LENDO AGORA

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E me surpreendendo: autobiografia bastante lúcida e sóbria. Repleta de detalhes, mas sem qualquer mimimi.

Como a de Dave Mustaine, em nenhum momento Duff McKagan se faz de vítima neste “É Tão Fácil – E Outras Mentiras” (poderiam ñ ter traduzido o título, hum?), lançada por aqui pela Editora Rocco ano passado. Por outro lado, ainda estou no capítulo 13º – são 65 totais – e nada até agora me fez querer parar.

Relatos ainda estão no pré-“Appetite For Destrúcho”, quando eram uma banda de mulambos hostilizada pelas bandas glam e aceitos com casca e tudo pelos punks de Los Angeles. Duff foi o elo de ligação da formação clássica do Guns N’Roses – havia tocado separadamente com Slash e Steven Adler em projeto natimorto (Road Crew), e com Axl e Izzy Stradlin num GNR embriônico – e isso eu ñ sabia. Legal.

Impressão de sujeito idealista, mas ñ completamente porra-louca, só ñ menos lúcido q Axl, retratado (até agora) como dos menos insanos da paróquia…

O livro ñ é linear, alternando capítulos em q fala de infância (tem outros 7 irmãos/irmãs mais velhos, um com diferença de 14 anos) em Seattle, adolescência de goró, drogas, pequenos furtos e empregos em padarias, como dos percalços pra se mudar pra L.A. com 360 dólares no bolso pra tentar “acontecer”.

Parece ter tido ajuda dalgum ghost writter (Tim Mohr), meio como Mustaine, Anthony Kiedis e Peter Criss tiveram em suas autobiografias; naquela presença de tentar organizar as coisas, coisa e tal. Mas sua prosa é fluente e a tradução bisonhamente ainda ñ marcou presença equivocada – como numa bio sobre Syd Barrett q recentemente li, q traduziu “roadie” por “estradinha”… – o q é mais estímulo pra continuar lendo.

Hora q eu acabar de vez, dou meu crivo de valer a pena ou ñ. Por ora, está valendo bastante.

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PS – a tal cerveja “Duff”, hoje real, antes só de presença no desenho dos Simpsons, tem a ver com o cara e sua lendária fama de bebum. Q ñ tinha como saber, à época, q poderia ganhar muito (mais) dinheiro com copyrights