30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
… o q ficou?
“Skyscraper”, David Lee Roth
Esse me é um daqueles “ñ curtia na época”. O som farofa, o rockstar exibicionista, os videoclipes intermináveis e chatonildos com “historinhas”.
Por outro lado, os músicos envolvidos ñ eram de se jogar fora, ainda mais Steve Vai. Desconheço o disco solo de estréia anterior, q eram os mesmos músicos e provavelmente a mesma abordagem.
Assim: David Lee Roth saiu do Van Halen, mas o Van Halen ñ saiu dele. Um disco curto (tvz menor q os videoclipes) e muito engraçado, sobretudo quando Vai QUASE consegue emular Eddie Van Halen.
Chega muito perto algumas vezes.
O tipo do relato biográfico q acho divertido e na medida certa da nostalgia. Cometido por David Wild, colaborador da Rolling Stone, no intróito de seu release de 3 páginas outras (repletas de detalhes discográficos, das formações e tretas) q deixo pra lá por aqui, na coletânea “The Best Of Both Worlds” (2004):
“A Fan’s Notes
Right now a 14-year-old kid in a basement somewhere is listening to Eddie Van Halen play ‘Eruption’, thinking, How the hell does he do that?
Right now that kid’s dad is upstairs in the living room begging that kid’s mom for the credit card so he can buy Van Halen concert tickets.
Right now Mom’s saying, ‘OK’, because she’s secretly loved Van Halen since the first made out to ‘Dance the Night Away’ during her high school prom.
Right now all of them – and all of us with any taste and disposable income – can finally have the best of Van Halen all gathered in one dingy and smoky place.
Right there.
The Best Of Both Worlds chronicles one of the greatest – and loudest – rock’n’roll stories ever told. Surviving the demanding test of time, Van Halen‘s music continues to endure with transcendent grace and undeniable force.
In short, they really rock.
Revolutionary yet instantly accessible, Van Halen are a true musical powerhouse that forever changed the way that rock music’s played. From the beginning, they raised the wah-wah bar forever in terms of sonic ambition and raging full-throttle musicanship. This is one of the groups that changed the rules of the game, and then kept on winning. They took the energy and craft of great British rock bands like The Kinks, The Who, and Cream and transported them into their own distinctly American hyperspace. In particular, in Eddie’s virtuoso hands, the electric guitar took its single most startling leap forward since Jimi Hendrix turned the world onto a whole new Experience.
But Eddie didn’t do it alone.
Together the members of Van Halen have made rock history, and the music collected here shows exactly how they’re done it. These songs – not the celebrity, not the controversy, not the adorable grins in the videos – are what ultimately set Van Halen apart from the rock’n’roll pack. And now, with the long-awaited release of three powerful new songs here – ‘It’s About Time’, ‘Up For Breakfast’, and ‘Learning to See’, all featuring the returning and resounding Wham of Sam – The Best Of Both Worlds brings the band’s proud and pounding legacy alive and well here in the 21st century.
And as the band hits the road in the summer of 2004, the story isn’t over yet“.
Um “reaction & analysis” à moda antiga. Por escrito.
Eis q me cai no colo isso.
Pronto: Mike Patton e Mr. Bungle em tributo a Eddie Van Halen. Impossível ñ pensar: “é a sério ou zoeira?”. Provavelmente a segunda opção. Música obscura do Van Halen, ao q parece, bora ouvir.
Scott Ian pesadaço. Vocal numa parte com distorção. Dinâmica lembra Van Halen um pouco. Dave Lombardo arrepiando nos 2 bumbos, q foda. Quem é esse baixista caricato? Ñ lembram muito David Lee Roth esses vocais (Patton, né?), mas tem uma vibe Lee Roth…
Segundo guitarrista dando uns bends tipicamente Eddie. E eu me perguntando se já tinha prestado atenção nesse som, tá muito pesado pra Van Halen. Links do YouTube comprovam ser do “Women And Children First”. Pô, tenho esse disco.
Finalzinho, Lombardo apavorando nas viradas. Ñ tá tanto uma pegada Alex Van Halen, mas ñ conheço (ou lembro do) som e curti. [Vou curtir Dave Lombartdo tocando até lambada com o Figueroas]. Q afinação dessa bateria!
E ainda a dúvida: fizeram um tributo mesmo ou zoaram com a minha cara?
Comentários youtubbicos majoritários: “muito bom”. “Foda”. “Patton é foda, deveria deixar o cérebro pra dissecarem quando morrer”. “Como assim, só um babaca ñ curtiu?” Etc.
Curti. Mas ñ entendi. Deixa eu ouvir a original agora.
Porra, tava tudo ali.
Digam o q quiserem: q Jimi Hendrix era maior ou menor, q outros guitarristas foram melhores, q era um impostor, entre outras razões, birrísticas ou ñ.
Mas vou com a maioria dos guitarristas, uma raça q alterna entre o difícil e o insuportável na convivência, q põe, sim, Eddie Van Halen num trono. Num pedestal.
Pra guitarrista admirar outro guitarrista, muitos a ponto de querer tocar igual (alguém conseguiu?) é pq o distinto era foda, realmente diferenciado.
Agora, o clipe acima.
Imaginem um moleque de 8 anos assitindo a ele, já conhecendo a música e sabendo do q Michael Jackson se tratava. (Em 1983 havia outro assunto?) Na hora do solo de guitarra, o impacto foi tão grande, q ao fim o moleque nem lembrava de coreografia, briga encenada, jaco de nylon vermelho ou do jeckson q o usou.
Mesmo nunca tendo reparado num solo de guitarra antes, no final a pergunta q restava era: “q foi esse solo de guitarra?”
Esse moleque era eu, quando vi esse vídeo pela 1ª vez, em q tudo o q roubou minha atenção foi o solo de guitarra de Eddie Van Halen. Q sequer aparece no vídeo.
Uma das várias portas q me levaram aos sons pesados. E se eu ñ fui tocar guitarra, acho q senti um pouco aquilo q sentiu quem ouviu “Eruption” ou o Van Halen (dum baterista tb Van Halen e, por sinal, monstro tanto quanto) pela primeira vez. Foda.
F.U.C.K.
“Bug Alley”, Gary Hoey, 1996, Surfdog Records
sons: DESIRE [Bach] * / TRIBAL WAR BABIES * / BLACK MAGIC WOMAN [Santana] * / YEAH / BUG ALLEY * / PEACE PIPE / GOTTA SERVE SOMEBODY [Bob Dylan] / KARMA CLIMB / MOUSTACHE MUCHACHO / COASTING / THE GREEN ROOM *
formação: Gary Hoey (guitar and vocals), Tony Franklin (bass), Gregg Bissonette (drums); special guest guitarist on “Bug Alley”: Brian Setzer
–
A impressão q tenho desse sujeito é a de ser um cara divertido, desencanado.
Ñ q eu acompanhe Gary Hoey febrilmente: lembrava de sua versão (ótima) pra “Hocus Pocus”, q passava no “Fúria Metal”. Mas nem fui atrás do álbum à época, “Animal Instinct”, q sei lá se saiu nacional. Lembrava ainda – e nem ido atrás, tb – dele ter gravado um disco de músicas natalinas, espirituosamente batizado “Ho Ho Hoey”.
Passam-se os anos, e eis q fuçando num bazar de cd’s “5 a 15 reais” encontro este “Bug Alley” e um “Ho Ho Hoey 3” (eita). Bora os dois.
Gary é um guitarrista fritador. Como milhões de outros, surgidos após Eddie Van Halen, q se tivesse q ganhar anos de cadeia ou royalties por isso… E se é verdade q o futebol inglês tem umas 13 divisões, o guitarrismo shredder deve ter mais.
*
A impressão de desencanado: Hoey parece ñ se levar a sério. Mais ou menos como Paul Gilbert. Os discos são muito bons, mas parece se contentar em estar na 3ª ou 4ª divisão. E tudo bem. E daí isso resulta em discos – os 2 citados – com mais musicalidade q exibicionismo.
Q é do q é feito “Bug Alley”. Q contém covers, incomuns (Bob Dylan? Santana antes do hype) e participação especial idem (Brian Setzer nunca foi desse “clube”), fora a banda de renomados comparsas. Disco redondinho e divertido.
***
Tem rococó erudito? Sim, mas – chupa, Malmsteen – comedido no primeiro som, “Desire”. Citação de “Jesus Alegria dos Homens”, de Johann Sebastian Bach, enxertado ao riff. Ao peso. Ao puta som. Ñ é firulagem, ficou bacana.
Tem músicas engraçadinhas, divertidas? “Yeah” e “Moustache Muchacho”. Mas principalmente, é um álbum curto, baseado em riffs e climas, direcionado a pessoas q ñ toquem guitarra e achem q toca melhor. Pra esses, é provável q dê aulas, vai saber.
Dá uma “caída” mais pro fim (após a versão de Dylan) e tem uma faixa 12ª ñ creditada, q é versão (meio fuleira) de “Wipe Out”, onde o sujeito se permitiu fritar como ninguém.
Disco bacana pra tempos de isolamento: divertido, pra cima (bom pra ouvir com Helloween), curto e direto. Dá pra ouvir com visita em casa, jogando videogame ou enquanto faz um post pro Thrash Com H.
Fica a dica.
PS: as faixas asteriscadas acima são as minhas preferidas
*
*
CATA PIOLHO CCLXXIV – Zbigniew Bielak, ouviram falar? Cabra esperto: vendeu uma mesma arte de capa pra duas bandas de segmentos diferentes (SQN), ciente de q os fãs ñ são os mesmos e jamais perceberiam.
Mais um post sobre “Iron Man”, do Homem. Neste q pensei como sendo o último, dando uma geral cronológica das histórias e observações do sujeito; mas se alguém quiser q eu encontre ou repercuta alguma fase, evento ou estória obscura envolvendo o Black Sabbath (como estou fazendo neste com a “fase Jeff Fenholt”), fiquem à vontade pra pedir.
(Alguém se interessou em ligar o Drain STH – do vídeo q linkei no post iômmico de semana passada – a Iommi, ou deixamos quieto?)
Acabei a leitura agora de madrugada. Recomendar é pouco. Muito foda. A frase final, do capítulo final, memorável. Mas pra quem acompanhou todo o livro. E como q respondendo a indagação q postaria hoje por aqui, sobre 11/11/11 do ano passado, eis q o livro meio termina por ali. E coloco logo abaixo:
XI. (pp. 246 – 247)
“Eu era agora o único cara que sobrou no Black Sabbath. Sem uma banda, tive a idéia de fazer um álbum solo com vários vocalistas diferentes. Fiz uma lista de pessoas que eu gostaria, como Robert Plant, Rob Halford, David Coverdale e Glenn Hughes, mas isso deu uma tremenda canseira para conseguir alguém. Me deparei com toda a espécie de coisas contratuais, gravadoras não os permitindo, então era: ‘Ah, não, estamos fazendo um álbum, não posso cantar no teu’.
Eventualmente a idéia miou. Tentamos então esse cara chamado Jeff Fenholt. Ele era o outro que tinha feito o vocal principal em ‘Jesus Cristo Superstar’, na versão musical da Broadway daquele musical. Então nós tínhamos tido Ian Gillan, o ‘Jesus Cristo Superstar’ original, e eis a gente tendo o Jesus da Broadway querendo se juntar ao Black Sabbath. Nós tentamos/testamos Jeff e ele tinha uma ótima voz. Fiz umas demos com ele em Los Angeles. Um dos sons era ‘Star Of India’, que mais tarde se tornou ‘Seventh Star’. Outro era ‘Eye Of the Storm’, que acabou no álbum como ‘Turn to Stone’. E tínhamos uma faixa que eventualmente se tornaria ‘Danger Zone’. É claro que essas demos ficaram de fora e vieram a público num álbum pirata (bootleg). Chamaram-no ‘Eight Star’ ou coisa do tipo.
Jeff parecia um cara suficientemente legal. As coisas poderiam ter dado certo com ele, mesmo eu não estando 100% convencido de que ele fosse capaz de fazer nosso material antigo. Então Jeff Glixman chegou pra produzir o álbum e não achou que Fenholt estava funcionando na gravação. E então foi isso.
Pouco tempo depois Jeff Fenholt subitamente tornou-se esse evangelista grande de tv. Eu não conseguia acreditar, porque quando o conhecemos ele dizia coisas como ‘Oh yeah, eu comi aquela mina’.
O New York Times fez uma matéria sobre ele no Black Sabbath e escreveram que ele viu a luz, rejeitou o mal e todas aquelas baboseiras. Estávamos novamente na pauta satanista porque Fenholt prosseguia nisso. Recebi telefonemas pra fazer o Larry King sobre ele. Pensei, não vou me envolver nisso! Você tenta discutir religião na tv nos EUA e não tem a menor chance. Especialmente com ele tendo se tornado um evangelista; todos só tenderão ao lado dele e eu não terei qualquer brecha pra rebater!”
XII. (pp. 268 – 269)
“A maior parte de 1988 fiquei ocupado em botar ordem em muitas tranqueiras do meu passado. Quando Phil, Ernest [Chapman] e Ralph [Baker] se envolveram havia uma montanha de merda pra encarar. Parecia que estávamos em reuniões infinitas sobre tudo, tentando ajeitar o caminho antes que pudéssemos começar de novo. De fato houve tropeços pelo caminho.
Havia um cara que morava perto de mim, um lutador, que queria fazer um evento beneficente para levantar fundos pra Children In Need. Ele me perguntou: ‘Você poderia fazer uma apresentação?’
Eu disse: ‘Sim, tudo bem, mas nao quero ver isso anunciado como Black Sabbath‘.
Era pra ser só uma coisa despretensiosa comigo, Geoff [Nicholls] tocando baixo, Tony Martin e Terry Chimes, mas ficou fora de proporção. A apresentação foi em 29 de Maio de 1988 no Top Spot Club em Oldbury, um daqueles bares noturnos onde tinham um comediante, um malabarista e todo o tipo de coisa. E ali estava: ‘Atração principal da noite: Black Sabbath!’
Eu só quis arrecadar algum dinheiro pras crianças. Foi feito como uma gentileza mas se tornou um embaraço por outro lado. Recebemos montes de críticas por aquilo, com pessoas dizendo: ‘Olha lá o Black Sabbath tocando em botecos como aquele’. Pra tornar a situação ainda pior, aparentemente o cara fez dinheiro com aquilo e embolsou a maior parte”.
XIII. (pp. 286 – 287. Turnê “Dehumanizer”)
“Na mesma época Ozzy anunciou sua aposentadoria. Por volta de dois meses antes [disso] ele faria supostamente suas duas últimas apresentações, em 13 e 14 de Novembro de 1992, no Pacific Amphitheater em Costa Mesa, Califórnia, e nos perguntaram se tocaríamos lá com ele. Foi a primeira turnê de despedida do Ozzy, então a gente genuinamente acreditou que ele estava se aposentando. Então quando pediram que fizéssemos aquilo, dissemos: ‘Yeah, sim, com certeza estaremos lá’.
Nós abriríamos o show do Ozzy com a formação atual e então faríamos três sons com a formação original no fim de seu show, e vamos que vamos. Pensamos que seria um gesto legal de se fazer. Perguntamos a Ronnie e ele disse: ‘não farei isso’.
Sem chance de discussão.
‘Eu não vou abrir pra um palhaço’.
Ele estava irredutível em não fazê-lo, estávamos acostumados a ele ser bem direto [na época da turnê], então incluímos [os shows] na agenda de qualquer modo. Pensamos, bem, ele pode acabar pensando melhor e mudar de idéia. De fato Ronnie não o fez, então esse era o prego no caixão. Justiça lhe seja feita: ele disse desde o início que ele não faria aquilo.
Tínhamos concordado em chegar e tocar e as coisas estavam se aproximando e não estávamos realmente prontos. Tínhamos que substituir Ronnie pros dois shows de Costa Mesa e pensamos, bem, Tony Martin conhece as músicas. Então pedimos a ele primeiro, mas houve algum problema com isso. Então Rob Halford entrou em contato e disse: ‘Eu posso fazer isso se vocês me quiserem'”.
XIV. (pp. 292 – 294. Turnê “Cross Purposes”)
“Motörhead abriu pra nós nos Estados Unidos. O vocalista deles, Lemmy, é um figuraça.
Não há comida nos bastidores deles, só goró. Você anda pelos camarins e não se tem nada pra comer, mas há todo aquele vinho e Jack Daniel’s e cerveja. Eles são os baluartes do rock’n’roll. Ele prossegue e prossegue e prossegue com eles. Nunca vou esquecer de ter visto o guitarrista deles, Phil Campbell, na beirada do palco uma vez. Ele gorfou, e no minuto seguinte estava no palco, tocando. Cacete, como eles fazem aquilo? Como encaram as coisas desse jeito? Os corpos deles devem ser indestrutíveis.
Lemmy provavelmente morrerá no palco. Eu claramente não o imagino flanando em casa como um velho. Ele costuma entrar no ônibus de turnê e sair com as mesmas roupas no dia seguinte, no palco, despretensioso e realizado… Motörhead, vivem como ciganos realmente.
Uma estória divertida que ouvi sobre Lemmy: estava passando o som e disse pro seu roadie: ‘Você consegue ouvir esse som horrível vindo dos meus monitores?’
O cara disse: ‘Não’.
E Lemmy mandou: ‘Eu também não. Aumenta aí!’
A última turnê que fizemos com Dio [única vez em que não usou “Ronnie” no livro ao se referir ao Dio, e sei lá se era turnê do Heaven & Hell ou a do “Cross Purposes” de que trataria este trecho todo], fizemos um dos shows com eles. Lemmy veio a mim e disse: ‘Você está curtindo a turnê?’
Eu disse: ‘Oh, eu estou gostando realmente. É ótimo quando nós todos nos conhecemos uns aos outros há tantos anos e estamos por aí ainda mais ou menos na mesma idade’.
E ele disse: ‘Yeah, e nós todos conhecemos as mesmas pessoas mortas tanto quanto’.
Fiquei pensando, ele foi no ponto. Cacete, ele está certo!
Tony Martin tinha uma voz fabulosa, mas sempre lhe chamávamos a atenção sobre sua performance. Ele era muito amador, a ponto de nos embaraçar. De um dia pro outro ele passou de fazer shows pequenos em Birmingham pra palcos maiores em todo o canto. Era um lugar difícil de se estar, à frente duma banda que todo mundo conhecia por grandes vocalistas como Ozzy e Ronnie. Foi um pouco demais pra ele e, tal como com Ray Gillen quando esteve conosco, Tony começou a ficar se achando. Começou a subir à cabeça. Estávamos tocando pela Europa nalgum lugar e ele tinha um videocassete portátil. Uma vez ele estava no bar do hotel mostrando um vídeo dele mesmo tocando conosco: ‘Ó só, sou eu ali!’
Muito antiprofissional: não se faz coisas como essa. Albert Chapman, que o empresariava na época, estava lívido. Ele disse: ‘Guarde essa coisa!’
E então ele subitamente começou a usar o nome de Tony ‘Cat’ Martin. De onde tinha vindo esse ‘Cat’ assim de repente? Ele fez dessas coisas que passavam do ponto.
Numa noite nos EUA durante a turnê Cross Purposes, sua carência de presença de palco ou falta de carisma, ou do que quer que você queimar chamar isso nele, tornou-se dolorosamente evidente. Bem no meio do show, Tony resolveu correr junto do público entre o palco e as grades. Ele pulou do palco pra começar sua corrida e o segurança o agarrou e tacou pra fora porque pensou que fosse um fã.
‘Mas eu sou o vocalista!’
‘Sim, sei.’
XV. (pp. 366 – 367)
“Mas a qualquer coisa que eu faça, Black Sabbath sempre estará por ali de um jeito ou de outro. No dia do funeral de Ronnie eu e Maria jantamos com Eddie Van Halen e sua esposa. O telefone tocou. Eu o peguei pra atender sem olhar primeiro no display, e era Sharon Osbourne.
Cacete!
Eu não falava com ela há mais ou menos um ano. Ela disse: ‘Oh, disquei o número errado. Eu achei que era um outro Tony’.
Quando ela percebeu que era eu, disse que estava triste por ouvir sobre Ronnie. Então ela mandou: ‘Você vai ligar pro Ozzy? Você tem que ligar pro Ozzy!’
Eu liguei pra ele uns dias antes. Ele disse: ‘Queria te encontrar e ter uma conversa’.
Eu disse: ‘Bem, estarei de volta à Inglaterra daqui uns dias’.
‘Bom. Eu irei pra Inglaterra de boa, vamos nos ver então’.
Não nos encontramos realmente então, mas nos telefonamos um monte. A idéia pra um novo álbum do Black Sabbath tinha sido cogitada por entre nossos diferentes empresários por um tempo, e vínhamos conversando a respeito mais e mais. Não está assim garantido, mas falei com Ozzy lá pro fim de 2010, e ele mandou: ‘Estou realmente na expectativa de fazer algo!’
De fato escrevi um ou dois sons pro Sabbath, e há muito mais por vir. Mas você nunca sabe. Na hora em que você estiver lendo isto poderemos estar num estúdio gravando, ou mesmo ter um álbum à venda já nas lojas. Ou talvez nada disto vingará e jamais acontecerá. E poderemos estar planejando uma outra turnê, ou poderemos jamais dividir um palco novamente”.
MEUS TECLADISTAS FAVORITOS
[ñ necessariamente os “melhores]:
MEUS GUITARRISTAS FAVORITOS:
[ñ necessariamente os “melhores”]
Hoje o bicho pega!
–
PS – tabulação da lista dos baixistas consta lá no post respectivo!