20 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
O amigo märZ, no Facebook, perguntava (e se perguntava tb?) se Jack White teria ciência de “Seven Nation Army” ter virado hino em jogos de futebol.
Imagino q se ñ (afinal, estadunidenses parecem ainda ñ ligar pra “soccer”), alguém deve ter soprado pra ele esse “clipe” do You Tube.
Domínio público é pouco.
Por outro lado, a pergunta q faço é: seria esse o ÚLTIMO RIFF do rock?
MELHORES ‘NOMES EM BRANCO’ PRA MIM:
“Noisecoregroovecocoenvenenado”, Zefirina Bomba, 2006, Trama Virtual
sons: ALGUMA COISA POR AÍ / O QUE EU NÃO FIZ / SOBRE A CABEÇA / A OUTRA TRILHA DE SUMÊ [instrumental] / O QUE ELA TEM / YEAH YEAH [instrumental] / TEUS OLHOS / A-M-N / DIA INTEIRO / VÁ SE FODER / O QUE É QUE TEM PRA TU VÊ NA TV / TPM / OPORTUNIDADE / HC / ENQUANTO OTACÍLIO BATISTA EXPLICAVA…
formação: Ilsom (voz e uma Delvecchio), Guga (bateria), Martim (baixo)
–
A banda está por aí ainda, como pude comprovar pelo site oficial acusando shows recentes feitos fora do eixo (da curva?), como no Mato Grosso do Sul e na Bolívia. O disco em questão, ainda filho único, “Noisecoregroovecocoenvenenado”, com 10 anos de lançado, parece estar sendo relançado com bônus. O mesmo site tem ainda sons novos pra apreciação.
No entanto, correndo o risco de dar bola fora, me parece q o Zefirina Bomba ñ colou. E a meu ver, isso se deu de vários modos sincrônicos. O maior deles: o direcionamento equivocado a um público, sobretudo o público indie hipster, a quem tentaram se dirigir. Ou a quem a Trama Virtual tentou dirigí-los.
Parece q aquele pessoal, à época, estava mais voltado a White Stripes e ao Queens Of the Stone Age, aos The Hives e The Vines da vida, e às camisetas customizadas do AC/DC e de The Who compradas na rua Augusta. O “noise” do título tb pouco compareceu pra instigar, na medida em q só se nota – bem pouco – no último som do álbum. O pessoal q curtiu a onda grunge certamente já estava em outra, ñ se ligou.
Outros públicos q poderiam ter sido cativados pela banda, o dos roqueiros órfãos de Raimundos, como ainda um quase hipster, órfão de Chico Science e devoto de Nação Zumbi, Otto e mundo livre s.a. – pra quem o “coco” no título acusa regionalismo insuficiente, de leve tb, tb no último som – passaram batido igualmente. E nem a molecada fã dalgum hardcore acessível tipo Charlie Brown Jr., Pitty, Dead Fish, emos e congêneres infanto-juvenis. Os paraibanos aqui ñ podem/puderam ser resumidos a hardcore, ou rock regional, ou indie rock.
Pq são/foram mais q a soma das partes. “Noisecoregroovecocoenvenenado” tem sons indie (“Yeah Yeah”, “O Que Ela Tem”), sons grunge (“O Que Eu Não Fiz”, “A-M-N”, “TPM”), dois de veia punk Olho Seco (“Vá Se Foder” e “HC”), mas sobressai em sons de pegada stoner. (“A Outra Trilha de Sumê” soa um grunge stoner!). Tvz ñ tenham vingado (mais?) por chegarem antes da “onda stoner” neo-hipster atualmente vigente.
***
O fator marketing ñ achei equivocado – “uma banda da Paraíba que usa um violão todo fudido e faz um barulho desgraçado” – mas reitero ñ ter havido gente prestando atenção. Quem é q perceberia se tratar dum Del Vecchio com 3a. e 5a. cordas de viola e ponte de guitarra fazendo todo aquele som? O baixista e o baterista ñ achei fracos, acompanham a contento a doideira (mais q “barulheira”) de 15 sons gravados, tb a contento, em dois dias. E mixados em sete.
O vocalista meio doidão, algo hiperativo, quase um “Otto roqueiro” tb chamou pouca atenção. Como tb ñ as letras, na maior parte só pra constar. Exceções: “Dia Inteiro”, “O Que É Que Tem Pra Tu Vê Na Tv”, “A-M-N” e “TPM”.
Mas o q fica então: uma resenha apelando pras injustiças do mundo, q pouco fizeram pra “reconhecer” o Zefirina Bomba, em seus sons curtos (dos quais 4 ou 5 poderiam ter sido melhor lapidados), de vocais majoritariamente ininteligíveis (fãs de stoner podem pensar q Ilsom canta em inglês) e surgido fartos de informação em meio a uma entressafra de rock excessivamente badalado?
Nada disso. Até pq os caras tvz nem sejam injustiçados ou se sintam pouco reconhecidos. É q, parafraseando uma outra seção deste blog, me pareceu q “Noisecoregroovecocoenvenenado”, lançado há 10 anos e somando 27 minutos e 2 segundos totais, sobreviveu ao tempo e poderia ser ouvido sem preconceitos ou maiores ranços. Ainda q tb ñ tenha se destinado aos fãs de metal, como os adoradores de bode preto e de Satanás como nós aqui eheh
*
*
CATA PIOLHO CCXLVIII – a cara de pau é maiúscula, descarada, sem perdão. Se sou Ritchie Blackmore ou Ian Gillan, meto processo.
(Já q Jon Lord ñ mais pode fazer)
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=NXNPzy3P_oI[/youtube]
MELHORES BANDAS SEM BAIXISTA:
* provavelmente por aqui só eu conheci, mas existiram e ainda tenho o cd-demo: http://www.metal-archives.com/bands/Necropedophagia/13439
MELHORES BANDAS COM LAÇOS DE PARENTESCO FORA MARIDO/MULHER E IRMÃOS:
bônus nepotismo master: Frank Zappa, q nalguns shows e discos ao vivo, pôs o filho Dweezil pra tocar guitarra junto
bônus 2: Epica, q o guitarrista/dono Mark Jensen e Simone Simmons são ex-namorados. É muita frieza!
bônus Casa de Irene: John Petrucci e John Myung (Dream Theater) + Mike Portnoy (ex) são casados com integrantes duma mesma ex-banda, Meanstreak. Fossem parentes entre si, seriam bando de cunhados
**** *
legendas:
1. sogro e genro (Max e Alex Newport) / 2. cunhados (Ian Hill casado com irmã de Rob Halford) / 3. Charlie Benante é tio de Frank Bello / 4. primaiada filipina Rob Cavestany, Dennis Pepa e Andy Galeon / 5. guitarrista (e da formação atual sem Geoff Tate) Parker Lundgren foi genro de Tate / 6. guitarrista Stevie Young sobrinho de Angus e Malcolm / 7. Zyon Cavalera, atual baterista, filhão de Max / 8. Ola Frenning é tio de Peter Wichers, ambos ex-guitarristas / 9. Criss Amott cunhado de Angela Gossow / 10. Jack e Meg White, ex-marido e ex-esposa
“Scars On Broadway”, Scars On Broadway, 2008, Velvet Hammer/Interscope/Universal
sons: SERIOUS // FUNNY // EXPLODING/RELOADING // STONER HATE // INSANE // WORLD LONG GONE // KILL EACH OTHER /LIVE FOREVER // BABYLON // CHEMICALS // ENEMY // UNIVERSE // 3005 // CUTE MACHINES // WHORING STREETS // THEY SAY
formação: Daron Malakian (vocals, guitars, bass guitars, keyboards, organs, melotrons), John Dolmayan (drums)
adittional performances by: Franky Perez and Danny Shamoun (ñ especificadas no encarte)
–
Basicamente, o Scars On Broadway é (foi?) o System Of A Down sem Serj Tankian.
Sem o baixista Shavo Odadjian tb, mas isso menos importa. E ñ por conta do baixista ñ fazer falta, o q até ñ faz, mas por conta de inexistir, nos 15 sons deste “Scars On Broadway” previsível e coeso, fora conciso, o aspecto étnico-armênio fanfarrônico nos sons.
Pra mim, ficou até melhor. Muita mikepattonice a toa, q Serjão parece levado consigo pra carreira solo. Ainda q dela eu conheça apenas o 2º disco, “Harakiri”. Ao mesmo tempo em q era (é?) elemento distintivo do SOAD em meio ao balaio obtuso e oblíquo do new metal. O q as voltas oportunistas barra confortáveis pra Rock In Rio’s atestam: Tankian foi prum lado, lança discos e ñ estourou; Malakian, sabidamente antagonista de Tankian na banda-matriz, e com razoáveis garrafas vazias pra vender, lançou (só) isto aqui, e tb ñ estourou. Tampouco vingou.
Daí voltam à banda original, precocemente cover oficial de si próprios – apenas o Pearl Jam tinha atingido o feito – e fica tudo bem. Vai entender.
***
Digressão outra: o SOAD foi da última leva de bandas q ainda chamavam atenção mercadologicamente. Aquilo de estarem citados, com Radiohead e White Stripes, como “melhores bandas dos anos 90”. A década de zerenta ñ teve a “sua banda”, pq a música se compartimentou e diluiu como nunca. Vide os montes de gente autistas em seus foninhos de ouvido, com música compartilhada e ñ compartilhada a um só tempo. Sacaram?
Mas tb ñ sei se foi (é?) banda q constará dos autos da “Historia do Rock” com mais q 2 parágrafos e meio e uma notinha de rodapé (Scars On Broadway e Serj Tankian solo linkadas nela). Foda-se. Música é música e mercado é mercado. Ficaram registros, ficou a mim a sensação de uma banda – o SOAD – q deu tudo o q tinha q dar, sem pretensões a uma carreira pra além de 10 anos ou prometendo guinadas sonoras vanguardísticas no decorrer. Acho, mesmo, q eles só lançaram um disco, o homônimo de estréia, e os demais foram apenas atualizações de refil do mesmo. Pra bem e pra mal.
Estando dito isso tudo, voltem ao 1º parágrafo e prossigam daqui: por ñ ter nada de diferente (fora umas eletronices em “Chemicals” e em “Funny”, apenas “Insane” conter solo de guitarra, e um tique country em “Enemy”), cumpre-se elogiar a consistência de Daron Malakian como compositor e até como vocalista, de raríssimos – ufa! – momentos exagerados ou forçados. Curto o trampo baterístico de John Dolmayan, embora veja nele pouca pegada e muita zona de conforto: sujeito tem uma Tama, ficou em evidência e pouco ousa? Tvz seja um baterista de jazz de origem, daí alguma timidez. Um equivalente new metal de Charlie Watts, o discreto.
Meus sons preferidos: “Universe”, “Exploding/Reloading”, “Stoner Hate” e “3005”. Os demais, vou ouvindo de quando em vez e de vez em quando. Como o próprio disco, solene remanescente duma época em q disco ainda importou como formato e como estética. O fim dos tempos ñ foi ao som de black metal norueguês nem com Krisiun de fundo, mas beleza. Sobrevivemos e sobreviveremos.
*
*
CATA PIOLHO CCXLII – então o Primal Fear tem como inspiração o Judas Priest?
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=DKuD7zYea1w[/youtube]
Nunca tinha percebido…
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=_BzLvFawauA[/youtube]
E o q pra mim é esse público indie?
Falando com puro preconceito, mas tb baseado em empirismo, digo serem pessoal bem metido a besta, sem qualquer senso (nem interesse) histórico musical, e q abarrota os iPods com toneladas (modo de dizer) de tranqueiras as mais novidadeiras q os críticos indies insistem em afirmar serem “novidades”. E pra quem a coisa mais antiga, pesada e fundamental lançada é o “London Calling” (The Clash).
Q vão na onda daquela pá de banda na mesma linha – denotando pouco senso histórico, e/ou sequer terem tirado das capas alguns discos dos pais pra ouvir – q só faz emular mal The Who (a tranqueira brasuca mais eminente nisso acho aquela bosta de Cachorro Grande), The Jam, Iggy Pop e Beatles. Ou new wave oitentista – Devo, Talking Heads, The Cure, Smiths – às vezes sem nem saberem.
Q se alguém brincar q a voz do cara (modo de dizer) do Placebo é parecida com a do Geddy Lee, ñ entende a piada; q se alguém disser q o guitarrista do White Stripes chupinha pra cacete Led Zeppelin, se ofende.
Q as coisas mais pesadas q conseguem ouvir com razoável grau de compreensão, fora grunge do irmão mais velho, é Queens Of the Stone Age e Foo Fighters (mas com vergonha de admitir q gosta dos 2 ou 3 hits deles). E q simplesmente ODEIAM HEAVY METAL, pq é coisa q crítico indie adora odiar, por pura e simples obtusice.
**********
Q vem tendo contingente engrossado pelos emos q comemoraram o 15º aniversário dia desses e já começam a ter vergonha dos chupins mal-feitos de músicas do Fábio Jr.
E q, aproximando-os de nosso “universo”, vemos alguns e algumas por aí usando camisetas de AC/DC e Ramones só por usar (e combinar com o All Star), ou do Motörhead (sobretudo aquela com o logo e o Snagletooth, escrita “England” abaixo. E q devem fazê-los achar se tratar de banda “England”, dalgum país exótico chamado “Motörhead”…) pq virou modinha isso.
De vez em quando, umas camisetas de MC 5 (outro modismo de crítico) ou de Thin Lizzy.
Entre outras atrocidades de q ñ me recordo agora.
O Black Sabbath agora virará modinha. Os tais de Arctic Mokeys estão preparando álbum… baseado na banda. Medo.
Tirado do UOL, e a reparar no conhecimento do sujeito pra falar na horda de Iommi:
.
Novo disco do Arctic Monkeys foi inspirado em Black Sabbath, diz vocalista
Da Redação
O novo disco do Arctic Monkeys está previsto para sair em agosto, mas Alex Turner já revelou alguns detalhes do trabalho. Segundo o vocalista da banda, que falou ao semanário New Music Express, o álbum é inspirado no Black Sabbath.
O terceiro CD do Arctic Monkeys vem com produção assinada por Josh Homme, líder do Queens of the Stone Age. “Passamos o primeiro dia inteiro fazendo o riff mais complicado que você já ouviu. Nós o usamos no final e na introdução, assim como o Black Sabbath“, disse o líder do grupo.
O CD ainda não tem título definido, mas a banda confirmou seus planos de lançar o trabalho antes de seus shows nos festivais Reading e Leeds, na Inglaterra, em agosto.
Influenciado por grupos como The Clash, The Jam e The Smiths, o Arctic Monkeys foi formado em 2003 e já lançou os álbuns “Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not” (2006) e “Favorite Worst Nightmare” (2007). A banda tocou no Brasil em 2007.
.
Sem mais por ora. Tô indo vomitar. Alguém dá mais ou foda-se?
MELHORES SONS 7:
1) “Seven Secrets Of the Sphinx”, Therion (“Deggial”)
2) “Roswell 47”, Hypocrisy (“Abducted”)
3) “7 And 7 Is”, Ramones coverizando Love (“Acid Eaters”)
4) “Seven Angels, Seven Trumpets”, Marduk (“Plague Angel”)
5) “Seven Faces”, Slayer (“God Hates Us All”)
6) “Armageddon x7”, Napalm Death (“Fear, Emptiness, Despair”)
7) “Seven Churches”, Possessed (“Seven Churches”)
8) “Seven”, Megadeth (“Risk”)
9) “Seven Days Of May”, Testament (“Souls Of Black”)
10) “Keeper Of the Seven Keys”, Helloween (“Keeper Of the Seven Keys, Part II”)
.
bônus pra edição japonesa da lista: “Seven Nation Army”, White Stripes (“Elephant”)