VALE 15 CONTOS
“Scars On Broadway”, Scars On Broadway, 2008, Velvet Hammer/Interscope/Universal
sons: SERIOUS // FUNNY // EXPLODING/RELOADING // STONER HATE // INSANE // WORLD LONG GONE // KILL EACH OTHER /LIVE FOREVER // BABYLON // CHEMICALS // ENEMY // UNIVERSE // 3005 // CUTE MACHINES // WHORING STREETS // THEY SAY
formação: Daron Malakian (vocals, guitars, bass guitars, keyboards, organs, melotrons), John Dolmayan (drums)
adittional performances by: Franky Perez and Danny Shamoun (ñ especificadas no encarte)
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Basicamente, o Scars On Broadway é (foi?) o System Of A Down sem Serj Tankian.
Sem o baixista Shavo Odadjian tb, mas isso menos importa. E ñ por conta do baixista ñ fazer falta, o q até ñ faz, mas por conta de inexistir, nos 15 sons deste “Scars On Broadway” previsível e coeso, fora conciso, o aspecto étnico-armênio fanfarrônico nos sons.
Pra mim, ficou até melhor. Muita mikepattonice a toa, q Serjão parece levado consigo pra carreira solo. Ainda q dela eu conheça apenas o 2º disco, “Harakiri”. Ao mesmo tempo em q era (é?) elemento distintivo do SOAD em meio ao balaio obtuso e oblíquo do new metal. O q as voltas oportunistas barra confortáveis pra Rock In Rio’s atestam: Tankian foi prum lado, lança discos e ñ estourou; Malakian, sabidamente antagonista de Tankian na banda-matriz, e com razoáveis garrafas vazias pra vender, lançou (só) isto aqui, e tb ñ estourou. Tampouco vingou.
Daí voltam à banda original, precocemente cover oficial de si próprios – apenas o Pearl Jam tinha atingido o feito – e fica tudo bem. Vai entender.
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Digressão outra: o SOAD foi da última leva de bandas q ainda chamavam atenção mercadologicamente. Aquilo de estarem citados, com Radiohead e White Stripes, como “melhores bandas dos anos 90”. A década de zerenta ñ teve a “sua banda”, pq a música se compartimentou e diluiu como nunca. Vide os montes de gente autistas em seus foninhos de ouvido, com música compartilhada e ñ compartilhada a um só tempo. Sacaram?
Mas tb ñ sei se foi (é?) banda q constará dos autos da “Historia do Rock” com mais q 2 parágrafos e meio e uma notinha de rodapé (Scars On Broadway e Serj Tankian solo linkadas nela). Foda-se. Música é música e mercado é mercado. Ficaram registros, ficou a mim a sensação de uma banda – o SOAD – q deu tudo o q tinha q dar, sem pretensões a uma carreira pra além de 10 anos ou prometendo guinadas sonoras vanguardísticas no decorrer. Acho, mesmo, q eles só lançaram um disco, o homônimo de estréia, e os demais foram apenas atualizações de refil do mesmo. Pra bem e pra mal.
Estando dito isso tudo, voltem ao 1º parágrafo e prossigam daqui: por ñ ter nada de diferente (fora umas eletronices em “Chemicals” e em “Funny”, apenas “Insane” conter solo de guitarra, e um tique country em “Enemy”), cumpre-se elogiar a consistência de Daron Malakian como compositor e até como vocalista, de raríssimos – ufa! – momentos exagerados ou forçados. Curto o trampo baterístico de John Dolmayan, embora veja nele pouca pegada e muita zona de conforto: sujeito tem uma Tama, ficou em evidência e pouco ousa? Tvz seja um baterista de jazz de origem, daí alguma timidez. Um equivalente new metal de Charlie Watts, o discreto.
Meus sons preferidos: “Universe”, “Exploding/Reloading”, “Stoner Hate” e “3005”. Os demais, vou ouvindo de quando em vez e de vez em quando. Como o próprio disco, solene remanescente duma época em q disco ainda importou como formato e como estética. O fim dos tempos ñ foi ao som de black metal norueguês nem com Krisiun de fundo, mas beleza. Sobrevivemos e sobreviveremos.
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CATA PIOLHO CCXLII – então o Primal Fear tem como inspiração o Judas Priest?
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=DKuD7zYea1w[/youtube]
Nunca tinha percebido…
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=_BzLvFawauA[/youtube]
marZ
27 de junho de 2015 @ 22:52
Vale 30! Ótimo disco.
doggma
28 de junho de 2015 @ 18:32
Estou ouvindo agora e realmente vale um downlo… err, 15, 20 conto. Tem uma vibração do SoaD com uma pegada mais rocker, mais direta, mais garagem, tipo Hellacopters.
Bem bão, bem mais fácil que SoaD. Curioso ter flopado.
Pergunta, chefe: se for considerar que “os demais foram apenas atualizações de refil do mesmo” não seria melhor desligar tudo e fechar logo o boteco?
Marco Txuca
28 de junho de 2015 @ 23:33
Ué, e ñ fizeram isso?
doggma
28 de junho de 2015 @ 23:57
Voltaram só pra show então? Pensei que fossem gravar um novo opus também.
Marco Txuca
29 de junho de 2015 @ 01:25
Conversa mole essa de novo álbum. Falam o q fãs gostariam de ouvir.
Só voltam pra show mesmo… atração esperadíssima deste próximo Rock In Rio. No Rio! Putz.
Tiago
29 de junho de 2015 @ 09:08
Mas os caras tem moral. Tanto que são atração em tudo que é festival mundo afora. E sempre uma das principais. Fizeram bem feito o que tinham que fazer e capitularam. Para que fazer mais, se o que já foi feito nos enche os bolsos…
Marco Txuca
30 de junho de 2015 @ 01:06
O nível tá muito baixo.
Quem é concorrência: Muse? banda de Noel Gallagher? banda de Liam Gallagher? Guns N’Roses? Queen com transexual gourmet?
Tiago
30 de junho de 2015 @ 08:31
Ai sim. O nivel ta baixíssimo, e tende a piorar. Quando os veinhos não mais estiverem, quem vai nos salvar? Quem?!?!?! Mas aí é outra discussão…
Marco Txuca
30 de junho de 2015 @ 12:49
Te digo uma coisa: Dave Grohl é q Ñ nos salvará!
Tiago Rolim
30 de junho de 2015 @ 15:04
De maneira alguma!!!! Foo Fighters é um lixo só! Dele gosto dos projetos paralelos… Probot e Them Vulture Cultures.
Marco Txuca
30 de junho de 2015 @ 21:07
FarooFighters acho um emocore com grife. O cara é boa gente, bom de marketing, mas devia só tocar bateria.