EMBATE 3
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O tipo do relato biográfico q acho divertido e na medida certa da nostalgia. Cometido por David Wild, colaborador da Rolling Stone, no intróito de seu release de 3 páginas outras (repletas de detalhes discográficos, das formações e tretas) q deixo pra lá por aqui, na coletânea “The Best Of Both Worlds” (2004):
“A Fan’s Notes
Right now a 14-year-old kid in a basement somewhere is listening to Eddie Van Halen play ‘Eruption’, thinking, How the hell does he do that?
Right now that kid’s dad is upstairs in the living room begging that kid’s mom for the credit card so he can buy Van Halen concert tickets.
Right now Mom’s saying, ‘OK’, because she’s secretly loved Van Halen since the first made out to ‘Dance the Night Away’ during her high school prom.
Right now all of them – and all of us with any taste and disposable income – can finally have the best of Van Halen all gathered in one dingy and smoky place.
Right there.
The Best Of Both Worlds chronicles one of the greatest – and loudest – rock’n’roll stories ever told. Surviving the demanding test of time, Van Halen‘s music continues to endure with transcendent grace and undeniable force.
In short, they really rock.
Revolutionary yet instantly accessible, Van Halen are a true musical powerhouse that forever changed the way that rock music’s played. From the beginning, they raised the wah-wah bar forever in terms of sonic ambition and raging full-throttle musicanship. This is one of the groups that changed the rules of the game, and then kept on winning. They took the energy and craft of great British rock bands like The Kinks, The Who, and Cream and transported them into their own distinctly American hyperspace. In particular, in Eddie’s virtuoso hands, the electric guitar took its single most startling leap forward since Jimi Hendrix turned the world onto a whole new Experience.
But Eddie didn’t do it alone.
Together the members of Van Halen have made rock history, and the music collected here shows exactly how they’re done it. These songs – not the celebrity, not the controversy, not the adorable grins in the videos – are what ultimately set Van Halen apart from the rock’n’roll pack. And now, with the long-awaited release of three powerful new songs here – ‘It’s About Time’, ‘Up For Breakfast’, and ‘Learning to See’, all featuring the returning and resounding Wham of Sam – The Best Of Both Worlds brings the band’s proud and pounding legacy alive and well here in the 21st century.
And as the band hits the road in the summer of 2004, the story isn’t over yet“.
Pra ñ ficar no ar, algum tipo de critério na lista abaixo: músicas chatas, mas de bandas/artistas ñ necessariamente chatos; ou ñ o tempo todo. Gosto das bandas, só ñ dessas músicas, q nunca gostei.
Tb ñ entram músicas q a gente já gostou e o excesso nos deu enjôo, como são pra mim, por exemplo, “The Trooper” e “Another Brick In the Wall, Pt. 2”. Ah, foquei em rock e metal. Pra outros estilos, outras listas. Ou ñ, vai de (des)gosto.
Será q ajuda a calibrar as escolhas?
TOP 10 MÚSICAS MAIS CHATAS DA HISTÓRIA:
MEUS DISCOS SESSENTISTAS FAVORITOS:
Obviamente constam discos e bandas ñ exatamente heavy metal, pois “Black Sabbath”, o disco, ainda ñ tinha sido lançado. Próximas décadas deixarão de conter bandas/artistas q ñ sejam exatamente pesados
PS – bonna tem lista pra hoje ou folgou?
por märZ
Quantos anos tem o heavy metal?
Partindo-se do que é comumente aceito como seu marco zero, o estilo completa 48 anos no dia 13 de fevereiro. Muita coisa mudou nessas quase cinco décadas. Bandas pisaram forte e depois de um tempo desapareceram, outras seguem fortes, estilos foram criados e geraram outros tantos sub-estilos, artistas se consagraram, e tudo se espalhou como fogo em capim seco por esse mundo de Zeus.
Estava pensando aqui em quais seriam os álbuns mais importantes, relevantes e influentes quando se pensa em Heavy Metal, seja lá qual gênero for. Vou tentar citar alguns:
Black Sabbath – Black Sabbath (1970): por motivos óbvios. Pegou o blueprint de bandas como o Cream, adicionou peso e ainda mais distorção ao blues e deu no que deu.
Judas Priest – Sad Wings Of Destiny (1976): talvez não seja muito comentado quando se fala de álbuns seminais de metal, mas o Judas merece o crédito por ter criado uma variação do estilo feito pelo Sabbath, que se baseava em escalas de blues. A música da banda perverteu os tempos e criou a assinatura das guitarras gêmeas, tão copiadas mais tarde. O debut, anterior a este, ainda não trazia esses elementos tão em evidência.
Motörhead – Overkill (1979): um monstro em estágio ainda fetal, mas com garras e dentes já bem afiados. Acelerou o passo, ao mesmo tempo que manteve o swing.
Iron Maiden – The Number Of the Beast (1982): “Iron Maiden” e “Killers” foram bons álbuns mas empalidecem quando comparados ao abalo sísmico que foi a estréia de Bruce Dickinson na banda. Criou outro lugar-comum no metal: o ritmo “cavalgado” e os vocais “operísticos”, também tão copiados desde então.
Venom – Black Metal (1982): pegou a deixa com o Motörhead e acelerou tudo, colorindo com temáticas diabólicas e performance enlouquecida. Apesar das limitações musicais, se tornou extremamente influente.
Metallica – Kill ‘em All (1983): pedra fundamental do que seria uma das subdivisões mais populares do estilo, o Thrash Metal. Nem precisa falar muito sobre isso.
Possessed – Seven Churches (1985): tentando soar como Slayer, Metallica e Venom, sem querer inventaram o death metal.
Slayer – Reign In Blood (1986): assim como o Iron Maiden, foi em seu terceiro álbum que o Slayer realmente deslanchou. “Reign In Blood” é um dos discos mais influentes do metal e, em termos de velocidade extrema, todo mundo que veio depois deve as calças ao que Dave Lombardo fez aqui.
Metallica – Metallica (1991): após um tempo de certa estagnação e repetição da fórmula, o quinto álbum da banda elevou o estilo a outros patamares, trazendo o metal para as massas. Depois deste álbum, o Heavy Metal nunca mais foi visto da mesma maneira.
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Bom, esses são os que me vêm à mente nesse momento, e são os que me são mais familiares. Sei que devem haver outros que se encaixam na premissa do post, talvez pertencentes a algum outro sub-estilo tipo glam metal ou algo parecido. Mas essa não é minha praia e espero que alguém aqui possa contribuir.
“Around the Next Dream”, BBM, 1994, Virgin/EMI
sons: WAITING IN THE WINGS / CITY OF GOLD / WHERE IN THE WORLD / CAN’T FOOL THE BLUES / HIGH COST OF LOVING / GLORY DAYS / WHY DOES LOVE (HAVE TO GO WRONG?) / NAKED FLAME / I WONDER WHY (ARE YOU SO MEAN TO ME?) / WRONG SIDE OF TOWN
formação: Gary Moore (vocals, guitar), Jack Bruce (vocals, bass guitar, cello, keyboards on “Wrong Side Of Town”), Ginger Baker (drums, percussion)
extras: Tommy Eyre (keyboards), Ahrum Ahrum (drums on “Where In the World”), Morris Murphy (back trumpet on “Glory Days”)
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Ñ gosto de Cream.
E o digo mais por uma birra justificada q por implicação fundamentada: conheço por alto a banda, q ñ me pegou. Pq passei da idade, pq faltei à aula, pq tvz devesse ter conhecido antes.
“I Feel Free” era o videoclipe q a Mtv Brasil passava deles. Sonzinho pop, bem distante do arrojo e da exuberância técnica com q sempre os vi descritos. “Crossroads” tvz fosse som q me pegasse… mas é versão de Robert Johnson e o Rush recentemente regravando-o (em “Feedback”) me serviu melhor; como Jack Bruce co-escrevendo e tocando na faixa-título de “Apostrophe”, de Frank Zappa. “Sunshine Of Your Love”, desculpem-me, nunca me desceu: acho uma das canções mais chatas de todos os tempos, ao lado de “Should I Stay Or Should I Go?”.
“Disraeli Gears” tenho em fita, q ganhei de amigo q jogaria fora, mas ouvi uma vez, mal e mal, e ñ me pegou. Na verdade, minha birra é com Eric Clapton: acho o cara muito coxinha, nunca entendi a deidade atribuída e gosto só duns 2 sons do sujeito (“Bad Love” e a versão acústica de “Layla”). Tb nunca fui atrás de ouvir melhor, por ñ me ser prioridade. E pq em minha cosmogonia tacanha, curtir Clapton ñ coaduna com curtir Jeff Beck. Adoro e prefiro este.
Gary Moore, por outro lado, foi guitarrista q descobri recentemente. E tarde: já havia morrido. Menos mal a obra pouco valorizada (cheia de altos e baixos, verdade), mas bastante disponível.
É aqui q chego ao BBM, adquirido este mês, por conta do cara e pela raridade. Antes de pôr pra ouvir, lembrei do hype de 20 anos atrás: uma volta do Cream q supostamente ñ engrenou, daí teriam recrutarado Moore como estepe. Resenhas positivas, mas ñ entusiasmadas, um videoclipe pra constar e o completo ostracismo.
Ñ deixou legado. Uma pena.
***
“Around the Next Dream” tem bons e menores (poucos) momentos e feeling em abundância. E se é verdade q rola um auto-plágio (“City Of Gold” se vale de “Crossroads” descardamente), ñ vi problema. É álbum pra ser ouvido aos poucos, de cabo a rabo (sem random no pendrive), e digerido como um álbum antigamente costumava ser. Como um bom álbum deve ser ouvido.
Como álbum, há 20 anos eu ñ teria tido MATURIDADE para encarar, apreciar e recomendar. A ponto de eu hoje achar absurdo q NENHUM dos sons por aqui jamais tenha tocado em rádio: o “classic rock” inexistia em 1994, hoje existe – muito pra tamponar a esterilidade dum rock atual – então me parece incrível q, passados 20 anos, uma Kiss Fm jamais tocar nada deste disco em programação, normal ou extraordinária.
Os 10 sons daqui, todos de matriz blues rock, são repletos de bom gosto e timbragens, com arrojo instrumental, mas sem firulas desnecessárias: o jeitão destrambelhado de solar de Moore, repleto de bends e de volume alto, pra mim encaixou muito bem com a cozinha de Bruce e Ginger Baker. Moore e Bruce dividem vocais, às vezes numa mesma faixa, e eu prefiro os roucos do primeiro. Baker “joga pro time”, com manulações em pratos de condução e uma timbragem baterística q simplesmente aboliu reverbs (ecos) e compressões. Impressão de músicos tocando naturalmente, com alguém gravando ao vivo, como num bar.
Curiosamente, as faixas com as quais ñ consegui me empolgar tanto quanto as outras foram “Naked Flame” e “Wrong Side Of Town”, ambas de autoria solitária de Moore. Impressão de terem entrado pra fazer volume, levemente equivocadas, mas de nenhum modo ruins. Apenas menores.
Som único de autoria do trio, “Why Does Love (Have to Go Wrong?)”, dura 8 minutos e se justifica. Ñ cansa. “Glory Days” contém trumpete marcando um riff meio celta, q fãs de Blackmore’s Night ou Jethro Tull curtirão. Épica. “High Cost Of Loving” soa Steve Ray Vaughan com ZZ Top, sem chupins, no bom sentido.
A quem curte o Deep Purple atual mais na manha e sem Ritchie Blackmore, mas faz objeções a algumas impertinências guitarrísticas de Steve Morse, “Around the Next Dream” tvz possa tb cair muito bem.
As duas primeiras faixas, fora “Glory Days”, “Can’t Fool the Blues” e “I Wonder Why (Are You So Mean to Me?)”, são minhas preferidas, e se é verdade q uma ausência de Clapton por aqui justificou o desinteresse mercadológico do disco e do projeto BBM, por outro lado entendo q o material decantado se apresentou isento de pressões de mercado ou de sucesso “fácil”. Chegaram a fazer turnê e o You Tube tem video de show inteiro, mas desconheço algum dvd q tenha sido lançado oficialmente.
Motivos pelos quais o trio ñ continuou parecem ter envolvido conflitos de ego ou temperamento, mas recordo q mais ou menos na mesma época os álbuns/projetos “Coverdale-Page” e “No Quarter” (aquela “meia volta” de Lep Zeppelin, em 2 álbuns) tb deram em muito pouco. Dinossauros passaram a ganhar credibilidade mais tarde no rock.
Discão.
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CATA PIOLHO CCXXV – falando em dinossauros, uma impressão recente ouvindo “Parental Guidance”, do Judas Priest: o refrão ali ñ tem alguma coisa de “Tumbling Dice”, do Rolling Stones?
SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA THRASH COM H
SÉRIE “PRECURSORES DO HEAVY METAL”, por Mônica Schwarzwald
(publicado originalmente em 30 de Dezembro de 2003)
Cactus, um grão de areia no deserto
Imagine-se em uma loja de discos em 1972, com dinheiro para comprar um ou dois discos, mas sem nada especial em mente. Olhe só os lançamentos: Deep Purple, Yes, Led Zeppelin, Black Sabbath, Rolling Stones, ícones do rock arrebentando, e você tendo que decidir. Difícil, não? Mais difícil ainda era saber que, além destas, havia outras dezenas de bandas fantásticas que acabaram quase no ostracismo devido ao altíssimo padrão de qualidade musical na época.
Pois bem, para quem não conhece, apresento o Cactus. Um grãozinho de areia que acabou se perdendo na vastidão das dunas das bandas apoteóticas dos anos 70.
Durante uma turnê do Vanilla Fudge em 1969, Tim Bogert e Carmine Appice, baixista e baterista da banda, insatisfeitos e planejando um novo trabalho, rumavam para o Arizona, quando passaram por um outdoor onde lia-se “Cactus Drive-In”. Nunca foi tão fácil escolher um nome de uma banda!
Recrutaram Jim McCarty, ex-guitarrista da Mitch Ryder And The Detroit Wheels, e Rusty Day, ex-vocal da Amboy Dukes e partiram para o primeiro disco, gravado em 1970, mas quase vetado por causa da capa [mais abaixo]: um inocente, e ereto, cacto, que dá nome à banda, na frente de um rubro pôr-do-sol. O som poderoso do hard visceral, a “cozinha” histórica de Boggert e Appice, a voz rouca de Day nos dão aquela felicidade de estarmos vivos, sentirmos que temos sangue nas veias e amamos o divino rock!
O segundo álbum, “One Way… Or Another”, gravado nos ares mitológicos do Electric Lady, estúdio de Jimi Hendrix, é sem dúvida o melhor dos quatro.
As composições têm por base o hard rock blueseiro com pitadas jazzísticas. As melodias, os arpejos inicialmente singelos, são levados progressivamente a uma catarse, beirando o heavy metal.
É emocionante, seu coração acaba seguindo o compasso da música.
Vale destacar a “arte de tocar baixo” de Sir Bogert. No embalo dos baixistas “rebeldes” como Jack Bruce (do Cream), que fazem algo mais além de ficar na tônica ou fazer aquele “arroz-e-feijão” da maioria dos baixistas empalidecidos e tímidos, ele usou seu instrumento em solos muito longos e com distorção! Inovador e brilhante, Tim Bogert é conhecido como um dos melhores baixistas americanos.
“Restrictions”, o terceiro, é o começo da crise interna na banda. Bogert e Appice continuam arrebentando, mas as composições não chamam a atenção, a não ser “Evil”, que segue a inspiração do início.
Em 72 McCarty e Day deixam o Cactus e são substituídos por ilustres desconhecidos que participam da gravação de “Ot’N’Sweaty”, um fracasso que leva os fundadores a desistirem e partirem para outra. Era o fim do Cactus.
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(por Marco Txuca)
“Cactus”, 1970 (Atco/Atlantic) – gravado dum vinil (nacional?) da Mônica
sons: PARCHMAN FARM [Mose Allison]/ MY LADY FROM SOUTH OF DETROIT / BRO. BILL / YOU CAN’T JUDGE A BOOK BY THE COVER [Willie Dixon] / OLEO / LET ME SWIM / NO NEED TO WORRY / FEEL SO GOOD
Lendo revistas de bateria, sempre ouvi falar bem do Carmine Appice. Gravando este disco, emprestado pela Mônica, somei-o no rol dos bateristas subestimados-injustiçados (como são Bill Ward e Nicko McBrain).
Um pouco é culpa dele, afinal, ninguém mandou ele seguir carreira com o Rod Stewart!…
O som pra baixar na net, se for o caso, é “Parchman Farm”. Pra quem curtir, cate “Oleo”.
Essa primeira é a “Fireball”, do Deep Purple, se o Ian Paice tivesse cheirado um pó antes de gravar. Rockão legal, no mesmo andamento da do Purple, mas com uma entrada (virada) do Appice já matadora. O cara é bem mais técnico, e o som de batera desse disco é bem melhor gravado q a maioria dos Purple e Black Sabbath setentistas q já ouvi.
Levada de 2 bumbos bem simples (semicolcheias), mas bem audível e instigante – dizem q só o Keith Moon (do The Who) usava 2 bumbos na época: [ainda] ñ conheço…
Viradas precisas, rápidas, curtas, um som de caixa muito legal. Solinhos de guitarra bem blues, rock’n’roll (na primeira ouvida) básico, e tal. O vocal ñ compromete, e é legal tb. Em “Oleo”, há solos de bateria e baixo. Assim como um solo de bateria fecha o disco, em “Feel So Good”.
Outra q achei legal tb, é “Let Me Swim”. As demais seguem aquele padrão meio blues-rock, q o próprio Purple popularizou (aliterações!…). “My Lady From…” é uma balada, mas sem ser baba. E a versão de Willie Dixon (q o Megadeth ‘homenageou’ em “I’m Superstitious”), vem bem blues, e cai num rockão no final.
Pra concluir: no planeta do Super Homem Bizarro, esses caras com certeza estouraram.
Poderia ser o Bruce Lee. Poderia ser o Bruce Banner dando pití. Na verdade, foi o Jack Bruce, veteraníssimo do Cream, q andou soltando os bichos pra cima do Led Zeppelin. Yeah!
Anos atrás, lembro q eu e meu miguxo Inácio (q sei lá pq, desde q o blog mudou, ñ mais freqüenta este espaço) cogitamos fundar uma comunidade orkutiana “Eu Odeio Led Zeppelin”, o q ñ vingou: ele ficou esperando eu fundar, eu esperando ele fazer… Procurei por lá e o máximo q achei foi “Odeio Quem Odeia Led Zeppelin“. Terreno estéril…
Pois acho q já poderíamos fazer uma, contando com ilustres 3 participantes ahah
Saiu no site da Brigade assim, e já o chamava de “meu herói” por isso (desconsiderando apenas o fim, q parece coisa de quem tem 12, e ñ 65 anos):
“Bom, o problema é que estou fazendo tantas coisas maravilhosas por conta própria… Cream é uma banda muito, muito antiga; e nós já fizemos algo juntos (refere-se aos shows de reunião, em 2005)… Todos falam do Led Zeppelin, mas eles só fizeram uma merda de show – uma merda de um show horrível – enquanto o Cream fez shows durante semanas; shows decentes, não uma porcaria de apresentação como eles fizeram, com os tons de voz mais baixos e tudo. Tocamos tudo nos tons originais. (Se animando) Foda-se o Led Zeppelin, vocês são uma merda! Sempre foram uma bosta, e nunca serão nada mais do que isso. E a pior coisa é que as pesoas ainda acreditam nas tranqueiras que eles gravaram. Cream é 10 vezes mais banda do que o Led Zeppelin. Ou você vai querer comparar Eric Clapton àquele porra do Jimmy Page???”.
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Mas aí, vejo no whiplash ontem alguma “retratação”, e desanimei um tanto. Até ler. Retratação uma ova: o cara enfiou mais a faca e girou!
Acusou os caras de monopolizarem, no “show da volta” do ano passado, evento q deveria contar com outras bandas, e ainda mandou a pérola (segue abaixo) de o Bonham ser o único q valia alguma coisa por ali! ahah
Na manhã de hoje, porém, as coisas mudaram de figura. Os radialistas Jim Johnson e Lynne Woodison, da rádio estadunidense 94.7 WCSX, ligaram para Jack em sua casa, em Londres, a fim de que o músico esclarecesse o assunto. “Eu estava apenas me divertindo na área reservada à imprensa”, explicou Bruce. “Obviamente, aqueles shows que fizemos foram há três anos, já é uma história antiga. E eles também fizeram um show, que foi algo fora do controle, que supostamente seria um tributo a Ahmet [N. do T.: Ertegun, fundador da Atlantic Records, e mentor de muitos músicos] também estávamos indo tocar lá, porque o show aconteceria no Royal Albert Hall, outros artistas estariam lá — os Stones e muitos outros — mas estão eles superestimaram tudo e transformaram em um único show do Zeppelin, foi então que Eric [Clapton, guitarrista e vocalista do Cream] e eu decidimos que não queríamos fazer parte disso — até porque o show havia sido removido para o O2, que é um lugar bem maior em Londres.
Achamos que essa seria uma direção errada para nós para prestar um tributo a Ahmet. Estávamos felizes em fazer isso, porque Ginger [Baker, baterista do Cream] estava vindo da África do Sul. Então Eric me ligou e perguntou: ‘o que você acha de ainda estarmos fazendo isso, agora que eles mudaram para o O2?’. E eu lhe disse: ‘bem, não fiquei muito feliz’. Porque não vejo o Cream em lugar como aquele. Somos mais um tipo de banda intimista. Não gostamos de tocar em lugares muito grandes. O The Garden é o nosso limite.”
E Bruce continuou: “O lance sobre o Zeppelin é obviamente um pouco de inveja da minha parte — ou talvez um pouco mais do que isso — porque todo esse público foi criado pelo Cream e por Jimi Hendrix. Esse tipo de público vasto. Então o Zeppelin só apareceu e seguiu tudo mais fácil. Éramos os pioneiros e nem sempre os pioneiros têm o reconhecimento que merecem. Mas, por outro lado, é mesmo verdade que eles tocaram tudo em afinação mais baixa, e vamos encarar os fatos: Jimmy Page não é Eric Clapton… não importa o que qualquer um pense… quer dizer, o único cara decente na banda está morto… o que vamos fazer a respeito? [risos]”.
Por fim, Bruce acrescentou: “Vocês conhecem meu senso de humor… tenho um terrível senso de humor. Eu estava apenas me divertindo. O problema é que se você diz qualquer coisa ruim a respeito dessas pessoas já estabelecidas… basicamente, na Grã Bretanha, você não pode criticar o Queen ou o Led Zeppelin”.
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Hail, Bruce!