VERSÍCULOS DO LIVRO SAGRADO
Novamente
Ainda uma leitura vagarosa. Já estou chegando na parte do Ian Gillan e do “Born Again” – Iommi descreve álbum após álbum – mas deixa eu citar uns tecos pretéritos:
IV.
(pp. 94-95)
“Nós tocamos ‘Sweet Leaf’ chapados, porque naquela época nos chapávamos muito. Enquanto eu gravava um trechinho de violão duma das outras faixas, Ozzy me trouxe um baseado gigante. E me disse: ‘Dê uma tragada neste.’
Eu disse: ‘não, não’.
Mas eu o fiz, e ele me engasgou todo. Tussi minha cabeça fora, eles me gravaram nisso e usamos na introdução de ‘Sweet Leaf’. Que apropriado: tussindo um monte num som sobre maconha… e o melhor desempenho vocal de toda a minha carreira!”
V.
(p. 110 – gravações do “Vol. 4”)
“Se ‘Changes’ era incomum, ‘FX’ certamente era um pé fora da casinha. Ficávamos na maior parte do tempo pelados quando a gravamos. Quando se está num estúdio por horas ou terminava fumando uns, você acaba ficando meio pirado. A gente começou a tocar e dançávamos por ali sem camisa, apenas sendo uns idiotas. Eu esbarrei minha cruz na guitarra, ela fez ‘boing!’ e todos fizemos: ‘Ooh!’
‘Boing!’
‘Aah!’
Todos então dançaram passando pela guitarra, trombando nela. Começamos a brincar disso. Não pensávamos em usar aquilo como uma faixa, mas gravaram isso com um delay e pensamos, oh, yeah, hmmm, e a pusemos no disco. Eu sempre pus muito esforço em cada som, pondo todas as mudanças nelas e tudo o mais, e aqui tínhamos uma faixa que veio meio acidentalmente por conta dum bando de chapados esbarrando na guitarra, que terminou no álbum. Uma piada total! Se tivéssemos feito vídeos disso, seria algo bem surpreendente”.
VI.
(p. 128)
“Eu acho que por muitos anos Ozzy tinha medo de mim, e se eu dissesse: ‘Precisamos disso e temos que fazer aquilo’, ele ouvia. Me tornei o durão novamente, o que eu não queria ser. Mas alguém tinha que fazê-lo. O propósito todo era funcionar, pôr a banda na estrada e trabalhar, com um mínimo de contratempos possível. Se alguém dissesse: ‘Não vou tocar hoje à noite, estou cansado’, alguém teria que dizer: ‘foda-se, você tem que tocar!’
Estar numa banda não é divertido o tempo todo, é bem difícil. Eu penso que você tem que negociar com tudo o que a vida dispõe pra você, não importa quão ruim isso pode ser. Eu tendo a lutar contra um monte de coisas, então é difícil pra mim entender outras pessoas não fazendo o mesmo. Eu não fico esperando algo resolver meus problemas, pensando: ‘vou tomar uma pílula dessas e tudo ficará bem'”.
***
No mais, outra citação onomatopaica:
Como Bill Ward tocava (“dum jeito próprio”): “Boom-tsj-pa-pa-pa”
Como Vinny Appice tocava (“mais preciso, mais técnico, mais mainstream”): “Boom-tsj-boom-tsj-boom-tsj”
ahah
Marco Txuca
24 de outubro de 2012 @ 03:43
Aviso: por volta das 12h20min de hj haverá um post no http://www.exiliorock.com.br/blog sobre os 20 anos de “Angels Cry”, do Franga.
Por conta de lá ñ ser aqui, pressinto a possibilidade de eu ser censurado por ele. Leiam antes q o webmaster apague.
Ou é apenas paranóia. Q passa.
doggma
24 de outubro de 2012 @ 16:41
Com a máfia dos melódicos não se brinca, haha… Don Pirani e seus rapazes…
Em tempo, fantásticos esses excertos do livro, cara. Material essencial certamente. Tomara que lancem logo por aqui.
Marco Txuca
24 de outubro de 2012 @ 20:23
Duvido q lancem, amigo. Por isso, estou traduzindo aqui uns tecos. Acho q nas próximas duas semanas tb o farei.
Colli
25 de outubro de 2012 @ 21:25
Estou vendo que vou ter que comprar em inglês mesmo.
Depois dos post sobre o livro já estou cheio de vontade de ler.
Marco Txuca
26 de outubro de 2012 @ 03:31
Assim, maiúsculo, amigo: VALE A PENA!
Os capítulos, 2, sobre a “fase Gillan” deveriam virar filme. Seria pra lá de “Jackass”, mas ficaria do caralho. Carro capotado, veleiro naufragado, peixe embaixo da cama, tweeters arrebentados na mixagem, tropeções no palco… putz!
Deu vontade de traduzí-los inteiros por aqui, até. Mas nem rola…