Vi o Motörhead 5 vezes. Em 1996, 2000, 2007, 2009 e 2011, quando já achei capenga e jurei ñ mais ver. E o fiz.
Por outro lado, tenho o show de 2007 como o melhor. Estavam na turnê do impecável “Kiss Of Death” e tocando ainda muita música do “Inferno” (2004) anterior. Tenho, em retrospecto (por conta dum dvd pirata dessa turnê), como o último ano realmente bom de Lemmy Kilmister capiteneando aquela putaria organizada.
Daí descubro no You Tube show simbolicamente ocorrido em 07.07.07 no Festival de Jazz de Montreaux. Como q pra carimbar aquele ditado “morro e ñ vi tudo”. Sensacional pq compacto (por volta de 45 minutos), com a primeira fala simplesmente memorável (reparem as entonações quando Lemmy fala em “jazz festival” e em “rock’n’roll” eheh) e “Sacrifice” como segunda música, com solo duns 5 minutos de Mikkey Dee.
O mais jazz q o Motörhead jamais chegou perto. Fora o repertório ligeiramente mais ameno. Áudio e vídeo muito bons, podiam lançar o dvd, em vez de disquinhos caça-níqueis, hum?
No mais, “Rosalie” na abertura, só me faz crer q a banda só falhou em nunca ter lançado disco com versões de Thin Lizzy. Teria ficado do caralho.
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O Coroner viria pra cá em 2014. Inacreditável. Comprei o ingresso o mais rápido q pude (vai q lotava), assim como prontamente peguei a grana de volta quando “adiaram” a vinda, faltando poucos dias. Desacreditei q reagendariam, e quando o fizeram já tinha usado a verba pra outra coisa – ñ lembro bem o q – e deixei de ir pq acabou sendo numa terça ou quarta-feira, dia útil, o q a idade e a vida laboral ñ me permitiram conciliar.
Até me arrependi disso, mas tendo em vista o box “Autopsy” adquirido no fim de 2016, e q eu enchei o saco por aqui de tanto recomendar, me senti compensado. Afinal, imagino q o show todo ñ tenha contemplado tudo o q os dvd’s ostentam.
Cansei de tentar achar no You Tube o show de reunião – na verdade, músicas avulsas ao longo de turnês de volta, entre 2011 e 2014 – do dvd. No máximo, há “Son Of Lilith” e “Divine Step (Conspectu Mortis)”, q obviamente têm seu valor, mas é pouco. Mesmo o documentário histórico, “Rewind”, ñ achei inteiro. Mas vai q existam outras formas de ver tudo isso, ou baixar, q o redator aqui ainda desconhece. Sei lá.
Daí encontro show da banda no francês Hellfest, ano passado. Inteiro. Denso. Foda. E q dá a noção do embasbacamento deste babaca quando vos posta a respeito do box. E já sem o baterista original, q tvz tenha alterado aqui ou ali alguma coisa, de modo tvz imperceptível pra quem ñ toque bateria. Pra abrir aquele sorriso de orelha a orelha até a gente se perder…
Prometeram disco novo pra ano passado, ainda ñ saiu. Será q sai?
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O Napalm Death, por sua vez, vi duas vezes. Ñ lembro os anos – e deu preguiça de procurar – mas foram na Led Slay (2003?) e na Broadway (ñ sei se antes ou depois do outro). Curtia a banda e curti os shows, mas ñ era ainda aprofundado na discografia e na distinção de sons escarrados um após o outro, sem dó.
No da Broadway, lembro de ter sido dos poucos a prestar atenção em “You Suffer”, q quando fui ver já tinha sido. No show aqui abaixo (festival de Glastonbury, no ano passado) eles tb o tocam sem q nenhuma das câmeras captasse ahahah
E o set-list descrito nos comentários tá meio bagunçado; alguns sons ñ batem a ordem. E o guitarrista ñ é Mitch Harris, q continua afastado da banda por “problemas familiares”, tendo no lugar um tal de John Cooke, dread-lóki.
A recomendação segue ainda com duas dicas: 1) leiam os comentários sobre o show, alternando entre o impagável, o improvável e o inacreditável (como aquilo de pessoas ñ lerem comentários anteriores e repetirem mesmos assuntos); 2) tentem assistir sem se incomodar com as MEIAS de Barney Greenway.
Q porra é aquilo?
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CATA PIOLHO CCLXIII – “Die By the Sword”: Slayer ou Accept? // “The Garden”: Guns N’Roses ou Rush? // “My Pain”: Triptykon ou Lacrimosa?
Conversávamos sobre isso outro dia aqui: espero nada, nada mesmo, absolutamente nada, do Slayer novo. Quero me decepcionar, mas acho difícil acontecer.
Por outro lado, o ano parece promissor em CAPAS. Pau a pau com a do Soulfly novo – tb a sair – de modo q adquirirei “Repentless” (q porra de título é isso?) só por ela. Q animal!
A mesma tb me fez pensar duas coisas:
Glenn Benton estourou hemorróidas quando viu. Inveja é mato
arte cometida por artista brasileiro. Mas ñ vi até agora ninguém falar q isso “será bom pro metal nacional”. Pq ñ é coisa de guitarrista babaca mauricinho q nem estava morando por aqui. Bah!
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2.
Programação até interessante (bizarrices à parte) da Virada Cultural neste fim de semana por aqui. Vide:
PALCO RIO BRANCO
dia 20 às 18:00 – Pedro Baby e Beto Lee dia 20 às 20:00 – Akira S & As Garotas Que Erraram dia 20 às 22:00 – Odair José dia 20 às 23:59 – Edy Star & Serguei – Jurassic Rock dia 21 às 02:00 – Cachorro Grande dia 21 às 04:00 – Far From Alaska dia 21 às 06:00 – Krisiun dia 21 às 08:00 – Korzus dia 21 às 10:00 – Voodoopriest dia 21 às 12:00 – Dr Sin dia 21 às 14:00 – Viper dia 21 às 16:00 – Robertinho do Recife dia 21 às 18:00 – Made In Brazil
Ñ fosse eu ter q trabalhar domingo à tardinha, iria facim ver o Krisiun. Quem o fizer, por favor comente aqui?
E quem trombar Marcello Pompeu, favor mandar meu cordial abraço nem um pouco paga-pau. SQN.
sons: LADY LIGHTNING / NIGHT HUNTER / HOT LOVIN’ / DIAMOND DREAMER / MESSAGE FROM HELL / YOU’RE ALL ALONE / LOUSY LADY / THE HANGMAN / GET ME ROCK’N’ROLL / YOU’RE TOUCHING ME
Nunca é tarde demais pra se descobrir bandas boas do passado. E nunca se é velho demais pra se encantar com bandas do passado como o Picture, q poderiam ter tido melhor sorte. Mercadológica, claro.
Os amigos das antigas por aqui provavelmente objetarão: “porra, esse cara nunca tinha ouvido Picture? Tive patchs do Picture nos meus jackos!”… Pois deixo cair uma máscara aqui: até 15 dias atrás nunca nem tinha visto ou ouvido nada deles.
Pra piorar ainda mais o desgosto de ñ tê-los conhecido anteriormente: indiquei prum amigo vocalista (do Ministério da Discórdia) no Facebook este “Diamond Dreamer”, supondo q ñ conhecesse os holandeses… até o sujeito me retrucar um “vi os caras no Manifesto sábado passado. Com Grim Reaper abrindo”. Ou fechando. Porra.
Por algum motivo tvz intuitivo fiquei sabendo dos relançamentos recentes e remasterizados dos 4 primeiros álbuns da banda – “Picture 1”, “Heavy Metal Ears”, “Diamond Dreamer” e “Eternal Dark” – registrados initerruptos entre 1980 e 1983, em versões acrílicas “2 em 1”, contendo capas e encarte com histórico e informações básicas.
E apenas com uma relativa esquisitice: 1º e 3º constando num disco (o último como capa) e 2º e 4º num outro (o último como capa)… provavelmente por conta das capas dos discos “3º” e “4º” serem mais legais.
Pessoalmente, creio ter sido ótimo momento pra conhecê-l0s: tivesse feito ainda nos 80’s, tvz tivesse gostado um tanto, enjoado e os abandonado às traças. Por imaturidade: me interessava bem mais o BARULHO e a VELOCIDADE antigamente. Tocando bateria, provavelmente descartaria a banda pelo trabalho “pobre” do baterista, além do mais. Por outro lado, conhecer Picture agora – podendo situá-los na cronologia do heavy metal mais detidamente – me fez apreciar o trabalho, q alguém com os ouvidos de “hoje” tvz pudesse considerar derivativo, comum.
Explico: a banda carregava muita influência de Judas Priest, Rainbow e Thin Lizzy – “Lady Lightning”, na abertura deste “Diamond Dreamer” entrega de bandeja a dos 2 últimos – e o contexto da época, com Saxon (com quem fizeram turnê conjunta), NWOBHM rolando (naquela pegada característica, meio hard rock, meio metal), Grave Digger ainda nem nascido e Accept formatando seu som, lhes era contemporâneo. Atualmente, montes de bandas consideradas “true metal” ou “metal tradicional” beberam dessa fonte e a vulgarizaram, desgastaram.
Os sujeitos, ainda q comentendo uma “NWOBHM holandesa”, foram das tantas a criar esse molde sonoro. Porém, ñ os culpo pelas porcarias posteriores emuladoras de tal formato: “seguidores” tendem a diluir as coisas de fato. O zeitgeist oitentista de fazer heavy metal era assim mesmo: direto, sem firulas e na cara.
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As guitarras se valem de bases às vezes muito parecidas, ocasionalmente recorrendo a palhetadas mais tercinadas – o q o thrash metal vindouro desenvolveria à exaustão – apenas em “Get Me Rock’n’Roll”, e ainda mais ocasionalmente a riff (como em “The Hangman” – diferenciada no todo por ser tb mais sombria). Tremendo guitarrista este Jan Bechtum, de bom gosto em criação de climas e adepto de solos enxutos – o q ñ significa, mesmo, solos feitos pra constar ou de qualquer jeito.
As levadas baterísticas são bem diretas e simples, de poucas firulas e uso parcimonioso dos 2 bumbos; meio rolando “o q a música pedia”. Básicas, ñ pobres. Se ñ era tão ostensivamente técnico, o tal “Bakkie” ao menos demonstrava bastante segurança e pegada – diria q soando até melhor q o baterista do Judas Priest à época, nesse sentido. O baixista Vreugdenhil é discreto até a página 2, oferecendo a “ponte” entre ritmo e melodias – fora dar peso aos sons – como baixistas hoje em dia meio desaprenderam.
O vocalista de nome estranho – um israelense radicado na Holanda, atualmente ainda ativo nos EUA, nalguma banda chamada Avigal – pra mim é o destaque-mor no trabalho: e se em alguns momentos chega a parecer um “David Coverdale macho” (dá-lhe “Hot Lovin'”!), ñ é demérito. Tampouco seu drive vocal, tão característico dum outro gigante vocal, Ronnie James Dio. Sujetivo isso, mas ñ me cansa a paciência, e creio tb ñ o fazer em quem arriscar ouvir o trabalho.
O fato de ter sido este o único disco da banda de q participou – rancou fora pq brigou com o empresário, diz o histórico (ñ traduzido) no encarte – acho realmente lamentável: “Diamond Dreamer” me é o preferido nesses 4 relançados, sobretudo por ele. Ainda q provavelmente pouco tenha colaborado com letras, todas bem parecidas: construções simples de duas ou três (raras) estrofes + refrão q repete o título. E tratando de mulheres fatais/idealizadas ou de sujeitos outsiders, durões, rock’n’roll. Sem variações.
O feeling de Avigal fez muita diferença aqui, bem mais q a crueza dos vocalistas anterior (Ronald van Prooijen) e posterior (Pete Lovell – presente na “volta” dos caras à ativa desde 2009). E tvz elevasse a banda ao sucesso comercial bem mais q sua conversão a um heavy metal mais padronizado (metido a ocultista, inclusive) em “Eternal Dark” ou q o uso de bateria eletrônica num mal afamado 5º álbum chamado “Traitor”…
Meus sons preferidos são os mais pesados: “Lady Lightning”, “Message From Hell” (o som mais Priest ñ feito pela horda de Tipton e Dawning), “You’re All Alone” e a faixa-título. No entanto, “Diamond Dreamer” é bastante homogêneo, fora compacto (ñ chega a 40 minutos – outra boa característica discográfica da época)… com o bônus da balada indefectível aparecer em último: “You’re Touching Me”. No entanto, sem ofender ou abusar da sacarose.
O Picture ficou pelo caminho, mas nem tanto: tornou-se banda cultuada (vejo escarrada influência deles em muita banda brasuca oitentista, tipo Centúrias), e vem retomando trajetória. “Diamond Dreamer” me soa álbum q envelheceu bem, e ñ me parece tão pouca bosta isso: tirando Iron Maiden e Saxon (Def Leppard tb, vá lá) e suas evoluções e peculiares mudanças – q as fizeram sobreviver até hj – qual banda de veia NWOBHM teria passado no teste do tempo assim tão bem, sem ter virado fetiche de Lars Ulrich ou motivo de adoração embolorada?
Além disso, agora q eu já os conheço e curto, posso tb mandar se foder quem nunca os ouviu ahahah
Ñ fosse eu tão fã de Rush, os acusaria de plágio, na cara dura. Prefiro considerar o último momento de influência salutar admitida. Faço o seguinte: ponho a culpa no capista, Hugh Syme, vigarista duma figa!
Existem os discos manjados, os consagrados e os de que já se “ouviu falar” do Motörhead. “Snake Bite Love”, de 1998, é provavelmente o álbum IGNORADO da banda.
Em parte por conter a capa menos ortodoxa de Joe Petagno. Em parte por não haver legado assim algum “hit“. E em parte por termos nele sons um tanto complexos: porra, é talvez o único álbum da horda cujos sons passam todos dos 3 minutos!!
Pra quem acha que todo álbum motörhéadico é sempre o mesmo (e bão), que tal a sepulturice percussiva (solo, vai) de Mikkey Dee em “Assassin”? O tijolo no queixo “Take the Blame”, não a 1ª nem a última música deles a escarrar nos políticos? O riff grudento de “Love For Sale”, de que mal se percebe os quase 5 minutos de duração?
A crueza de “Night Side” ou o quase AOR “Don’t Lie to Me”? Etc. A versão nacional ainda contém a ótima “Over Your Shoulder” (do “Sacrifice”), ao vivo, de brinde. Nem precisava.
Love For Sale
Dogs Of War
Snake Bite Love
Assassin
Take the Blame
Dead And Gone
Night Side
Don’t Lie to Me
Joy Of Labour
Desperate For You
Better Off Dead
…
[originalmente postado no Exílio Rock em 28 de Março de 2012]
Resolvi q acompanharemos (plural: nós todos aqui) as repercussões da CAFAJESTADA histórica chamada M.O.A.
Na qual a tal Negri Concerts foi pivô, molar e dente do siso. Apesar de dizerem q ñ, tentarem jogar culpa nos nordestinos. Apesar da “operação abafa” já em voga, na miúda.
Conseqüência mais imediata, provavelmente, da coisa: show do Forbidden, marcado pra 8 dias atrás, cancelado faltando uns 2. Nem devia estar vendendo mesmo (certo, Banderas?). E com o site ainda assim vendendo ingresso a desavisados.
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A conseqüência outra agora é o show do Therion a vir. Dia 2 de junho, aqui em São Paulo, em turnê comemorativa de 25 anos da instituição, em q tocarão o “Secret Of the Runes” na íntegra.
Tudo bem, ñ fosse o whiplash estar incessantemente bombardeando propaganda do show. Algo q parece DESESPERO.
(8/5) Promoção para conhecer a banda! (“Até 20 seguidores” de twitter… cuma?) E desde q tenham o ingresso comprado, lógico… E será q com “fita do Senhor do Bonfim” (né, Colli?) pra entrar?? –
pretendo boicotar essa Negri Concerts. Ainda q seja eu o único
ñ tenho o “Secret Of the Runes” como o melhor álbum dos caras. Fora apostar: próximos dias deverão confirmar q filmarão pra dvd. Esperarei o dvd.
Aguardo ainda pros próximos dias prometerem paçoquinha pra quem comprar ingresso, ou pros mais safadinhos algum boquete promocional. Vamos ao Therion! Vamos ao Therion! Vamos ao Therion, porra!
Tem ao menos uns 11 a 13 anos q escrevi isto aqui (abaixo), q publiquei junto de outras 4 “letras de música” (sem música. Ñ sei fazer) numa coletânea de “poesias, contos e crônicas”, em 2002. De repercussão nula q ñ me surpreendeu, por conta de ter participado da coisa só pelo ego de tê-lo feito.
E é um negócio q vejo combinar com o material da banda de som próprio onde estou tocando – só ñ consigo até hoje achar algum jeito de cantarolar, botar uma melodia nesta porra.
Quem achar uma bosta, à vontade pra dizer “q bosta”.
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EM ESPÉCIE E EM JUÍZO A bulimia de minha irmã tornara-se tão forte
Que em vez de vomitar tudo o que comia
Era também vomitar o que não comia
Ela brincava que era de improviso
Sem saber, ou porque, nem ter
Ficava perto, pra ser um suporte
Com nojo, mas intrigado, assaz fascinado
Os olhos azuis lacrimejavam
Os meus, os dela
A bulimia de minha irmã tornara-se tão interessante
Que toda vez que eu penso nela, e ela morreu disso
(Fogo-fátuo feminino fulminado)
Um anjo – da morte – me dá tapinhas nas costas
Eu ainda não sei que tenho leucemia.
Puta show profissa. É o q posso, resumidamente, dizer a respeito. Do naipe daquilo q de melhor no entertainment os estadunidenses conseguem conceber. Show tecnicamente perfeito, sem falhas nem vacilos, cujo telão, de muitíssimo bom gosto e ótima definição, complementava a apresentação, ao invés de poluir. E q agradou a todos os q são FÃS.
Os q vi no orkut falando em ter sido o ‘show da vida’, respeito e tendo a entender. Se vc é fã duma banda com 40 anos e nunca os viu q ñ fosse em You Tube ou dvd, a embasbacação é genuína: ñ se trata de molecada miguxa falando de ‘show da minha vida’ a cada show q vai.
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No entanto, tendo a dialogar esta minha resenha com a do estrupício chamado Bento Araújo (Poeira Zine, RC e etc.) postada no whiplash. Q provavelmente foi de graça – ao invés de desembolsar suados e BEM GASTOS 200 reais – pra FALAR MAL. Pra reclamar q a banda ñ é mais a mesma depois do “Eliminator”, álbum de 1983 q tem os hits “Gimme All Your Lovin'”, “Sharp Dressed Men”, “Legs” e “Got Me Under Pressure” (todos tocados ali na 5ª), e q deu seqüência a álbuns supostamente mais pop, como os “Afterburner” (q tem “Rough Boy” – q mim faltou) e “Recycler” (de “Give It Up”, q tb ñ rolou) seguintes, de hits tais quais e de timbragens eletrônicas (sobretudo na bateria).
Formatação sonora essa q o ZZ Top pouco abandonou nos 90’s e até mesmo nos 00’s, com os 7 (SETE) álbuns lançados desde então. Tem quem torça o nariz, tem quem ñ, mas ao basbaca acima citado, gostaria de ter a oportunidade de perguntar cara a cara, a ele:
cara, estamos 27, 30, 35 anos no futuro, vc ñ tem calendário em casa????
O tonto reclamou do repertório – provavelmente achando q os caras só tocariam setentices. Ou q tocariam só pra ele – fora insinuar sobre playbacks em “Legs” e “Viva Las Vegas”. Ñ deve ter ido ao show do Rush (ou visto o “Snakes & Arrows Live”), pra saber se tratar de elementos sintetizados pré-gravados, q ocorrem tb em “Pincushion” (o som mais novo tocado, de 1994) e até no ruidinho decrescente de “Cheap Sunglasses”, SOM DAS ANTIGAS.
(aliás, sobre Rush o cara deve ser do mesmo dogma q adota em relação do Motörhead, q pra ele acabou no “Another Perfect Day”; deve ser dos beócios q acha q do “Signals” em frente os canadenses ‘se perderam’)
No entanto, a reclamação mais tacanha proferida do paspalho achei a de dizer q 80% do público ali presente era “público Mtv”, q os tinha conhecido pelos clipes de carrão oitentistas. Com q base estatística, caralho? E se as pessoas q conheceram ZZ Top assim forem FÃS tb, ñ podem?
E, de novo, o calendário: há pelo menos 27 anos isso. Ñ havia emo, nem molecada a tôa por ali. Quem tivesse menos de 25 era minoria (isso do q vi, pra se alguém reinvidicar meus métodos estatísticos eheh). Outro questionamento q me ocorre: e em o ZZ Top tendo adotado som mais “modernoso” há 27anos, será q o SOM DOS CARAS ñ é ESSE, porra?
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Ñ posso dizer q ñ me ocorreu pensar assim uma hora: “pô, se esses caras fizerem playback, ou os barbudos ali em frente ñ forem realmente Dusty Hill e Billy Gibbons (como é com o Blue Man Group), acho q ninguém repararia…”. Mas tem diferença auxílio eletrônico em show – possivelmente até correções nas vozes (as vozes harmonizadas em “Gimme All Your Lovin'” são MUITO perfeitas) – e playback. Quem viu o Sisters Of Mercy ano passado sabe distinguir muito bem coisa de outra.
A comparação técnica com o Rush ainda estendo na inteligibilidade das coisas: todas as notas, de TODOS OS INSTRUMENTOS, eram audíveis. A bateria do ótimo – porém duns anos pra cá contido – Frank Beard é toda tratada, trigada, a ponto de ter havido sons em q Hill deixava de tocar e a sensação de GRAVE permanecia: era o bumbo!
Ñ me agradam, entretando, as viradas nos tons, q ficam com sons artificiais, meio robóticos. Mas ñ fosse assim, provavelmente teríamos tido show com bateria q só se ouviria caixa, chimbau, uns pratos e um pouquinho de bumbo.
(reclamação nesse sentido técnico, eu só teria duas: o vocal de Gibbons parecia mais baixo q o do Hill, e as brincadeiras de aro de caixa em “La Grange” – assim como os “au, au, au” a laJohn Lee Hooker, de Gibbons nela – eu mal ouvi)
O som da banda ao vivo é poderoso. O baixo é grave, alto e sujo, como jamais ouvi. E um instrumento ñ rouba o lugar do outro, na melhor tradição do q é um power trio.
No q aproveito pra alfinetar derradeiramente o Chico Bento: quem ali foi, certamente estava a par dessa produção moderna, decente, profissa – e pro cara, artificial, chôcha e falsa – q os dvd’s oficiais recentes “Live From Texas” e “Double Down Live 1980 – 2008” comprovam.
Q o programa Storytellers, exibido recentemente no Vh1, tb corrobora.
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Falando do repertório: iniciaram e fecharam obviamente. Com idênticas seqüências iniciais e finais dos dvd’s deturnês recentes: respectivamente a trinca “Got Me Under Pressure”, “Waitin’ For the Bus” e “Jesus Just Left Chicago”, e “La Grange” e “Tush”, derradeiras.
No meio, entretanto, fizeram SHOW PRA FÃ ardoroso e fiel, tocando pérolas true setentistas, como “Brown Sugar” (do 1º álbum, de 1970) e “Party On the Patio” (de “El Loco”, de 1981) – q o Bento nem curtiu, coitado – q achei superior à versão original. Fizeram tb “Hey Joe”, homenageando Jimi Hendrix (no telão, em imagem soberba, nada apelativa), tocaram “Rock Me Baby”, standard de blues bastante conhecido, além de um cover obscuro, q nunca tinha ouvido, dum tal Willie Brown, “Future Blues”, q curti bastante.
Tocaram “I’m Bad, I’m Nationwide”, q é minha preferida. Ah, e ñ só pra mim.
No bis, antes das duas derradeiras, executaram “Viva Las Vegas”, presente apenas em boxes e greatest hits. Se houve gente ali querendo posar de ‘entendedor de ZZ Top mais q os outros‘, saiu bem satisfeito(a) com isso.
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Pra finalizar, falando da performance dos caras, os comparo aos Ramones. Pela PRESENÇA: vi gente no orkut reclamando q Dusty Hill interagiu pouco, q Frank Beard nem olhou pro público etc. Faz diferença?
Show do Ramones era o Joey falando “yeah” a cada 7 ou 8 músicas (pra respirar) e todo mundo achava do caralho. Parece haver gente q fica querendo sujeito vestindo camisa da Seleção, arranhando samba (pra depois falarem mal) ou pondo bateria de escola de samba no palco (como fez o “The Doors” recentemente) ou, pior, querendo nêgo no palco proferindo os ridículos “are you ready?”, “are you ready?”, “are you tired?”, “are you tired?”. Ah, dêem um tempo!…
Penso q os caras são comedidos assim mesmo, mais afeitos a gestual – tipo cofiarem a barba, ficarem posando com instrumentos em riste (ops!) – q a blás-blás-blás estéreis. Gibbons, em 2 sons, solava com uma mão só, acenando e apontando a galera fanfarroneamente. Marrento, de boa, o cara. Apenas lamento q produtores ñ os tenham orientado a conversarem mesmo em inglês com a galera (mesmo o Marco Txuca, de inglês iniciante II, ali presente, entenderia muita coisa), no q achei bem legal, todavia, o esforço pra falarem em nossa língua, como no momento de terem entrado umas “gostosas” ali pra brincarem um número ensaiadinho, meio bobo, mas divertido.
A sensação, afinal, era de estarmos num show duma ENTIDADE do rock, tal como foi com o Heaven & Hell ano passado, o Carcass no retrasado, ou o Rush 8 anos atrás. E q ñ sobrou tempo pra ficar pensando, pra ficar olhando pro lado, pra ficar pensando na resenha q eu escreveria.
Assisti ao show com a Patroa, sem desgrudarmos os olhos do palco, completamente entregues à música, ao som, ao espetáculo. Ñ foi o show da minha vida, mas um de q me lembrarei daqui a muitos anos. Ñ é pouca bosta.
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PS – Banderas, acho q te vi ali na porta. Era vc mesmo?
PS 2 – créditos de fotos: Jack Way, via orkut (Gibbons e Hill); Lícias Santos, via blog do Jamari França (Beard). Vídeo, roubei do orkut mesmo
PS 3 – ao contrário do q alguns bocós de orkut acreditam, por simplesmente ctrl c + ctrl dset list de outros shows gringos recentes da banda, eles Ñ TOCARAM “Francine”
PS 4 – recomendações às resenhas do Rock Press (www.rockpress.com.br) e do Jamari França, pouco tendenciosas, bastante informativas
Achei q ñ faria mais este tipo de pauta, por si só já obsoleta. Mas, nem tanto…
Sábado fui na balada do Baraldi, Márcio Baraldi (o cartunista), q é uma q ele faz uma vez por ano no Blackmore de graça, sempre numa tarde de sábado, com água, refri e salgadinho de graça, mais uns computadores à disposição pruma molecada jogar o joguinho do Roko-Loko.
E como é de tradição dessa festa anual, sempre toca o Exxótica (doravante tratado por Xoxxótica), por conta de ser banda da trilha do joguinho, por lá. O bônus deste ano é q a Cracker Blues – banda q tocou no meu casório em setembro, e gentes boníssimas – tb tocaria. Tb tocou.
Mas o Xoxxótica tocou antes.
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E aí, lá pelas tantas veio a seção de “falar asneiras” do baixista mascarado (duplo sentido mesmo!), o tal Marcelo Rossi – q só anteontem soube ñ se tratar do fotógrafo homônimo. Começou no auto-elogio de praxe: “o Xoxxótica está fazendo 9 anos”…
(e eu com isso?)
“e este é nosso último show no ano. Mas pro ano q vem prometemos mais shows…”, no q emenda a falar da falta de show do Xoxxótica por conta duma “invasão de bandas gringas” q roubam o espaço deles. De muita banda meia-boca (sem dar nomes aos bois) q vem pra cá “e lota” os lugares.
(é mesmo?)
Nos 2 ou 3 intervalos entre músicas seguintes, o sujeito continuou no mesmo discurso boçal, aprofundando o veneno besta, dizendo q, por ele, banda gringa nenhuma tocaria mais por aqui, q se pudesse “enquadraria” e “reteria os gringos no aeroporto”, mandando-os de volta, citando ae Paul Stanley, Axl Rose e Angus Young como prováveis vítimas de seu clamor por justiça.
O q poderia soar engraçado e irreverente, ñ soou. O cara parecia falar sério. Ñ adiantou muito o vocal tentar passar panos quentes. Numa 3ª ou 4ª fala, ante alguém na platéia reagir indignado, bradou a laKorzus: “ah, cês são tudo uns paga-pau!!!”.
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A meia dúzia q gosta realmente da banda continuou meio ali, sem muito reagir. Eu já ñ agüentava mais e fui pra rua, esperar a vez da Cracker Blues, assim como muitos presentes. Quer dizer: vc vai a um show de graça pra ser XINGADO por alguém q acha INJUSTIÇA ñ ter show, ñ ter público?
Esse papinho IDIOTA de muita banda brasuca q acha q banda é Capitania Hereditária (ter muitos anos significando TER Q TER algum reconhecimento), ou pior, de achar q, por ser banda nacional, tem q ser apoiada, incentivada, ter os cd’s comprados, apenas por ser brasileiro, e ñ por ser BOM.
Como se o Xoxxótica fizesse pouco show, e ñ tenha esse sucesso todo, apenas pq POUCA GENTE realmente gosta dos sons e dos álbuns (já são 6! E umas duas coletâneas, lançadas por eles mesmos, sem aparentemente ninguém perguntar por, ou pedir).
É muito pra cabeça. O suficiente pra me demover de pagar 5 conto no 6º cd deles, ali à venda.
(pq tenho os outros 4 de estúdio, por ñ achá-los mesmo uma banda ruim. Apenas de proposta INVIÁVEL num país como o nosso)
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Quer bancar o mártir? Se dá um tiro na cabeça e espalha q foi coisa de crente intolerante.
Faça show então em lugar q ñ seja só o consagrado e central (como o Blackmore): vá tocar em boteco em Pirituba, Ferraz De Vasconcelos, Itaquaquecetuba, pra GANHAR PÚBLICO e ñ se sentir injustiçado. Ganhando o dinheiro da gasolina apenas, e tudo bem.
É o tipo de banda q jamais faria, nem fará, isso. Se acham muito grandes, se acham muito fodas. Se ñ se acham, O BAIXISTA acha, e isso é o q queimará o (pouco) filme da banda. E ñ tardará a hora, daqui uns 10 anos, na festa anual – e idem show deles – do Baraldi de 2019, o cara aparecer pra tocar e falar “o Xoxxótica (cof, cof) está (espirra e peida) fazendo 19 anos”.
Eu estarei por ali pra gritar: “e eu com isso? Vim aqui pra dar moral pro Baraldi, porra!”.
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Isso pq prefiro nem entrar na HIPOCRISIA das declarações infelizes. Pois:
1) a gente é paga-pau? E o Xoxxótica ñ era banda cover de Kiss até há bem pouco tempo?
2) meses atrás, por fonte confiabilíssima (juro pra vcs), soube q estavam interessados e ávidos por abrirem o show do Kiss aqui em São Paulo, o q ñ rolaria (ñ rolou) pq a produção pedia 10 mil pra isso.
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Por fim, cabe dizer: a Cracker Blues sem apelações, tampouco arroubos psicóticos de genialidade injustamente enrustida, com músicos afiados e músicas do 1º álbum, “Entre o México e o Inferno”, aliadas a versões de ZZ Top, Lynyrd Skynyrd e Jimi Hendrix, comeu o Xoxxótica com farinha. E tenho dito!
(como tb a galera q colou, e realmente AGITOU COM ELES, na beira do palco)
Ah, é sobre o Maquinária Festival, q deveria ser o título do post. Mas fui pra ver o FNM…
CONSIDERAÇÕES PERIFÉRICAS BREVES: ao contrário de muita gente q tenho lido, achei legal o lugar. Longe? Um pouco, sim, mas com alguma antecedência e planejamento (como estamos acostumados a chegar na última hora nas coisas!…) chega-se bem. Levei pouco menos de meia hora (de carro) e 17km pra chegar, e consegui situar o lugar graças ao som (alto) da Nação Zumbi, audível da Francisco Morato paralela.
Sabe o papinho furado q rola dos Monsters Of Rock saudosos, ou do Live’n Louder broxados (o 2º, broxante), de q eram festivais tipo Wacken e etc.? Porra nenhuma. A tal Chácara do Jóquei mostrou-se ambiente propício a isso: é um descampado tremendo, entradas e saídas variadas, bares e lojas (em nº suficiente pra ñ gerarem filas) disponíveis, banheiros idem, palcos (os 2) bem situados e tal. Quem ñ gostasse, sentasse na terra ou grama, ñ em tapume de madeira meia-boca.
O quesito PONTUALIDADE foi sensacional: 1º show começou às 15h, Faith No More terminou às 23h30min, em ponto, a tempo das pessoas saírem pra pegarem o busão. Nota 10, isso!
Entanto, tem o lado da GRANA tb. Paguei R$ 200 pra pista (e ñ era a tal pista premium, a 450, situada mais à frente do palco e separada da “minha” pista por cerca e seguranças), e nos bares a água (garrafinha) custava 3 contos, refri 5, cerveja 6 e dogão ou mini-pizza tb 6 contos. Camisetas “oficiais” de FNM custavam 40 ou 50 conto (30, a mais barata, pra mulher: baby look). Mas penso ser algo a se calcular quando se compra o ingresso: ou festival na Europa por acaso é barato??
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Posto isso, às bandas:
* nunca tinha presenciado ao vivo (ao vivo mesmo, ñ de ver ao vivo em tv) a Nação Zumbi. E gostei. E muita gente ali presente tb. No q divago pra outro ACERTO do festival: ñ ser evento q se propõe a ser de metal: é de rock, em geral. Ñ se via headbangers típicos por ali – e acho q foi bom por isso – no sentido de q um público mais amplo e receptivo deu as caras ali sábado.
E cheguei à conclusão de q, tal qual o Ratos De Porão, Nação Zumbi é banda pra se ver ao vivo mesmo. Tenho pouquinha coisa dos caras, mas reconheci “Blunt Of Judah”, “Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada” (bastante entoada pela galera, ainda mais pelos indies metidos a ripongas ali presentes) e a chata “Maracatu Atômico”, tocada de maneira diferente, mais pesada. O final, salvo engano, foi com “Quando A Maré Encher” (cover do tal Eddie, da 4ª divisão do tal “movimento” mangue-bit), q me encanta pela harmonização presente: como é q, com UMA guitarra, sai um som tão harmônico dali?
O baterista é meio desengonçado, mas toca pacas. Os percussionistas dão um peso, q o baixo só faz acompanhar (e ñ o contrário). O guitarrista “se acha” um pouco, mas ñ atrapalha. Ñ foram hostilizados, tocaram dignamente, e é isso ae.
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* veio o Sepultura. E foi chôcho. Tocaram COM O NOME, tipo jogador de futebol repatriado jogando sem preparo físico. Alguma culpa tvz fosse do SOL: o palco ñ tinha cobertura e, eles enquanto 2ª atração, tocaram ainda de dia (e tava quente pra caralho)… Mas por outro lado, vi banda q ñ se esforçou em se comunicar com a gente, tocando som atrás de som e ficando um tempão entre música e outra conversando entre si. Será q ñ tinham set list preparado?…
O som estava pior q o da Nação Zumbi, q eram em 7 no palco. Ouvia-se bem os bumbos, depois um pouco melhor a bateria, e daí baixo, guitarra e vocal tudo baixo. Vocal, ñ tem jeito: o Derrick Verde ñ “canta” porra nenhuma, e os efeitos usados pra distorcer a voz do negão pouquíssimo ajudam. Há 12, 13 anos na banda, e falando mal português, pode? Vocalista sem carisma da porra!
Falando em carisma, Andreas Beijador perdeu muitas chances de se comunicar. Parecia só na dele, fazendo o seu, e olhe lá. FAZ FALTA 2ª GUITARRA PRA BANDA, ñ teve jeito. Aí, a surpresa final: nos 2 últimos sons – um, recente, tvz do “Durde 21” ou do “Te-Lex”, o outro, final, “Roots Bloody Roots” – Beijador empunha aquela Giannini da capa do “Nation” grafitada e – oh! – saí um PUTA som de guitarra.
Deveria ter tocado com ela o show inteiro. E deveria ter sido menos paspalho em tocar com meião meio rosa do São Paulo Futebol Clube: tem bambi q ñ se enxerga…
Sons antigos foi o q segurou, e com um ÚNICO PONTO POSITIVO, pra mim: pararam com a mania idiota de fazerem medleys. Tocaram “Dead Embryonic Cells” (bem, e com Derrick errando letra), “Inner Self” (a melhor das antigas, com o Dollabella comendo o Igor com farinha nos bumbos), “Troops Of Doom” e “Territory” satisfatoriamente. Mas “Arise” e “Refuse/Resist” ñ achei tão legais. Tvz pelo som ruim.
Se tinha gente ali disposta a ficar fã, ñ conseguiu. Fã das antigas, parecia ñ haver ninguém (tvz o Toninho Iron estivesse por ali, e olhe lá), e o q vi foi gente fã, mas pelo pula-pula, pela fase recente, meio alheia ao estilo antigo. Boa sorte no 3º Maquinária pra eles.
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* os Deftontos, pra mim, foram o ANTICLÍMAX total. E a prova de q eu precisava de perceber existir, sim, Pro Tools pra banda ao vivo. Por q o digo?
O som dos caras estava BORRADO todo o tempo. Ñ era inaudível – ouvia-se até as ghost notes do baterista e o baixo bem timbrado do negão ali – nem baixo, nem desequilibrado. Mas borrado, e parecendo vir a nós por um radinho de pilha.
A molecada ali presente adorou, berrava junto, posavam de manos, emocionavam-se com os berros EMOS (new metal uma pinóia!), sem se tocar do truque mais PICARETA do dia. O tal Chino Moreno berrava uma ou duas vezes e se dobrava (imitando mal Mike Patton), pra os efeitos de delay repetirem os mesmos gritos. Provavelmente acionados pelo dj, de q ñ vi grande utilidade no palco, a ñ ser q fosse pra acionar e desacionar os efeitos salvadores.
Falando sério: se o cara berrasse DE VERDADE tudo o q reverberou pra nós ali, era pro Patton pegar o banquinho e sair de mansinho. Ñ foi, ñ fez, ñ pegou. Show chato da porra, em q me pareceu baterista e baixista tocarem mais do q mostraram, com integrantes mal se olhando durante os sons (pareciam tocar num piloto automático, como devem vir fazendo toda a turnê), de sons quase todos em andamentos IDÊNTICOS, sem variações q ñ refrão com berreiro e pseudo-riffs iniciais emulando barulhos de rap, e um guitarrista q ñ toca tudo isso pra trocar de guitarra a cada 2 sons; pelo q lá vimos, o mano usou umas 5 diferentes. Pra fazer as mesmas coisas e nenhum solo?
Enfim. Foi pouco mais de uma hora e meia de show, parecendo 4 ou 5. No fim, nas últimas duas ou 3 músicas, até achei uns sons melhorzinhos, fugindo do esquema redundante de todas as outras. Teriam deixado o q era bão pro final, ou fui subliminarmente sugestionado a gostar de algo na marra?
Sei lá. Se eu fosse um dos moleques (e minas) ali presentes, q tivessem pago 200 paus só (ou principalmente) pra ver esses caras, e percebendo o ESTELIONATO SONORO, teria ficado é muito puto.
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* o Jane’s Addiction, seguinte, achei o completo ANTÍDOTO à pasmaceira dos Deftontos. Sabe show profissa, dedicado, esmerado, ensaiado? Foi esse. E q só ñ foi o melhor pq o Faith No More reinou soberano (mas ñ por deméritos da horda do Perry Farrell). E pouco dado a chamarmos de caça-níqueis, haja visto a formação original ter se apresentado.
Pano de fundo caprichado – meio cortina de boate – som cristalino, luzes adequadas (foram os primeiros a tocar na noite), carisma do Farrell em sua roupa prateada brilhante e trajeitos bichísticos (é gay assumido) nada afetados, e q ainda chama a atenção toda pra si, no bom sentido.
Pq Dave Navarro ñ parecia tão afeito a aparecer tanto, como tb o baixista Eric Avery, com cara de mau-humorado e de postura de palco absolutamente AUTISTA: andava em círculos no seu nicho de palco, raramente vindo pôr um pé no pedestal da bateria, e de costas pra nós, sem deixar de exalar competência. O buraco q se sente de uma guitarra faltante no Sepultura, inexiste no Jane’s Addiction.
Até por conta do Stephen Perkins, baterista MONSTRO. Bateria de 2 bumbos e 3 (ou 4?) tons, tremendamente bem afinada e incoporada de percussões e com som perfeito. Pegada idem. Tem momentos nos sons q são bem percussivos, e se ouvia a CLASSE do sujeito, q ñ bate só por bater: tem intenção cada groove, cada virada preenchendo tudo. Ñ tem muito a ver isso q posto, mas o próximo q me vier falar de Mike Terrana, vou falar com a boca cheia (de cuspe): “foda-se, eu vi o Stephen Perkins!!!!”
Jane’s Addiction foi a banda q tvz tenha mostrado à molecada de gosto raquítico ali presente q se pode fazer músicas interessantes (algumas, verdade, um tanto longas. Mas sem punhetagens), com passagens, com dinâmica e com solos de guitarra, oras bolas!
E me fez me auto-indignar: caralho, como é q ñ tenho PORRA NENHUMA de discos deles? Providenciarei o quanto antes. Outra boa surpresa: ñ achei q tivessem assim tantos fãs. “Been Caught Stealing” foi entoada inteira, e a parte intermediária (de voz esquisita) em “Stop!” tb.
“Mountain Song” (q o Judas Priest chupinhou em “Revolution”) causou comoção. E “Ain’t No Right” (q groove, porra!) me fez lembrar q eu conhecia mais q 4 sons deles. Ah, teve tb duas moçoilas pelo palco, estilizadas tais quais a capa do “Nothing’s Shocking”, semi-nuas, pra instigar os machões presentes, assim como número final com percussionistas e mulatas, mas q ñ ficou aquela coisa “Sérgio Mendes” ou forçado, soando, sim, como homenagem e/ou integração, como Farrell bem explicou, entre “festas de Los Angeles” e “festas brasileiras”. Show pra se recordar daqui 1 ano com orgulho.
Melhores detalhes, sugiro a resenha lateral ao teco de link youtúbico abaixo.
O Faith No More ter feito o melhor show foi – sem trocadilho – chover no molhado. Até pq, se ñ tivesse sido mesmo bom, ainda assim teria sido bom. Mesmo q pela expectativa causada.
E reforçada pela porra de chuva de 10 minutos q caiu NA HORA em q começariam o show. Via-se roadies desesperados cobrindo os equipos e rodando o palco q nem barata tonta. Ficou uma dúvida sobre se cancelariam a bagaça. Felizmente ñ.
Mike Patton entrando de guarda-chuva quebrou o gelo, e dali foi ladeira abaixo.
E aqui, faço o link ao post “Culhão” de ontem. Pq temia chegar lá um tanto indiferente aos sons, na medida em q, há alguns meses, comprei dvd de show dessa “Second Coming Tour” de show na Inglaterra em julho último. Temia acabar vendo o mesmo show, da mesma seqüência de mesmos sons. E ñ se deu tanto.
Trocaram 6 sons de lá pra cá – em 5 meses, mexeram dum jeito q o AC/DC ñ fez em 20 anos! – e se tvz eu reclamasse de terem faltado “The Real Thing” (q abre o dvd após a intro “Reunited”, balada r&b brega setentista, mas a ver. E tocada, apesar dumas resenhas falarem em ser “Midnight Cowboy”. Porra nenhuma), “Introduce Yourself” ou “Cuckoo For Caca”, por outro lado, botaram no set “Caralho Voador” (executada perfeita em sua ambiência estranha), “Ricochet” (surpresa pra mim), “King For A Day” (melhor ao vivo q no cd), “Just A Man”, apoteótica/catártica, e o fecho consagrador com “Digging the Grave”.
Mesmo com Patton errando a 2ª estrofe nela.
Ah, “Be Aggressive”, q ñ gosto, poderiam ñ ter tocado. Mas ñ teve problema: 20 sons tocados, vou reclamar de quê? A galera pedindo “Falling to Pieces” (tocada no bis no Rio só), ficou frustrada por ñ rolar. Eu ñ. “Midlife Crisis” – com interlúdio com Patton, a laToy Dolls, caindo no palco pra fazer solo de tosses – e “From Out Of Nowhere” achei melhores q no tal dvd, o q me parece demonstrativo de banda q vem melhorando a cada show.
Extravagâncias existiram aos montes: nesse sentido as resenhas oficiais por aí ñ estão mentindo em nada. Como o exímio Billy Gould dedicar som – e sem sotaque – ao “Palmeiras” (ninguém ainda lembrou q, em 1995, ele tocou com camiseta do time), Patton cantar “Evidence” em português (português torto, mas mais inteligível q dum Força Macabra) e dedicá-la ao Zé Do Caixão, e a zoeira final, no final de “Just A Man”, passando rente à cerca da pista premium, instigando todos a ou cantarem os versos, ou a bradarem “porra caralho”.
Alguns poucos conseguiam se manter frios pra isso: tentavam é gritar “Mike Patton”, “Faith No More” e obviedades tais. Uma mina tentou beijar o moço, q recuou, daí um cara conseguiu: tacou um beijão nele, q ficou meio desconcertado. (Tem no You Tube a cena).
Tudo acompanhado por roadie e seguranças desesperados ahah
[Em Minas, teve onda pra cima do Atlético-MG, foi isso, Rodrigo?]
“Digging the Grave” final, foi absoluta, foi perfeita, cantei junto até ficar sem ar e dar dor de cabeça. E sabe aquele berreiro pattoniano perto do fim? Foi feito. E se o Chino Moreno ficou sabendo, ou presenciou, deveria é comprar uns Mentex de dúzia e sair vendendo em farol vermelho. No mínimo.
O som estava ótimo: podendo se ouvir tudo sem problemas. Fora um ou outro momento de teclado meio alto, ou meio baixo, e fora eu ñ ter conseguido ouvir a sirene em “From Out Of Nowhere” (vendo no You Tube, vi q teve), tudo bem.
Patton, assim com Farrell e Jorge DuPeixe, tinha mesinha de som no centro do palco para modular, regular, distorcer, corrigir (será q ñ??) a voz, sem distorcer a banda toda. Moreno ñ, precisando apelar a truques obtusos e trapaceiros: PAU NO CU.
E se for verdade se tratar de última turnê, “última vez” por aqui, ou por ali, por acolá e na Conchinchina, tudo bem pra mim. Torço pra q, como com o Carcass, o Faith No More ñ entre na presepada de querer fazer disco novo. Teriam q fazer algo monstruoso, e ñ sei se conseguiriam. Q mantenham o bom nome e o bom passado assim como ficou.
Especulação final: ñ me parece banda q irá continuar. Comunicação entre os caras durante o show é rara, por vezes truncada e áspera: um mal olha pro outro (no máximo o Patton pro Mike Bordin e pro Gould), ficando pra mim a idéia de q se juntaram pela farra e pela grana. Mas, de novo, assim como com o Carcass de 1 ano atrás, sem causar embaraços aos fãs (do tipo tocarem meia boca os sons), nem soarem caça-níqueis. Nem parecia terem encerrado atividades há 11 anos!…
Notícia de sexta-feira, sobre o McDroga (será q farão campanha televisiva a respeito?), captada do UOL:
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Milhares de pessoas fazem fila para comer último Big Mac na Islândia
Do UOL Tabloide
Em São Paulo
Ele não foi embora, mas as pessoas já estão sentindo saudade.
Milhares de islandeses fizeram fila nas lanchonetes McDonald’s para comer seus últimos Big Macs antes que a rede de fast-food norte-americana abandone o país à meia-noite de sábado.
A empresa de fast-food disse no início desta semana que vai fechar seus três restaurantes na Islândia em 31 de outubro.
As lanchonetes ficaram lotadas desde o anúncio, com filas que chegava até as ruas. Em um dos restaurantes da capital Reykjavik, ao meio dia de sexta-feira, o estacionamento estava lotado e os funcionários trabalhavam furiosamente para atender aos pedidos.
“Essa é minha última chance por um tempo de comer um Big Mac“, disse à Reuters Siggi, vendedor de 28 anos que esperava na fila.
“Como está a economia, não vou viajar para o exterior tão cedo”, acrescentou. “Não é que eu seja um grande fã do McDonald’s, mas um Big Mac de vez em quando é bom para variar.”
A Islândia está sofrendo os efeitos da crise econômica desde outubro de 2008, quando seus bancos entraram em colapso no espaço de uma semana, sob o peso de bilhões de dólares em dívidas.
O fechamento dos bancos abalou a confiança na economia da Islândia e derrubou sua moeda, a coroa islandesa. O McDonald’s disse que a fragilidade da coroa foi parte do motivo para sua retirada, junto com o alto custo da importação de alimentos para o país gelado.
O McDonald’s disse que não pensa em voltar para a Islândia.