Cacophony
DU
MELHORES BANDAS A LEGAREM APENAS 2 (DOIS) ÁLBUNS:
- Joy Division
- Voodoocult
- Nailbomb
- Heaven And Hell
- Smack
- Travelling Wilburys
- Os Mulheres Negras
- Cacophony
- Volkana
- Zero Vision
bônus infanto-juvenil: Sigue Sigue Sputnik
bônus ‘i wanna be sedated’: Black Grape e Totonho & Os Cabra
ZAGALLO FEELINGS
Sinceramente? Essa do Ki-cu Loureiro no Megadeth ñ me comove. Nem me irrita, tampouco me deixou de pau duro. Ah, o Angra? Mais um Jag Panzer ou um Cacophony de onde Dave Mustaine roubou mais um guitarrista.
(e no Nevermore, o Broderick era só guitarrista ao vivo)
De verdade? Apenas começando a ficar irritado com a patriotada em torno. “Marco no heavy metal brasileiro”? Tanto quanto são-paulino comemorando empate do Corinthians domingo. Celebração por algo realmente inexistente, uma vez Loureiro, ñ de hoje, pagar IPTU na França. Nem ele deve ser tão Zagallo desse jeito.
O pachequismo impede de ver q a contratação bombástica é a de Chris Adler. Q se ñ for posto pra imitar bateria eletrônica ditada pelo chefe, vai é obrigar Mustaine a ter q reaprender a palhetar, hum?
Duro será agüentar os metaleiros-Roadie Crew divididos shakespearanamente entre os falsos dilemas virtuais “será q o Angra continua?” e “tomara q o Megadeth toque ‘Carry On’ ao vivo”. Ñ vi ainda, mas aparecerão esses seres.
A quem acreditar de Mustaine ter posto um brasuca na banda pra (re)conquistar mercado por aqui, parece-me coisa de gente ingênua.
Na real, bom pro cara. Mesmo. Quer dar certo com heavy metal, q dê certo fora daqui. Distante de sombras de André Matos. E se anda catando a filha do agora chefe, como amigo capixaba andou comentando, vai de bônus. Pq duvido q a mulher do chefe permitirá a filhota casar com um latino.
Se zoar com os solos do Friedman, no mais, Mustaine manda embora e chama o Pepeu Gomes.
SAMAMBAIA FRIEDMAN FALA E EU ESCUTO
Ñ temos planta aqui em casa, mas dizem q falar com elas ajuda a se desenvolverem e ñ perderem o viço.
Mas só falar tb ñ ajuda. Tem q regar, essas coisas…
Agora, e quando uma planta fala com a gente? Declaração chupinhada do whiplash (q chupinhou de alguém), de Marty Friedman, q achei bem interessante. E polêmica, mas no bom sentido, ñ no do antigo patrão, repleto de rancores pré-fabricados e frases de efeito.
Enfim.
Marty Friedman: “Guitarristas, não percam seu tempo com música instrumental”
Ivan Chopik do GuitarMessenger.com conduziu uma entrevista com o ex-guitarrista do Megadeth Marty Friedman na NAMM (National Association Of Music Merchants) deste ano , que ocorreu de 23 a 26 janeiro no Centro de Convenções Anaheim, em Anaheim, Califórnia. Agora você pode assistir o bate-papo abaixo.
Questionado sobre o conselho que ele poderia oferecer para guitarristas que entram em cena hoje, tentando deixar a sua marca e encontrar o sucesso na indústria, Marty disse: “Eu estou supondo que eles já estão tocando em bandas e coisas assim.
“Primeiro de tudo, a música instrumental – não vá por esse caminho. Música instrumental é um gênero difícil. É a coisa mais divertida de tocar, porque você não tem que lidar com quaisquer cantores. Mas, na realidade, há uma quantidade muito limitada de pessoas que podem suportar. Para ser honesto com você, eu não sou um grande fã de música instrumental, eu mesmo.”
“Soa hipócrita para alguém que lançou tantos álbuns instrumentais, mas eu acho que é o padrão para o qual eu faço a minha música instrumental. É como alguém que não pode suportar música instrumental; Ela tem que estar neste nível. É muito além de mostrar seus “chops” e mostrar o que você pode fazer. E a pior coisa é a versatilidade, porque eu não quero ouvir uma música country, uma canção de blues, uma canção de metal, um rap todos no mesmo álbum. Um monte de caras do instrumental tendem a fazer isso, porque é como um currículo, o que é bom para um currículo, mas não para um disco para ouvir.”
“Para desenvolver a sua própria identidade como guitarrista, é divertido fazer coisas instrumentais, mas entre em uma banda”.
“Gosto muito mais de tocar em uma banda”.
“Há quatro músicas do meu novo álbum ‘Inferno’ com vocais, então tem um clima de banda em alguns delas. É quase como Cacophony [que] tinha algumas músicas vocais e algumas músicas instrumentais. Algo como isso, mas há mais instrumentais no ‘Inferno’.”
“Banda é o que há… Quanto mais você tocar com a sua banda, mais identidade terá como guitarrista”.
“A música instrumental é uma espécie de beco sem saída”.
“Eu odeio ser negativo, mas esta é a realidade.
“Há apenas tantas pessoas que querem ouvir tanto a guitarra e muitos deles são guitarristas.”
“Outra coisa – guitarristas nem mesmo gostam de ouvir guitarristas”.
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Nada como um ex-Megadeth polemizando após o outro, afinal…
BEAUTY THROUGH ORDER
10 MELHORES ÁLBUNS Q CITAM ESTILOS MUSICAIS NO TÍTULO:
- “Rock’n’Roll”, Motörhead
- “Jazz From Hell”, Frank Zappa
- “Jazz”, Queen
- “Metal”, Annihilator
- “Rock de Subúrbio – Live!”, Garotos Podres
- “Blues On the Outside”, Nuno Mindelis
- “Speed Metal Symphony”, Cacophony +
- “Chill-Out Or Die (the Ambient Album)”, Würzel +
- “Death Metal”, Dismember *
- “Heavy Metal Maniac”, Exciter
hors-concours, off-metal: “A Um Passo da MPB”, Falcão
* álbum já resenhado neste blog, em tempos de antanho
+ álbuns de resenhas já reprisadas neste blog, em tempos recentes. Fev/10 e Jul/11, respectivamente
THRASH COM H CLASSICS
Publicado originalmente em 3 de Dezembro de 2004.
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SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA THRASH COM H
“Speed Metal Symphony”, Cacophony, 1987, Shrapnel Records
sons: SAVAGE / WHERE MY FORTUNE LIES * / THE NINJA / CONCERTO * / BURN THE GROUND / DESERT ISLAND * / SPEED METAL SYMPHONY
formação: Marty Friedman (guitarras e baixo), Jason Becker (guitarras), Peter Marrino (voz), Atma Anur (bateria)
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Houve tempo – e acho q sinto falta dele – em q ñ eram as bandas de metal melódi-cu q proliferavam como coelhos, mas sim uma horda pouco from hell de guitarristas punheteiros norte-americanos, praticantes da variante veloz e de patente Yngwie Malmsteen das artes guitarrísticas. O próprio bolo fofo (embora sueco), fora Joe Satriani e Steve Vai já eram nomes consagrados, mas seres como Paul Gilbert, Michael Angelo, Vinnie Moore, Joey Tafolla, Alex Masi, Tony Macalpine, David Chastain, entre tantos outros, parece q se achava na rua por baciada. Alguns munidos de trejeitos fusion. O selo Shrapnel – específico e ativo até hoje – deu abrigo a muitos deles, q outro dia descobri pertencerem até a um rótulo comum, “shred music“.
E o q dizer duma banda com 2 guitarristas dessa estirpe? O Cacophony, formado por Marty Friedman e Jason Becker, encabeçou algo diferente nesse “movimento” e, por isso, considero válido de resenhar no Thrash Com H, uma vez q discos de guitarristas ainda ñ tinham rolado por aqui. E tb pq, diferentemente dos shred music albuns, em sua maioria instrumentais e chatíssimos – licks atrás de licks, solos atrás de solos – “Speed Metal Symphony”, assim como “Go Off!”, disco seguinte do projeto, apresenta solos E composições.
Nada de hard rock genérico, ou easy listening (tipo aqueles hard de filme pornô soft) e/ou clichê pra emoldurar partes de solos épicas e extensas (tipo Malmsteen): cada 1 dos 7 sons aqui presentes tem começo, meio e fim. Claro q momentos de solaiada desvairada comparecem, como nos inícios de “Where My Fortune Lies”, “Concerto” e o final da faixa-título (q parece um monte de gato trepando jogado num balaio), mas cabendo, sem forçação de barra. E em q pese o nome falar em “speed metal“, apenas duas faixas correspondem mais ou menos a isso, sem q nos sintamos enganados, entretanto.
Aliás, dá pra dividir em 3 esse disco:
1) faixas pesadas: “Savage” (sombria, e com um início cadenciado), “Where My Fortune Lies” (a mais próxima a um speed metal: seja lá o q for ‘speed metal‘. Alguém me explica?), “Burn the Ground” e “Desert Lies”, q seriam as q valem o downolad pra quem tem bode de ‘disco de guitarrista’;
2) faixas elaboradas: “Concerto” e “Speed Metal Symphony”, instrumentais, extensas e repletas de solos, mas sempre mantendo a base pesada. Ambas respondem tb pela pouquíssima densidade de elementos – leia-se, CLICHÊS – eruditos (outro ponto favorável desse disco e do projeto), afinal os caras são norte-americanos, ñ europeus, além do início interessante bem cheio de exercícios de video-aula na 1ª;
3) a faixa pra alunos do IG&T, q nem é fraca, apenas comungando com fé na linha ‘shred music‘ propriamente: “The Ninja”, com início limpo a la John McLaughlin, sei lá, e harmonias etéreas – tipo fusion – fugindo de leve do esquema hard/heavy característico do próprio Cacophony
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“Savage” e “Burn the Ground”, por mim, estivessem nalgum disco do Annihilator, ñ fariam feio nem causariam estranheza. Culpa tb do vocalista, Peter Marrino, com timbragem rasgada, q me remete tb ao Jon Oliva do Savatage inicial (pré-teclados): o cara aparece ocasionalmente, já q o q predomina são as guitarras e arranjos, mas faz bem de ñ encher o saco. Mesmo parcos momentos em q se atreve a agudos – q soam-me como os de Neil Turbina (argh!) – dá pra desencanar e seguir ouvindo o álbum.
O outro músico participante, Atma Anur, devia ser baterista de plantão na Shrapnel, já q gravou com uma pá de guitarristas (lembro vagamente de “Perpetual Burn”, solo do Becker, tê-lo tb nas baquetas), e nem aparece tanto, embora a timbragem dos tambores seja bastante PESADA: bumbos graves e bastante reverb na caixa. Deixaram o cara solar um pouquinho em “Burn the Ground”, mas ñ o suficiente pra chamar muita atenção. Vai ver ele nem queria tb.
Outros destaques – em q pese minha relativa incapacidade de falar sobre guitarristas (mal sei distinguir quando é o Jeff Hanneman e quando é o Burger King, no Slayer, vou saber distinguir aqui quando é o Becker e quando é o Friedman fritando…) – são o solinho limpo em “Desert Island”, quebrando completamente o rumo da música, mas no bom sentido, e a estrutura e batida veloz (embora ñ thrash) de “Where My Fortune Lies”, q, repito, remete um tanto ao tal speed metal, com propriedade.
Enfim, ñ é um disco tão fácil de ouvir – ñ pelo teor de solos, mas pela estrutura dos sons, q mesmo tendo estrofes e refrão, ñ ficam tão fácil na cabeça – e pq ñ há assim algum riff ou solo q dê pra sair assobiando na rua, mas vale pela curiosidade, pra desatar preconceitos e pra entender pq raios o Dave Mustaine acabou chamando o Marty Friedman pro Megadeth. A meu ver, a banda sempre foi Mustaine botando o pau na mesa, mas a combinação dele com o samambaia, em seus melhores momentos, foi o q garantiu o auê e tanta expectativa ainda existente pra cima da MARCA Megadeth, recém-ressuscitada.
E o rumo do Cacophony seguiu pela gravação dum 2º/último disco, o “Go Off!” (já citado), um pouco mais farofa e de capa horrível (pra lá de bichística), lançado via Estúdio Eldorado por aqui (em vinil), e pelas entradas, em 1989, de Becker na banda do David Lee Roth e de Friedman no Megadeth…
Continuaram lançando discos-solo mesmo assim (e um do Friedman q tenho aqui gravado, “Dragon’s Kiss”, com Deen Castronovo na bateria, achei legalzinho), e hj em dia o nome Jason Becker ocupa as notas dos sites mais devido à sua doença degenerativa (q ñ lembro o nome, mas q o fez continuar tocando apenas com ajuda de computadores) e constantes apresentações e/ou tributos feitos em seu nome, enquanto o samambaia segue a carreira acompanhando cantoras japonesas de videokê em Tóquio, e renegando o legado do Megadeth – chegou em algum momento a chamar de ‘música do demônio’ e tal, mas deixa pra lá.
Nego toca guitarra pra cacete, tem uma pegada própria e exótica, e a gente tem q ficar dando atenção ao q ele fala tb?…
GENEALOGIA
Se alguém por aqui viu o filme/dvd “Metal” (do banger antropólogo canadense lá), lembra q o sujeito inventou diagramas pra orientar a diversidade do Heavy Metal em suas subdivisões…
Por outro lado, é coisa q andei pensando recentemente fazer, pra tentar passar a um sujeito com quem trabalho (leigo em heavy metal, e crente na “função social” dum metal de protesto). Uma vontade de fazer diagramas pra ver se consigo dar breve noção do quão diverso é o estilo. Em vão, fora alguma preguiça.
Daí minha felicidade em, por acaso, encontrar tal diagrama buscando imagens “Heavy Metal” no buscador UOL. [E o azar de, em há pouco buscando novamente – pra encontrar referência exata pra postar – ñ mais achá-la; nem caçando por 25 páginas]. Mesmo estando incompleto, ou com algumas omissões (q posto abaixo), segue pra discussões/correções por aqui.
Ei-lo:
Comentários meus por ora:
* achei do caralho o sujeito/sujeita ter colocado Voivod em metal progressivo
* Therion em “gothic metal“? Discordo. Poria nalgum “symphonic metal“, junto do Crapsody
* Savatage em metal progressivo tb achei forçado. Tvz power metal na obra pré “Gutter Ballet” e metal broadway na posterior…
* Helmet ñ é metal? E o Annihilator?
* metal pó pó pó nem aparece… Atestando o diagrama ser coisa meio de estadunidense mesmo. Mas onde mais se colocaria Nightwish, Afta no Forévis, Epica, Within Temptation, Elis e similares?
* assim como The Gathering, Mortiis e Anathema, omitidos em possível rincão metal atmosférico
* os shredders tb nem aparecem. Malmsteen em power metal até concordo. Mas e Marty Friedman, Jason Becker + a versão banda Cacophony, e Joe Satriani, Vinnie Moore, Steve Vai? Mesmo a maioria sendo enquadrada mais em hard rock q em metal…
* outra prova do diagrama ser coisa de estadunidense foi omissão do Scorn em metal industrial. E do metal melódi-cu
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E q mais?