1.“Vol. 4”, Black Sabbath
2.“Violent Revolution”, Kreator
3.“Vovin”, Therion
4. “Victor”, Victor (Alex Lifeson) 5.“Violeta De Outono”, Violeta De Outono
6. “Vision Thing”, Sisters Of Mercy
7. “Vapor Trails”, Rush
8.“Visions From the Spiral Generator”, Vintersörg
9.“Voodoo”, King Diamond
10.“Vulgar Display Of Power”, Pantera
Capinha esquisita essa: sujeito meio Rammstein, algo Kraftwerk, meio imitando porcamente o Mike Patton gomalinado e metido a decadente dos últimos tempos. Cores em vermelho e preto denotando tb influência daquele paspalho do Barbie Manson… Ia vendo o cd na loja e encafifando: Pain ñ é aquele projeto paralelo tecno/industrial do Peter Tagtgrën, do Hypocrisy?
Ia forçando percepção pra começar a admitir q o cara da foto era o Tagtgrën, sem convicção. Deixa eu ver os nomes dos sons: “Save Your Prayers”, “Clouds Of Ecstasy”, “Walking On Glass”… nada muito claro. Pain tb pode ser disco/projeto de dijêi fuleiro – o Igor Caganera ñ lançou o tal Mixhell? “Computer God”… cover do Sabbath? Tomara q ñ. O mesmo sujeito na contra-capa, fazendo biquinho e parecendo o Johnny Depp.
Só me convenci nas letrinhas miúdas, q citam “Credit: 2007 Abyss Productions” e lançamento nacional Roadrunner. 6 conto em oferta, é esse Pain mesmo. Peguei.
E antes de pôr pra rolar, fui às letras: maioria muito, mas muito derivativas de Nine Inch Nails [S.U.P. reprisado em mar/10]: aquela marra forçada, de gente q se fodeu ou foi trapaceado, e sai xingando, jurando vingança, essas coisas; “Bitch” exala misoginia forçada. Outras, bem vagas, sem dizer a q vieram. As 3 realmente interessantes achei “Clouds Of Ecstasy”, falando em mundo de celebridades, ilusões holywoodianas (ditas por um sueco?!), “Bottle’s Nest”, sobre alcoolismo em 1ª pessoa (autobiográfica?) e as recaídas características, e ainda “Zombie Slam”, vampirista, destoante de todo o resto.
No mais, participações creditadas de Mikkey Dee (tocando bateria em “Zombie Slam”), Peter Iwers (do In Flames, tocando baixo em “Save Your Prayers” e “Nailed to the Ground”) e Alexi Pirr-laiho (do Children Of Boredom) solando na “Just Think Again”. “Play Dead”, cover de Björk. Hmm…
Daí foi botar o disco de nome ruim pra rolar. E o q se pode afirmar é ñ ser um álbum homogêneo: ñ, quase ñ há coisa q lembre o Hypocrisy por aqui (o refrão da 1ª faixa, “Save Your Prayers”, e só). Tampouco registros vocais rasgados consagrados do Tagtgrën: quem pegar “Psalms Of Extinction” com essa expectativa, se ferrará. Todavia, a versatilidade vocal – com dobras, harmonizações, sobreposições, saturações – exibida ao longo das 12 faixas é, pra mim, PONTO ALTO do trabalho (ficando-me até dúvida sobre haver vocalistas convidados ou ñ. Embora seja fato haver algo, ñ creditado: o vocal feminino, interessante, em “Just Think Again”), além do trampo de teclados, ora bem timbrados (início de “Just Think…” parece cello), ora oferecendo contrapontos melódicos às guitarras ásperas.
O q Tagtgrën parece querer com o Pain é acontecer como algo pop pesado, afinal fosse pra ter mais um projeto true, tvz dedicasse (mais) tempo aos tantos outros q já têm. Por isso, nada estranho versões européias conterem cover de Depeche Mode como bônus, nem os tantos sons com refrões grudentos/repetitivos… Algo q certamente afastará gente mais radical, q desejará passar ao largo de lembrar terem ouvido POE. De influências variadas: compressões guitarrísticas lembrando Ministry [S.U.P. dez/09](mas ñ só: há palhetadas duras e secas aqui e ali), ambiências vocais inspiradas (e ñ chupinhadas) de NIN e de industrial eletrônico, cadências à Rammstein (embora inexista um som exatamente lento), bateria eletrônica… Por um outro lado mais repulsivo, sons como “Nailed to the Ground”, “Does It Really Matter?” e “Walking On Glass”, fossem de banda estadunidense, teriam sido hits dignos (modo de dizer) de new metal (!), ou do Lacuna Coil americanizado recente.
Ñ são músicas genéricas, nem gratuitas: a despeito das influências citadas (e várias outras q ñ sei identificar), o q predomina são as GUITARRAS apitando e a musicalidade de Tagtgrën, na intenção – louvável – de tentar algo diferente: tanto projeto paralelo redundante por aí, este se mostra exceção à regra. Com minhas minhas favoritas sendo as mais pesadas e de teclados mais interessantes: “Zombie Slam” (q conta com o Mikkey Dee do Motörhead, grooveado, e ñ o firulado do King Diamond), a melancólica faixa-título, “Just Think Again” (belo solo do Pir-laiho), fora “Bitch” (de riff sinuoso pra matar de inveja os Chrome Division da vida) e “Play Dead”, q consegue a proeza de soar épica e claustrofóbica a um só tempo.
Tb ñ é aquele disco fundamental ou memorável, embora passe longe de ser tranqueira. Se a pessoa trabalha com produção (q é excepcional) ou tem mente aberta suficiente, vale passar na loja da Paulista onde o comprei e desembolsar 6 contos nele.
Provavelmente num esforço reparatório ñ tão inconsciente assim pela semana passada, eis esta vez em DOSE DUPLA.
Asseguro-me haver pesquisado o bastante pra ñ haver bolas fora agora.
I
1. Overdose 2. Helmet 3. Alice In Chains 4. Pestilence 5. Torture Squad 6. Immortal 7. Borknagar 8. Sarcófago 9. Morbid Angel 10. King Diamond
.
II
1. Subtera 2. Celtic Frost 3. Amorphis 4. Chakal 5. Carcass 6. Soulfly 7. Coroner 8. Nile 9. After Forever 10. Grip Inc.
.
As listas são inter-dependentes, ou seja: cada qual contém sua ligação comum entre as bandas listadas; no entanto, quem descobrir o PRINCÍPIO de uma, poderá raciocinar com o mesmo na outra, tendo assim facilidade para descobrir a outra ligação.
Dicas eventuais serão dadas, se pedidas.
.
PS – e sempre dando o crédito deste tipo de pauta ao amigo Victor
Post ctrl c + ctrl v da vez. Sem nenhum constrangimento, muito pelo contrário.
E como o do Paul Bostaph de semanas (duas?) atrás, tirado de revista baterística. Da outra q circula, a Batera & Percussão, edição 130 última. Seção “Sextinas”, conduzida pelo controverso Régis Tadeu.
Aliás, interessante como as duas revistas baterísticas este mês acertaram em bateristas pesados com matérias interessantes. Evento raríssimo – tanto como muito evento astronômico – em se tratando de publicações pródigas em entrevistas com bateristas matusaléns da mpb, ou funkeiros yankees,e/ou com bateristas de fusion de quem alguma meia dúzia de nerd é devota fervorosa.
Quem sabe daqui uns 76 anos façam matérias decentes com Max Kolesne, Dave Lombardo, Scott Travis, Bill Ward, fora Nicko McBrain q ñ seja só chamada de capa pra matéria irrisória de 1 parágrafo…
A matéria, afinal:
Mikkey Dee – O batera do Motörhead responde perguntas q pouca gente teria coragem de fazer
1) Antes de entrar para o Motörhead, vc tocou com o King Diamond e o Dokken. Vc ñ morria de vergonha em dividir o palco com duas bandas ridículas e cafonas?
(risos) Bom, se vc estiver se referindo ao som, tenho q discordar de vc. Com o King Diamond, eu tocava arranjos elaborados e bastante pesados, mas q acabei enjoando com o passar dos anos. Com o Dokken, era perfeito na época, já q as levadas eram mais tranqüilas, mas comecei a sacar q ñ estava a fim de ser um batera de hard rock. O convite do Lemmy caiu do céu!
2) Vc ñ teve receio ao substituir um batera tão ruim, mas tão ruim, q era sensacional, como o Philty ‘Animal’ Taylor, q, além de tudo, era um cara com um carisma estratosférico?
Ñ vou dizer q ñ fiquei apreensivo com isso. Tocar as músicas q ele gravou com a banda era fácil, mas era impossível fazer aquelas levadas esquisitas q ele fazia no chimbau (risos). Além disso, tive certo receio em ñ ser aceito pelos fãs mais ortodoxos do Motörhead, q ñ estavam nem aí se o batera era bom ou ñ – os caras queriam o Phil! Mas acho q o pessoal logo de cara gostou em ver q a banda ñ mais fazia shows de 45 minutos, e sim apresentações de quase duas horas, tocando umas 25 músicas num volume ensurdecedor – e todo mundo tocando bem! Tive sorte em ñ ter a mesma recepção q o Pete teve (Dee se refere a Pete Gill, ex-baterista do Saxon, q tocou no Motörhead durante a turnê do álbum ‘Orgasmatron’, q chegou a ser vaiado em muitos shows da banda)
3) O quão de verdadeiro existe na postura do Motörhead em ñ ligar para as estratégias das gravadoras q lançam os seus discos?
100% de verdade! Ñ damos a mínima quando os caras aparecem com planos de lançamento, campanhas e outras merdas. Lemmy costuma dizer “ponham os discos nas lojas e arrumem shows para a gente fazer. Isso basta para nos manter vivos”.
4) Alguma vez vc chegou à metade do show completamente exausto e se desesperou ao saber q tinha mais umas 12 músicas até o final?
Muita vezes! (risos) Houve uma ocasião, se ñ me engano em um show na Espanha, q cheguei a cogitar a hipótese de botar o meu roadie para terminar a apresentação! (risos) É por isso q venho cuidando do meu preparo físico há muitos anos. Pena q minha barriga ñ saiba disso (gargalhadas generalizadas).
5) É verdade q vc e o Phil Campbell são os verdadeiros compositores do Motörhead e q o Lemmy ñ traz uma única música nova para um ensaio?
(rindo muito) É verdade! E e o Phil tocamos guitarras e violões juntos e deixamos tudo pronto para o Lemmy colocar as letras.
6) Também ouvi uma história de q desde q vc entrou para a banda, jamais gravaram uma demo antes de um disco, q vcs compõem e gravam imediatamente…
Isso tb é verdade. A gente tira um mês para compor as músicas de um novo disco, ensaia e grava direto. Nenhuma idéia fica de fora. Tb ñ perdemos tempo com música ruim. Ficou uma bosta durante os ensaios? Vai para o lixo. Ñ ficamos rearranjando uma idéia para tentar fazê-la funcionar. A gravadora até pediu algumas músicas para fazer uma espécia de “Best of B-Sides”. Já dissemos ao pessoal para esquecer essa idéia de merda! (risos).