40 ANOS DEPOIS…
… e aí?
… e aí?
RANQUEANDO DISCOS DO IRON MAIDEN DA VOLTA DE BRUCE E ADRIAN PRA CÁ:
WhatsAppin‘: não ouvi e nem quero. Mas imagino o mérito muito raso disso https://whiplash.net/materias/news_698/358771-metallica.html
Mike Portnoy acho igualzinho. Só falta a autocrítica https://guitarload.com.br/2024/02/16/paul-gilbert-nao-tem-estilo/
Lei Rouanet ianque? Ahahah https://whiplash.net/materias/news_700/357544-slipknot.html
Iron Maiden, “Piece Of Mind“
Um fato: cada disco do Iron Maiden lançado entre o homônimo de estréia e “Seventh Son Of A Seventh Son” é o preferido de quem é fã, opções variando conforme o gosto pessoal + memória afetiva. É do jogo.
Uma impressão: “Piece Of Mind” vejo como o “menos preferido” em geral (eu mesmo tenho “Powerslave” no topo), até menos q “Live After Death“, disco ao vivo. E ñ sei se entendo.
Quarentando hoje, acho um disco absurdo nos saltos técnico e composicional em relação a “The Number Of the Beast“, lançado ano antes! E o maior culpado disso é Nicko McBrain, excelso e tremendo baterista, q chegou chegando (nunca mais saiu) e chutando baldes + paus de barraca já na intro de “Where Eagles Dare”. E ñ só.
É como se ele tivesse ajudado a refundar o Maiden, q já tinha um groove próprio com Clive Burr, mas pareceu ter chegado a limites. Nada aqui, bateristicamente falando, tem limites. Ainda menos os demais “donzelos”.
Tá, é o disco de “The Trooper”, manjada e cansativa (pra mim) e de “Flight Of Icarus” + “Revelations” recentemente resgatadas em turnês retrô, sem q ninguém reclame. Nem eu. Mas e as músicas menos lembradas?
“Die Your Boots On” tem um riff e uma pegada nunca mais repetidas. E tem “die” cantada 53 ou 54 vezes, fiz post sobre, ñ me lembro agora. “Where Eagles Dare” ouso – ops – afirmar ser a pedra fundamental do power metal. “Sun And Steel” é a música mais Thin Lizzy (ainda ativos em 1983) deles, e isso é elogio; ousada e tipicamente lado B.
“Still Life” é muito diferente do “som Maiden” – tanto o de antes, como o chassi posterior – fora dos trilhos, pérola, lavrada pelo discreto Dave Murray. E minha preferida do disco. E difícil de tocar…
E mesmo q a “Quest For Fire” historicamente equivocada e arrastada um tanto + a épica “torta” “To Tame A Land” soem atualmente meio “fillers“, tenho “Piece Of Mind” como um álbum arrojado, amplo e diverso como nunca mais a banda fez e faria. Estavam se descobrindo, descontrolados, inspirados. Voando sem asas de cera.
Às vezes até penso em mudar meu preferido pra ele.
••••
*discutimos o álbum em pauta cronofágica há 5 ou 10 anos, q me lembre. Mesmo ñ lembrando 100% do q foi opinado e observado, inclusive por mim. Daí propor a efeméride um pouco diferente desta vez, neste disco
Fim do inventário a tôa. Ócil indócil, só aqui no Thrash Com H.
NOVEMBRO
01.80 – lançamento “Live!! + One”
04.02 – lançamento caixa “Eddie’s Archieve”, com “BBC Archieves”, “Beast Over Hammersmith” e “Best Of the ‘B’ Sides” (cd’s) + lançamento “Edward the Great: the Greatest Hits”
06.89 – lançamento single “Infinite Dreams”
07.88 – lançamento single “The Clairvoyant”
08.93 – lançamento “Live At Donnington” + 08.04 lançamento dvd “The History Of Iron Maiden – Part 1: The Early Years”
09.79 – lançado “The Soundhouse Tapes”
10.93 – lançado vhs “Donnington Live 92”
14.06 – lançamento single “Different World”
17.17 – lançamento “The Book Of Souls: Live Chapter”
18.22 – upload videoclipe/lançamento single “Total Eclipse” + relançamento vinil triplo comemorativo 40 anos de “The Number Of the Beast” com “Total Eclipse” no lugar de “Gangland” e “Beast Over Hammersmith”
20.20 – lançamento “Nights Of the Dead, Legacy Of the Beast: Live in Mexico City”
21.80 – primeira apresentação com Adrian Smith, num programa de tv alemão
22.86 – lançamento single “Strange In A Strange Land” + 22.19 re-relançamento “A Matter Of Life And Death” em versão digipack remasterizada com adesivo e bonequinho Eddie soldado
24.03 – lançamento single “Rainmaker’
26.01 – lançamento dvd “Classic Albums: The Number Of the Beast”
DEZEMBRO
02.85 – lançamento single “Run to the Hills” ao vivo
07.98 – lançado “Eddie Head” box set (12 discos remasterizados, cd com entrevista e certificado de autenticidade numerado)
18.83 – participação no “Dortmund Festival” com Def Leppard, Scorpions, Judas Priest, Ozzy Osbourne, Quiet Riot e Michael Schenker Group
21.80 – show no Rainbow q gerou o vhs “Live At the Rainbow”
23.58 – aniversário Dave Murray
24.90 – lançamento single “Bring Your Daughter to the Slaughter”
25.75 – Steve Harris funda o Iron Maiden
26.06 – lançamento single “Different World” em picture disc
30 e 31.78 – gravações de “The Soundhouse Tapes”
Reiterando as fontes: página do Iron Maiden no Metal Archieves e páginas facebúquicas The Metal Realm e Terreiro do Heavy Metal.
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Contabilizando o 6(66)º bimestre: 28 eventos em 25 datas.
40,98% dos dias foram “datas Maiden”.
Contabilizando o ano inteiro: 177 eventos (fosse 1 por dia, quase a metade dos dias do ano) em 140 datas. 38,35% dos dias num ano são “datas Maiden”.
Pouquinho mais de uma “data Maiden” a cada 3 dias. Às vezes, a cada 2, às vezes a cada 3: tem alguém de Exatas por aqui?
E os números ainda estão pararam…
Ranqueando músicas meio relegadas em discografias *.
Hoje, os roqueiros de tiozão.
“Iron Maiden” – “Strange World”
“Killers” – “Twilight Zone”
“The Number Of the Beast” – “Invaders”
“Piece Of Mind” – “Still Life”
“Powerslave” – “Back In the Village”
“Somewhere In Time” – “Sea Of Madness”
“Seventh Son Of A Seventh Son” – “Only the Good Die Young” (nhé)
“No Prayer For the Dying” – “Public Enema Number One”
“Fear Of the Dark” – “Weekend Warrior”
“The X-Factor” – “Blood On the World’s Hands”
“Virtual XI” – “Lightning Strikes Twice”
“Brave New World” – “The Mercenary”
“Dance Of Death” – “Wildest Dreams” §
AMOLAD – “Brighter Than A Thousand Suns”
“The Final Frontier” – “Isle Of Avalon”
“The Book Of Souls” – todas q ñ “Empire Of the Clouds”
“Senjutsu” – “Death Of the Celts”
*descontados os discos ao vivo; quem quiser, à vontade
§ melhor versão tá no “Death On the Road”, mas deixa quieto
Dissequemos Iron Maiden um pouquinho…
10 MÚSICAS FAVORITAS DE AUTORIA* OU CO-AUTORIA DE DAVE MURRAY NO IRON MAIDEN:
Uma dúvida: sei, como é razoavelmente sabido, q “22 Acacia Avenue” meio q continua “Charlotte the Harlot”. Mas li nuns comentários, q puxaram post do whiplash, dizendo se tratar duma saga em 4 partes. Q ainda continua em “Hooks In You” e encerraria em “From Here to Eternity”. Procede, afinal?
E videotecagem semanal do bonna segue nos comentários.
O primeiro grande lançamento de 2020?
Sai amanhã “The Burning”, novo do projeto paralelo do Stevão. British Lion. A julgar pelo single (acima) e por um outro, “Lightning”, tb já disponível, está melhor. Mas ñ muito.
Vocal chato, som meio genérico, sem aquela inspiração ou identidade toda.
Deixo o embate “parece Maiden” pra lá. Pois ñ parece. Já q ñ tem Bruce Dickinson, Adrian Smith, nem principalmente Nicko McBrain. Dá até pra fingir ser um Iron Maiden com Steve, Dave Murray e Janick Gers. Mas tb ñ faz jus.
O q fico encafifado é:
1) será plano de aposentadoria do chefe? Cansado de mandar na matriz, estaria achando uma menor (do tipo q toca pra Cine Jóia semi-cheio) pra continuar chefão?
2) indício de q o Iron Maiden estaria parando aos poucos mesmo? Me parece difícil haver algum anúncio de “fim da banda”. A ñ ser q Bruce o faça ou alguém venha a falecer
3) fazer ou criar os filhos, parece já estar feito. Todos grandes. Jogar futebol tvz a idade já ñ permita. Então bora tornar o trampo um hobby? Sei lá.
Vai q cola.
Imagina na Copa.
Pra início de conversa, reitero o q já postei no Facebook: ñ sou de treta, mas depois do q vi e ouvi dia 11 em Londres, quem vier com papo de q Dio foi maior q Bruce Dickinson, vou dar na cara com força.
Senão, vejam. Quem, durante um show de 16 sons, é capaz de:
Menos mal q, nessa última, Nicko, tb sem noção, levou tão de boa q foi ao microfone falar umas coisas e topou brindar tb. De copo de plástico vazio ahah
Além disso tudo, q ñ foi pouco: Bruce fez o show inteiro realmente sem ler letra. Zero teleprompter, zero colas pelo chão. 60 anos em plena forma, mais a cura do câncer e a certeza da estabilidade empregatícia o tornaram ainda mais sem noção, ainda mais demente, ainda mais intenso. Bruce Dickinson é o nome da besta. E isso seria tudo o q eu poderia dizer a respeito do show todo.
Mas vou falar tb do clima, da vibe.
Lugar imenso. Gigantesco, babilônico. Nababesco. A tal O2 Arena, q além do show, ainda abriga uma puta galeria de pubs e restaurantes, tinha ainda uma exposição de heróis Marvel/D.C. (a q ñ fui, já tinha fechado) e uma balada de playboy, cujas periguetes de shortinho agarrado e tops (tem na Terra da Rainha tb) denunciavam.
Tive q pegar 2 lances de escada rolante pra chegar a meu lugar. Q era sentado, em lugar almofadado, porém lateral ao palco. Perdi ver o telão, ñ consegui ver a banda de frente, e ainda na maior parte do tempo só vi o tampo do cocoruto do papai Noel Dave Murray. Do Nicko só via as mãos, uns pratos e uns 3 tons tons da bateria (ñ veria muita coisa a mais caso visse de frente ahah). Mas preferi focar no bom:
Vi tudo da perspectiva de quem via parte do backstage: roadies correndo pra lá e pra cá, Bruce saindo a cada som/cada dois pra trocar de roupa, roadie manejando o controle remoto do Eddie. E curti os SONS sem distração ou firulas pirotécnicas.
E com um pessoal à volta tb veterano, alguns até mais q eu. Num clima de show de metal incrível: pessoas se cumprimentando ao fim, se surpreendendo com os sons antigos (impecavelmente executados), cantando a plenos pulmões a intro de “Doctor Doctor” (!!), sujeito à frente me oferecendo breja – q recusei educadamente – e nenhuma, absolutamente nenhuma, treta. Ou descontentamento.
Nem mesmo o meu, com “The Trooper”, “Fear Of the Dark” (blah!) e “Hallowed Be Thy Name” incluídas no set. Percebi q fazem parte importante da coisa. (E Nicko, na segunda, inventou um groove bastante interessante). Ñ exatamente pontos altos, mas nem um pouco mal recebidas.
Tinha criança (mesmo), tinha adolescente, tinha adulto, tinha tiozão (tipo eu) e tinha idoso. Os caras têm q agradar a todos, ñ tem jeito. Faltaram músicas? Tvz. Nada do “Somewhere In Time”, do “No Prayer For the Dying” (sonho meu!), do “Dance Of Death”, dos 2 últimos ou mesmo do “Killers” (“Wratchild” já deu, afinal). Mas eu ñ percebi na hora e nem dei falta até agora.
Em minha chatice habitual, ñ consegui pôr um defeito na porra toda.
Falando dos sons: solos Murray-Smith impecavelmente executados. Nicko McBrain monstruoso: ñ perdeu uma virada, ñ ramelou um andamento, mandou o pé direito mais insano do heavy metal. Tvz o baixo estivesse um pouco baixo, mas dane-se. Janick ñ briga mais com o Eddie (perdeu a função), mas briga com os cabos ahah Porra, 4 sons do “Piece Of Mind”. Tivessem tocado “Die With Your Boots On”, eu infartaria.
Surpresas? 2 sons da “fase Blaze”: “The Clansman” e “Sign Of the Cross”, o primeiro com intensa recepção.
As fotos q tirei do show ñ ficaram grande coisa. Mesmo. Ora borradas, ora distantes demais, por isso ñ postei tudo. Deve haver amostras melhores no Google e no You Tube.
Por fim, meu depoimento emotivo: chorei durante “Two Minutes to Midnight”. Foi foda.
Sobre algumas das fotos acima:
a) na segunda se vê um tiozão tocando guitarra. Sujeito ficou horas tocando Maiden na saída do metrô (estação North Greenwich), tirando selfie, se divertindo, ganhando os trocos merecidos e acompanhado por bateria eletrônica impecável. Com direito a crachá de músico autorizado, sei lá, pela prefeitura. Imaginem a ambiência de chegar num lugar e ouvir “Flash Of the Blade”
b) na terceira, em q se vê a O2 Arena lotada, se desmente por completo a balela de q o Maiden só lota show na América Latina. Enfiem os comentários abalizados no cu os q continuarem a dizer isso. Complexo de vira lata do caralho
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Set-list: intro com “Doctor Doctor” (U.F.O.) + discurso do Churchill 1. “Aces High” 2. “Where Eagles Dare” 3. “Two Minutes to Midnight” 4. “The Clansman” 5. “The Trooper” 6. “Revelations” 7. “For the Greater Good Of God” 8. “The Wicker Man” 9. “Sign Of the Cross” 10. “Flight Of Icarus” 11. “Fear Of the Dark” 12. “The Number Of the Beast” 13. “Iron Maiden” – bis – 14. “The Evil That Men Do” 15. “Hallowed Be Thy Name” 16. “Run to the Hills”
“The Book Of Souls”, Iron Maiden, 2015, Parlophone/Warner Brasil
(cd 1) IF ETERNITY SHOULD FAIL (Bruce Dickinson) / SPEED OF LIGHT (Adrian Smith/Bruce Dickinson) / THE GREAT UNKNOWN (Adrian Smith/Steve Harris) / THE RED AND THE BLACK (Steve Harris) / WHEN THE RIVER RUNS DEEP (Adrian Smith/Steve Harris) / THE BOOK OF SOULS (Janick Gers/Steve Harris)
(cd 2) DEATH OR GLORY (Adrian Smith/Bruce Dickinson) / SHADOWS OF THE VALLEY (Janick Gers/Steve Harris) / TEARS OF A CLOWN (Adrian Smith/Steve Harris) / THE MAN OF SORROWS (Dave Murray/Steve Harris) / EMPIRE OF THE CLOUDS (Bruce Dickinson)
formação: Bruce Dickinson (vocals and piano), Dave Murray (guitars), Adrian Smith (guitars), Janick Gers (guitars), Steve Harris (bass and keyboards), Nicko McBrain (drums)
keyboards by Michael Kenney, orchestration by Jeff Bova
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Antes de qualquer mais nada: fazer música gigante ñ significa fazer música progressiva. Ou prog.
Outra coisa: o Iron Maiden sempre teve um pé no progressivo. Desde 1980: “Phantom Of the Opera”. No q me fica a dúvida: será q desaprenderam tudo?
Provavelmente ñ ouvem os próprios discos e/ou as próprias músicas em casa. “Hallowed Be Thy Name”, “To Tame A Land”, “Powerslave”, “Caught Somewhere In Time”, “Infinite Dreams”, “Mother Russia”, “Sign Of the Cross”, “Blood Brothers”… Ou a abordagem de criadores ñ lhes dá isenção para analisar ou deles desfrutar. Ñ entendo.
Um clichê inútil e vão em qualquer análise da banda, pelo menos desde “Brave New World”, acho a de comparar os novos lançamentos aos discos clássicos (até “Seventh Son Of A Seventh Son” ou até “No Prayer For the Dying”?): ñ dá, ñ rola. A Donzela, neste “The Book Of Souls”, é a banda reformatada desde “A Matter Of Life And Death” (2006) e ñ parece fadada a mudar, aceitemos o fato. Discos anteriores eram outra banda, outra época, e já estão feitos, basta ouví-los pela enésima vez e babar. Caso reprisassem alguns destes, monte de gente criticaria tb.
A outra chave de análise q considero equivocada, mas ainda bastante recorrente, é a de reclamar q sempre fizeram os mesmos discos (como se “Seventh Son…” e “The X-Factor” tivessem sido mais do mesmo), sem quererem fugir de fórmula e sonoridades consagradas, pra ñ desagradarem a casta de fãs incondicionais. Pois mudaram e parece ñ estarem desagradando…
No geral, achei esse disco novo desnecessariamente PROLIXO, no q culpo a produção. Pra q catso pagam um certo Kevin Shirley desde 2000, se o q emana do álbum soa autoindulgendente ao paroxismo? A impressão é a dos caras quererem fazer tudo – compor, gravar, mixar – muito rápido e sem maiores complicações, o q envolveria EDITAR parte do material. Burilar arestas tb. E ainda maneirar em certas liberdades atribuídas.
Os donzelos devem estar em clima interpessoal bastante favorável, ou tvz maduros o bastante pra ñ conflitarem por qualquer coisa. Fora imbuídos duma auto-suficiência beirando a soberba de SABEREM q deles nada de muito ruim virá, em termos de composição ou execução. Então, dá-lhe espaço pra solos adoidado, ninguém podar espaços alheios ou “jogarem para as músicas”, ao invés de para si próprios e suas auto-estimas. O material aqui registrado, a meu ver, era coisa pra ficarem ANO trabalhando. Pra soar realmente bombástico, ousado, desafiador, instigante.
Maior exemplo: “The Red And the Black”, de 13 minutos totais, contém 6 MINUTOS de solos de guitarra. Um desbunde pra quem curte (estão longe de soarem abomináveis ou protocolares) e pra guitarristas, mas um exagero q mesmo Yngwie Malmsteen tvz capitulasse. Cito-o tb como simbólico daquilo q me soa a FALÊNCIA de Steve Harris como compositor: é esta sua única música – letra e música – no disco, e a q mais vejo sofrer de obsolescência. Com potencial, mas mal direcionada: um excesso de “o-ô” pra tentar animá-la (e como se a letra gigante já ñ a poluísse), a introdução (interessantíssima) desnecessariamente repetida ao final – “estrategema AMOLAD” q comparece por aqui em outros 2 sons – e vocal bastante dissociado duma melodia, o q em se tratando de Iron Maiden soa grave, muito grave.
Harris parece, nesse sentido, estar sofrendo do mesmo mal de Lemmy Kilmister: vai ficando mais velho e mais verborrágico, poluindo os sons de letras em detrimento das melodias (cada vez mais rarefeitas e restritas) e de refrãos q causem comoção. Tá virando dramaturgo, caralho? Ñ encontrei nas 11 faixas do petardo um refrão grudento qualquer. Ou um riff realmente inspirado. Desculpem.
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Exemplo reverso: “Shadows Of the Valley”, embora pouco candidata a canção memorável futura, exibe trabalho de arranjo e de mudanças de andamento q a mim poderiam ter sido a tônica em todos os sons. Ainda q com um riff inicial quase “Wasted Years” sobre uma base algo “Out Of the Silent Planet”, contém parte com “o-Ô” coerente e marcante. “Tears Of A Clown” mostra alguma ousadia baterística tb (Nicko McBrain infelizmente caminha em zona de conforto, ou ñ o deixam arrepiar) e uma aura meio Rainbow q ñ entendo como pejorativa: se é pra serem progressivos, q bebam das águas barrentas de outrora para tal!
Trechos vários q remetem a sons antigos comparecem tb a rodo. Nem sempre caindo bem: “The Great Unknown” parece “Killers”, pra daí desembocar em trechos “Paschendale” e levadas “The Loneliness Of the Long Distance Runner”. Há pedaços de “Losfer Words”, de “Where the Wild Winds Blows”… Há mudanças abruptas de andamentos sem q um lick, uma melodia sem bateria ou uma pausa lhes ressalte.
Citei nos nomes dos sons acima tb os autores, pra poder marcar alguns esforços: Adrian Smith e Bruce Dickinson quase salvam o trabalho, e deles achei os melhores momentos do disco. Soa inacreditável q “Empire Of the Clouds”, com 18 minutos, soe coerente e interessante. Soa. Ñ dá sono ou remete a suítes progressivas chatonildas intermináveis. (Conheço sons do Savatage muito menores em duração q cansam bem mais). Fora ser ÚNICO som a ter melodia inspirada, q “gruda”. Provavelmente isso se dando por uma mudança de forma, ñ de conteúdo: é um Maiden com piano. Fez diferença.
“If Eternity Should Fail” abre o álbum com melodia meio western e timbres invulgares, mas padece da repetição excessiva do refrão (6 vezes ao final, pra encher lingüiça tb no encarte, q os repete?) e duma locução final francamente amadora (coisa de banda iniciante, pra assustar incautos). Deveria ter sido feita sem efeito. As duas parcerias Smith/Dickinson mostram-se até culhudas, mas sintomaticamente são as mais afetadas por Pro Tools: estamos em 2015 pros caras desovarem músicas q soam saídas de fita cassete gasta?
Dissociação criminosa melodia-vocal tb comparece em “When the River Runs Deep”, som pesado e rápido (pros atuais padrões). Gostei da faixa-título, iniciada e finda acústica – bem à moda Janick Gers – mas inferior às “Dream Of Mirrors” ou “Dance Of Death” de outrora. “The Man Of Sorrows” ñ revisita o som quase homônimo da carreira solo de Dickinson (ufa!) e comparece no ‘sistema de cotas maideniano’ como o som de Dave Murray, facilmente identificado desde os idos de “Still Life”: solinho harmonizado bacana introduzindo música mais melódica, quase balada.
Detalhes sutis outros: 1) os drives rasgados de Dickinson já eram. Infelizmente. Os sons Smith-Dickinson (os mais ásperos) foram levemente saturados na mixagem pra poder disfarçar. Ao mesmo tempo em q momentos de agudos desnecessários e constrangedores (“Speed Of Light” e “When the River Runs Deep”) comparecem, tvz por querer compensar. A voz do homem está mais pra limpa e aguda – desnecessariamente aguda em “The Red And the Black” – q pra agressiva; 2) Steve Harris abandonou a abordagem rítmica/tercinada full time há tempos, e ninguém parece se dar conta. Acho do cacete q esteja mandando ver umas escalas e uns solinhos vez ou outra.
Conclusão: ñ é um disco ruim, mas tb ñ achei bom. Pra mim, bastante inferior ao potencial q teria e ñ quiseram fazer. Fora anacrônico no formato duplo, falsamente ousado. Superior a “AMOLAD”, mas bem menos inspirado q “The Final Frontier”. Gostei da capa, essa sim ousada. Tocarão 1 ou 2 sons ao vivo – pra delírio dos fanáticos e dos hipsters – e difcilmente será lembrado como disco icônico, influente ou trangressor daqui 10 anos. Na dúvida, farei post cronofágico daqui um 1 ano pra averiguar eheh
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CATA PIOLHO CCXLIV – Jogo dos 7 Erros Capístico:
MEUS GUITARRISTAS FAVORITOS:
[ñ necessariamente os “melhores”]
Hoje o bicho pega!
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PS – tabulação da lista dos baixistas consta lá no post respectivo!