OPORTUNIDADE PRA FICAR QUIETO
Achei q ñ faria mais este tipo de pauta, por si só já obsoleta. Mas, nem tanto…
Sábado fui na balada do Baraldi, Márcio Baraldi (o cartunista), q é uma q ele faz uma vez por ano no Blackmore de graça, sempre numa tarde de sábado, com água, refri e salgadinho de graça, mais uns computadores à disposição pruma molecada jogar o joguinho do Roko-Loko.
E como é de tradição dessa festa anual, sempre toca o Exxótica (doravante tratado por Xoxxótica), por conta de ser banda da trilha do joguinho, por lá. O bônus deste ano é q a Cracker Blues – banda q tocou no meu casório em setembro, e gentes boníssimas – tb tocaria. Tb tocou.
Mas o Xoxxótica tocou antes.
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E aí, lá pelas tantas veio a seção de “falar asneiras” do baixista mascarado (duplo sentido mesmo!), o tal Marcelo Rossi – q só anteontem soube ñ se tratar do fotógrafo homônimo. Começou no auto-elogio de praxe: “o Xoxxótica está fazendo 9 anos”…
(e eu com isso?)
“e este é nosso último show no ano. Mas pro ano q vem prometemos mais shows…”, no q emenda a falar da falta de show do Xoxxótica por conta duma “invasão de bandas gringas” q roubam o espaço deles. De muita banda meia-boca (sem dar nomes aos bois) q vem pra cá “e lota” os lugares.
(é mesmo?)
Nos 2 ou 3 intervalos entre músicas seguintes, o sujeito continuou no mesmo discurso boçal, aprofundando o veneno besta, dizendo q, por ele, banda gringa nenhuma tocaria mais por aqui, q se pudesse “enquadraria” e “reteria os gringos no aeroporto”, mandando-os de volta, citando ae Paul Stanley, Axl Rose e Angus Young como prováveis vítimas de seu clamor por justiça.
O q poderia soar engraçado e irreverente, ñ soou. O cara parecia falar sério. Ñ adiantou muito o vocal tentar passar panos quentes. Numa 3ª ou 4ª fala, ante alguém na platéia reagir indignado, bradou a la Korzus: “ah, cês são tudo uns paga-pau!!!”.
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A meia dúzia q gosta realmente da banda continuou meio ali, sem muito reagir. Eu já ñ agüentava mais e fui pra rua, esperar a vez da Cracker Blues, assim como muitos presentes. Quer dizer: vc vai a um show de graça pra ser XINGADO por alguém q acha INJUSTIÇA ñ ter show, ñ ter público?
Esse papinho IDIOTA de muita banda brasuca q acha q banda é Capitania Hereditária (ter muitos anos significando TER Q TER algum reconhecimento), ou pior, de achar q, por ser banda nacional, tem q ser apoiada, incentivada, ter os cd’s comprados, apenas por ser brasileiro, e ñ por ser BOM.
Como se o Xoxxótica fizesse pouco show, e ñ tenha esse sucesso todo, apenas pq POUCA GENTE realmente gosta dos sons e dos álbuns (já são 6! E umas duas coletâneas, lançadas por eles mesmos, sem aparentemente ninguém perguntar por, ou pedir).
É muito pra cabeça. O suficiente pra me demover de pagar 5 conto no 6º cd deles, ali à venda.
(pq tenho os outros 4 de estúdio, por ñ achá-los mesmo uma banda ruim. Apenas de proposta INVIÁVEL num país como o nosso)
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Quer bancar o mártir? Se dá um tiro na cabeça e espalha q foi coisa de crente intolerante.
Faça show então em lugar q ñ seja só o consagrado e central (como o Blackmore): vá tocar em boteco em Pirituba, Ferraz De Vasconcelos, Itaquaquecetuba, pra GANHAR PÚBLICO e ñ se sentir injustiçado. Ganhando o dinheiro da gasolina apenas, e tudo bem.
É o tipo de banda q jamais faria, nem fará, isso. Se acham muito grandes, se acham muito fodas. Se ñ se acham, O BAIXISTA acha, e isso é o q queimará o (pouco) filme da banda. E ñ tardará a hora, daqui uns 10 anos, na festa anual – e idem show deles – do Baraldi de 2019, o cara aparecer pra tocar e falar “o Xoxxótica (cof, cof) está (espirra e peida) fazendo 19 anos”.
Eu estarei por ali pra gritar: “e eu com isso? Vim aqui pra dar moral pro Baraldi, porra!”.
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Isso pq prefiro nem entrar na HIPOCRISIA das declarações infelizes. Pois:
1) a gente é paga-pau? E o Xoxxótica ñ era banda cover de Kiss até há bem pouco tempo?
2) meses atrás, por fonte confiabilíssima (juro pra vcs), soube q estavam interessados e ávidos por abrirem o show do Kiss aqui em São Paulo, o q ñ rolaria (ñ rolou) pq a produção pedia 10 mil pra isso.
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Por fim, cabe dizer: a Cracker Blues sem apelações, tampouco arroubos psicóticos de genialidade injustamente enrustida, com músicos afiados e músicas do 1º álbum, “Entre o México e o Inferno”, aliadas a versões de ZZ Top, Lynyrd Skynyrd e Jimi Hendrix, comeu o Xoxxótica com farinha. E tenho dito!
(como tb a galera q colou, e realmente AGITOU COM ELES, na beira do palco)
FC
9 de dezembro de 2009 @ 10:47
Não dá para entender, esses caras devem ser autistas. Eles realmente acham que Kiss e AC/DC roubam espaço de alguém? Por esse raciocínio, quer dizer então que se os australianos não viessem, o Morumbi estaria lotado para ver o Xoxxótica?
Papinho furado e cansativo esse.
Mônica Schwarzwald
9 de dezembro de 2009 @ 13:48
Já tive a “oportunidade” de conhecer o tal baixista do Xoxxótica e, faço minhas as palavras analiticamente profundas do Txuca. O cara se acha o máximo e, no fundo, os paga-paus são eles. Afinal, são xerox (não cover) do Kiss, enfadonhos e repetitivos nos shows, mas não assumem. Vão tocar maracatu ou axé, se são tão brasileiros e xenófobos assim.
Marco Txuca
9 de dezembro de 2009 @ 14:37
Boa!
Alan Pascal
9 de dezembro de 2009 @ 17:31
Isso tudo parece derivar de um falso conceito que muitos seguem quando, em algum momento da vida, resolvem se meter a tocar um instrumento musical. A fama. Aí troca-se o fim pelos meios, o indivíduo quer ser músico pra ser famoso, ter relações sexuais e consumir drogas e não para desenvolver um trabalho artístico relevante. Logo, a realidade se mostra um tanto hostil e vemos a frustração aflorar como no comportamento do xoxxótico.
Jairo
9 de dezembro de 2009 @ 23:35
Relendo uns posts atrás, o Deicide ta R$70,00 e pode pegar comigo mesmo, se quiser, tem promoção de ingresso mais cd, hehehhe.
A quem interessar, me manda e-mail
[email protected]
Carol
10 de dezembro de 2009 @ 15:21
A Cracker Blues deu um baile no Xoxótica!!! A galera agitou muito e tinha até uma tia gorda na beira do palco rebolando muito que ninguém sabia da onde akela figura veio!! kakaka
Foi um show profissa ! Não é a toa que os caras foram Headliners no Bourbon Street agora em Novembro/09. Estão mandando muito bem!!
Rodrigo Gomes
10 de dezembro de 2009 @ 23:00
Assunto meio complexo. Nada conheço de Exxotica, então nem vou falar no caso deles especificamente. Mas é fato que brasileiro não costuma valorizar muito as bandas daqui. Antes que falem que to na fase Korzus criticando os “paga pau de gringo”, não é nada disso. Pra mim banda brasileira ruim tem mais é que se foder mesmo, não tem que ter nenhum tipo de complacência. Mas o que pega é que vemos várias bandas lançarem bons discos e parar com a carreira porque não dá em nada. É um pecado isso. E sim, acho um absurdo nego pagar rindo 100,150 reais pra ver uma banda da segunda divisão do metal mundial, e ficar regulando mixaria pra ver uma BOA banda brasileira. Nada contra quem paga caro pra ver banda gringa (eu mesmo faço isso muito), mas tudo contra quem é mão-de-vaca e não apoia QUEM MERECE ser apoiado, pórque sim, brasileiro tem complexo de vira-latas. Tá no sangue.
Marco Txuca
10 de dezembro de 2009 @ 23:22
Pois então, Rodrigo, deixa eu desenrolar um pouco meus palpites neste aspecto:
* em 1º, vou muito na q o novato ali acima postou. Da “realidade” q “se mostra um tanto hostil e vemos a frustração aflorar”. A gente vê banda q acha q vai ser o Iron Maiden, o Metallica, q vai estourar, q vai viver de banda. Q vai ser o próximo Sepultura.
Quando o próprio Sepultura já vem honrando o nome há uns 12 anos…
* outra coisa: discordo do público q ñ apóia. Acho q existe uma galera “miguxa” (a molecada nova, q lê Roadie Crew e vai nos fóruns do whiplash, e q incha o orkut com discussões sobre bandas até discutíveis) q poderia apoiar o “metal nacional”. Ñ fosse o fato de:
1) “cena” ñ existir. Quase existiu, mas em meados do início dos 90’s, esfarelou
2) a maioria das bandas ñ ter um pingo de HUMILDADE. Insisto: querem só tocar no Blackmore, no Manifesto etc. Ninguém pega o carro do papai emprestado pra ir tocar na periferia, ou no interior. Onde existe um público ávido.
Muitas vezes, tocando com a banda cover em lugares assim, cansei de ver gente vindo cumprimentar e agradecer por termos ido lá longe. Enfim.
O q acho, entre muitas outras coisas q a discussão aqui pode até desabrochar (ñ considerem a discussão encerrada apenas pq o editor-chefe palpitou agora!), é q o metal nacional CARECE DE CREDIBILIDADE.
E de ambição: nego, quando muito, ambiciona abrir show de gringo. Tudo paga-pau, sim. Nego acha q gravar cd é alguma coisa. Só no metal nêgo acha isso: tá cheio de forrozeiro e emo e punk (as bandas punk dão de 1000 nas de metal em termos de atitude e iniciativa. Eu, pelo menos, acho) q grava disco pra caralho por aí.
Isso ñ é nada, pq cd encalha. Tá cheio de banda “promessa” da Hellion duns anos atrás, q o cd custa 5 conto na Galeria.
E aí o público de metal (nós e mais gente), q é tudo, menos burro (tem uns embalos, uns tontos, uns trues, mas tudo bem) vê banda PAGAR pra abrir pra gringo, e já ñ bota mais fé.
Nego se SUBMETE a condições hostis pra ganhar espaço, e ñ ganha é porra nenhuma.
Culpa do público isso??
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Ao mesmo tempo, pessoal, saiamos do VAGO: q 3 bandas por aí vcs acham dignas de serem apoiadas?
Cito 3: Subtera, Krisiun e Golpe De Estado.
Citaria o Chaos Synopsis tb, pelo q vi na abertura do Sinister. Mas confesso ter um pé atrás (no q o Jairo certamente estará lendo): serão banda q usará bem – e por pouco tempo – o recurso de ser banda de abertura, ou se acomodarão nisso depois da 3ª ou 4ª vez?
Alan Pascal
11 de dezembro de 2009 @ 13:24
eu nem sei bem como funcionam os bastidores de uma banda mas, na base da suposição, acredito que o importante mesmo é primeiro fazer um som caprichado: boas músicas, boa performance dos músicos e que saibam o que fazer no palco. Depois tem que tocar em tudo que é buraco, mesmo que seja para só um filho de deus na platéia. E, por último, tem que ter algum diferencial, porque tá cheio de banda genérica por aí.
FC
11 de dezembro de 2009 @ 15:52
Eu não citaria o Krisiun como banda a ser apoiada, pois acredito que o caminho deles já está pavimentado, graças à própria banda, aliás, que sempre teve atitude e nunca ficou choramingando.
Eu apoiaria Imago Mortis, Andragonia e Blakk Markket. (as duas últimas bandas de amigos meus hehe)
Marco Txuca
12 de dezembro de 2009 @ 12:29
Concordo, FC, sobre o Krisiun: já tem o caminho pavimentado, e tudo. Mas é até por isso q continuo apoiando, pois os vejo como banda q ñ se acomodou.
Ñ ficam lançando disco de cover, regravando disco velho, fazendo show pra comemorar 5, 10, 15 anos. Ñ ficam prometendo show/dvd com “convidados ilustres”, essas merdas.
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Agora, quanto às “bandas pra apoiar”: Imago Mortis ainda existe?
Tava vendo no livro do Baraldi, q recém comprei (o “Hey Ho, Let’s Go”, do Roko Loko) – e cujo único defeito (do Baraldi) q vejo, é a insistência em “apoiar o metal nacional” a qualquer preço…
(tem lá uma historinha q cita “Apóie o Metal Nacional você também!!! Vá aos shows, compre os discos, tenha amor pelo Brasil”. Bah!)
… e aí, toda uma lista de bandas “revelações”, “revolucionárias”, q me ocorre perguntar: estão na ativa ou já desencanaram pq ñ fizeram “Sucesso”?
Ungodly (parou pro playboy ir correr de kart)
Mad Dragzter
Holy Sagga
Slug
Symbols
União
Oráculo
Ceremonya
Destra (estes, tem cd a 5 conto na Galeria)
Mahabanda
Harllequim
Steel Warrior
Heaven Falls
Malefactor (tocaram fora, né? E aí?)
Before Eden
Thalion (morreu, né?)
Eyes Of Shiva (ah, venderam pra caralho no Japão, né?)
Sad Theory (mineiros com entra e sai de sopranos, eram esses?)
Bastardz
Sunset Midblargh (digo, Midnight)
Laudany
Delpht
Monster (acabaram por “falta de apoio”, mas o playba produtor tá aí na ativa)
Abstract Shadows
Aquaria
Uirapuru
Khalice
Sagitta
Silent Cry
Wizards (acabaram e voltaram umas duas vezes, pra chamar atenção. Ñ conseguiram)
Tiger Cult (depois q abriram pro Destrúcho, cadê?)
Venin Noir
Versover
Vulture
Aved Tristesse
Eterna (o batera metidão fundou outra banda, e esses continuaram. Continuaram mesmo?)
Disharmonic Fields
Agressor
Kavla
Rodrigo Gomes
12 de dezembro de 2009 @ 15:15
Ah! Tira o Bastardz daí, vão tocar em BH domingo agora junto com o Dr. Sin com a produção da empresa deste que vos tecla. Estão na ativa e bem! Tudo bem que trocaram o vocalista, agora cantam em português, fazem um som mais acessível, enfim, estão querendo sair do “mundinho”, mas aí é escolha que cabe a eles, se vai dar certo ou não é outra história, e se ficou bom ou não vai de cada ouvinte.
Rodrigo Gomes
12 de dezembro de 2009 @ 15:16
O Steel Warrior acho que tá na ativa também, vi noticia deles soltando disco novo esses dias (ou meses, sei lá haha).
Symbols era tão legal…
Tucho
13 de dezembro de 2009 @ 13:55
O Korzus chamou vários fã de paga pau de gringo e lançou o Ties of Blood…e abriu pro Slipknot. ABS para o Metal Nacional.
Daniel Iasbeck
5 de fevereiro de 2010 @ 20:32
Interessante. Eu mesmo, que sou do “Bucetótica” acho esse comportamento escrotão. E pode crer que não haverá show nosso em 2019, aqualung my friend.
Daniel Iasbeck
5 de fevereiro de 2010 @ 20:35
Completando: É muito chato aguentar o Marcelo fazendo isso no palco, mas tb é escroto aguentar gente desmerecendo a banda nesse nível, né? Tudo errado.
Marco Txuca
6 de fevereiro de 2010 @ 00:29
Ora, ora, q legal. Demorou, mas até achei q aconteceria de alguém da banda ver esta bagaça, neste boteco xexelento.
E se é q vc é vc mesmo (eheh), valeu ae o espírito esportivo em comentar. Fora o de discordar do baixista: tem bandas por aí q partiriam pra apelação, ficar xingando minha mãe, etc. e tal.
E ñ acho q o post desmerece a banda tanto assim: mais a ATITUDE, q se já ñ vem queimando vcs, a curto prazo irá fazer!
E tenha certeza q a festa do Baraldi 2010 vcs estarão tocando, e eu na platéia me fazendo de surdo às merdas q o baixista eventualmente sair flatulando.
Pq acho o fim ir em show pra ser insultado.
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No mais, confesso certa ignorância: por q o Jethro Tull ali no outro comment??
wagner
14 de fevereiro de 2010 @ 11:27
“por q o Jethro Tull ali no outro comment??”
Talvez pq a A loja Aqualung (que só vende cdr diga-se de passagem), é a unica loja que vende CDs do exxotticca na galeria…rs…sério, foi o unico lugar onde eu ja vi um compacto deles…vai ver eles patrocinam os guaches da maquiagem dos caras!
wagner
14 de fevereiro de 2010 @ 11:32
AH, e parabens pro vocal mesmo, respondeu as criticas como Homem e não moleque!
Mas ainda assim eu acho a banda ruim!
Frances Insider
15 de março de 2010 @ 12:24
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! Eu tô aqui só dando risada porque o Marcelo conseguiu exatamente o que queria: criar polêmica. Vocês morderam a isca direitinho, tão fazendo propaganda do Exxótica, continuem!
Marco Txuca
15 de março de 2010 @ 15:06
Estamos, é?
Vc então está sabendo do monte de cd encomendado q estou pra ir comprar na Galeria? A multidão q freqüenta o Thrash Com H mal se agüenta de passar mais dia, mais semana, sem cd`s (CDR`s) do Xoxxótica…
Façamos assim: quando eles fizerem um OUTRO show neste ano q ñ o do Baraldi, vc pede pro baixista me deixar entrar de graça? ahahahahah
Daniel Iasbeck
15 de abril de 2010 @ 13:06
“Aqualung my friend” é só uma brincadeira estilo Luiz Boça (conhece?). Em vez de dizer só o “my friend” a gente põe o “Aqualung” antes, sacou? hehehe
Ah… e o meu comentário foi de boa sim. Eu sei que o negócio ficou escroto pra caralho com aqueles sermões no show… fazer o que, né?
Marco Txuca
16 de abril de 2010 @ 03:00
Ah, tá.
E de qualquer modo, minha sincera admiração a teu espírito esportivo.
E até a próxima festa do Baraldi! Ou nem?