É PARA RIR MESMO
O texto abaixo foi cortesia do amigo Banderas, q o escreveu semana passada, obviamente referindo à sua estada no dia do metal no Rock In Rio. Achei desperdício lançar nalgum ‘so let it be written’, por isso o ctrl c + ctrl v.
Por outro lado, o quente é comentarmos esse último fim de semana do festival. Lá no ‘so let it be written’ da vez, belê?
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Rock in Rio (Cidade do Rock, Rio de Janeiro, 26/09/11)
Cheguei na Cidade do Rock por volta das 17h e infelizmente perdi a apresentação do Korzus + The Punk Metal Allstars. Estava em andamento o Franga + ex-vocalista do Nerdwish; como eu não tinha qualquer vontade de “apoiar” o metal nacional, decidi acabar com os enormes ruídos oriundos do meu estômago e fui enfrentar uma fila bem comprida para conseguir comida.
Cheguei a frente do Palco principal bem na hora da banda Glória. Tudo o que eu posso recordar sobre esse momento é a canção cantada em coro pelo público no final do show, que tinha um letra muito bacana: “Glória! Glória! Aleluia (3x) / Que bom que acabou…”.
Depois de alguma espera, começa a tocar o Coheed and Cambria, nunca tinha ouvido falar nessa banda, acho que a maioria lá também não, pois notei o público agitando somente em “The Trooper”, cover do Iron Maiden. O som da banda é legal, é bem técnico e bem tocado; não me fez levantar do chão, mas comparado a banda anterior, está muito bom.
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Bom mesmo foi o que veio depois. O Motorhead entrou no palco. “Glória a Lemmy, Senhor!” “Ele está no meio de nós!” Com 65 anos e diabetes, sua performance ainda está matadora. Destaque também para o Mikkey Dee, que segundo as palavras do “The Old Man”: é o melhor baterista do mundo. Fizeram um show parecido com o de Abril último, mas, já se tratando de um festival, tocaram um set reduzido, tivemos: “Metropolis”, “Over the Top”, “The Chase is Better than the Catch”, “Going to Brazil” e “Killed By Death”.
De praxe, a maior parte do público conhecia só “Ace of Spades” e eu fiquei agitando sozinho que nem um maluco! No final, o Andreas Kisser subiu ao palco para tocar “Overkill”. Eu não sei quanto a vocês, mas acho que o “Beijador” tem ciência que o Sepultura não está nada bem, por isso ele anda tentando entrar em alguma banda gringa antes que o Sepultura acabe, quer garantir o leite das crianças.
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A próxima banda foi o Slipknot. Pensei comigo mesmo: “vamos lá cara, a sua fase ‘quero ser tr00‘ já passou faz tempo, assista o show sem preconceito, vai ter vários efeitos visuais legais”. Com o infortúnio do destino eu não conseguir assistir direito, porque apareceu um monte de playboy socando o vento, como se estivessem procurando o homem invisível – sabe aquele que ficava injuriando o Seu Barriga na aquele episódio do “Chaves”? – Tive que usar a sola do meu pé várias vezes, para afasta-los de mim e me proteger.
Acho que o Slipknot não tocou nenhuma música que eu conhecia. “Left Behind”, que é a musica que eu gosto não foi tocada, mas eu achei legal a ideia da banda ter animadores de palco, bem, porque os tocadores de tambor só fizeram isso, animaram o público, ao menos eu não lembro de ver eles tocando.
O ponto mais legal do show foi quando o vocalista pediu para todo mundo se abaixar. Um mar de gente sentou no chão e eu fiquei de pé, claro, assim obtive uma visão privilegiada do público e pude observar quanta gente tinha nesse festival, era gente pra c@r*lhø.
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Do Metallica eu nem tenho o que falar, o show foi perfeito, um dos mais legais que eu já na vida. Já na intro “The Ectasy of Gold”, fui as lágrimas… Nos primeiros acordes de “Creeping Death”, acabei sendo empurrado por uma multidão sedenta por metal e cheguei a uma boa proximidade do palco, fiquei próximo o suficiente para sentir calor quando disparavam os lança-chamas instalados nas laterais. Tocaram “For Whom the Bell Tolls”, que eu sempre sonhei em ouvir ao vivo.
Eu não costumo ir em show para ficar “fiscalizando” o som de banda, eu faço questão de me divertir, não fico procurado erros da banda nem da aparelhagem, mas se você viu o show pelo youtube ou pela TV, saiba que o som ao vivo estava muito melhor.
Outros clássicos tocados: “Ride the Lightning” (torcicolo!!), “Sad but True”, “One”, “Master of Puppets” (na íntegra) “Blackened”. Que pena que eles não tocaram “The Call of Ktulu”, que é a melhor música instrumental da história do metal, mas tocaram “Orion” e eu não tenho o que reclamar.
Como é a tradição do Metallica tocar um cover, eu esperava que o Lemmy subisse ao palco e junto ao Metallica tocassem “Damage Case”. Seria fudido! Seria, mas eles tocaram “Am I Evil”, do Diamond Head. Essa música merece um comentário à parte: acho que sou o único ser da minha geração que conheceu primeiro a versão do Diamond Head e depois a do Metallica. Tocaram “Whiplash” e eu pude participar de um circle pit – é, circle pit, não pancadaria – tímido, mas divertido, para encerrar: “Searchiiiing… Seek and Destroy!”
Depois disso, foi chegar em São Paulo as 11h, no trabalho as 15h, em casa as 21h e enfim descansar. Feliz da vida!