1º som: “Sleepless”, videoclipe, Mtv Brasil, anos 90. Já tinha ouvido falar (lido na Bizz) sobre a banda. Vi, ñ entendi. Mas gravei em vhs pra algum dia acabar gostando
1º álbum: “In the Court Of the Crimson King”, Lp, comprado ainda nos 90’s em época em q se liquidava Lps por aqui. Ainda tenho. Cheguei a ouvir e até hj ñ curto (conhecendo o restante da obra): é da 1ª fase, pra mim bastante comum. Na mesma época comprei o “Beat” e ñ entendi. Soou estranho e ruim.
A real é q é uma puta banda, o q vim a descobrir mais recentemente. Naquilo de eu estar mais pronto, depois de velho, pra assimilar as doideiras. Em meados de 2012/2013, fui adquirindo discos da “2ª fase” (“Red”, “Starless And Bible Black”, “Larks’ Tongues In Aspic”, “U.S.A.”) e pirando neles. Aí depois os oitentistas (“Discipline”, “Beat” e “Three Of A Perfect Pair”) e o noventista incrível “Thrak”
20 anos depois, ouço “Sleepless” e entendo. E entendo o Primus ahah
“Gtr Oblq”, Vernon Reid/Elliot Sharp/David Torn, 1998, Knitting Factory Records
sons: THE SENTINEL (Reid) / ACHRONO MITES (Torn) / SLIGHTLY EAST (Sharp) / REFLECTION OF (Sharp) / VIDYA & ITCH (Torn) / XENOMORPH (Reid) / VALSE OBLIQUE (Reid, Sharp, Torn)
formação: Vernon Reid, Elliot Sharp e David Torn (guitarras, obviamente); baixos (se houver), teclados e programações de bateria ou foram eles mesmos q fizeram ou gente ñ creditada (ñ há menção alguma)
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Disco doidão. Viajante. Excêntrico.
Q eu sequer sabia existir até encontrá-lo 10 dias atrás num sebo, a preço bacana. Disco de guitarristas, o q só percebi depois de comprar; erroneamente tomei q os caras na contracapa estivessem tocando violões. Tomando como daqueles (3) discos (acústicos) clássicos/consagrados cometidos por Paco de Lucia, Al Di Meola e John McLaughlin. Nada disso.
Disco experimental. Progressivo. Abstrato.
Q o outro engano é tomá-lo como prog a laLiquid Tension Experiment. Certamente rolou muita improvisação neste “Gtr Oblq”, ao mesmo tempo em q (suponho) muita colagem; mas duvido q feito todo enquanto gravavam. Tb por ñ ser um disco prog ou indicado a estudantes de conservatório q se dedicam a aprender a tocar Dream Theater ao invés de guitarra. É outra coisa.
Tb duvido q se atrevessem a se apresentar por aí como faz o G3 satriânico. (Ainda q ñ fique bem claro ser disco de estúdio ou ao vivo). Quando muito, apresentação em boteco diminuto, pra poucos e bons devotos. Ñ é assim acessível. Nem rolam solos à velocidade da luz, ainda q “Xenomorph” beire isso.
A referência a se buscar – mais pra nós ouvindo, q pros caras – tvz seja o King Crimson. Ñ sei se os caras curtem a banda de Robert Fripp. Há muita textura e saturação, microfonias incorporadas, passagens abruptamente se sucedendo. Umas passagens inclusive emulando cítaras, alguns momentos q remetem ao Tangerine Dream.
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O lance é quase new age, beirando um contemplativo. Zen budismo para amantes das 6 cordas. Pedais de efeito a granel. Duvido q se saiba exatamente quem toca o q e onde; tem q manjar muito de modos, timbres e escalas pra distinguir. Egos diluídos na proposta.
As autorias (vide acima) são bem divididas: 2 sons por guitarrista, o derradeiro co-escrito pelos três. Q envolve quase 1 hora cravada – majoritariamente instrumental – de disco, em q as 3 primeiras músicas ultrapassam a metade da duração total. O 4º som, “Reflection Of”, tb passa dos 10 minutos. Os três últimos passam de 6, de 5 e de 4 minutos. Curtir ou ñ isto aqui passa além de incômodos a priori com músicas grandes. Na pior das possibilidades, é quase como uma suíte dividida em 7 partes.
A meu ver, tem discos prog, discos guitarrísticos e discos “fritadores” bem mais chatos q isto.
Tirando Vernon Reid, de fama no Living Colour e de 1 disco solo dele q tenho (“Masque”), desconheço – ainda – totalmente os outros dois. Nem fui muito atrás, desculpem-me ñ ter feito a lição de casa. O Allmusic.com dá como sendo disco de David Torn com convidados. Parecem ser gente afeita a trilhas sonoras e jazz lounge. Gente q sabe criar climas e ambiências.
Q, no fim, é de q se trata este “Gtr Oblq”. Calmaria e volume em surto-circuito. Jazz pra canibal meditar. Álbum pra sala de espera de sessão de tortura chinesa. Música pra ninar portadores de Síndrome do Pânico. Hinos de louvor para igrejas q vêem a Virgem Maria em cu de vaca. Tudo no bom sentido.
Melodias em meio a ruídos, ruídos em meio a ambiências, ambiências em meio à aleatoriedade. Sem afetação ou maiores pretensões. Parece tb ñ haver atonalidade hermética. Há coesão. Sei lá ainda se é um projeto q se sucedeu ou sucederá; sei q bem-sucedido foi por terem gravado e algum selo tê-lo lançado. Pra quem curte Radiohead e/ou Sonic Youth me parece tb uma boa.
Paguei 5 reais nisto e pagaria o dobro, o triplo e até o quádruplo.
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* CATA PIOLHO CCLXVI – “I Don’t Know”: Ozzy Osbourne ou Sacred Reich? // “Insane”: Mercyful Fate ou Cavalera Conspiracy? // “D.O.A.”: Van Halen ou Coroner?
Ano horrível, uns lançamentos cá, outros lá. Bora encavalar umas listas a respeito?
MELHORES ÁLBUNS DE 2017, PRA MIM:
“Red Before Black”, Cannibal Corpse
“Demonization”, Lock Up
“For the Demented”, Annihilator
“The Grinding Wheel”, Overkill
“Gods Of Violence”, Kreator
“Gods Of Chaos”, Chaos Synopsis
“The Rise Of Chaos”, Accept
“Heavy Fire”, Black Star Riders
“Testimonium”, Lacrimosa
“Under Cöver”, Motörhead [modo de dizer]
E só comprei/ouvi esses 10 lançamentos mesmo. Estou na espera do Cavalera Conspiracy novo, ainda sem previsão de sair nacional, q certamente tiraria algum desses aí do pódio
MELHORES ÁLBUNS ADQUIRIDOS EM 2017, MAS LANÇADOS NOUTROS ANOS:
“I” (ep), Meshuggah
“Seqüência Animalesca de Bicudas e Giratórias”, D.F.C.
“obZen”, Meshuggah
“The Construkction Of Light”, King Crimson
“Supernatural Birth Machine”, Cathedral
“Civilization Phase III”, Frank Zappa
“The Peel Sessions 1991-2004”, PJ Harvey
“Killing Technology”, Voïvod
“The Serpent’s Egg”, Dead Can Dance
“Year Zero”, Nine Inch Nails
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PIORES ÁLBUNS ADQUIRIDOS ESTE ANO PASSADO:
“Crypt Of the Wizard”, Mortiis
“Ronnie James Dio: This Is Your Life”, tributo ao Dio
“Mere Contemplations”, Enslavement Of Beauty
“British Lion”, Steve Harris
“Flowers”, Echo & the Bunnymen
“Scars”, Gary Moore
E foram bem poucos, pq há tempos (desde 2016) venho adotando austeridade em comprar disco. Nada de comprar se está em oferta só pelo preço, ou coisa do tipo. Além disso, tenho me achado sem tempo de ficar “descobrindo” coisas duvidosas e descobri tardiamente o You Tube como test drive eheh
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MELHORES LIVROS DEVASSADOS EM 2017 E Q ME ATREVO A RECOMENDAR:
“Futebol Ao Sol e À Sombra”, Eduardo Galeano
“A Autobiografia”, Pete Townshend
“Maré Viva”, Cilla & Rolf Börjlind
“Abandoned Places”, Henk van Rensbergen
“O Galope do Tempo (Conversas com André Barcinski)”, Marcelo Nova
“Substance – Inside New Order”, Peter Hook
“Dublê de Corpo”, Tess Gerritsen
“O Fio do Bisturi”, Tess Gerritsen
“Incrível, Fantástico, Inacreditável”, Stan Lee/Peter David/Colleen Doran
“Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei”, Paulo Coelho
PS – tem o livro-catálogo da Hipgnosis tb, mas ñ é bem um livro a ser lido. Se é q vcs me entendem…
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DISCOS DESNECESSÁRIOS DA VEZ:
o auto-tributo de Edu Falaschi (q passarei longe de ouvir) e o tributo ao Helloween por Roland Grapow, constrangedor mesmo à distância (e q tb ñ pretendo ouvir).
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SHOWS DO ANO:
o do Ratos de Porão com Lixomania, no dia mais horrendo do ano pra mim, mas q meio q salvou minha sanidade. Fora esse, vi Megadeth, Claustrofobia lançando tardiamente o “Download Hatred”, Violeta de Outono lançando disco legalzinho recente, Orquestra Sinfônica Municipal tocando trilha de “2001” e foram todos ok.
Ainda q o show sobrenatural/memorável do The Who, q só vi pela tv, tenha comido todos esses outros e vários outros ainda, com farinha e sem viagra. Puta merda.
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PREVISÕES DE SHOWS:
virão por aí o Focus, Ian Anderson, Scorpions querendo acabar, CJ Ramone sozinho ou tocando com alguém, esses arroz de festa. Cuidado quem comprou já ingresso pra Ozzy e/ou Roger Waters: vai q os velhos morrem no caminho!
ACCEPT – “The Rise Of Chaos” ANNIHILATOR – “Suicide Society” ATHEIST – “Elements” [versão comemorativa, com dvd] BLACK SABBATH – “The Eternal Idol” [recomprando em cd] CELTIC FROST – “Vanity/Nemesis” DARKTHRONE – “Soulside Journey” DAVID BOWIE WITH NINE INCH NAILS – “Back to Anger” DEAD CAN DANCE – “Anastasis” DEATH ANGEL – “Act III” [deletando arquivo] DEF LEPPARD – “Hysteria” DOWN – “Down II: A Bustle In Your Hedgerow…” [deletando arquivo] ENTOMBED – “Wolverine Blues” [aposentando fita] FALCO – “Falco Collection” GODFLESH – “Selfless” GODFLESH – “Streetcleaner” HAWKWIND – “Doremi Fasol Latido” HELLOWEEN – “Master Of the Rings” [versão dupla, aposentando fita] JOHNNY CASH – “American IV: The Man Comes Around” JOY DIVISION – “Closer” [recomprando em cd, versão comemorativa] KING CRIMSON – “The ConstruKction Of Light” LOVE – “Forever Changes” MELVINS – “Houdini” MESHUGGAH – “obZen” MOTÖRHEAD – “1916” [versão digipack, com bônus] NINE INCH NAILS – “The Downward Spiral” [aposentando fita] R.E.M. – “Murmur” [aposentando fita] R.E.M. – “Reckoning” [aposentando fita, versão comemorativa] TESTAMENT – “The Legacy” [aposentando fita] TESTAMENT – “Practice What You Preach” [aposentando fita] THE MICHAEL SCHENKER GROUP – “The Michael Schenker Group” THE WHO – “A Quick One”
Gastei as calças, voltei de cueca pro hotel. Ou quase isso. Agora é comer baratinho nos outros dias.
PS – sobre a promo de aniversário, pretendo lançar como UMA PERGUNTA na quarta-feira próxima. Se o fizer num post ao meio-dia, as pessoas interessadas conseguirão participar? (posso mudar o horário, se for o caso). E o prêmio será 1 cd, mas só irei à Galeria do Rock agora à tarde pra decidir qual…
“Kentish Town Forum – London 1st May 2006”, The Fantômas Melvins Big Band, 2008, Ipecac Recordings
sons: SACRIFICE / PAGE 27 / NIGHT GOAT / PAGE 28 / PAGE 3 / ELECTRIC LONG THIN WIRE / THE BIT / PAGE 14 / PIGS OF THE ROMAN EMPIRE / THE OMEN / HOOCH / MOMBINS HIBACHI / PAGE 23 / SKIN HORSE / CAPE FEAR / LET IT ALL BE / LOWRIDER [War] / 04.02.05 SATURDAY / PAGE 29 / 04.08.05 FRIDAY / SPIDER BABY
formação: Mike Patton (vocals, noises, electronics), Buzz Osbourne (guitars, vocals), Trevor Dunn (bass, vocals), David Scott Stone (guitars, bass, electric wire), Dave Lombardo (drums, vocals), Dale Crover (drums, vocals)
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Há 2 meses, quando adquiri este dvd, postei no Facebook algo sobre como Suzane Von Richthofen – em episódio recente de lograr a polícia, quando do indulto pro Dia das Mães (!) – ter aproveitado o ensejo pra reencontrar esses doidos queridos. Pra matar (ops!) a saudade deles.
Acho q peguei pesado… com a Richthofen.
Passando pruma cena doméstica: logo após de comprado, assistindo o conteúdo, a esposa passa e crava: “isso ñ é música!”. Ao q, tendo ficado sem reação, saí com essa: “e olha q esses caras ensaiam pra fazer isso”.
Estupefação comum, razões opostas.
O encontro é famoso, mais comentado do q visto. Desconheço se marcou época, machucou corações, deixou legado. Acho q ñ. Pq de dificílima digestão.
E o show em questão se passa sem cortes (aparentemente; pode haver uma edição excelsa), com os doidos todos (seis psicopatas em remissão?) tocando como estivessem em baile de formatura. Comportados e devidamente posicionados em seus quadrados, sem stage dives abruptos (Mike Patton ou estava medicado demais ou de menos), apenas com breve momento ‘fora da casinha’ com o nerd-mor (achei q vindo dum Weezer. Veio do tal LCD Soundsystem) Dave Scott Stone sacudindo um fio convulsivamente – em “Electric Long Thin Wire”? – pra gerar uma microfonia q nada distoa das das guitarras ou das barulheiras cometidas por Patton e sua mesinha de som.
21 sons q se passam sem q se perceba muitas vezes onde começa um, acaba o outro. Gente mais astuta pensará: “ah, quando for som do Melvins, é o Buzz cantando. Aí fica fácil”. Ñ fica: Patton mete o bedelho em tudo. Mas reconheço q conhecer bem Melvins – ñ é meu caso – ajuda na assimilação. São os sons com maior nexo de acordes ou melodias, isso dá pra quase confiar. Mas nem sempre.
Por suposição e aproximações vou tentando reconhecer um som de outro: poderia olhar separadamente, um a um, clicando no menu, mas acho trapaça. Ultimamente tenho q entre “Page 14” e “Lowrider” (q o Exodus já regravou melhor) fica um borrão só; “Spider Baby” é o bis único, daí dá pra reconhecer. Menos mal. “Sacrifice”, inicial, dura 12 minutos. Interminável. Literal.
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Outro critério de desempate poderia ser: “ah, quando forem músicas de filme [sacadas de “The Director’s Cut”], vai dar pra perceber, e daí entender melhor”. Pior q ñ muito.
Dá pra ficar mais estranho? Ô: há opção de assistirmos ao show com “comentários”, algo tornado padrão recentemente em dvd’s de música e de séries. Apenas aqui quem comenta a coisa toda é… Danny DeVito. Vixe.
Percebo alguns “sons” fantômicos contendo improvisações – como em “Page 28” e sua passagem “Angel Of Death” final, aqui esticada – o q é ainda mais bizarro: os caras realmente ensaiaram pra fazer aquilo. “Page 14” tem aqui 8 minutos; em “Amenaza Al Mundo”, tinha 2 e pouco. Patton rege a tudo e todos, todo o tempo, sobretudo os ataques epiléticos baterísticos, ora de Dave Lombardo ora de Dale Crover. Insanos ambos. Estranho, mas ñ tão díspar dum Iron Maiden atual, por exemplo: será q os ingleses põem alguma “colinha” no palco, pra ñ misturarem um som novo com algum antigo?
Tão estranho quando o Meshuggah q vi ao vivo há quase 3 anos, em q NENHUM som foi introduzido por contagem em baqueta ou chimbau: simplesmente com os caras súbita e conjuntamente iniciando som após som, sem nem olharem um pro outro. Telepatia? Ponto eletrônico? Microchips implantados nas nucas por alienígenas?
Todo modo, considero-me um privilegiado por viver na mesma época q esses doidos, e ter podido comprar esse dvd, raro (usado, sem encarte e a módicos 25 contos) tanto na oferta enquanto produto, como na proposta bizarra. Teve quem os viu – Fantômas, ñ Melvins ou The Fantômas Melvins Big Band – ao vivo por aqui anos atrás (Festival Claro Q É Rock, em 2005, de q só vi “melhores momentos” na Mtv Brasil) e provavelmente ficou sem entender muito. Ou ñ.
Pois uma parcela de apreciadores parece-me aquela das pessoas q curtem tudo – FNM, Mr. Bungle, Mondo Cane, Pepper Tom, Tomahawk, General Patton vs. The X-Ecutioners, participação em cd da Björk – q Mike Patton lança, o q reflete a carismatopatia do sujeito. Tvz apenas menor q a dum Ozzy. Sem perceber ou entender, muitas dessas pessoas parecem infectadas, sem cura nem perdão, pelo pattonismo.
Sou um desses. Ainda q com reservas (Mr. Bungle ñ acho isso tudo), o q deve ser alguma reação adversa ao quadro, curável com Meshuggah, King Crimson, Brutal Truth e/ou Frank Zappa, dos quais minha compreensão vem aumentando consideravelmente. Nos últimos 2 meses, ainda mais. Agradeço a meus vocalista e baterista (no heavy metal) preferidos por isso tb.
Os envolvidos claramente se divertiram nisto. O público presente pareceu se divertir. Cada um com seus pobremas. E as horas em q maiores entendimentos desta obra HERMÉTICA me ocorrerem, posto aos amigos por aqui em plantões especiais do Thrash Com H.
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* CATA PIOLHO CCXLIX – Jogo dos 7 Erros capísitico: