Ñ tenho qualquer vibe patriota, o pessoal aqui sabe. Sempre pautei o q sempre vi como hipocrisia, brodagem e zero autocrítica no tal “metal nacional” (patriotários desde sempre, e sempre os mesmos), q só ñ defende “sistema de cotas” pq ñ teve e jamais terá qualquer relevância a níveis macro no país. Até o ponto de eu enjoar.
Melhor falar de quem faz, de quem gera algo, enaltecer a quem parece se superar pra atingir maior patamar, ou manter o tônus de status já obtido.
Falo, específica e respectivamente, das agendas de iminentes turnês estadunidenses de Claustrofobia (abertura pro Master) e Krisiun (abrindo pro Kataklysm, e acho q deveria ser o contrário. E ñ por nacionalismo babaca/bolsonóia). Abaixo:
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Ñ q eu ache q os caras têm q conquistar o mundo, nada disso. Esse ufanismo ñ cola (e acho q já deu). Torço pelas bandas de irmãos: pretendo ver mais shows e comprar mais discos. E se aqui ñ tivermos condições para acolher os caras (censuras a festivais, tretas em shows – Torture Squad e Paura – recentemente e todo um clima hostil à cultura – tornada palavrão – têm ficado flagrantes), fiquem eles com a estrada lá fora e fiquemos só com os shows esparsos deles entre nós.
P.ex.: Krisiun hoje à noite toca em boteco em Salvador com o Surra.
Por fim, ñ se trata de politizar o blog, cuja posição antibolsonarista já expus na virada do ano; além disso, o faço demais no Facebook, em intensidade em q eu mesmo acabo enjoado. Só aproveito o ensejo pra pedir uma coisa a quem aqui freqüenta e ainda defende Bostonaro nesses 6 meses e meio de atrocidades:
É o nome do ARTISTA q criou isto aqui, q andou circulando no meu Facebook semana passada:
Coisa de gênio: breve edição, mas regravação do som com o gutural. Se Grammy valesse alguma coisa, o sujeito – ñ achei referência no Metal Archieves (tampouco de onde é) (ñ deve ser de banda) – mereceria ganhar alguns.
Tem outros vídeos na mesma linha, no canal youtúbico dele, com Elvis, Chuck Berry, Judy Garland, Dolly Parton e cenas de filmes. Ñ vi ainda, e acho q nem quero: vai q são ruins e estragam o barato dessa Mary Poppins.
E à guisa desse tipo de coisa e do monte de mash-ups recentes (insanamente bons) pelo YouTube, lanço cá a pergunta:
A melhor época pra se comprar cd – no caso, pra espécimes como eu, q ainda o fazem – é agora. Esses 15 acima? Praticamente zerados, adquiridos a 25 kitgays TODOS num bazar de centro espírita.
Tudo bem q o do Franga ñ valeu o 1,40 dispendido. E nem consegui ouvir inteiro, coisa horrorosa. Mas peguei pq na Galeria do Rock ñ se encontra por menos q 60 mamadeiras de piroca.
Pq esgotou a tiragem, a Paradoxx faliu e certamente a banda ñ tem ace$$o à fita original, pra remasterizar/relançar. Ñ pq seja bom. E, de repente, vai q eu consigo vender mais caro.
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O ponto é o seguinte: vivendo em São Paulo, tenho desfrutado da condição privilegiada de adquirir cd’s e dvd’s a 1, 2, 3, 5 reais cada. Bazares (de igrejas e centros espíritas) e sebos vendendo de monte, a muito pouco. Pq são doações e qualquer 1 real vira lucro.
No grupo de Acumuladores Colecionadores de Discos do Facebook (em q o amigo Tiago tb frequenta) ñ foram duas vezes q vi relatos de colegas ali encontrando cd’s largados em lixeiras de prédio. Pessoas ñ têm mais “espaço” pra cd’s e ñ se dão nem ao trabalho de tentar vender ou doar.
Tudo bem q a música ñ está, nem nunca esteve, no Lp, no k7, no Cd, no arquivo mp3 ou no pen drive, q são só os veículos pra coisa toda. E a música vem se tornando, parece, aleatória, randômica, Spotify. Mas, sei lá, pessoas ñ têm tido TEMPO e ESPAÇO mais pra música, é isso?
O outro lado da questão é vermos cd’s recém-lançados saindo a 35, 40 kitgays. Como os Overkill (“The Wings Of War”) e Dream Theater (“Distance Over Time”) novos. Fora de proporção ou realidade. Como se os lojistas – ao menos, a maioria dos q vejo na Galeria do Rock – estivessem aderindo à baratosafinsação: “ah, quem compra disco é colecionador, abonado, e paga qualquer valor pra ter o acrílico fetichizado”.
Sim e ñ. Mal se contam 13 lojas de cd na Galeria hoje em dia. Já teve tempo de haver 150. E se continuarem nessa toada, 80% dos remanescentes fecha logo logo. Ou vão ter q baixar o preço pra conseguirem algo.
Todo modo, esta é a situação de momento. Com a ressalva de q em bazares e sebos raramente encontramos algo de metal realmente incrível (o King Diamond acima foi um acaso), ou aquelas raridades importadas de q vimos uma vez e nunca mais. (Apesar de eu ter comprado o primeiro d’Os Mulheres Negras a 2, valendo 300 no ML).
Amigos de fora de SP q eventualmente se interessarem por algo, tamos ae eheh
Foi lá no grupo de Acumuladores Colecionadores no Facebook q surgiu isto. Um colega ali estranhando a capa de seu “Slide It In” (Whitesnake) em LP conter uma foto miniatura da mesma. Q pesquisou por aí e ñ achou registro desse tipo de tiragem etc.
Tão logo me ocorreu a lembrança e a sensação idiota de “porra, como nunca falei disso no TCH?”, dei sequência ali no papo. Era de álbum de figurinha roqueiro dos 80’s. Ou Stamp Color ou Rock Stamp. Dúvida solucionada.
E o barato foi ver monte de gente, inclusive o dono do disco, completamente sem registro disso ter ocorrido. E é uma das minhas lembranças mais surreais: haver existido álbum de figurinhas de rock, hard, heavy metal. Quando eu estive na 2ª ou 3ª série.
Eu NADA conhecia sobre as bandas, ñ tenho nenhum desses álbuns hoje em dia, e ñ os colecionei até o fim. Mas tive até ñ muito tempo atrás figurinhas (cromos) de Ozzy (a grandona ali abaixo) e Lars Ulrich (fotos do encarte do “Master Of Puppets”) colados em móveis e/ou pastas velhas. Lembro de figurinhas de Jeff Beck, Iron Maiden, Twisted Sister e outros. Envolvia integrantes e capas de discos.
Revendo via Google… Putz, tinha figurinhas de capas de discos nacionais!
Alguém mais por aqui teve acesso a isso?
Já busquei em sebos e nada encontrei. Ñ sei usar ML, mas já vi à venda por aqueles “lados”. Morro de vontade de adquirir algum, mesmo q ñ 100% completo.
Alguém aqui tem algum desses pra me vender ou me compraria pra eu reembolsar?
Postava isto outro dia no Facebook. 3 minutos e pouco. Q ñ parecem pouco.
Q me remetem a uma jam session sessentista famosa envolvendo Yoko Ono, John Lennon e Frank Zappa, q uma parte saiu num disco do inglês à época mesmo (parece), a outra saiu numa coletânea semi-póstuma de FZ, “Playground Psicotics”, com um dos sons intitulados “A Small Eternity With Yoko Ono” ahah
E a real acho assim: q John Lennon o cacete. A japoneusa tinha como contraparte um “John” mesmo. Só ñ sabia q era o John Zorn.
Na falta de uma resenha propriamente dita, um post político com sons.
A maioria dos amigos por aqui comigo tb “convive” no Facebook. Por eu saber das afinidades ideológicas, ou pragmáticas (com relação a amanhã), desovo isto aqui. Lamentando o q a mim de pior essas eleições de 2018 deixaram: as brigas envolvendo caráter, revelado ou desvelado.
Muita gente reaça encontrou voz. No meio do “metal nacional” então… Maioria de q já desconfiávamos. Interpessoalmente, muita gente q ñ imaginávamos reaça ou intolerante saiu do armário. A ponto de, pra mim, tornar qualquer convivência impossível após o pleito. Qualquer q seja o resultado.
Esses políticos filhos da puta chegaram ao ponto máximo do “dividir pra conquistar”. Mesmo q dê o Haddad (q é pra quem estou “torcendo”), a coisa azedou. Em família, em ambiente de trabalho, em bandas, em internet.
Felizmente ñ aqui. E ñ por minha causa ou por eu excluir comentários. Nada disso. O máximo q já cheguei por aqui, nesses 15 anos de ócio indócil, foi podar comentários cretinos em post antigo q uma ex-amiga fez certa vez sobre Aleister Crowley.
Ñ quero dizer q excluirei amigos por aqui q votem no Bozonazi amanhã. Só peço pra q ñ façam uso das “argumentações” escrotas do nível “Lula preso”, “Venezuela”, “Cuba” e “kit gay“. O espaço aqui é democrático, claro, mas tenho q tb de considerável maturidade.
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A outra coisa diz respeito ao q imagino o pior cenário possível: o de uma ditadura militar a caminho.
A quem acompanhou noticiário ontem: judiciário e polícia fizeram invasão e busca & apreensão em mais de 21 universidades. Na desculpa de interromper “propaganda eleitoral”, q até então ñ vi citar nomes, pró nem contra. Apenas brados contra o “fascismo”.
Q tem seu representante claro no Bolsomito.
Por isso, tenho q virão logo logo um golpe militar propriamente e, com ele, a CENSURA. Daí, esqueçamos shows, shows gringos, festivais (incluídos no “ativismo” q prometeu combater) e, sobretudo, INTERNET. Passará a ser questão de tempo pra bugarem tudo – e a quem duvidar: ñ tem aí um lance de ele promover Ensino A Distância on line? Prestemos atenção – e aí Thrash Com H, whiplash e todo e qualquer site sobre música ou sobre opinião, cair. Travar. Acabar.
Ñ penso ser alarmismo.
Por isso, digo q daqui desta bodega continuarei postando as coisas enquanto der. Enquanto tiver pautas tb, pq às vezes elas me faltam. E q, até quando for possível, cada post por aqui terá um agradecimento gigante a cada um dos amigos por aqui, nestes anos todos.
Uma cara de “foi um prazer ter conhecido vcs”. Uma cara de “foi bom enquanto durou”.
Espero, sinceramente, estar errado. Ou q o pior ñ aconteça a partir de amanhã. Acredito até numa “virada” do Haddad. Mas ñ custa nos preparar pro horror q se avizinha. Guerra civil canibal.
Pensando sobre indiretinhas de Facebook esses dias: como é q era antes da internet?
Daí lembrei q em “The Dark Ride” os caras do Helloween, tretados a mil na época, cometeram algumas alfinetadas uns com os outros, nalgumas das letras. Q admito nunca ter parado pra ler, procurar, saber quais.
Daí lembrei dum lyric video de “Get Out”, do Faith No More, q num dos comentários ali alguém disse: “sempre pensei q a letra fosse sobre Jim Martin e sua saída da banda”.
Parei pra ler. E, a despeito de foco narrativo q oscila, parece ter a ver. O cara tvz estivesse de saco cheio, querendo partir pra outra coisa (como cultivar abóbora) e daí caiu fora. Terá sido isso?
Pq lembrei ainda doutra coisa: parece haver um contrato entre Martin e o FNM, de ele ñ se pronunciar sobre sua saída em entrevistas. Alguém mais lembra disso?
Eu tenho um sério problema com hype, hipster, modas, ondas, new wave e tudo o mais. É a síndrome da anti-manada. Pra mim, se todo mundo – ou a maioria – está numa direção, algo errado existe naquela direção, somos muito complexos para sermos atingidos da mesma forma por uma única coisa. Unanimidade é o celeiro do comodismo de pensamento e agir. Nascedouro e cuba para todo tipo de fanatismo.
Não é um post político, mas poderia ser pois o princípio é o mesmo. Manada. Gado que segue urrando para o abatimento dando coice e chifrada, pois o caminho dele é o único correto que existe. Facebook e afins são campo fértil (“campo fértil” lembra estrume em demasia) para a manada que hoje vê que o caminho para a salvação está em sua direita, mesmo que a manada não saiba o que é destro ou ambidestro. Manada enfurecida não rumina, apenas bufa, urra, chifra e caminha valente para o penhasco, geralmente. Enfim.
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Nunca acompanhei as modas comerciais dentro do Metal, quase por questão ideológica, que foram inúmeras na minha era; as mais ruidosas foram o grunge e o new metal. Não ouvi na época e mesmo assim não gostei. Muitos anos depois comecei a ouvir uma coisa ou outra, isento, longe do hype. Foi assim também com “Breaking Bad” e um monte de outras coisas. Às vezes vendo que tive razão de não ter dado bola, às vezes vendo que perdi anos em não ouvir/ver tal modinha.
Do tal new metal, a mais bem vista, por pessoas de libada reputação (metálica), era o System Of A Down, mas a primeira vez que ouvi que me lembro foi no “N.I.B. II” e achei o cover uma merda. Horroroso. Medonho. Proibitivo. Depois vi e ouvi os hits, principalmente na MTV (lembro bem de “B.Y.O.B.”), achava bem diferente de outras coisas do estilo, mas tentava não absorver porque “um dia” ia ouvir com calma. Discografia toda. Como geralmente gosto de fazer.
Esse dia chegou alguns meses atrás e a banda tem tudo para ser um engodo, como pensei lá nos zerentas. Atira para todo lado e, de fato, tem uns lances meio new metal, tanto na afinação quanto nas quebradas de ritmo em algumas músicas. Mas também tem metal, death, HC, polca, folclore, progressivo, twist carpado, músicas longas. Tem de tudo e com sotaque exótico. Não tem como dar certo, óbvio.
Ulula (ops, olha a patrulha)
Pior que dá. É tudo simplesmente genial: a construção, as sacadas, o humor, o instrumental. Principalmente se sairmos das músicas mais comerciais e palatáveis, e chegamos no cerne da banda.
“Ddevil” é “Running Free”. Como “Spiders” se tornou comercial, é um mistério. “Mind” é uma coisa assustadora, meio prog, meio death, meio engraçada. “CUBErt”, novamente levada Maiden (old). “Darts”, levadinha Ramones, com elementos new metal. E “P.L.U.C.K.” é simplesmente sensacional!!!! E isso é só o primeiro disco, que nem é o melhor. Ainda tem “X”, “Bounce”, “Science”, “Shimmy”, “Aerials” (6 minutos e foi comercial!), “Prison Song”, “Fuck the System” (genial), “Stealing Society”, “Attack” (quase pinkfloydiana), “Revenga”, “Old School Hollywood” (monstra!).
Não é o novo metal (nada que se vende como o “novo” o é de fato), mas achei de fato foda, ainda não deu tempo de enjoar, nem sei se vou, mas tenho escutado muito (a discografia toda, de cabo a rabo).
Demorei 20 anos para descobrir que a turba, neste caso, estava com a razão.
PS – questionamentos aos amigos: 1) estou deslumbrado ou é baum mesmo?; 2) banda deste porte com apenas 5 discos em 20 anos é porque queimaram tudo, ou sabiamente evitaram fillers ou vergonha alheia?; 3) algo que tenha me passado batido?