tão cheia que ninguém se mexia, e camarotes em uma espécie de mezanino dos dois lados do palco. Os camarotes não estavam lotados, entretanto naqueles que ficavam mais próximos do palco, a galera resolveu se aglomerar de pé e agitar tanto quanto o pessoal da pista. Quando The Voice e banda adentraram ao palco, a casa estava totalmente lotada e veio abaixo ao som de “Stormbringer”.
É chover no molhado dizer que Glenn Hughes é um dos melhores vocalistas, senão o melhor, da atualidade. E, por incrível que pareça, ele vem melhorando a cada ano! E nem precisava ir ao show para testemunhar. Ao vivo na Kiss FM, na véspera do show, ele foi entrevistado e deu uma “palhinha” cantando “Coast to Coast” só com violão, depois fez uma apresentação acústica com a banda em um programa da TV Gazeta [N.R., programa “Todo Seu”, do Ronnie Von], tocando simplesmente “Mistreated”!!!
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=tvrAfD1phCE[/youtube]
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No Carioca Club, “Mistreated” foi eletrificada, mas o público ficou boquiaberto com o que o mestre fazia com a voz. Não dá para explicar, só vendo. Ele domina e aperfeiçoa os timbres de sua voz a cada apresentação. Parece impossível¿ Confiram o programa da Gazeta que está no Youtube.
Milagre¿ Dá para perceber que Glenn está numa fase bem espiritualista. Entra no palco com as mãos juntas em sinal de Namastê (saudação hindu que significa “meu deus interior saúda seu deus interior”), o palco é decorado com algumas deidades hindus, dentre elas Shiva – deus da transformação e Krishna – suprema personalidade de deus. Esbanja emoção, ao contrário de sua banda, muito boa e competente, mas muito aquém de sua simpatia e efusão.
Massacre no set list: das 12 músicas executadas, 8 do Deep Purple: além da “Stormbringer”, que abriu, “Might Just Take Your Life”, “Sail Away”, “Mistreated”, “Gettin Tigher” (homenageando Tommy Bolin entusiasticamente), “Holy Man” – execução inédita, pelo menos aqui – “You Keep On Moving” e uma versão de “Burn” quase estragada pelas derrapagens da banda.
Algumas faixas do novo “First Underground Nuclear Kitchen – F.U.N.K.”. Infelizmente, não tocou nada do “From Now On…”, ponto altíssimo de sua carreira solo. Aliás, um show tão inesquecível que, apesar de ser madrugada de uma quinta-feira chuvosa, foi difícil para o público arredar o pé no final. Glenn Hughes solou no baixo após “Mistreated” e “Gettin’ Tighter”, bem ao estilo do show de estréia da formação com David Coverdale no California Jam de 1974, com um wah-wah from Hell!