por märZ
Quantos anos tem o heavy metal?
Partindo-se do que é comumente aceito como seu marco zero, o estilo completa 48 anos no dia 13 de fevereiro. Muita coisa mudou nessas quase cinco décadas. Bandas pisaram forte e depois de um tempo desapareceram, outras seguem fortes, estilos foram criados e geraram outros tantos sub-estilos, artistas se consagraram, e tudo se espalhou como fogo em capim seco por esse mundo de Zeus.
Estava pensando aqui em quais seriam os álbuns mais importantes, relevantes e influentes quando se pensa em Heavy Metal, seja lá qual gênero for. Vou tentar citar alguns:
Black Sabbath – Black Sabbath (1970): por motivos óbvios. Pegou o blueprint de bandas como o Cream, adicionou peso e ainda mais distorção ao blues e deu no que deu.
Judas Priest – Sad Wings Of Destiny (1976): talvez não seja muito comentado quando se fala de álbuns seminais de metal, mas o Judas merece o crédito por ter criado uma variação do estilo feito pelo Sabbath, que se baseava em escalas de blues. A música da banda perverteu os tempos e criou a assinatura das guitarras gêmeas, tão copiadas mais tarde. O debut, anterior a este, ainda não trazia esses elementos tão em evidência.
Motörhead – Overkill (1979): um monstro em estágio ainda fetal, mas com garras e dentes já bem afiados. Acelerou o passo, ao mesmo tempo que manteve o swing.
Iron Maiden – The Number Of the Beast (1982): “Iron Maiden” e “Killers” foram bons álbuns mas empalidecem quando comparados ao abalo sísmico que foi a estréia de Bruce Dickinson na banda. Criou outro lugar-comum no metal: o ritmo “cavalgado” e os vocais “operísticos”, também tão copiados desde então.
Venom – Black Metal (1982): pegou a deixa com o Motörhead e acelerou tudo, colorindo com temáticas diabólicas e performance enlouquecida. Apesar das limitações musicais, se tornou extremamente influente.
Metallica – Kill ‘em All (1983): pedra fundamental do que seria uma das subdivisões mais populares do estilo, o Thrash Metal. Nem precisa falar muito sobre isso.
Possessed – Seven Churches (1985): tentando soar como Slayer, Metallica e Venom, sem querer inventaram o death metal.
Slayer – Reign In Blood (1986): assim como o Iron Maiden, foi em seu terceiro álbum que o Slayer realmente deslanchou. “Reign In Blood” é um dos discos mais influentes do metal e, em termos de velocidade extrema, todo mundo que veio depois deve as calças ao que Dave Lombardo fez aqui.
Metallica – Metallica (1991): após um tempo de certa estagnação e repetição da fórmula, o quinto álbum da banda elevou o estilo a outros patamares, trazendo o metal para as massas. Depois deste álbum, o Heavy Metal nunca mais foi visto da mesma maneira.
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Bom, esses são os que me vêm à mente nesse momento, e são os que me são mais familiares. Sei que devem haver outros que se encaixam na premissa do post, talvez pertencentes a algum outro sub-estilo tipo glam metal ou algo parecido. Mas essa não é minha praia e espero que alguém aqui possa contribuir.