40 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
… o q ficou?
Percalço grandão na carreira dos caras, q poderiam ter decolado mais. Em meio ao histórico copioso e detalhado contido na versão remasterizada (2013) q tenho, estilo 2 em 1, “Picture” (1980) + “Diamond Dreamer” (1982):
“Meanwhile, PICTURE had become very popular in Germany, Japan, South America and Central America.
In Mexico, PICTURE was even awarded third place in a popularity poll, only having to put up with KISS and Black Sabbath in first and second place. PICTURE was even invited to go on a concert tour with KISS. Unfortunately, there wasn’t enough money to pay the airplane tickets and other expenses. They were really cheesed off. All the more so when you think of what happened with Iron Maiden after their tour with KISS. Since Shmoulik thought they could use some reinforcement for their live concerts in order to live up to the hardcore savagery of the Diamond Dreamer album, he brought in guitarist Chriz van Jaarsveld, with whom he had already played in his former band Hammerhead. After a few months, however, the band experienced quite a serious setback.
Although nobody can remember what exactly had led up to it, there had been a small fight between manager Henk van Antwerpen and Shmoulik. The result was that Shmoulik was expelled from the band.
Minor irritations all to easily led up to full blown arguments. Again they were forced to look out for another singer“.
DISCOS DO PICTURE PRA MIM:
Tem outros 5 discos, mas nem fui atrás mais.
* S.U.P. em maio/14
MELHORES BANDAS, METAL OU PESADAS, CUJO NOME Ñ COMBINA TANTO ASSIM:
MELHORES ÁLBUNS ONÍRICOS, PRA MIM:
* S.U.P. por aqui em fev./14
+ S.U.P. por aqui em mai./14
MELHORES ARTISTAS/BANDAS Q CONHECI EM 2014:
Ano passado, a 1ª lista do ano foi uma de “Promessas para 2014”. Ñ repeti uma de mesmo estilo por conta de só ter conseguido cumprir 3 delas (ouvir som um pouco mais baixo no carro, perder peso e ver metade dos dvd’s de séries compradas).
Ñ li “O Iluminado”, “Moby Dick” nem “A Revolta de Atlas” – por aqui ainda nas prateleiras – tampouco cheguei ao show 200 com a banda cover, nem tirei férias, ouvi “Operation: Mindcrime” ou os 3 discos do Genesis q tenho. Ñ deu tempo. Daí, deixei pra lá atualizar isso ahah
Lista de “melhores de 2014” posto terça q vem, dia 13. Ainda tenho algumas coisas pra desempatar…
“Diamond Dreamer”, Picture, 1982, Backdoor/Tribunal Records/Hellion
sons: LADY LIGHTNING / NIGHT HUNTER / HOT LOVIN’ / DIAMOND DREAMER / MESSAGE FROM HELL / YOU’RE ALL ALONE / LOUSY LADY / THE HANGMAN / GET ME ROCK’N’ROLL / YOU’RE TOUCHING ME
formação: Shmoulik Avigal (vocals & backing vocals), Jan Bechtum (guitar/keyboards), Rinus Vreugdenhil (bass), Laurens “Bakkie” Bakker (drums)
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Nunca é tarde demais pra se descobrir bandas boas do passado. E nunca se é velho demais pra se encantar com bandas do passado como o Picture, q poderiam ter tido melhor sorte. Mercadológica, claro.
Os amigos das antigas por aqui provavelmente objetarão: “porra, esse cara nunca tinha ouvido Picture? Tive patchs do Picture nos meus jackos!”… Pois deixo cair uma máscara aqui: até 15 dias atrás nunca nem tinha visto ou ouvido nada deles.
Pra piorar ainda mais o desgosto de ñ tê-los conhecido anteriormente: indiquei prum amigo vocalista (do Ministério da Discórdia) no Facebook este “Diamond Dreamer”, supondo q ñ conhecesse os holandeses… até o sujeito me retrucar um “vi os caras no Manifesto sábado passado. Com Grim Reaper abrindo”. Ou fechando. Porra.
Por algum motivo tvz intuitivo fiquei sabendo dos relançamentos recentes e remasterizados dos 4 primeiros álbuns da banda – “Picture 1”, “Heavy Metal Ears”, “Diamond Dreamer” e “Eternal Dark” – registrados initerruptos entre 1980 e 1983, em versões acrílicas “2 em 1”, contendo capas e encarte com histórico e informações básicas.
E apenas com uma relativa esquisitice: 1º e 3º constando num disco (o último como capa) e 2º e 4º num outro (o último como capa)… provavelmente por conta das capas dos discos “3º” e “4º” serem mais legais.
Pessoalmente, creio ter sido ótimo momento pra conhecê-l0s: tivesse feito ainda nos 80’s, tvz tivesse gostado um tanto, enjoado e os abandonado às traças. Por imaturidade: me interessava bem mais o BARULHO e a VELOCIDADE antigamente. Tocando bateria, provavelmente descartaria a banda pelo trabalho “pobre” do baterista, além do mais. Por outro lado, conhecer Picture agora – podendo situá-los na cronologia do heavy metal mais detidamente – me fez apreciar o trabalho, q alguém com os ouvidos de “hoje” tvz pudesse considerar derivativo, comum.
Explico: a banda carregava muita influência de Judas Priest, Rainbow e Thin Lizzy – “Lady Lightning”, na abertura deste “Diamond Dreamer” entrega de bandeja a dos 2 últimos – e o contexto da época, com Saxon (com quem fizeram turnê conjunta), NWOBHM rolando (naquela pegada característica, meio hard rock, meio metal), Grave Digger ainda nem nascido e Accept formatando seu som, lhes era contemporâneo. Atualmente, montes de bandas consideradas “true metal” ou “metal tradicional” beberam dessa fonte e a vulgarizaram, desgastaram.
Os sujeitos, ainda q comentendo uma “NWOBHM holandesa”, foram das tantas a criar esse molde sonoro. Porém, ñ os culpo pelas porcarias posteriores emuladoras de tal formato: “seguidores” tendem a diluir as coisas de fato. O zeitgeist oitentista de fazer heavy metal era assim mesmo: direto, sem firulas e na cara.
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As guitarras se valem de bases às vezes muito parecidas, ocasionalmente recorrendo a palhetadas mais tercinadas – o q o thrash metal vindouro desenvolveria à exaustão – apenas em “Get Me Rock’n’Roll”, e ainda mais ocasionalmente a riff (como em “The Hangman” – diferenciada no todo por ser tb mais sombria). Tremendo guitarrista este Jan Bechtum, de bom gosto em criação de climas e adepto de solos enxutos – o q ñ significa, mesmo, solos feitos pra constar ou de qualquer jeito.
As levadas baterísticas são bem diretas e simples, de poucas firulas e uso parcimonioso dos 2 bumbos; meio rolando “o q a música pedia”. Básicas, ñ pobres. Se ñ era tão ostensivamente técnico, o tal “Bakkie” ao menos demonstrava bastante segurança e pegada – diria q soando até melhor q o baterista do Judas Priest à época, nesse sentido. O baixista Vreugdenhil é discreto até a página 2, oferecendo a “ponte” entre ritmo e melodias – fora dar peso aos sons – como baixistas hoje em dia meio desaprenderam.
O vocalista de nome estranho – um israelense radicado na Holanda, atualmente ainda ativo nos EUA, nalguma banda chamada Avigal – pra mim é o destaque-mor no trabalho: e se em alguns momentos chega a parecer um “David Coverdale macho” (dá-lhe “Hot Lovin'”!), ñ é demérito. Tampouco seu drive vocal, tão característico dum outro gigante vocal, Ronnie James Dio. Sujetivo isso, mas ñ me cansa a paciência, e creio tb ñ o fazer em quem arriscar ouvir o trabalho.
O fato de ter sido este o único disco da banda de q participou – rancou fora pq brigou com o empresário, diz o histórico (ñ traduzido) no encarte – acho realmente lamentável: “Diamond Dreamer” me é o preferido nesses 4 relançados, sobretudo por ele. Ainda q provavelmente pouco tenha colaborado com letras, todas bem parecidas: construções simples de duas ou três (raras) estrofes + refrão q repete o título. E tratando de mulheres fatais/idealizadas ou de sujeitos outsiders, durões, rock’n’roll. Sem variações.
O feeling de Avigal fez muita diferença aqui, bem mais q a crueza dos vocalistas anterior (Ronald van Prooijen) e posterior (Pete Lovell – presente na “volta” dos caras à ativa desde 2009). E tvz elevasse a banda ao sucesso comercial bem mais q sua conversão a um heavy metal mais padronizado (metido a ocultista, inclusive) em “Eternal Dark” ou q o uso de bateria eletrônica num mal afamado 5º álbum chamado “Traitor”…
Meus sons preferidos são os mais pesados: “Lady Lightning”, “Message From Hell” (o som mais Priest ñ feito pela horda de Tipton e Dawning), “You’re All Alone” e a faixa-título. No entanto, “Diamond Dreamer” é bastante homogêneo, fora compacto (ñ chega a 40 minutos – outra boa característica discográfica da época)… com o bônus da balada indefectível aparecer em último: “You’re Touching Me”. No entanto, sem ofender ou abusar da sacarose.
O Picture ficou pelo caminho, mas nem tanto: tornou-se banda cultuada (vejo escarrada influência deles em muita banda brasuca oitentista, tipo Centúrias), e vem retomando trajetória. “Diamond Dreamer” me soa álbum q envelheceu bem, e ñ me parece tão pouca bosta isso: tirando Iron Maiden e Saxon (Def Leppard tb, vá lá) e suas evoluções e peculiares mudanças – q as fizeram sobreviver até hj – qual banda de veia NWOBHM teria passado no teste do tempo assim tão bem, sem ter virado fetiche de Lars Ulrich ou motivo de adoração embolorada?
Além disso, agora q eu já os conheço e curto, posso tb mandar se foder quem nunca os ouviu ahahah
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=0xxYZcgjvqw[/youtube]
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CATA PIOLHO CCXXX – capístico.
Ñ fosse eu tão fã de Rush, os acusaria de plágio, na cara dura. Prefiro considerar o último momento de influência salutar admitida. Faço o seguinte: ponho a culpa no capista, Hugh Syme, vigarista duma figa!