2022 surpreendendo: disco novo do Jethro Tull sai amanhã.
Antes, um ADENDO: q bom q pra cada Eric De-Clapton, Roger Daltrey e Sammy Hagar aparece um Neil Young. Comprou briga com Spotify e seu podcast negacionista campeão de audiência, e é isso.
Enquanto Dave Grohl, Green Day, Bono Vox e outros isentões parecem preferir fingir de mortos e contabilizar likes. O timing de sacar q a internet ñ é isenta (e sim, omissa e conivente) está despontando.
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Jethro Tull: mais do q qualquer coisa, esse videoclipe entrega demais.
Catei a letra. Impecável no timing, só ñ consegui entender se tb meio “murista”. Mas ataca a quem deveria atacar.
Macaco velho, Ian Anderson veio com papo de q se trata de Bíblia e criticar os cristãos e suas hipocrisias etc. Serve, cabe. E o som achei excepcional: Jethro Tull renovado e pleno. Vários outros clipes de sons novos já estão no YouTube tb.
“The Zealot Gene” sai amanhã.
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E Crom abençoe Tony Iommi, Neil Young e Ian Anderson ao infinito. Os “dinossauros” são outros: os glúteos-flácidos, os roqueiros estilizados q pintam cabelo. Os velhinhos aí são vintage.
Segue a parte 2 do post sobre dicos supostamente fracos que têm rotação constante por aqui:
Dio: “Sacred Heart”
Novamente, meu primeiro contato com o artista. Antes de conhecer Sabbath com Dio, ou mesmo Rainbow. Gravei isso em cassete e ouvi centenas de vezes. Entendo que foi um ponto baixo se comparado com os dois anteriores e até mesmo os posteriores, mas gosto muito deste álbum. O produtor até tentou salvar, mas as músicas são um tanto mais comerciais, fruto novamente da época em questão. Mas tirando a última, “Shoot Shoot”, o restante eu acho maravilhoso.
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Kreator: “Endorama”
Inicialmente comprei este cd pra completar a coleção, mas eventualmente comecei a apreciá-lo de verdade. Não soa como o Kreator com que nos acostumamos, mas tem vida própria e alguns momentos interessantes. Descobri que o ouço mais regularmente que os álbuns que saíram depois, mais próximos do som característico da banda.
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Newsted: “Heavy Metal Music”
Acho que ninguém gostou desse disco. A crítica malhou, meus amigos odiaram… mas eu adorei. Não lembra em nada o Metallica, e esse talvez seja seu maior trunfo. A clara influência de Voïvod em nada atrapalha, e no todo acho um disco legal e honesto.
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Neil Young: “Mirror Ball”
Neil esquece o Crazy Horse e chama o Pearl Jam para ser sua banda de apoio. A crítica caiu matando, boa parte dos seus fãs também. Novamente, foi o primeiro álbum que escutei inteiro do artista, na época em fita cassete original emprestada de um amigo na Alemanha, onde residia. Andei muito de bicicleta ouvindo “Mirror Ball” no walkman e até hoje acho muito bom.
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Slayer: “Undisputed Attitude”
Ah, esse já foi até discutido por aqui. Apesar de se tratar de um disco de covers, a maioria dos fãs detesta este álbum. Eu, fã de punk rock e hardcore que sempre fui, acho muito legal. Curto, rápido, despretensioso e divertido. Pra mim tá bom.
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Ultraje a Rigor: “Crescendo”
A banda teve dois discos extremamente bem sucedidos no mercado e havia muita expectativa para o terceiro. O que chegou foi um álbum de guitarras pesadas, palavrões e músicas esquisitas, fora dos padrões das rádios comerciais. Eu adorei e ouço muito, até hoje.
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Scorpions: “Fly to the Rainbow”
Comprei esse em Lp numa época em que a banda já era uma máquina de fazer baladas radiofônicas e hits hard rock. Ninguém gostava dessa fase inicial do Scorpions; era muito presa ao som dos anos 70, a produção era tosca e não havia hits. Mas tinha Uli Jon Roth na guitarra solo e isso pra mim sempre foi ouro.
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Pink Floyd: “A Momentary Lapse Of Reason”
PF sem Roger Waters ainda é PF? Sei lá, talvez não. Mas gravei esse Lp em fita na época do lançamento, quando ainda só conhecia “The Wall”, e achei interessante. Algumas músicas funcionaram bem e outras nem tanto, mas no geral acho um bom disco.
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Manowar: “Fighting the World”
Pra muita gente TODOS os discos da banda poderiam entrar nessa lista de “malditos”, mas o fato é que na época o Manowar ainda era considerado uma banda séria por aqui, e eu gostava muito. “Fighting” foi somente o segundo Lp lançado no Brasil, após “Battle Hymns” (nenhum dos 3 no meio saíram aqui) e trouxe um som mais comercial que os anteriores, pegando todo mundo de surpresa. Não agradou, mas eu ouvi bastante e curto até hoje (com ressalvas).
1º som: vídeo de “Black nº1”, chatonildo, interminável e onipresente, na finada Mtv Brasil, 1993. Provável unanimidade por aqui?
1º álbum: “October Rust”, gravado em fita (ainda) dum colega da pós-graduação. Lá pra 2001
Nunca fui com a banda: ñ comprei o pacote de revelação do metal, nem do gótico. Achava forçado o marketing lésbico e a voz do Pedro Aço, registrada em uma infinidade de compressões. Pra mim, mais absurdo ainda era compararem com Sisters Of Mercy (jamais!). Gravei “October Rust” por ter ido com a fuça do cover de Neil Young e com “My Girlfriend’s Girlfriend”. Parei aí
Todo mundo por aqui já viu q será esse o nome do álbum colaborativo entre o Metallica e o chatonildo aveludado subchão Lou Reed, certo?
Fico imaginando o Dave Mustaine numa hora dessas. Prestes a lançar o tal “TH1RT3EN” (anunciado pra novembro), mas já agoniado a pensar no 14º petardo.
Em dúvida sobre mandar email a Neil Young ou a Nick Cave propondo parceria. E acuado entre escolher nome de mulher (“Gigi”) ou de cachorro (“Fido”) pro disco…
Nem entro nos deméritos sobre decadência ou coisa assim. Ainda mais do tal Lou Reed, pra mim, uma das figuras mais chatas e presunçosas (no mau sentido) da história do rock. Apenas me incomodou o dejá-vu: parecem, ao longo da matéria, aquelas declarações “libertárias” da época do “Load” e do “Reload”, o q me faz crer q o Metallica É isso, e ñ mais a banda de outrora.
Ñ q eu tivesse acreditado em eles terem voltado a ser o q eram: ou alguém realmente acredita q quando sai o Morbid Angel novo, algum dos caras (fora, tvz, o Trujillo) ouve?
Outra possibilidade será a da laia dos indie-otas começar a achar q curte heavy metal. Ou thrash metal. Tudo – fora rock progressivo – o q os críticos do meio sempre execraram cega e veementemente.
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Por outro lado, pensemos na tendência mustaineana de ir na cola: gravará algum disco com Neil Young ou Bod Dylan?
(páreo duro pra ver quem canta pior!!)
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E se o Korzus resolver gravar com o Zé Geraldo? Vou parar de gostar do cara!
“Temporada Na Estrada – Histórias de Uma Banda de Rock”, Yves Passarell, 1999, Gryphus, 172 páginas
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Todo mundo por aqui sabe da minha birra com o Viper, banda de q até tentei gostar (cheguei a ir a show, inclusive), e q respeito até um pouquinho – pelo 1º disco – baseada (a birra) sobretudo em 2 aspectos: 1) nunca fui com a cara, nem com a voz, do André Chatos; 2) achar o “Theatre Of Fate” exagerado e enfadonho, ainda q esforçado e ousado pro contexto do metal brasileiro oitentista.
Um 3º motivo pra eu nunca ter ido com a cara deles, e q eu apenas intuía, era a impressão de POUCA AMBIÇÃO dos caras. De banda ímpar no quesito “tiro no pé”: tiveram chances legítimas de se confirmarem, até resolverem jogar tudo no lixo. E o digo baseado nos ladeira-abaixo “Evolution” (as caveirinhas andando de bicicleta me soando pra lá de irônicas), “Maniacs In Japan” (com cover de Tim Maia!) e “Coma Rage”, de q conheci um ou outro som fuleiro.
Do “Tem Pra Todo Mundo” prefiro ñ comentar pq, àquela altura, tinha desistido MESMO dos caras.
Pois o motivo da pouca ambição e amadorismo tive confirmado após concluir a leitura desse “Temporada Na Estrada…”, lançado em 1999 com um delay – pra mim – inacreditável: quase 10 anos após feita a turnê de q se pretende descrever e rememorar. Cujo título e orelhas prometem descrição de turnê européia da banda, de meados de 1992, mas ñ cumprem: o livro é um monte de relatos e divagações pouco detalhadas, fora disperso pra cacete.
Pois se os primeiros capítulos da bagaça falam na expectativa da 1ª turnê européia (ocorrida nos lados do Leste Europeu sob as ruínas do Muro de Berlim desabado) e início da banda, logo as coisas se misturam e se atropelam: pois entendemos q os caras viajaram tb pra gravar o disco novo (sequer o título “Evolution” é citado), em meio a ensaios com Charlie Bauerfind e, do meio pra frente, tudo se torna um livro de memórias do próprio Viper em seus últimos dias, sem o mínimo cuidado de se “rechear” mais os fatos – do tipo citar nomes de gente envolvida – ou descrever maiores peripécias vividas pelos quatro amigos. E com o pior, embora óbvio: sempre sob o olhar distraído de Yves (q na verdade se chama Osvaldo).
Ah, há relato de jogo de sinuca “perigoso” na Hungria, assim como tb de “mico” de brinde feito com breja (o q era feito pelos ex-ditadores, em comemoração à morte de opositores) em balada com os caras do Omen (banda húngara ainda ativa), encontro com figuraça q ganhou aposta auto-priápica em restaurante lotado, assim como encontro de Pit (vulgo “Pedrão”) com sósia idêntico nos confins europeus. Há menção a estresses entre eles mesmos, tudo muito sutil e displicente – em uma página e meia, dentre as 130 de texto – com destaque maior ao ronco do baterista Renato Graccia (!).
Muito pouco, pra mim, q esperava estórias mais detalhadas, “quentes” ou politicamente incorretas: tanta coisa parece ocorrer em turnê, e sequer nomes de sons DELES PRÓPRIOS são mencionados qualquer vez. O show ocorrido no Japão, resultante no álbum ao vivo, gerador de ansiedades tremendas por ter sido show único em Tóquio (tivessem tocado mal, ñ teriam outra chance de fazê-lo), tem os receios mencionados, mas já estamos no fim do livro. Por outro lado, o show deles no 1º Philips Monsters Of Rock daqui (em 1994) vem assim descrito verborragicamente (p. 117):
“Voltamos ao Brasil e modéstia à parte fizemos um puta show no Monsters Of Rock. Tocamos praticamente todas as músicas conhecidas dos discos anteriores e algumas do nosso até então novo CD “Coma Rage”.”
Ñ é assim uma porcaria o livro: lá pelo 4º e 5º capítulos as descrições e divagações vão ficando interessantes, alguns eventos e passagens são bem chamativas, assim como reflexões do autor. No entanto, ficou tudo muito “jogado”: era pra ser sobre turnê, daí rola falar de gravações, daí rola falar de sessões de autógrafos no Brasil e no mundo, daí há capítulo sobre desencanto com empresário, mais um sobre festa em Los Angeles na casa – decorada com discos de ouro no banheiro – de Neil Young, sobre 1º encontro com Bill Metoyer (produtor) em banheiro de aeroporto. A impressão é q, nos tempos atuais de blog, “Temporada Na Estrada” teria rendido um (ou um site) bem legal, com a interatividade de (ex) fãs cumprindo preenchimentos de lacunas, sanear de dúvidas, depoimentos cúmplices, etc. e tal.
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OMISSÃO é tb palavra-chave na leitura deste livro: o André Chatos (tudo bem q ex-integrante, coisa e tal) sequer é mencionado (só em fotos), assim como ñ se cita de outras turnês japonesas jamais ocorrendo pelo desencanto dos japas com a banda (esperavam alguém como o Chatos cantando, ñ como o Pit). Outros ex-integrantes são citados muito de raspão. Ex-empresário pilantra ñ tem nome citado. Também é omitida a má recepção ao “Coma Rage”, q até deve ter rendido fãs disk-mtv à banda, mas ñ manteve os das antigas.
Omissão específica essa passada bem por alto, com Yves descrevendo algum “cansaço” em fazerem sons em inglês ou de ñ agüentarem “mais ficar tocando a mesma música”, o q, aliada à vontade de “estar mais perto dos músicos brasileiros”, fez com q cometessem “Tem Pra Todo Mundo”, onde descrições de participações de Ivo Meirelles e Dado Villa-Lobos se fazem como fossem Tom Araya ou Steve Harris indo tocar com eles…
Ainda q, sob a perspectiva de “integridade”, fique nítido q SEMPRE fizeram o q quiseram musicalmente na trajetória toda, por outro lado fica patente q o Viper careceu de orientação. De algum produtor q os fizesse aprimorar a receita melódica, reinventar o estilo, lapidar o talento… assim como algum revisor dizendo a Yves q poderia ter escrito mais detalhadamente uma série de eventos com os quais ficamos sob breves impressões.
A conclusão fácil q tive após ler o livro, confirmando hipótese acima lançada, é de ter sido o Viper uma banda q “se divertiu” pra caramba. Ñ tinha maiores pretensões, a q turnês fora do país funcionaram como bônus: se ñ desejavam muito, brincaram de banda profissa, curtiram as noites (e nisso o livro é prodigioso em descrever: como iam a botecos os caras!) e cumpriram seu papel, tendo encerrado atividades – ilação minha, já q o livro ñ chega nesse ponto – por falta de outros objetivos e por diluições múltiplas: de musicalidade, oportunidades, potencial etc.
Yves é lapidar nesse sentido, no trecho abaixo (p. 120):
“E no meio disso estavam quatro caras que se uniram e queriam se divertir e divertir os outros, numa boa. Essa era a essência principal que nos levava a estar onde estávamos, independente de sucesso ou não. As coisas apareciam e desapareciam como tinham que ser”.
E sua carreira atual no Capital Inicial, ao mesmo tempo me soa melancólica e devida: está onde “tinha q” estar?
Por fim: embora pareça contraditório elencar “Temporada Na Estrada…” como S.U.P., por tudo de ruim q falei a respeito, mesmo assim considero fundamental a leitura – mesmo com a capinha verde-fosforecente-caderno-de-menina e a cobrinha esquisita (certamente o q a editora encontrou pra retratar uma víbora…) – sobretudo por gente interessada na história do heavy metal brasileiro, do qual este livro é AINDA dos poucos relatos.
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CATA PIOLHO CLXXXV – ouvi isto aqui no rádio duas semanas atrás. E fora haver escancarado minha total ignorância com relação ao rock sulista setentista estadunidense, lanço cá impressão q ñ diluiu desde então: quanta semelhança com “The Unforgiven II”, hum?
“SEPULTURA: Toda a História”, André Barcinski e Silvio Gomes, 1999, editora 34
Reli este aqui recentemente (alguém por aqui ainda ñ leu isto?), motivado por conversa recente com o miguxo Tucho, e com o intuito de rever o quão tendencioso seria o texto em si.
Pq havia lido há muito – logo q saiu e comprei – numa tacada só, e em época de deslumbramento meu com os caras, e ñ me lembrava de críticas q poderia ter em relação à publicação. E ñ, o livro ñ é tão tendencioso assim. Tem até partes críticas, só q o q predomina, haja visto André Barcinski ter sido o transcritor das estórias do roadie Silvio “Bibika” Gomes, é o clima de BATE PAPO.
A sensação o tempo todo, lendo o livro – q flui muito fácil (tanto q na 1ª vez li numa tarde apenas) – é de estarmos num boteco com Bibika ouvindo os episódios, um após o outro. Todos verídicos, mas muitos puxados pro lado dos caras. Como a crise com a Sharon… digo, Glória Bujowski, em fins da turnê “Roots”, q gerou a diáspora da banda. Fica a impressão de desastre inevitável, q aconteceria de qualquer modo, mas sem se ouvir o “lado de lá”. Tudo bem tb.
Mas trata-se (essa parte) da parte final, reduzida e esperançosa: fala-se da redução do tamanho de lugares e de status diante da separação, assim como da gana dos remanescentes em superar tudo isso. Só q para se falar com propriedade a respeito das decorrências, percalços e dificuldades daí surgidas, acho q um outro livro q partisse desse momento tiro-no-pé tvz se fizesse necessário.
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Todo o resto creio poder ser dividido em outras duas partes: 1) o histórico desde os tempos de precariedade e de shows fuleiros; 2) o estrelado atingido. E a leitura é toda muito divertida, inclusive com os pitacos “críticos” existentes. Como o q se revela, nas entrelinhas, de os caras sempre terem se valido de instantes marqueteiros hiperbólicos e meio mentirosos.
Fala-se da ida do Max aos EUA com cópias do “Schizophrenia” e “Morbid Visions” embaixo do braço, em vôo da Pan-Am para negociar contrato com gravadoraS, história difundida à época. No entanto, revela-se ter sido meio papo furado, já q a conversa com a Roadrunner andava, sim, já adiantada, e tudo ter sido articulado para o Max ir lá assinar o contrato duma vez. Fala-se, quando da “era” “Arise”, dos caôs perpetrados por eles lá fora, pra forçar a barra do Brasil como país bizarro (constante naquele homevideo de show em Barcelona, “Under Siege”): como quando Max declarara haver mais igrejas q casas em Minas Gerais, por exemplo.
No entanto, o “episódio Sodom“, bastante conhecido (da 1ª turnê européia q fizeram com os alemães, sendo eles banda de abertura), fica no ar o quanto de caozice rolou em dizerem terem sido mal-tratados pelos caras. Relendo, ficou pra mim a impressão de q quiseram se fazer em cima deles: estavam meio se achando e, ñ sabendo se portar bem como banda de abertura, resolveram espalhar tal lenda. Enfim.
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A cargo de informação mesmo, por outro lado, creio só 2 dados serem de fundamental importância neste livro:
1) quando citam q a idéia pra capa de “Arise” era a de ter sido o desenho q virou a capa do “Cause Of Death”, do Obituary (com a gravadora atropelando e deixando ao Sepultura a capa q acabou ficando);
2) quando citam q a LENDA Paulo Xisto ñ gravou em “Schizophrenia”, nem em “Beneath the Remains”, tampouco no “Arise”, voltando a gravar em álbum sepultúrico apenas no “Chaos A.D.” (Andreas Beijador gravou o baixo nesses 3), por motivos de “nervosismo” (ui!) e pouco tempo em estúdio.
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E o q tenho de crítica, no mais, dirijo ao próprio Barcinski, crítico indie q admirava em tempos de revista Bizz, mas de dúbia função em relação ao Sepultura: pois foi, junto ao Miranda (aquele mesmo – q tem quem ñ saiba q foi empresário da banda por aqui um tempo), o responsável pela ascensão dos caras em termos de mídia por aqui (coisa q Rock Brigade e Roadie Crew jamais conseguiram ou conseguirão replicar), mas ao mesmo tempo, sendo crítico indie, revela-se alguém tremendamente oportunista, fora forçador dumas barras homéricas.
Quando fala, por exemplo, em influências de metal industrial no som dos caras a partir de “Chaos A.D.” – citando Einstürzende Neubauten, Young Gods, Ministry e Treponem Pal – ou quando diz q “Refuse/Resist” era som q Mick Jones e Joe Strummer (do The Clash) teriam feito se tivessem 20 anos menos…
Sou da opinião de q o metal grooveado do Biohazard (sobretudo) e de Prong e Helmet influenciaram (até mercadologicamente) mais a banda q os tótens citados por Barcinski. Quanto à referência do Clash, deixo pra lá mesmo…
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Outra parte algo exagerada vejo quando se fala da ascensão da banda, a partir do momento em q foram tocar junto com Ozzy, Black Sabbath (naquele show de reunião pra deliberadamente se afastar o Dio – q Barcinski cita ñ ter participado por conta de “crise de ciúmes”… bah!), Helmet, Body Count, Pantera e fica a impressão de q TODO MUNDO SE BABAVA pelos brasucas. A ponto de se citar Neil Young vindo pedir autógrafo, Dave Grohl vir babar no backstage e Timothy Leary comparecendo a show, como se só por eles… Meio babação desnecessária e deslumbrada, q se deve dar o devido desconto.
No fim, o motivo de eu tb recomendar a leitura de “SEPULTURA: Toda a História”, por aqui, por mais incompleto, entrecortado ou apressado q seja o material enquanto leitura profunda, é o timing atual do tal vídeo feito por alguém de minas (“Ruídos De Minas”, q passou na mtv uns 2 meses atrás. Alguém viu??), q dialoga bastante com a história do Sepultura e, sobretudo, com as LACUNAS por eles, e por aqui tb, deixadas.
Como a da concorrência com as demais bandas de Minas (ñ só com o Sarcófago), da “porta fechada” q proporcionaram em relação às demais bandas dali, q poderiam ter pegado embalos mercadológicos consideráveis, assim do evento em MG de boicote ao Overdose (possivelmente manejado pela Glória, como cita o Overdose no vídeo) quando foram banda de abertura da turnê Sepultura/Ramones ocorrida nos 90’s.
Q o Sepultura FOI a maior banda do metal brasileiro em todos os tempos, ñ resta dúvida. No entanto, o caminho de análise crítica e verossímil acerca do VERDADEIRO papel deles no metal nacional, a partir do vídeo citado, é coisa q certamente dará margem a outros livros a serem possivelmente intitulados “SEPULTURA: a História Completa”, sei lá.
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PS -lembrete derradeiro: vi na banca q a Roadie Cu vem fazendo um histórico (coluna “Background“, é isso?) da banda. Pra ñ fugir à TRADIÇÃO CHUPIM da ilustre publicação do clã Diniz, digo com todas as letras q vi fotos e TRECHOS INTEIROS DESTE LIVRO ALI CITADOS. Sem o devido crédito.
Alguém tem email do Barcinski pra eu avisar a ele?
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CATA PIOLHO CLXXVIII – “Unholy”: Kiss ou Overkill? // “Better”: Helmet ou Guns’n’Roses? // “Burn In Hell”: Twisted Sister ou Judas Priest?