André Chatos
NEW KIDS ON THE BLOCK
Mais uma tirada dalgum vhs alheio. Eu nem lembrava q os caras tinham se apresentado no “Matéria Prima” com o André Chatos…
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=DcXiUbMeX2c[/youtube]
Grande bosta, aliás.
Ñ gostava da banda já naquela época e, pelo jeito, em estúdio os caras se matavam. Ou alguém tocava pelos caras, só pode ser. Descontado o som ruim da tv, o equipamento tosco e a interferência do You Tube no áudio, claro.
Claro tb os vocais de André Chatos… 24 anos atrás eram os mesmos. Já as sobrancelhas…
Menos mal q todos se deram bem: Felipe Machado, jornalista conceituado (Estadão), e Yves Passarell no Chapital Inicial. Os demais, ah, viraram lenda: baterista de passagem pelos natimortos Toy Shop e Luxúria, baixista de lembranças em mesas de boteco e o vocalista q virou MAESTRO.
Pras negas dele, claro.
Lembro da pauta super edificante do Serginho Groisman na época, de perguntar à galera se entendiam o q estavam cantando. Quando cantavam “Living For the Night” (q dou o braço a torcer: foi 1º hit do metal brasuca). Mas foi da vez, seguinte, em q o Viper já tocou no pograma sem o Chatos.
Época de patrulha ideológica, em q se reclamava q só se tocavam músicas em inglês em rádio; hoje, predominam os sons em português e as pessoas andam super eruditas, afinal.
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Pra quem ainda se dispuser a perder 13 minutos e meio irremediavelmentes sem volta, segue outra apresentação, pouco antes, na mesma tv Cultura, no pograma “Boca Livre”, q era sensacional. Pq era de sebunda-feira à noite, com bandas ao vivo. Descontem o Kid Vinil (era o apresentador) a la Serguei.
E considerem o papo, valioso, sobre “mercado” e “nosso país”. Parece q foi… ontem, hum?
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=cU3c14OCFTs[/youtube]
NONCONFORMITY IN MY INNERSELF
“É claro q se fosse depoimento dum Edu Faniquito, do Andreas Beijador, dum Marcello Pompeu ou do Thiago do Shaamerda, vc provavelmente desmereceria, consideraria demagogia e fajutice”, poderiam objetar amigos por aqui, sobretudo o miguxo Rodrigo Gomes.
É claro q sim.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=SgZ4w1WOVQU[/youtube]
Mesmo considerando estranhíssimo o sotaque do Max, q agora é Cavaléra (será q se disser Cavalera, com ‘e’ fechado, toma processo do Turco Loco?) e uma certa soberba – “se quiserem usar músicas minhas…” – acho ainda mais estranho, fora o cara estar esquecendo o Português, apenas ele, um carinha do Korpiklaani e o guitarristinha do Fake Against the Machine terem se pronunciado até o momento sobre os protestos pelo país.
A ñ ser q mais gente tenha falado algo… ñ tenho twitter e o whiplash ñ é assim fonte tão ampla.
De qualquer modo, numa hora dessa, cadê o ídolo/maestro André Chatos? Ah, morando na Suécia. E o Ki-cu Loureiro? Ah, fritando guitarras na França, salvo engano. Veteranos Carlos Vândalo e Wagner Antichrst? Alguém de algumas das bandas do tal “metal nacional” se dignou a ir à rua, tem postado fotos, comentado a respeito?
Parece q o “metal nacional”, q nem aparecer em escalação de Monsters Of Rock Restolhão tem aparecido, tb tem perdido oportunidade preciosa para aparecer. Nem assim.
FRANGA FRANQUIA
Mais q a patetice da cena inexistente – ou virtual, ou psicótica mesmo – do metal brasileiro atual, me aborrece a RIDÍCULA e MACAMBÚZIA cena do metal melódico brasuca. Consegui contar 11 formações (bandas?) a seguir:
Franga, Shamerda (incluindo o ex-Shaamerda), Almah, Bittencu Project, Hangar, Karma, Ki-cu Loureiro, Freakeys, Symbols, Henceforth e André Matos (carreira solo & Miquinhos Shredder Amestrados)
Pra chegarmos à conclusão óbvia: as magnânimas bandas q compõem a cena melódica brasuca são de bandas de gente q já passou pelo Franga. Ou pior: de gente q já se desentendeu com o André Chatos.
[isso sem incluirmos o Viper – mortos vivos – e os fajutaço Virgo e fajutaço falido Symfonia, transatlânticos]
E ao corolário seguinte: ao invés de termos – modo de dizer – uma foderosa banda (tvz o Franga) se tem fragmentos dela espalhados, q mal juntam uns gatos pingados nalgum boteco em show. Q insistem em gravar cd’s q nem têm mais a Rock Brigade pra lamber. Coisa de filhinhos de mamãe (e ñ tanto “de papai”) q fazem biquinho, viram de lado e formam outra banda ao menor sinal de desavença, criativa ou melindrada.
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Alguém mais viu q isso vem gerando frutos pelo mundo?
A perda irreparável da vez: o Rhapsody Of Fire acabou!
Alguém reparou?
E ñ é bem um “acabou”, vide o link whipláshico…
http://whiplash.net/materias/news_848/136237-rhapsody.html
… é uma reprodução assexuada por bipartição (duplo sentido!): agora existe o Rhapsody Of Fire e o Rhapsody!
Alguém pediu??
O guitarrista shredder de 3ª, líder da outrora banda geradora de 10 álbuns insignificantemente magnânimos e memoráveis, resolveu sair fora. O tecladista genial genioso de 5ª divisão lamenta (mas deve ter um perfil fake no Facebook detonando o ex-colega) e deseja o melhor possível.
Se instaura regime de franquia q, mais ainda q o Rhapsody original, colocará o país da bota no mais alto pedestal do metal mundial!!
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Acredite nisso quem for surtado (ou surtada) o bastante. Mas um Haldol tvz descesse mais redondo.
PRA QUÊ? E DAÍ?
(um post chato)
Única coisa verdadeira no meu post de “conversão” ali atrás é a falta de assunto assumida.
Ñ sendo dia de pauta fixa – sebundas e sextas-feiras o são – fico aqui nuns dias parecendo programa esportivo de tv às terças: sem ter muito o q falar. Postar figurinhas tb tô de bode.
Aí acaba sendo inevitável o assunto requentado de sempre: Sepultura tentando aparecer.
A nota do whiplash fala em eles programarem tocar o “Arise” na íntegra próximo dia 11, no Manifesto. E daí??
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Sepultura: banda tocará “Arise” na íntegra em São Paulo
O Manifesto Bar confirmou uma apresentação do Sepultura, marcada para o dia 11 de dezembro, em comemoração aos 16 anos da casa. Durante o show será tocado na íntegra o álbum “Arise” (1991), além de três música escolhidas pelo público através do e-mail [email protected]. Os ingressos de 1º lote custam R$ 50.
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De resto, o seguinte:
1) tocar só com uma guitarra será ridículo. Derrick Fumaça fazendo guitarras nalguns momentos, se rolar, mais ridículo ainda
2) por q ñ tocar discos gloriosos da “era” do negão no vocal? Puta força vão dando ao cara. Depois ficam (Andreas fica) espezinhando dos rumores de volta com o Max
3) pra quem é de fora: Manifesto é bar até legal, mas q cabe umas 300 pessoas (acho q nem isso) lá dentro. 5o pau o ingresso? Melhor q deixassem um boné na frente do palco pras pessoas irem tacando moeda
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Vejo nisso tb uma conseqüência natural de banda q ñ soube parar. Nem na hora certa, nem nas erradas, q já foram muitas. E conseqüência natural do FIASCO do show com o André Chatos, q vi numa revista ae terem rolado 1000 testemunhas no lugar.
Q deve comportar, abarrotado, umas 3 vezes mais gente.
E q redundou na seguinte PÉROLA no site da Brigade:
Nessas horas bate aquela dúvida: será que isso acontece por causa do valor dos ingressos, ou se a grande quantidade de shows internacionais rolando no Brasil pode estar fazendo com que os fãs tenham que optar por um ou outro? Algo para ser estudado pelos produtores!
Q só esqueceu de certificar o real motivo do fiasco: ninguém dá muita bola mais pra Sepultura ou pra 304ª banda (solo) do Chatos. Ou pra efeméride fajuta e mentirosa daquilo de comemoração dos “25 anos de metal no Brasil”. Bah!
Qualquer banda “b” gringa dá mais vontade de ver, haja visto q os ingressos pro combo falido nem eram assim tão caros: 2 dias antes do show, tava havendo promoção a 70 contos…
SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA THRASH COM H
(dedicado ao Tucho)
“Temporada Na Estrada – Histórias de Uma Banda de Rock”, Yves Passarell, 1999, Gryphus, 172 páginas
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Todo mundo por aqui sabe da minha birra com o Viper, banda de q até tentei gostar (cheguei a ir a show, inclusive), e q respeito até um pouquinho – pelo 1º disco – baseada (a birra) sobretudo em 2 aspectos: 1) nunca fui com a cara, nem com a voz, do André Chatos; 2) achar o “Theatre Of Fate” exagerado e enfadonho, ainda q esforçado e ousado pro contexto do metal brasileiro oitentista.
Um 3º motivo pra eu nunca ter ido com a cara deles, e q eu apenas intuía, era a impressão de POUCA AMBIÇÃO dos caras. De banda ímpar no quesito “tiro no pé”: tiveram chances legítimas de se confirmarem, até resolverem jogar tudo no lixo. E o digo baseado nos ladeira-abaixo “Evolution” (as caveirinhas andando de bicicleta me soando pra lá de irônicas), “Maniacs In Japan” (com cover de Tim Maia!) e “Coma Rage”, de q conheci um ou outro som fuleiro.
Do “Tem Pra Todo Mundo” prefiro ñ comentar pq, àquela altura, tinha desistido MESMO dos caras.
Pois o motivo da pouca ambição e amadorismo tive confirmado após concluir a leitura desse “Temporada Na Estrada…”, lançado em 1999 com um delay – pra mim – inacreditável: quase 10 anos após feita a turnê de q se pretende descrever e rememorar. Cujo título e orelhas prometem descrição de turnê européia da banda, de meados de 1992, mas ñ cumprem: o livro é um monte de relatos e divagações pouco detalhadas, fora disperso pra cacete.
Pois se os primeiros capítulos da bagaça falam na expectativa da 1ª turnê européia (ocorrida nos lados do Leste Europeu sob as ruínas do Muro de Berlim desabado) e início da banda, logo as coisas se misturam e se atropelam: pois entendemos q os caras viajaram tb pra gravar o disco novo (sequer o título “Evolution” é citado), em meio a ensaios com Charlie Bauerfind e, do meio pra frente, tudo se torna um livro de memórias do próprio Viper em seus últimos dias, sem o mínimo cuidado de se “rechear” mais os fatos – do tipo citar nomes de gente envolvida – ou descrever maiores peripécias vividas pelos quatro amigos. E com o pior, embora óbvio: sempre sob o olhar distraído de Yves (q na verdade se chama Osvaldo).
Ah, há relato de jogo de sinuca “perigoso” na Hungria, assim como tb de “mico” de brinde feito com breja (o q era feito pelos ex-ditadores, em comemoração à morte de opositores) em balada com os caras do Omen (banda húngara ainda ativa), encontro com figuraça q ganhou aposta auto-priápica em restaurante lotado, assim como encontro de Pit (vulgo “Pedrão”) com sósia idêntico nos confins europeus. Há menção a estresses entre eles mesmos, tudo muito sutil e displicente – em uma página e meia, dentre as 130 de texto – com destaque maior ao ronco do baterista Renato Graccia (!).
Muito pouco, pra mim, q esperava estórias mais detalhadas, “quentes” ou politicamente incorretas: tanta coisa parece ocorrer em turnê, e sequer nomes de sons DELES PRÓPRIOS são mencionados qualquer vez. O show ocorrido no Japão, resultante no álbum ao vivo, gerador de ansiedades tremendas por ter sido show único em Tóquio (tivessem tocado mal, ñ teriam outra chance de fazê-lo), tem os receios mencionados, mas já estamos no fim do livro. Por outro lado, o show deles no 1º Philips Monsters Of Rock daqui (em 1994) vem assim descrito verborragicamente (p. 117):
“Voltamos ao Brasil e modéstia à parte fizemos um puta show no Monsters Of Rock. Tocamos praticamente todas as músicas conhecidas dos discos anteriores e algumas do nosso até então novo CD “Coma Rage”.”
Ñ é assim uma porcaria o livro: lá pelo 4º e 5º capítulos as descrições e divagações vão ficando interessantes, alguns eventos e passagens são bem chamativas, assim como reflexões do autor. No entanto, ficou tudo muito “jogado”: era pra ser sobre turnê, daí rola falar de gravações, daí rola falar de sessões de autógrafos no Brasil e no mundo, daí há capítulo sobre desencanto com empresário, mais um sobre festa em Los Angeles na casa – decorada com discos de ouro no banheiro – de Neil Young, sobre 1º encontro com Bill Metoyer (produtor) em banheiro de aeroporto. A impressão é q, nos tempos atuais de blog, “Temporada Na Estrada” teria rendido um (ou um site) bem legal, com a interatividade de (ex) fãs cumprindo preenchimentos de lacunas, sanear de dúvidas, depoimentos cúmplices, etc. e tal.
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OMISSÃO é tb palavra-chave na leitura deste livro: o André Chatos (tudo bem q ex-integrante, coisa e tal) sequer é mencionado (só em fotos), assim como ñ se cita de outras turnês japonesas jamais ocorrendo pelo desencanto dos japas com a banda (esperavam alguém como o Chatos cantando, ñ como o Pit). Outros ex-integrantes são citados muito de raspão. Ex-empresário pilantra ñ tem nome citado. Também é omitida a má recepção ao “Coma Rage”, q até deve ter rendido fãs disk-mtv à banda, mas ñ manteve os das antigas.
Omissão específica essa passada bem por alto, com Yves descrevendo algum “cansaço” em fazerem sons em inglês ou de ñ agüentarem “mais ficar tocando a mesma música”, o q, aliada à vontade de “estar mais perto dos músicos brasileiros”, fez com q cometessem “Tem Pra Todo Mundo”, onde descrições de participações de Ivo Meirelles e Dado Villa-Lobos se fazem como fossem Tom Araya ou Steve Harris indo tocar com eles…
Ainda q, sob a perspectiva de “integridade”, fique nítido q SEMPRE fizeram o q quiseram musicalmente na trajetória toda, por outro lado fica patente q o Viper careceu de orientação. De algum produtor q os fizesse aprimorar a receita melódica, reinventar o estilo, lapidar o talento… assim como algum revisor dizendo a Yves q poderia ter escrito mais detalhadamente uma série de eventos com os quais ficamos sob breves impressões.
A conclusão fácil q tive após ler o livro, confirmando hipótese acima lançada, é de ter sido o Viper uma banda q “se divertiu” pra caramba. Ñ tinha maiores pretensões, a q turnês fora do país funcionaram como bônus: se ñ desejavam muito, brincaram de banda profissa, curtiram as noites (e nisso o livro é prodigioso em descrever: como iam a botecos os caras!) e cumpriram seu papel, tendo encerrado atividades – ilação minha, já q o livro ñ chega nesse ponto – por falta de outros objetivos e por diluições múltiplas: de musicalidade, oportunidades, potencial etc.
Yves é lapidar nesse sentido, no trecho abaixo (p. 120):
“E no meio disso estavam quatro caras que se uniram e queriam se divertir e divertir os outros, numa boa. Essa era a essência principal que nos levava a estar onde estávamos, independente de sucesso ou não. As coisas apareciam e desapareciam como tinham que ser”.
E sua carreira atual no Capital Inicial, ao mesmo tempo me soa melancólica e devida: está onde “tinha q” estar?
Por fim: embora pareça contraditório elencar “Temporada Na Estrada…” como S.U.P., por tudo de ruim q falei a respeito, mesmo assim considero fundamental a leitura – mesmo com a capinha verde-fosforecente-caderno-de-menina e a cobrinha esquisita (certamente o q a editora encontrou pra retratar uma víbora…) – sobretudo por gente interessada na história do heavy metal brasileiro, do qual este livro é AINDA dos poucos relatos.
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CATA PIOLHO CLXXXV – ouvi isto aqui no rádio duas semanas atrás. E fora haver escancarado minha total ignorância com relação ao rock sulista setentista estadunidense, lanço cá impressão q ñ diluiu desde então: quanta semelhança com “The Unforgiven II”, hum?
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=nFl0nlHaWa4 [/youtube]
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Melhor dizendo: vice-versa ahah
SEMPRE IGUAL
Alguém se interessou, chegou a ver alguma coisa, da Copa Libertadores Feminina?
Nem falo da campanha do Santos Futebol Clube (q só assim pra ganhar algum título…), mas das entrevistas das jogadoras posteriores aos jogos. Todas muito articuladas, conseguindo proferir mais q duas frases em seqüência sem chavões, com coerência, sem nenhum pouquinho do polititicamente correto q grassa (sem graça, e sem trocadilho) no futebol masculino, dos jogadores q devem levar uns 5 dias pra conseguirem assinar o próprio nome num papel em branco…
A idéia é transpor isso pro metal brasuca de notas às vezes sempre as mesmas. Notícias q poderiam ter saído há 2 meses, 1 ano, rigorosamente iguais. Q me dizem de…
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UM
Resenha whipláshica sobre a turnê-passação-de-pires Franga e Zé Pultura (q até reconheço, nos últimos, fazerem ainda um baita show), com – oh! – jams improvisadas de covers manjados no final. E com banda de abertura q daqui 1 ano ninguém mais ouvirá falar.
Em: http://whiplash.net/materias/shows/097309-sepultura.html
E com chamada arrjoada, oras: “Unidos em nome do prestígio do metal brasileiro”. Tvz, se fosse há 15 anos. Há 10, como há 5, como há 1, como agora, q PRESTÍGIO é esse?
Parece q o metal brasileiro anda mesmo devagar.
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DOIS
Fear Factory tá pra chegar pra 1 show. O azar é virem justo agora, em meio a trocentos shows simultâneos. E aí, dá-lhe notas ufanistas, alvissareiras e de fazeção de média. A típica de neguinho falando estar louco pra tocarem por aqui.
Em: http://whiplash.net/materias/news_870/097326-fearfactory.html
E de título “Feliz por finalmente tocar em SP”. Claro, ou deveriam estar deprimidos?
Vão tocar, vão se divertir, vão ganhar cachê (mesmo q ñ estrumbe o lugar) e vão sair falando “ah, q merda tocar em São Paulo, tocar no Brasil. Estaremos fazendo isso por q fomos forçados?”.
Dêem-me um tempo!
Poderiam tvz ser mais sinceros e sair com alguma do tipo “estamos querendo ir aí, mas temos medo da gripe suína, ou de pegar malária e tomaremos uma caralhada de vacinas antes da chegada”. Como MUITO gringo faz, principalmente estadunidense.
Ou variar, como aquele pangaré q foi vocalista no Misfits duma época ae, q escolheu ñ vir com a banda pra cá como medo de pegar doença (alguém se lembra do nome do cuzão??). Ou como o vocalista do Moonspell, q disseram ter esculachado com o Brasil (o vocalista disse q jamais voltariam, ou coisa assim) quando do fim do 1º show deles por aqui, há alguns anos.
Ou fazerem como o Anthony Bramante (Nuclear Assault) e Steve Souza (Exodus), q em épocas das respectivas ex-bandas, ñ quiseram aportar por aqui pra ñ perderem o emprego lá na terra de Marlboro deles… Só pra variar desse papinho enjoado, e q poderia ser de tudo quanto é banda q veio pra cá nos últimos tempos ensanduichada em meio a tanta concorrência.
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TRÊS
Esta, postei num ‘so let it be written’ de semana passada, mas repriso por aqui com maior destaque. Sobre o Twisted Sister. Q fora eu apostar em algum cancalamento ainda, outra coisa:
peguei um flyer do show na Galeria Do Rock anteontem. Fala em “+ special guest“, o famoso ‘banda de abertura’ em jargão pomposamente desnecessário, tucano ou realmente frouxo.
Aposto pra ganhar, e corto orelha fora (pra temperar o feijão do almoço), se a tal atração ñ for o André Chatos e sua banda de ninfetos, promovendo álbum magnânimo e fadado a novo clássico do prestigiado (?) metal nacional.
Podem me cobrar depois.
SISTERS OF MERCY
Chegar ao Via Funchal quase meia hora antes de começar o show e ver pouco movimento do lado de fora achei estranho.
Quando entramos (eu e a Patroa) e vimos a pista QUASE até a metade – contraste total com a vez anterior da banda, em 2006, em q mal se conseguia ANDAR mesmo rente às paredes do fundo – tive confirmada a impressão do pouco público se devendo a essa mesma vez anterior, um tanto frustrante.
Em patamar de frustração q a mim se repetiu, se confirmou. Pois nem dá pra culpar preço ou curta divulgação (foram meses de divulgação, e eu mesmo já havia comprado os ingressos lá pra Março, temendo um sold-out), nem jogo do Corinthians (ahah) por isso, nada disso.
Ñ entendam mal: se for resumir o q foi o show, digo q “até q valeu”.
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Pq Andrew Eldritch é um cara dos 80’s, fazendo um show dos 80’s. A voz cavernosa impera (e impressiona!), e o espetáculo de fumaça com iluminação é sensacional: permitindo-se ver as sombras dos caras no palco, e nada mais. Ñ se via o fundo do palco!
O fato de ñ autorizar (como da outra vez) os telões laterais foi tb, paradoxalmente, ponto a favor. De modo a favorecer completa atenção ao palco.
No entanto, o sujeito deveria se atualizar um pouco mais e considerar (ter misericórdia? ahah) (d)o público entregue e ávido ali presente.
Q pouco se importou com a BOSTA de som inicial (mal se ouvia a caixa da bateria eletrônica!!) – q só melhorou a partir do meio, em “Dominion/Mother Russia” (mas daí com a bateria sobressaindo a tudo) – com músicas semi-reconhecíveis (“Detonation Boulevard” e “This Corrosion” só percebemos – assim como muita gente – quando chegaram ao refrão) e com outras q francamente ñ funcionaram ao vivo.
Como “Something Fast”, balada pungente de voz, violão e bateria, q o guitarrista cagou no solo. Ou “Lucretia My Reflection”, tb semi-reconhecível (sem precisar chegar no refrão, porém) e a mim ainda ultrajante: pois se o q a caracteriza, fora a VOZ, é o riff opressivo e repetitivo do baixo, o q dizer do baixista ñ o fazendo, ficando o show todo tocando com palhetada pra baixo e pulando q nem emo??
Penso, colando na opinião da Patroa, q Eldritch vindo só ele, a bateria eletrônica e as bases pré-gravadas fidedignas e bem equalizadas, soaria mais HONESTO. Mais verdadeiro até.
A banda de apoio (ou alguém ousaria falar serem tb Sisters Of Mercy?), constituída do baixista prego, dum guitarrista chato (com uma Stratocaster cujo timbre em muitas horas deixava a desejar. E q “Vision Thing” deixou entrever guitarras pré-gravadas tb e o sujeito mal disfarçando tocar um pouco junto) e dum tecladista gordo cuja função parecia só apertar o play das bases e manter Doktor Avalanche a contento, ñ fez jus à LENDA gótica nem às músicas, q se ñ sairiam ao vivo 100% nem com banda ensaiada e empenhada, ao menos poderiam sair BEM melhor.
Ñ se enganem com resenhas puxa-saco: Sisters Of Mercy ao vivo é reverência (inclusive de Eldritch ao público, do jeito dele, no fim), clima e SOM IMAGINÁRIO, elementos nem assim pejorativos, mas q fariam ainda mais sentido com as músicas minimamente melhor executadas.
Menos mal q ñ executaram (duplo sentido!) “More”, pra eu ñ ter q morder a língua e acabar dizendo ter ficado pior q a do André Chatos. ufa.
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“Alice” foi legal, com riff tocado; “Vision Thing” me supreendeu, e foi executada tal qual no “A Slight Case Of Overbombing”, com refrão prolongado no final; “Dominion/Mother Russia” e “Ribbons” entraram na categoria das reconhecíveis pelas batidas características, mantidas ilesas (Doktor Avalanche é o melhor músico ali!), apesar de Eldritch estragar a 2º, com berros a mim constrangedores; “Temple Of Love” encerrou e comoveu, apesar de alguma má vontade do Eldritch em cantá-la.
Andrew Eldricth, vulgo Sisters Of Mercy: veio pra cá com o jogo ganho e fez show com gosto de empate, tipo o Corinthians e Vasco da semana passada. Gostei pq queria gostar. Vier numa próxima, nem vou.
Mas “até q valeu”.