30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
… o q ficou?
… o q ficou?
… o q “ficaram”?
versus
[corrigindo algum bug de ontem]
MELHORES BANDAS Q ENVOLVEM PARTES DO CORPO:
“Gtr Oblq”, Vernon Reid/Elliot Sharp/David Torn, 1998, Knitting Factory Records
sons: THE SENTINEL (Reid) / ACHRONO MITES (Torn) / SLIGHTLY EAST (Sharp) / REFLECTION OF (Sharp) / VIDYA & ITCH (Torn) / XENOMORPH (Reid) / VALSE OBLIQUE (Reid, Sharp, Torn)
formação: Vernon Reid, Elliot Sharp e David Torn (guitarras, obviamente); baixos (se houver), teclados e programações de bateria ou foram eles mesmos q fizeram ou gente ñ creditada (ñ há menção alguma)
–
Disco doidão. Viajante. Excêntrico.
Q eu sequer sabia existir até encontrá-lo 10 dias atrás num sebo, a preço bacana. Disco de guitarristas, o q só percebi depois de comprar; erroneamente tomei q os caras na contracapa estivessem tocando violões. Tomando como daqueles (3) discos (acústicos) clássicos/consagrados cometidos por Paco de Lucia, Al Di Meola e John McLaughlin. Nada disso.
Disco experimental. Progressivo. Abstrato.
Q o outro engano é tomá-lo como prog a la Liquid Tension Experiment. Certamente rolou muita improvisação neste “Gtr Oblq”, ao mesmo tempo em q (suponho) muita colagem; mas duvido q feito todo enquanto gravavam. Tb por ñ ser um disco prog ou indicado a estudantes de conservatório q se dedicam a aprender a tocar Dream Theater ao invés de guitarra. É outra coisa.
Tb duvido q se atrevessem a se apresentar por aí como faz o G3 satriânico. (Ainda q ñ fique bem claro ser disco de estúdio ou ao vivo). Quando muito, apresentação em boteco diminuto, pra poucos e bons devotos. Ñ é assim acessível. Nem rolam solos à velocidade da luz, ainda q “Xenomorph” beire isso.
A referência a se buscar – mais pra nós ouvindo, q pros caras – tvz seja o King Crimson. Ñ sei se os caras curtem a banda de Robert Fripp. Há muita textura e saturação, microfonias incorporadas, passagens abruptamente se sucedendo. Umas passagens inclusive emulando cítaras, alguns momentos q remetem ao Tangerine Dream.
*
O lance é quase new age, beirando um contemplativo. Zen budismo para amantes das 6 cordas. Pedais de efeito a granel. Duvido q se saiba exatamente quem toca o q e onde; tem q manjar muito de modos, timbres e escalas pra distinguir. Egos diluídos na proposta.
As autorias (vide acima) são bem divididas: 2 sons por guitarrista, o derradeiro co-escrito pelos três. Q envolve quase 1 hora cravada – majoritariamente instrumental – de disco, em q as 3 primeiras músicas ultrapassam a metade da duração total. O 4º som, “Reflection Of”, tb passa dos 10 minutos. Os três últimos passam de 6, de 5 e de 4 minutos. Curtir ou ñ isto aqui passa além de incômodos a priori com músicas grandes. Na pior das possibilidades, é quase como uma suíte dividida em 7 partes.
A meu ver, tem discos prog, discos guitarrísticos e discos “fritadores” bem mais chatos q isto.
Tirando Vernon Reid, de fama no Living Colour e de 1 disco solo dele q tenho (“Masque”), desconheço – ainda – totalmente os outros dois. Nem fui muito atrás, desculpem-me ñ ter feito a lição de casa. O Allmusic.com dá como sendo disco de David Torn com convidados. Parecem ser gente afeita a trilhas sonoras e jazz lounge. Gente q sabe criar climas e ambiências.
Q, no fim, é de q se trata este “Gtr Oblq”. Calmaria e volume em surto-circuito. Jazz pra canibal meditar. Álbum pra sala de espera de sessão de tortura chinesa. Música pra ninar portadores de Síndrome do Pânico. Hinos de louvor para igrejas q vêem a Virgem Maria em cu de vaca. Tudo no bom sentido.
Melodias em meio a ruídos, ruídos em meio a ambiências, ambiências em meio à aleatoriedade. Sem afetação ou maiores pretensões. Parece tb ñ haver atonalidade hermética. Há coesão. Sei lá ainda se é um projeto q se sucedeu ou sucederá; sei q bem-sucedido foi por terem gravado e algum selo tê-lo lançado. Pra quem curte Radiohead e/ou Sonic Youth me parece tb uma boa.
Paguei 5 reais nisto e pagaria o dobro, o triplo e até o quádruplo.
*
*
CATA PIOLHO CCLXVI – “I Don’t Know”: Ozzy Osbourne ou Sacred Reich? // “Insane”: Mercyful Fate ou Cavalera Conspiracy? // “D.O.A.”: Van Halen ou Coroner?
ALGUNS JOÃOZINHOS RENOMADOS DE Q CONSEGUI LEMBRAR PRA COMPILAR 10 EM LISTA:
Hora pra listarmos os melhores do ano passado. E tb os piores. E ainda outras coisas.
Segue:
MELHORES ÁLBUNS DE 2016 PRA MIM:
Foi um ano atípico pra mim, pq comprei/ouvi ainda outros álbuns de 2016, q acabaram ñ entrando na lista: Borknagar, Abbath, Zumbis do Espaço (a 5 contos em sebo), o novo do Rolling Stones e ainda outros…
E o box “Autopsy – The Years 1985 2014 In Pictures”, do Coroner, ñ incluí propriamente na lista por: 1) ñ conter material inédito; 2) considerar hors-concours. Neste ano passado, e pelo menos desde 2014. Melhor material q adquiri este ano, disparado.
***
MELHORES ÁLBUNS ADQUIRIDOS EM 2016, MAS LANÇADOS EM OUTROS ANOS:
***
PIORES ÁLBUNS ADQUIRIDOS ESTE ANO:
Sete dentre esses comprados em sebo, baratinho, pra conhecer… Menos mal q ñ foram caros.
***
ÁLBUNS DESNECESSÁRIOS:
Dois:
Pior saber q lá fora saiu cd + dvd e q a gravadora aqui, fora lançar desmembrado, ainda promete lançar o dvd logo… Putz.
***
MELHORES LIVROS DEVASSADOS ESTE ANO E Q RECOMENDO:
Li menos Stephen King do q deveria este ano passado. Ainda estou lendo livros q ñ precisa compromisso em acabar logo, como “Sócrates, Brasileiro” (coletânea de colunas dele à Carta Capital) e “Conquista do Inútil”, de Werner Herzog (diário alucinado/depressivo de filmagens do alucinado “Fitzcarraldo”).
Este último, lendo desde 2015.
***
MELHORES SHOWS 2016:
***
PREVISÕES DE SHOWS:
Pra 2017 tá fácil prever a enxurrada de festivais se acotovelando. Tendência ou falência dos esquemas?
Por conta da sanha rapinante dos tais promotores de shows, q se atropelam uns aos outros e o público q se foda. Depois, dá pouca gente e a culpa é da “crise”.
Vide Lolla Pra Loser (em março – com um tal Metallica de headliner), daí em maio o tal Maximus Festival (Slayer, Linkin Park da Mônica e Ghost por ora confirmados), daí em junho um tal Liberation Festival, q de confirmado mesmo só tem King Diamond, ñ necessariamente headliner, ñ necessariamente confirmando o show “Abigail” na íntegra. E custando 400 reais. Bah
Há o tal “Pumpkins United”, do Helloween com os vocalistas todos, q é praticamente um festival em si. Anunciados pra outubro – 1º show da turnê aqui em SP mesmo – parece q já esgotou os ingressos. Eia.
Fico com os shows em SESCs, Clash Club e Carioca Club mesmo. Mais baratos, hipsters free e tal. E se o Coroner, lançando mesmo o tal disco novo, vier pra cá, ñ cometerei o erro de ñ ir novamente!