A DO CHAPÉU
Vc tiraria o chapéu para:
E por quê?
Vc tiraria o chapéu para:
E por quê?
Eu deveria imaginar q esse negócio de ficar pegando cd a 1,90 na Disconexus uma hora iria render algum mico.
Rendeu 2…
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“Dreams Of Gods And Men”, Myatan, 2008, Azul Music
Alguém por aqui já tinha ouvido falar no Myatan?
Eu (tb) ñ, e após o 1º impacto, positivo, de achar a capa bonita (bem menos saturada q a reprodução replicada acima), desconfiei se tratar de prog de conservatório e/ou metal de apartamento, após abrir o encarte e ver:
1) se tratar de banda nacional; 2) ñ ver qualquer menção a outras bandas, promotores de show ou bares nos agradecimentos (os caras certamente nunca tocaram ao vivo q ñ fosse em audição de conservatório); 3) se tratar de álbum conceitual; 4) desconhecer qualquer um dos 6 integrantes, de nome e de foto.
Acertei na mosca quando pus pra tocar, devido à compra motivada por bom gosto do baterista (Luiz Biank) q tb agradeceu a “Zappa“, fora “Deus”, “família”, “amigos” e gente anônima q teria ajudado a banda nas gravações.
“Dreams Of Gods And Men” é impecavelmente gravado e produzido, mas ñ me cativou em nada. Fosse chupim descarado de Dream Theater, Symphony X ou afins, ainda daria munição pra eu falar mal, mas nem isso… Impressão de terem tentado atenuar chupins (mesmo passagens breves, q lembram de longe coisa q já ouvi antes, parecem constar em outro tom ou andamento, pra “disfarçarem” melhor), só q tb ñ me soa trabalho de banda com cara própria.
De modo q as únicas duas coisas legais q achei foram: o vocalista (Rodrigo Loretti) q em alguns momentos tem voz parecida com a do Zak Stevens (Savatage, Circle II Circle) e a própria capa.
Tem duas semanas q peguei o álbum e ainda ñ consegui ouvir inteiro, e acho q ñ o farei, mesmo tendo posto de novo enquanto escrevo, e já estando na 5ª longa faixa anódina da vez.
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Já o Necro, por sua vez…
“The Circle Of Tyrants”, Necro, 2005, Psycho + Logical
… ñ me era completamente alheio mnemonicamente. Lembrava de ter lido nalgum lugar do Igor Caganera ter tocado com esses caras nalgum show, nalgum disco.
Pego contracapa e encarte e o vejo lá, participando da faixa “Necrotura”. Daí a surpresa aumentou e seduziu: participação de Alex Skolnick em duas faixas (“Necrotura” e a seguinte, “The Ultimate Revenge”, q tb conta com vocalista do Exhumed – Matt Harvey – inclusive co-autorando), fora participação de Vinny Appice na mesma “The Ultimate Revenge”. Caralho, quem são esses caras?
Outros sons nomeados “Carnivores”, “South Of Heaven”, “The Four Horsemen”, “The Black Wings Of Apocalypse”, além da capa inequivocadamente heavy metal, título claramente homenageando o Celtic Frost e logo creditado como sendo de Away do Voivöd, ñ me deixaram dúvida… vale 1,90 essa porra e os caras da loja ñ sabem o q vale isto aqui!
Ñ vale porra nenhuma. É um disco de RAP!
O som q poderia ser Slayer nada tem de Slayer, o de referência ao Metallica, nada tem de Metallica. Vinny Appice tocando poderia ser bateria eletrônica, o mesmo valendo pro Igor. Ah, e quanto aos solos do Skolnick? Comparecem, mas parecendo coisa de quem os fez dormindo.
(Ou sob a mira dum cano?)
Fui pesquisar: o tal Necro é algum rapper ovelha negra, freak dos freaks, q parece tratar em seus “sons” de temáticas gore, filmes de horror e apologia às drogas. Viessem as letras no encarte, ainda quiçá desse pra dar alguma chance. Ñ vêm. Ñ dá. Ñ rola. E pus pra rolar de novo escrevendo a respeito, mas como da 1ª vez, e como o anterior acima, ñ agüentarei até o final e tirarei. Tirei.
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Ambos os cd’s vão pra prateleira dos fundos, pra virar assunto a hora em q algum outro OTÁRIO descobrí-los nalguma liquidação – ou perder horas irrecuperáveis em download vão – e vier querer trocar idéia a respeito. Pode ser q nunca ocorra.
E o do Myatan, caso interessar a alguém (alô, Rodrigo!), poderei até disponibilizar nalguma futura promoção Thrash Com H. Mesmo q configurando o infalível “presente de grego”.
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CATA PIOLHO CLXXXII – “A Moment Of Clarity”: Therapy? ou Death? // “In Rememberance”: Morbid Angel ou Therion? // “More Than Meets the Eye”: Napalm Death ou Testament?
Passadas 3 horas de q vi isto aqui no whiplash…
O Exodus confirmou a sua presença no 70000 Tons of Metal, um cruzeiro dedicado exclusivamente aos fãs de heavy metal. A viagem, a bordo do navio Royal Caribbean Majesty of the Seas, inicia em Miami, no dia 24 de janeiro de 2011, e tem como destino a praia de Cozumel, no litoral mexicano.
O passeio de quatro dias contará com a apresentação ao vivo de quarentas bandas. Outros grupos que já confirmaram presença no festival: Epica, Moonspell, Obituary, Stratovarius, Saxon, Sonata Arctica e Testament. Os ingressos custam a partir de US$666 e é cobrada uma taxa adiconal de US$249, que inclui todas as refeições e bebidas não-alcoólicas liberadas durante toda a viagem.
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… a perplexidade ainda ñ baixou o suficiente pra q eu consiga comentar sarcausticamente algo a respeito. A ñ ser:
* q eu gostaria de ver algo semelhante por aqui, com bandas true tipo Salário Mínimo, Em Ruínas, Taurus e Comando Nuclear (q fim levaram estes?) fazendo o Busão Do Metal, festival ocorrendo num busão lotado em movimento (modo de dizer) às 6 da tarde pela cidade de São Paulo, cujo momento mais memorável seria a meia dúzia de 4 ou 5 guerreiros headbangers (imersos na galera lotando o busão) a hostilizar o cobrador pagodeiro
* q poderiam, no de verdade, confirmar a volta do Savatage tocando o “The Wake Of Magellan” inteiro e na ordem
* q Lady Laura de true é proa
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Sei lá. Alguém dá mais?
Publicado originalmente em 3 de Dezembro de 2004.
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SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA THRASH COM H
“Speed Metal Symphony”, Cacophony, 1987, Shrapnel Records
sons: SAVAGE / WHERE MY FORTUNE LIES * / THE NINJA / CONCERTO * / BURN THE GROUND / DESERT ISLAND * / SPEED METAL SYMPHONY
formação: Marty Friedman (guitarras e baixo), Jason Becker (guitarras), Peter Marrino (voz), Atma Anur (bateria)
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Houve tempo – e acho q sinto falta dele – em q ñ eram as bandas de metal melódi-cu q proliferavam como coelhos, mas sim uma horda pouco from hell de guitarristas punheteiros norte-americanos, praticantes da variante veloz e de patente Yngwie Malmsteen das artes guitarrísticas. O próprio bolo fofo (embora sueco), fora Joe Satriani e Steve Vai já eram nomes consagrados, mas seres como Paul Gilbert, Michael Angelo, Vinnie Moore, Joey Tafolla, Alex Masi, Tony Macalpine, David Chastain, entre tantos outros, parece q se achava na rua por baciada. Alguns munidos de trejeitos fusion. O selo Shrapnel – específico e ativo até hoje – deu abrigo a muitos deles, q outro dia descobri pertencerem até a um rótulo comum, “shred music“.
E o q dizer duma banda com 2 guitarristas dessa estirpe? O Cacophony, formado por Marty Friedman e Jason Becker, encabeçou algo diferente nesse “movimento” e, por isso, considero válido de resenhar no Thrash Com H, uma vez q discos de guitarristas ainda ñ tinham rolado por aqui. E tb pq, diferentemente dos shred music albuns, em sua maioria instrumentais e chatíssimos – licks atrás de licks, solos atrás de solos – “Speed Metal Symphony”, assim como “Go Off!”, disco seguinte do projeto, apresenta solos E composições.
Nada de hard rock genérico, ou easy listening (tipo aqueles hard de filme pornô soft) e/ou clichê pra emoldurar partes de solos épicas e extensas (tipo Malmsteen): cada 1 dos 7 sons aqui presentes tem começo, meio e fim. Claro q momentos de solaiada desvairada comparecem, como nos inícios de “Where My Fortune Lies”, “Concerto” e o final da faixa-título (q parece um monte de gato trepando jogado num balaio), mas cabendo, sem forçação de barra. E em q pese o nome falar em “speed metal“, apenas duas faixas correspondem mais ou menos a isso, sem q nos sintamos enganados, entretanto.
Aliás, dá pra dividir em 3 esse disco:
1) faixas pesadas: “Savage” (sombria, e com um início cadenciado), “Where My Fortune Lies” (a mais próxima a um speed metal: seja lá o q for ‘speed metal‘. Alguém me explica?), “Burn the Ground” e “Desert Lies”, q seriam as q valem o downolad pra quem tem bode de ‘disco de guitarrista’;
2) faixas elaboradas: “Concerto” e “Speed Metal Symphony”, instrumentais, extensas e repletas de solos, mas sempre mantendo a base pesada. Ambas respondem tb pela pouquíssima densidade de elementos – leia-se, CLICHÊS – eruditos (outro ponto favorável desse disco e do projeto), afinal os caras são norte-americanos, ñ europeus, além do início interessante bem cheio de exercícios de video-aula na 1ª;
3) a faixa pra alunos do IG&T, q nem é fraca, apenas comungando com fé na linha ‘shred music‘ propriamente: “The Ninja”, com início limpo a la John McLaughlin, sei lá, e harmonias etéreas – tipo fusion – fugindo de leve do esquema hard/heavy característico do próprio Cacophony
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“Savage” e “Burn the Ground”, por mim, estivessem nalgum disco do Annihilator, ñ fariam feio nem causariam estranheza. Culpa tb do vocalista, Peter Marrino, com timbragem rasgada, q me remete tb ao Jon Oliva do Savatage inicial (pré-teclados): o cara aparece ocasionalmente, já q o q predomina são as guitarras e arranjos, mas faz bem de ñ encher o saco. Mesmo parcos momentos em q se atreve a agudos – q soam-me como os de Neil Turbina (argh!) – dá pra desencanar e seguir ouvindo o álbum.
O outro músico participante, Atma Anur, devia ser baterista de plantão na Shrapnel, já q gravou com uma pá de guitarristas (lembro vagamente de “Perpetual Burn”, solo do Becker, tê-lo tb nas baquetas), e nem aparece tanto, embora a timbragem dos tambores seja bastante PESADA: bumbos graves e bastante reverb na caixa. Deixaram o cara solar um pouquinho em “Burn the Ground”, mas ñ o suficiente pra chamar muita atenção. Vai ver ele nem queria tb.
Outros destaques – em q pese minha relativa incapacidade de falar sobre guitarristas (mal sei distinguir quando é o Jeff Hanneman e quando é o Burger King, no Slayer, vou saber distinguir aqui quando é o Becker e quando é o Friedman fritando…) – são o solinho limpo em “Desert Island”, quebrando completamente o rumo da música, mas no bom sentido, e a estrutura e batida veloz (embora ñ thrash) de “Where My Fortune Lies”, q, repito, remete um tanto ao tal speed metal, com propriedade.
Enfim, ñ é um disco tão fácil de ouvir – ñ pelo teor de solos, mas pela estrutura dos sons, q mesmo tendo estrofes e refrão, ñ ficam tão fácil na cabeça – e pq ñ há assim algum riff ou solo q dê pra sair assobiando na rua, mas vale pela curiosidade, pra desatar preconceitos e pra entender pq raios o Dave Mustaine acabou chamando o Marty Friedman pro Megadeth. A meu ver, a banda sempre foi Mustaine botando o pau na mesa, mas a combinação dele com o samambaia, em seus melhores momentos, foi o q garantiu o auê e tanta expectativa ainda existente pra cima da MARCA Megadeth, recém-ressuscitada.
E o rumo do Cacophony seguiu pela gravação dum 2º/último disco, o “Go Off!” (já citado), um pouco mais farofa e de capa horrível (pra lá de bichística), lançado via Estúdio Eldorado por aqui (em vinil), e pelas entradas, em 1989, de Becker na banda do David Lee Roth e de Friedman no Megadeth…
Continuaram lançando discos-solo mesmo assim (e um do Friedman q tenho aqui gravado, “Dragon’s Kiss”, com Deen Castronovo na bateria, achei legalzinho), e hj em dia o nome Jason Becker ocupa as notas dos sites mais devido à sua doença degenerativa (q ñ lembro o nome, mas q o fez continuar tocando apenas com ajuda de computadores) e constantes apresentações e/ou tributos feitos em seu nome, enquanto o samambaia segue a carreira acompanhando cantoras japonesas de videokê em Tóquio, e renegando o legado do Megadeth – chegou em algum momento a chamar de ‘música do demônio’ e tal, mas deixa pra lá.
Nego toca guitarra pra cacete, tem uma pegada própria e exótica, e a gente tem q ficar dando atenção ao q ele fala tb?…
MELHORES DISCOS INICIADOS EM ‘E’:
1. “Exit… Stage Left”, Rush
2. “Edge Of Thorns”, Savatage *
3. “Empiricism”, Borknagar
4. “Elegy”, Amorphis *
5. “Everything Louder Than Everyone Else”, Motörhead
6. “Electric Cafe”, Kraftwerk
7. “Exotic Dancer Blues”, Southern Gentlemen *
8. “Entangled By Chaos”, Morbid Angel
9. “Emerson, Lake & Powell”, Emerson, Lake & Powell
10. “Extreme Conditions Demand Extreme Responses”, Brutal Truth
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* álbuns já resenhados neste blog, um quando já era ‘aqui’, 2 quando era ‘acolá’
5 listas desta vez.
E, de novo avisando a quem esmoreceu, desistiu: contando com hoje, semana q vem e a outra (q é o dia de Natal, e terá a última etapa), são ainda 11 listas pra se elucidar.
E avisando do prêmio junto do cd do Overkill (o 1º prêmio): um dvd do Machine Head ao vivo no Rock Am Ring de 2007. Estavam lançando o “The Blackening”.
Eis:
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I
10 bandas e uma relação entre elas:
1. Rush
2. Nile
3. Pink Floyd
4. Mr. Big
5. Judas Priest
6. Black Sabbath
7. Helloween
8. Rhapsody
9. Savatage
10. Testament
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II
10 bandas e uma relação entre elas:
1. Rush
2. Therion
3. Golpe De Estado
4. Led Zeppelin
5. Deep Purple
6. Megadeth
7. Van Halen
8. Jethro Tull
9. Racer X
10. Dream Theater
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III
10 bandas e uma relação entre elas:
1. Elis
2. Zero Vision
3. Cannibal Corpse
4. Primal Fear
5. Jag Panzer
6. Queensrÿche
7. Steel Prophet
8. Dream Theater
9. Godflesh
10. Heaven And Hell
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IV
10 bandas e uma relação entre elas:
1. Motörhead
2. Rush
3. Slayer
4. Winger
5. Sinner
6. Exumer
7. Dr. Sin
8. Krisiun
9. Morbid Angel
10. Destrúcho
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V
10 bandas e uma relação entre elas:
1. Exodus
2. Kiss
3. Forbidden
4. Pantera
5. Prong
6. Led Zeppelin
7. Cannibal Corpse
8. Anthrax
9. Ministry
10. Iron Maiden
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Como é uma caralhada de listas duma vez, serei bonzinho e darei DICA INICIAL:
uma lista tem a ver com repertório, uma tem a ver com disco ao vivo, uma tem a ver com função numa banda e as outras duas, a ver com line-up/formação (integrantes ou ex-integrantes).
Só falta localizar qual é qual.
Em setembro último (dia 22), no post “Cartum”, contei por aqui q havia casado no sábado 19 anterior. Mas ñ havia contado até então o q havia sido a festa.
Foi num bar de rock aqui perto, em Santo André, chamado Lolla Palooza, cuja festa contou com bandas em q EU toquei. Pq nem eu nem a Carol queríamos banda tocando axés xexelentos, nem “We Are the Champions”, nem valsa pra dançar com padrinho/madrinho, essas xumbreguices.
E foi ocasião em q pude me reunir com alguns ex-colegas de ex-bandas, mas ñ só: toquei tb com a banda titular atual – o No Class [Motörhead Cover], infelizmente bem pouquinho… – com a banda “futura”, de sons próprios na qual venho ensaiando (Birra De Menino Buxudu), e tb com colegas de ex-bandas como o Lethal (q era um Metallica Cover só dos 4 primeiros álbuns) e do N.I.Beast (q era um híbrido cover de Iron Maiden e Black Sabbath).
O vídeo abaixo foi assim:
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=mdshK_UsKY0[/youtube]
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comigo ali escondidão na bateria, Edinho Xavier (do No Class) no baixo, Maurício Sabbag (Ministério Da Discórdia) na guitarra base, Alê Cabelo (Sarkaustic) na guitarra solo, Danny Poser (com quem eu nunca havia tocado, e q postou o lance no You Tube, filmado pelo sogrão) no teclado e o amigo Thiago Cicilini (MIG 25) nos vocais.
Em banda denominada From Hell Wedding Band, q a princípio era a tentativa de reunir o N.I.Beast. Mas só com a baixista (Mônica Schwarzwald) comparecendo, tocando outros sons q ñ este “Gutter Ballet”.
E o set da FHWB foi “Gutter Ballet” (Savatage), “Wasted Years”, “Flight Of Icarus” e “Run to the Hills” (Iron Maiden), além de “N.I.B.” e “Heaven & Hell” (Black Sabbath). Com a Mônica ñ tocando apenas na savatágica e em “Run to the Hills” e o Thiago ñ cantando apenas na “Run to the Hills” e nas sabbáthicas, q ficaram a cargo do Maurício.
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Posto tudo isso pra compartilharmos com a galera (e tomara q eu consiga postar ainda outros vídeos. De outros sons e bandas, inclusive), e tb pra novamente agradecer os envolvidos desta aqui, q à exceção da Mônica (q mora em Brasília) e do Thiago (q é músico profissional, e super ocupado), continuam ensaiando ainda em banda eventual, por conta do ÓTIMO ASTRAL ocorrido nos ensaios e nessa apresentação.
E pedindo desculpas por erro – ops! – por mim cometido ao longo da mesma.
RANKING DE SÉ7IMOS ÁLBUNS ANIMAIS:
1) “Somewhere In Time”, Iron Maiden
2) “Highway to Hell”, AC/DC
3) “Edge Of Thorns”, Savatage *
4) “Pra Poder”, Golpe De Estado
5) “Vovin”, Therion
6) “British Steel”, Judas Priest
7) “Far Beyond Driven”, Pantera
8) “Panzer Division Marduk”, Marduk
9) “Another Lesson In Violence”, Exodus
10) “Jazz”, Queen
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* álbum resenhado outro dia por aqui
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“Edge Of Thorns”, Savatage, 1993, Edel/Concrete
sons: EDGE OF THORNS * / HE CARVES HIS STONE * / LIGHTS OUT / SKRAGGY’S TOMB / LABYRINTHS* / FOLLOW ME / EXIT MUSIC / DEGREES OF SANITY* / CONVERSATION PIECE * / ALL THAT I BLEED / DAMIEN * / MILES AWAY * / SLEEP / acoustic bonus track: BELIEVE
“formação”: Criss Oliva (guitars), Zachary Stevens (vocals), Johnny Lee Middleton (bass), Steve Wacholz (drums)
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E eis q após muito tempo (alguns anos), me vejo às voltas com o Savatage e este “Edge Of Thorns”. E munido da sensação de redescoberta suficiente para afirmar: trata-se do melhor álbum dos floridenses.
Q é algo q digo sem tanto conhecimento de causa: pois apesar de ter um monte de coisas deles (maioria em fita cassete) – e q surpresa constatar eu ñ ter, dos inéditos, apenas “Power Of the Night”, “Fight For the Rock”, “Dead Winter Dead” e o derradeiro “Poets And Madmen” – a verdade é q eu ponho pra ouvir só este, “Gutter Ballet” e o “Handful Of Rain” com freqüência. Mesmo o “Streets” (q tenho no hd e acho sonolento) e “The Wake Of Magellan”, ouço muito pouco.
Só q afirmo com autoridade de ouvinte e de gosto (discutível, claro. Afinal isto é um blog): “Edge Of Thorns” acho o melhor pq acho o mais EQUILIBRADO. O mais pesado tb, e melhor produzido (apesar do som da bateria meio esquisito aqui e ali). E o q é tb um tanto mais acessível, só q sem q se sinta terem querido “abrir as pernas”. E com baladas, poucas, q ñ enchem o saco: nada melancólicas – o álbum como um todo é bem “pra cima” – ou melosas. E o único q ouço de cabo a rabo sem pular faixa.
Ah, mas os caras já eram pesados (true?) antes de“Gutter Ballet”. Sim. Mas meio mal-gravados e algo sem direção. Nunca decididos, aparentemente, entre fazer hard rock ou heavy metal ou heavy rock ou sei lá o quê. Aí melhoraram no “Hall Of the Mountain King” e suavizaram um tanto no citado “Gutter Ballet” e mais ainda no “Streets”. No “Edge Of Thorns” parece q jogaram pra ganhar e acertaram.
Pois há o Savatage antigo aqui melhor gravado, há o Savatage da mudança (teclados e guitarras limpas), e há sobretudo o Zak Stevens em sua estréia na banda, cujo mérito ñ pode ser omitido, devido à voz mais agressiva e mais em tons médios q a por vezes demasiado estridente do Jon Azeitona, presente meio nas entrelinhas (ñ tem história de q se ele constasse no encarte deste e no do “Handful Of Rain” ele seria processado por ex-empresário ou coisa do tipo?) do encarte, porém onipresente nas composições e teclados, pouco afetados e sempre adequados. Neste aqui, ainda mais.
O irônico é haver sido o último álbum com o irmão Criss Oliva, o maior destaque: riffs densos e agudos (“He Carves His Stone” é vertiginosa e opressiva, no bom sentido!), palhetadas intrépidas, overdubs inspirados, solos alternando shreddices e melodismos (o da faixa-título, memorável em suas 3 partes, me remete – conceitualmente – ao Eddie Van Halen e seus solos ‘contando história’) e até passagens leves (guitarra limpa e de violão) muitíssimo bem dosadas. Pra quem é mais esotérico, pensa-se ter sido este o DISCO DA VIDA dele de fato, pq acabaria morrendo mesmo: a quem ñ o é – e a tanto órfão q ficou – sobra especular infinitamente acerca do patamar comercial e artístico q a banda teria atingido nos álbuns seguintes. Supondo, claro, q ele continuasse no Savatage e q a banda aprimorasse ainda mais a condição sonora alçada aqui, q envolveu guitarras em 1º plano sobretudo.
E fazendo-se a omissão imaginária do fator “péssima administração e management” de q sempre padeceram. Ñ a toa, o tal Trans-Siberian Orchestra – praticamente a mesma banda, com outro nome e viés escancaradamente mais comercial – o Circle II Circle e o projeto solo Jon Oliva’s Pain terem tomado o lugar do q era uma banda só… E q sempre beirou o “lugar ao Sol”, a despeito deste “Edge Of Thorns”.
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Passo aos sons:
“Edge Of Thorns” aprimora “Gutter Ballet”, o som, na mescla muitíssimo bem dosada entre peso e melodia: teclado marcante (o riff principal) e guitarra (o peso essencial). “He Carves His Stone”, o melhor som do álbum – e, pra mim, do Savatage – tem o vocal mais agressivo de Zak, além do único momento falsete, q o mérito é ñ constranger tanto quem ouve, além duma levada baterística, q como a da “Lights Out” seguinte, e em outras várias, equilibra bem as coisas, sendo mais puxada ao hard rock básico, q outros bateristas q ñ o bom Wacholz possivelmente firulariam mais (com pedal duplo e viradas mil) e tvz as poluíssem indevidamente.
“Lights Out” poderia ter tocado no rádio, sei lá: acho o refrão bem propício a q isso se desse; “Skraggy’s Tomb” tem algo no início – meio uma ambiência de guitarra limpa e teclado – q me faria indicá-la, e ao álbum, a fãs de Rhapsody ou bandas épicas do tipo: um som épico sóbrio, se é q isso existe. “Follow Me” (com uma base de solo guitarrístico meio “Stairway to Heaven”. Ñ?) – do outro grande momento vocal de Zak, em partes berradas quase (eu disse “quase”) Mike Patton – e “Miles Away” me passam tb essa ambiência, q ñ consigo explicar muito. Lembrava de apreciar “Skraggy’s…” e “Degrees Of Sanity” pelo q me pareciam ter de chupim de “Jacob’s Ladder” do Rush, mas é impressão q se desfez em mim. Sem q eu deixasse de curti-las.
“Miles Away” tem algo q me lembra o Rush setentista, mas q tb é um tanto Led Zeppelin (afinal, o trio bebeu muito dessa fonte em seu início), aliando refrão acessibilíssimo e intermitências hard (o pré-refrão, com base + viradas de caixa, é marcante, fora interessante, diverso) no outro som daqui q o potencial comercial ñ se deu. Um Megadeth, Queensrÿche ou Whitesnake (forçando a barra, claro, na viagem improvável) q a registrasse teria perpetrado hit infalível.
Duas são as instrumentais: “Labyrinths”, q se pode afirmar ser continuação aprimorada de “Gutter Ballet” (mais teclado q ñ enjoa, aliado a guitarra bem colocada) e é bem música “de passagem”, curtinha, além de “Exit Music”, maior e mais complexa e tb nada enjoativa. E parecendo material do “Streets”, q colocada em meio aos demais sons daqui ficou mais valorizada.
“All That I Bleed” é o som q mais remete a “Gutter Ballet”, sendo a outra (fora as instrumentais) com maior ênfase do piano. E a única balada de fato, sem deméritos, daquelas pungentes de se vibrar em show. “Degrees Of Sanity” tem veia levemente progressiva – indico-a a fãs de Dream Theater – na guitarra, com passagem algo dissonante q ñ me ocorre encontrar o q se parece. (“Entre Nous”, tb do Rush, me ocorre, mas sei lá). O solo é duma fritação bem colocada: nada exagerada nem demorada, como no todo do álbum. “Sleep”, ao final, é a versão balada com guitarra limpa – ou violão? – predominando, sem bateria. Delicada e bem feitinha: nada de acordes soltos de violão pra encher lingüiça, em som pra ouvir com a namorada tomando vinho. Assim como “Believe”, bônus especial pros fãs mais devotos, e tb acústica, q ñ chega a destoar no material (mesmo sendo do “Streets”), e q tvz sirva pra hora de lavar os copos (de requeijão) juntinho ahah
Porém, outros destaques q faço – além da faixa-título e de “He Carves His Stone” – são as mais pesadas tais quais “Conversation Piece” e “Damien”, destoantes dos sons mais “acessíveis” citados há 3 e 4 parágrafos pq dotadas de cavalgadas guitarrísticas (mais no sentido “Heaven And Hell” do q do Iron Maiden do termo); a 1ª com refrão pouco óbvio (nada daquilo de se repetir o título só) e pra cantar junto, de riff principal repleto de breques baterísticos conjuntos, algo incomum na banda. A 2ª, auxiliada por teclados mais evidentes, tem riff com mais bend (mais marcante), remetendo a “Jesus Saves” (“Streets”), mas com mais pegada e apelo. E jeitão de música de filme.
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Querem saber? “Edge Of Thorns” ñ é disco de thrash (nem nunca seria. O Savatage nunca foi disso), nem disco comercial (embora pudesse ter sido melhor divulgado pela gravadora. A Atlantic os lançava, mas nunca os promoveu direito. Tal como o Testament), tampouco disco a ser lançado em “melhor mixagem” pra se jogar no Guitar Hero.
E embora nem seja tb o mais obscuro da banda – modus operandi costumeiro em resenhas no Thrash Com H, desta feita escanteado – em minha opinião, é ‘O’ álbum do Savatage a se ter, em caso de se querer um mais abrangente e ñ se apreciar coletâneas e/ou precisar adquirir outro. Para quem, obviamente, ainda tem gosto por ouvir álbuns enquanto seqüência de canções duma mesma formação e época, hábito dos mais obsoletos, quiçá reacionário, mas ainda bastante gratificante, como com ele.
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CATA PIOLHO CLXXVI – eu já devia ter me acostumado, mas ainda rola: quando, no “The Devil You Know”, do Heaven & Hell, começa “Follow the Tears”, fico na dúvida ali nos 15 segundos iniciais, se ñ pus pra tocar por engano o “Sacrifice”, do Motörhead, na “Over Your Shoulder”…
MELHORES SONS INOXIDÁVEIS:
1) “Slaying Steel”, Krisiun (“Southern Storm”)
2) “Steel Tormentor”, Helloween (“The Time Of the Oath”)
3) “Steel Inferno”, Marduk (“Plague Angel”)
4) “Raging Steel”, Deathrow (“Raging Steel”) *
5) “Black Wind Fire & Steel”, Manoteta (“Fighting the World”)
6) “Cold-Steel Kiss”, Soilent Green (“Sewn Mouth Secrets”) *
7) “Sun And Steel”, Iron Maiden (“Piece Of Mind”)
8) “Cold Steel”, Nuclear Assault (“Game Over”)
9) “Steel Monkey”, Jethro Tull (“Crest Of A Knave”)
10) “Silk And Steel”, Savatage (“Gutter Ballet”)
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* álbuns q resistiram à oxidação quando resenhados por aqui