1º som: a óbvia “Pretend We’re Dead”, onipresente e insistente em clipe na Mtv Brasil. 1992. Curti, mas ñ me empolguei. Gostei mais de “Everglade”, q saiu depois
1º álbum: “Smell the Magic”, dessa época, mas dum primo (q provavelmente foi atrás do “Bricks Are Heavy” e comprou errado), q copiei em fita e ainda tenho. Ainda ñ encontrei em cd pra comprar
A ficha me caiu pras moças após o show (eu tava lá!) no Hollywood Rock de 1993.
A real é q o show do L7 estava anunciado há mais de ano.
De minha parte, já lá atrás fiquei na dúvida: “ué, voltaram?”. “Será q presta?”. “Serão as mesmas?”. Ñ levei a sério, na verdade, até ver há umas duas semanas terem confirmado o Soul Asylum junto. E por um preço bem interessante. R$ 130.
Sobrou uma grana no fim do mês, achei local pra comprar ingresso a 2 minutos do meu consultório e lá fui eu.
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Botaram uma certa banda indie daqui, Deb And the Mentals, pra abrir, mas ñ vi. Cheguei e estava rolando o Pin Ups, q quem assistia Mtv Brasil deve lembrar: a baixista/vocalista foi namorada do João Gordo e o guitarrista gordo, Zé Antônio Algodoal, era diretor e ocasional apresentador de programa tipo “Lado B”. Lançaram discos – acho q jamais relançados em cd – intitulados “Jodie Foster” e “Lee Marvin”.
Lembrado? Fizeram show bacana, retrô, dum tempo em q indie era alternativo e ñ pedante. 40 minutos, se muito, um som emendado no outro. Faltou venderem algum merchan, se é q a banda tá voltando mesmo. E se é q terão estrutura pra tocar por aí. Enfim.
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Meia horinha entrou o Soul Asylum. Os mesmos caras? Apenas Dave Pirner, envelhecido mas com o mesmo cabelo e figurino. E guitarra Telecaster. Quem olhar vídeos/fotos, verá o segundo guitarrista e pensará se tratar do mesmo de lá de trás. E ñ era. Acharam sujeito competente (ñ apresentaram os integrantes), com guitarra Gibson idêntica e idênticos corte de cabelo e camiseta listada horizontal.
Smashing Pumpkins perde em profissionalismo ahahah
Praticamente uma banda cover oficial, mas deixa quieto. Puta show. Carisma e canções. Zero afetação. Alguma nostalgia, mas zero bolor. E a sacada desse 2º guitarrista + baixista negão fazerem uns backing vocals e vocais ajudando Pirner. Q ñ tem mais o sustain de antes, mas tb ñ desafinou.
Curti tb pela impressão dos caras se divertindo. Parecia ensaio (bem ensaiado). Todos rindo, curtindo os sons, a si próprios e o show. Poderia se objetar q os sons são facinhos, mas foram bem executados, timbrados e etc.
Levantaram a galera mais com os hits “Somebody to Shove”, “Black Gold” e “Runaway Train”, tocados aliás em sequência, mais ao fim. Além delas, outros 2 sons de “Grave Dancers Union” (1992). A q me pegou mais foi “Misery”, única do “Let Your Dim Light Shine” (1995), da qual esperava q fizessem tb “Just Like Anyone”. Mas ok.
Mal comparando ao thrash metal, é como fossem o Nuclear Assault dos sons alternativos noventistas. Monte de gente gosta, um tanto subestimados, só q ñ decolaram mais. Ñ “tiveram melhor sorte”. E tudo bem. Curti. Bons sons.
Set-list: 1. “99%” 2. “Hopped Up Feelin'” 3. “See You Later” 4. “Misery” 5. “Freaks” 6. “I Will Still Be Laughing” 7. “Spinnin'” 8. “Whatcha Need” 9. “String Of Pearls” 10. “Somebody to Shove” 11. “Black Gold” 12. “Runaway Train” 13. “Closer to the Stars” 14. “April Fool”
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Com o L7 a coisa foi bem diferente. Uma meia horinha pra arrumar o palco e a ansiedade palpável no ar. Monte de gente aguardando. Maioria sem ter idade pra tê-las visto em 1993 (eu tava lá!) q ñ fosse pelo You Tube. Mulherada predominando. Roqueiras, hipsters, tiazonas, metaleiras, cosplays e etc.
O clichê “entraram com o jogo ganho” valeu pra quando pisaram no palco. Tivessem ficado paradas ou só contando piadas, seria do caralho. Só achei Donita Sparks meio lesada, passando o show tomando uma Corona e meio aérea; tvz fossem os shows seguidos (na véspera tocaram no Rio). Quando tombou no palco fazendo solinho de “Andres”, veio roadie acudir. Vai ver, ñ estava no roteiro. Ou vai ver, o cara ñ sabia.
Ñ sabia q são todas umas largadas, divertidas, tiazonas tocando o puteiro. A mais nova tem 52; as mais velhas já com 58 aninhos. Jennifer Finch alternava o à vontade com a mesmíssima falta de noção e baixo gigante do Hollywood Rock: pulava, agitava o baixo, deixava de tocar, caía no chão, tropeçava nos cabos, um barato. Sem pose. Banda de garagem tocando pra quem curte. Isso ñ se força.
Suzy Gardner, q lá atrás era velhona, parecia mais nova. Em comparação. E a única mais preocupada com a parte técnica, ora pedindo retorno, ora suando a tanga pra fazer os licks e riffs. Com aquela mesma única guitarra de antes; a ñ ser q tenha um armário lotado de guitarras iguais. Na postura, quase um Jeff Hanneman feminino, sem afetação, mas se divertindo.
Pois era nítida a surpresa delas: lugar pequeno mas praticamente lotado (Morrissey tocando no mesmo dia por aqui), muito empurra empurra e algumas rodas. Coisa q elas ñ devem ter visto por muito tempo. Nalguma hora falaram q a baterista estava meio doente e estava no sacrifício. Ñ pareceu. A mesma caixa cheia de reverb, a mesma pegada reta e pesada, apenas sonegando umas viradas – como em “Pretend We’re Dead”, q tvz ela já ñ fizesse mesmo ao vivo.
Preciso rever o show do Hollywood Rock no You Tube.
Nalgum momento, Donita perguntou quem ali esteve em 1993. Monte de gente levantou a mão, mas fui um dos poucos realmente veteranos no recinto pra ratificar ahahah Zoou q eram mulheres “com tesão” (antes de “I Came Back to Bitch”), agradeceu TODAS as bandas q tocaram antes e fizeram um show incrível.
Diversão, atitude, algumas falhas (achei q erraram “Andres”), zoeira e volume. PUTA SOM ALTO. Valeu a pena? Sim. Iria de novo? Sim. Melhor show? Sim, embora eu curta mais o Soul Asylum. Melhores momentos pra mim: “One More Thing”, “Everglade” (a mil por hora) e “Displatch From Mar-A-Lago”.
Ñ rolou da sra. Sparks tacar um absorvente na gente; estive preparado pra agarrá-lo. Mas em 1993 tb ñ rolou, fazer o quê? E se voltarem só daqui a 25 anos, tomara q seja cada qual com sua sonda no braço e requisitando voluntários cuidadores – vou querer me candidatar ahahah
Set-list: 1. “Deathwish” 2. “Andres” 3. “Everglade” 4. “Monster” 5. “Scrap” 6. “Fuel My Fire” 7. “One More Thing” 8. “Slide” 9. “Crackpot Baby” 10. “Must Have More” 11. “Drama” 12. “I Came Back to Bitch” 13. “Shove” 14. “Freak Magnet” 15. “(Right On) Thru” 16. “Dispatch From Mar-A-Lago” – bis – 17. “Shitlist” 18. “American Society” 19. “Pretend We’re Dead” 20. “Fast And Frightening”
Post sugerido pelo amigo Louie, de idéia q achei bastante interessante.
Listar recordações, tipo baquetas, cordas, fotos com, autógrafos de bandas/ídolos afora.
Q eu confesso serem coisas pra q nunca liguei muito, mas q, ainda mais surpreendentemente, consegui pinçar 10 itens.
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MEU TOP 10 MEMORABÍLIA
encarte do “Fabulous Disaster” autografado por Tom Hunting
autógrafos dos caras do Kreator (menos Mille) numa folha de fichário, noite de autógrafos na Galeria, tempos de faculdade
autógrafo da Karla, do Volkana, num cartãozinho de loja de instrumentos em q trabalhava, conseguido pra mim por minha mãe e meu irmão (!!)
cd “Secret Of the Runes” e ingresso pro show do Therion respectivo a q tive acesso ao backstage autografados por toda a banda, incluída a backing vocal gordinha, Sarah Jezebel Deva
autógrafos do povo do The Gathering nas capas de meus “How to Measure A Planet?” e “Superheat”. Coisa ambígua de lidar até hoje, pq as estragaram um pouco…
foto com Schmier (Destrúcho) numa festa pré-“Live ‘n Louder“. Pisquei na hora, ficou uma merda
autógrafo de Walter Franco, obtido num pós-show, na capa de “Tutano”, q ele lançava
dvd de show ao vivo com Tequila Baby ganho em promoção, supostamente autografado por Marky Ramone
cd “Catadô de Bromélias”, de Zé Geraldo, supostamente por ele autografado, q intencionalmente ganhei em promoção pra dar de aniversário pro meu pai
autógrafo-garrancho de Edu K (DeFalla) num livrinho promocional do Hollywood Rock