DOI2 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
E eis q o Leo me manda este ontem:
Porra, música nova do Cannibal Corpse? Sim. E precedendo lançamento pra 22 de setembro de “Chaos Horrific“.
Mal saiu “Violence Unimaginated“… Já há 2 anos. E o disco/projeto solo Corpsegrinder, do ano passado. Com o pescoçudo em pessoa bandística e Erik Rutan parceiro, guitarrista e produtor, chutando baldes.
O mesmo Erik Rutan, ex-Morbid Angel e ex-Hate Eternal, produtor do CC em “Kill” (2006), “Evisceration Plague” (2009), “Torture” (2012) e “Red Before Black” (2017), antes da efetivação como guitarrista E produtor em “Violence Unimaginated” e nesse novo.
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Gente q trabalha. Enquanto no “metal nacional” tem banda há 10 anos gravando disco. “Ah, mas nos EUA é mais fácil e eles têm mais dinheiro”. Aham. Desculpa de aleijado é muleta. Cannibal Corpse em 10 anos vai pro 4⁰ disco, fora um ao vivo digital.
Quanto ao som: curti. Atípico. Cadenciado, o q parece acenar como tendência. Mas não todo o tempo. Ênfase nas guitarras, vocal soberbo e o padrão de qualidade fronteiriço à zona de conforto. Tem banda pior, e é um som só ainda. Periga ter melhores.
O clipe achei fraco.
Carioca Club, 14.05.22
E eu nem lembrava mais como era ver um show.
Muito menos como escrever sobre um. O último tinha sido em 13 de março de 2020 (aquele festival com D.R.I. fechando, no próprio Carioca), véspera de quarentena decretada por aqui. Por isso começo por aresta periférica, embora essencial:
Turnê latino-americana ainda ñ encerrada. 20 shows em 26 dias. O de sábado, o 8º em 10. A ñ ser q haja um backing track perfeito, como é q o pescoçudo George Corpsegrinder Fisher agüenta?
Assim: é o destaque do show. Tecnicamente falando, presencialmente tanto quanto. Até pq os outros todos ñ se mexem ou interagem com o público (Rob Barrett, meio hippie velho, às vezes acenava em fim de música. Mas podia ser pra distencionar a munheca). De minha parte, minha atenção ficou focada em Fisher o tempo todo.
“O Freddie Mercury do death metal”, segundo Björk? Sim. O melhor gutural do metal, e já tem tempo.
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Tem presença e carisma tb. Entraram no palco, ñ falou um “a”: simplesmente apontou pro peito – usava camiseta do Krisiun – e a galera ovacionou. Só foi dar um primeiro alô já era passado o 4º ou 5º som. E tudo bem.
Erik Rutan tb “vestia” Krisiun e a camisa do Cannibal Corpse como se estivesse na banda desde sempre. Pat O’Brien ficou pra trás mesmo.
Platéia chamou atenção pelo monte de mulher. Linda. Presente. Muitas acompanhadas, mas distantes do “namorada de headbanger só acompanhando”. Berrando junto, fazendo air guitar e reconhecendo os sons, o q meu Google insistia em ñ conseguir identificar ahahahah
Quando foi q as mulheres começaram a curtir death metal? Acho q estava ouvindo Meshuggah e ñ percebi.
Fisher percebeu isso (do mulherio) e fez uma graça. E dedicou a elas “Fucked With A Knife”. Politicamente incorreto? Tvz. Mas ninguém ali na platéia era serial killer (acho), então deixa quieto.
Estava tão “destreinado” em show q ñ reparei a hora q começou (foi pouco após as 20h) e em q terminou (provavelmente às 21h30. Pq 15 minutos depois já estava no metrô, mandando aúdios e fotos pra amigos no celular ahah). Considerando q foi uma hora e meia total, posso atestar:
a banda é uma máquina de moer carne. Precisão técnica, sem saída pra bis, tocando direto o q pareceram 18 sons. Às vezes ficado no escuro entre som e outro, sem ninguém vindo ao microfone pra nos “entreter”. Algo q pode chatear um ou outro.
Mas, considerando q o pescoçudo ñ tem backing vocal em nenhum momento, é o q parece a rotina deles em palco.
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Reconheci alguns sons, por serem anunciados – “The Wretched Spawn” e “Unleashing the Bloodthirsty” – outros por captar o refrão – “Evisceration Plague” e “I Cum Blood” (senti falta do “backing Google female voice” em português ahahah) – outros ainda por ñ me recordar q existia, e me surpreender: “Devored By Vermin”. Foi absurda, e parecia mais alta. Pq a galera cantou junto.
Melhor música do show. E já era a 15ª.
Rolaram uns papinhos ainda, Fisher perguntando se queríamos ir pra cama dormir, elogios ao Krisiun, agradecimentos do tipo “I love you, without you ñ haveria Cannibal Corpse etc. – e nada de pagar de meiguinho hipócrita-Hetfield. Até pq ñ se registrou nascimento ou aborto durante o show.
Até onde soube.
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Rodas aconteceram do meio pro final. Com mulherada entrando junto.
E, acabando a última nota da última música (adivinhem?), entrou um áudio dum som country (Google captou: Charley Crokkett) falando de balada de sábado à noite ahahah
Galera ñ ia embora, meio esperando (em vão) um bis, meio sabendo q ñ viria, mas impactada com tudo e demorando a assimilar a pancadaria. E eis q Fisher volta ao palco pra dar risada, dublar os country, jogar palhetas e set-lists pro pessoal, e ainda toalhas molhadas (se secava à Elvis Presley e as jogava prum povo q as disputou).
(gore, né?)
Fui lá pra frente tb, pra ver se fotografava um set-list, achava alguma palheta, baqueta, perna necrosada ou dedo desmembrado, mas só achei um anel. Sério.
Um puta show. Suficiente pra q um terço dos meus encostos tenham dissipado naquela atmosfera suada e atordoada, mas nunca ominosa. Voltei moído pra casa, com camiseta comprada na porta e pensando q se tocassem domingo, eu voltaria.
PS – sobre banda de abertura, apenas digo: inveja do pessoal em BH q teve o Test abrindo.
Set-list: 1. The Time to Kill Is Now 2. Scourge Of Iron 3. Inhumane Harvest 4. Code Of the Slashers 5. Fucked With A Knife 6. The Wretched Spawn 7. Gutted 8. Kill Or Become 9. I Cum Blood 10. Evisceration Plague 11. Death Walking Terror 12. Necrogenic Resurrection 13. Condemnation Contagion 14. Unleashing the Bloodthisty 15. Devoured By Vermin 16. A Skull Full Of Maggots 17. Stripped, Raped And Strangled 18. Hammer Smashed Face
“bis“: 1. Saturday Night 2. Welcome to the Hard Times 3. Run Horse Run
Texto e IBAGENS.
Pat O’Brien (Cannibal Corpse), puta guitarrista e compositor (pra mim, o “Jeff Hanneman” deles), mas tb um estadunidense xarope, armamentista e bélico, estava preso já há um tempo. A banda desejou o melhor e a fila andou. Disco novo, Erik Rutan etc.
Esta semana saiu a sentença.
Dúvida q me ocorre: quantos Pat O’Brien ñ existirão em bandas nos EUA?
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David Ellefson acusado de pedofilia e assédio
Baita rolo: Junior andou mandando nudes pra alguma garota, q parece q ñ era menor de idade e veio defendê-lo. Alegação de registros divulgados e tirados de contexto.
Ñ entendi quem o acusou, já q a suposta vítima está do lado dele. Mais interessante, achei o posicionamento – sensato e imediato – do Megadeth a respeito, no Instagram oficial da banda.
Semaninha densa e tensa esta.
por Leo Musumeci
Foi uma conversa iniciada no WhatsApp, mandando um link pro Marcão, dizendo: “nem é abril e eu já escolhi o melhor disco do ano!”, e q antes mesmo q ele visse a mensagem, uma nova, com outro link, eu (me) retruquei: “5 minutos depois da mensagem sobre o melhor disco, já começo a repensar. Rs”.
Para aplacar a curiosidade sobre os petardos que prenunciam excelentes álbuns, eis o conteúdo da conversa:
O primeiro link, de “Murderous Rampage”, do Cannibal Corpse, dando seqüência ao já excelente outro petardo “Inhumane Harvest” (a serem lançados oficialmente no “Violence Unimagined”, em 16 de abril):
Banda de 33 anos que entrega SEMPRE, pós-saída de Pat O’Brien, preso por incendiar sua própria casa, cheia de armas e munições, e conseqüente entrada de Erik Rutan (Morbid Angel, Ripping Corpse, Hate Eternal) soando ainda mais insana, técnica e agressiva, com os vocais de George Corpsegrinder no auge.
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O segundo link, “Amazonia”, do Gojira, terceiro single – após “Another World” e “Born For One Thing” – do novo álbum, “Fortitude” (que sai dia 30 de abril):
O vídeo chama atenção mesmo pra quem não conhece ou gosta muito do trabalho dos franceses, se não pelo som, ao menos pelo conceito do clipe, espetacular, e pelas excelentes tomadas da floresta, do desmatamento, de tribos amazônicas, que buscam dar corpo pra crítica da letra.
E se vocês, como eu, também lembraram do Sepultura do “Roots”, justamente no ano em que o disco e o próprio Gojira celebram um quarto de século, vos digo: estamos atrasados, porque já circulam memes por aí
Será?
Fato é que, embora a referência ao Sepultura exista, é bem depurada. Provavelmente se tivessem feito a imersão que Max e companhia fizeram com os Xavantes na composição de “Itsári”, não teriam substituído a levada de berimbau pela do didgeridoo, que é um instrumento australiano. Por outro lado, ponderemos que o Gojira hoje tem um alcance muito maior que o Sepultura.
Pelos números do YouTube, “Amazonia”, com 1 dia, tem 685 mil visualizações e 79 mil curtidas, enquanto “Guardians Of the Earth”, do bem conceituado “Quadra”, sobre o mesmo tema e com a mesma estética, tem 925 mil visualizações e 64 mil curtidas.
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Sem nos furtarmos aos dados e às comparações, deixo ainda uma pergunta: há algo que explique tantas bandas “antigas” lançarem alguns de seus melhores álbuns nestes últimos anos? E aí não falo apenas de “trintões” como Cannibal Corpse e Gojira, mas também de “quarentões”, como Napalm Death e o próprio Sepultura.
Zeitgeist? Pandemia? Virada de década? Um novo movimento musical? Alinhamento dos astros?
Destes desta vez
Alguém ainda lembra do joguinho? Regra única: poder empatar 2 sons em, no máximo, 3 álbuns. Sem exceção, nem dó, nem piedade.
Minha lista:
“Altars Of Madness” – “Lord Of All Fevers & Plague” e “Damnation”
“Blessed Are the Sick” – “Fall From Grace”
“Abominations Of Desolation” – “Hell Spawn” [jogo duro uma melhor neste…]
“Covenant” – “God Of Emptiness” e “Rapture”
“Domination” – “Eyes to See, Ears to Hear”
“Entangled In Chaos” – “Dominate”
“Formulas Fatal to the Flesh” – “Heaving Earth”
“Gateways to Annihilation” – “To the Victor the Spoils” e “Summoning Redemption”
“Heretic” – “Within Thy Enemy”
melhor formação – ñ sei desempatar: Jorge Emanuel Neto, David Vincent, Erik Rutan e Pete Sandoval (por conta dos melhores sons e álbuns) ou Emanuel Neto, Steve Tucker, Erik Rutan e Pete Sandoval (por causa da melhor técnica demonstrada)?
pior formação – Mike Browning e Emanuel Neto (disparado!)
melhor capa – “Gateways to Annihilation”
pior capa – “Formulas Fatal to the Flesh”