SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA THRASH COM H
“Kentish Town Forum – London 1st May 2006”, The Fantômas Melvins Big Band, 2008, Ipecac Recordings
sons: SACRIFICE / PAGE 27 / NIGHT GOAT / PAGE 28 / PAGE 3 / ELECTRIC LONG THIN WIRE / THE BIT / PAGE 14 / PIGS OF THE ROMAN EMPIRE / THE OMEN / HOOCH / MOMBINS HIBACHI / PAGE 23 / SKIN HORSE / CAPE FEAR / LET IT ALL BE / LOWRIDER [War] / 04.02.05 SATURDAY / PAGE 29 / 04.08.05 FRIDAY / SPIDER BABY
formação: Mike Patton (vocals, noises, electronics), Buzz Osbourne (guitars, vocals), Trevor Dunn (bass, vocals), David Scott Stone (guitars, bass, electric wire), Dave Lombardo (drums, vocals), Dale Crover (drums, vocals)
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Há 2 meses, quando adquiri este dvd, postei no Facebook algo sobre como Suzane Von Richthofen – em episódio recente de lograr a polícia, quando do indulto pro Dia das Mães (!) – ter aproveitado o ensejo pra reencontrar esses doidos queridos. Pra matar (ops!) a saudade deles.
Acho q peguei pesado… com a Richthofen.
Passando pruma cena doméstica: logo após de comprado, assistindo o conteúdo, a esposa passa e crava: “isso ñ é música!”. Ao q, tendo ficado sem reação, saí com essa: “e olha q esses caras ensaiam pra fazer isso”.
Estupefação comum, razões opostas.
O encontro é famoso, mais comentado do q visto. Desconheço se marcou época, machucou corações, deixou legado. Acho q ñ. Pq de dificílima digestão.
E o show em questão se passa sem cortes (aparentemente; pode haver uma edição excelsa), com os doidos todos (seis psicopatas em remissão?) tocando como estivessem em baile de formatura. Comportados e devidamente posicionados em seus quadrados, sem stage dives abruptos (Mike Patton ou estava medicado demais ou de menos), apenas com breve momento ‘fora da casinha’ com o nerd-mor (achei q vindo dum Weezer. Veio do tal LCD Soundsystem) Dave Scott Stone sacudindo um fio convulsivamente – em “Electric Long Thin Wire”? – pra gerar uma microfonia q nada distoa das das guitarras ou das barulheiras cometidas por Patton e sua mesinha de som.
21 sons q se passam sem q se perceba muitas vezes onde começa um, acaba o outro. Gente mais astuta pensará: “ah, quando for som do Melvins, é o Buzz cantando. Aí fica fácil”. Ñ fica: Patton mete o bedelho em tudo. Mas reconheço q conhecer bem Melvins – ñ é meu caso – ajuda na assimilação. São os sons com maior nexo de acordes ou melodias, isso dá pra quase confiar. Mas nem sempre.
Por suposição e aproximações vou tentando reconhecer um som de outro: poderia olhar separadamente, um a um, clicando no menu, mas acho trapaça. Ultimamente tenho q entre “Page 14” e “Lowrider” (q o Exodus já regravou melhor) fica um borrão só; “Spider Baby” é o bis único, daí dá pra reconhecer. Menos mal. “Sacrifice”, inicial, dura 12 minutos. Interminável. Literal.
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Outro critério de desempate poderia ser: “ah, quando forem músicas de filme [sacadas de “The Director’s Cut”], vai dar pra perceber, e daí entender melhor”. Pior q ñ muito.
Dá pra ficar mais estranho? Ô: há opção de assistirmos ao show com “comentários”, algo tornado padrão recentemente em dvd’s de música e de séries. Apenas aqui quem comenta a coisa toda é… Danny DeVito. Vixe.
Percebo alguns “sons” fantômicos contendo improvisações – como em “Page 28” e sua passagem “Angel Of Death” final, aqui esticada – o q é ainda mais bizarro: os caras realmente ensaiaram pra fazer aquilo. “Page 14” tem aqui 8 minutos; em “Amenaza Al Mundo”, tinha 2 e pouco. Patton rege a tudo e todos, todo o tempo, sobretudo os ataques epiléticos baterísticos, ora de Dave Lombardo ora de Dale Crover. Insanos ambos. Estranho, mas ñ tão díspar dum Iron Maiden atual, por exemplo: será q os ingleses põem alguma “colinha” no palco, pra ñ misturarem um som novo com algum antigo?
Tão estranho quando o Meshuggah q vi ao vivo há quase 3 anos, em q NENHUM som foi introduzido por contagem em baqueta ou chimbau: simplesmente com os caras súbita e conjuntamente iniciando som após som, sem nem olharem um pro outro. Telepatia? Ponto eletrônico? Microchips implantados nas nucas por alienígenas?
Todo modo, considero-me um privilegiado por viver na mesma época q esses doidos, e ter podido comprar esse dvd, raro (usado, sem encarte e a módicos 25 contos) tanto na oferta enquanto produto, como na proposta bizarra. Teve quem os viu – Fantômas, ñ Melvins ou The Fantômas Melvins Big Band – ao vivo por aqui anos atrás (Festival Claro Q É Rock, em 2005, de q só vi “melhores momentos” na Mtv Brasil) e provavelmente ficou sem entender muito. Ou ñ.
Pois uma parcela de apreciadores parece-me aquela das pessoas q curtem tudo – FNM, Mr. Bungle, Mondo Cane, Pepper Tom, Tomahawk, General Patton vs. The X-Ecutioners, participação em cd da Björk – q Mike Patton lança, o q reflete a carismatopatia do sujeito. Tvz apenas menor q a dum Ozzy. Sem perceber ou entender, muitas dessas pessoas parecem infectadas, sem cura nem perdão, pelo pattonismo.
Sou um desses. Ainda q com reservas (Mr. Bungle ñ acho isso tudo), o q deve ser alguma reação adversa ao quadro, curável com Meshuggah, King Crimson, Brutal Truth e/ou Frank Zappa, dos quais minha compreensão vem aumentando consideravelmente. Nos últimos 2 meses, ainda mais. Agradeço a meus vocalista e baterista (no heavy metal) preferidos por isso tb.
Os envolvidos claramente se divertiram nisto. O público presente pareceu se divertir. Cada um com seus pobremas. E as horas em q maiores entendimentos desta obra HERMÉTICA me ocorrerem, posto aos amigos por aqui em plantões especiais do Thrash Com H.
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CATA PIOLHO CCXLIX – Jogo dos 7 Erros capísitico:
Tiago Rolim
25 de junho de 2016 @ 22:40
Tenho esse dvd é só vi uma vez. Realmente é impressionante a loucura controlada e consistentemente dos caras. Tenho que rever para uma melhor opinião. Mas me impressionou positivamente. É a anti música a serviço da música. Vai saber..?
bonna, generval
27 de junho de 2016 @ 16:52
no show de 2005 com o Terry Bozzio na bateria, deu para perceber que ele lia partitura (!) das canções (!?) do Fantômas.
Marco Txuca
27 de junho de 2016 @ 19:18
Vai ver ele estava estudando Zappa enquanto tocava. Bozzio é outro maluco de pedra…