METAL SOLIDÁRIO
Em 3 partes:
I) e essa campanha do Gojira?
Na cola do single, os caras ficando grandões, assumindo a influência do Sepultura e, aparentemente, querendo ajudar os índios aqui. Apontando instituições e ONGs pertinentes.
Pelo q tenho acompanhado à distância, ilustres do metal e do hard rock andaram doando instrumentos musicais para serem leiloados, com fundos dirigidos à causa. É isso? Slash já doou, Lenny Kravitz (pecuarista aqui, ñ sei se vcs sabem), alguém do Metallica (Trujillo, claro. Hetfield? Esquece) e etc.
Meu pé atrás: já rolaram experiências caridosas mainstream antes, George Harrison fazendo show pra Bangladesh, Bob Geldof ressuscitando o Queen e pondo uns dinossauros pra passar vexame em prol da Etiópia, o USA For Africa, aquele “Stars”, do Dio. Dos quais soubemos q muito pouco ou NADA da arrecadação foi pra quem deveria.
Será q algo mudou aí? Ao mesmo tempo, o q me soa interessante é algum ativismo mais pró ativo no metal [isentão vai relinchar q “Gojira ñ é metal”], q pode fazer com q a massa crítica (a q pertencemos aqui) mostre mais a cara e os tr00 fiquem mamando kitgays no esgoto recalcado de onde ñ deveriam ter saído.
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II) Tom Hunting e o câncer
Todo mundo soube: Tom Hunting – reserva moral, melhor baterista e fundador do Exodus – foi diagnosticado com câncer e ñ tem grana pra custear o tratamento.
Nem é o caso de “já teve grana”. Nunca teve. Aquilo recorrente aqui no blog, já conversado inúmeras vezes, de q o pessoal do metal “série b” e várzea realmente ñ tem onde cair morto. Literalmente. Mas q um ou outro metaleiro tonto ainda fica acreditando em mansões, Ferraris, top models e rios de dinheiro.
Aquele tipo de metaleiro q só curte o som pelo som e ainda defende o MONSTRO (ae!) Bostonaro.
Pois é: fizeram o crowdfunding – me respeita, q eu sou do tempo da “vaquinha”! – e em poucos dias arrecadaram o q precisava e mais um pouco. Metallica compareceu (Kirk, claro. Lars, esquece) fez um pix de 5 paus.
Impressão de q, independente da pandemia, isso se tornará mais freqüente nos próximos anos…
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III) Bruce Dickinson e os 280km
É um certo Heavy Metal Truants, criado por Rod Smallwood, visando caridade e caravana até o festival de Donington. O link acima esclarece bastante.
Uma das instituições a receber o auxílio financeiro é a Nordoff-Robbins, um misto de escola de música com clínica terapêutica (foco maior é o trabalho em Musicoterapia) e tb uma linha terapêutica na própria Musicoterapia, com trabalhos referendados nos EUA e Canadá há mais de 40 anos.
Ñ achei o vídeo da campanha, com Bruce convocando um pessoal a pedalar, mas puxei esse acima (de 2015) dele fazendo uma visita a um dos centros Nordoff Robbins. Ñ é oportunismo marqueteiro.
O sujeito poderia estar por aí lutando esgrima, pilotando avião (ou ñ), cantando em live do Iron Maiden (ñ fizeram nenhuma mesmo?), curtindo a esposa com metade da idade, mas ñ fica parado e resolveu demonstrar EMPATIA, como ñ?
Acho do caralho.
FC
13 de maio de 2021 @ 18:33
É mais fácil que os baluartes do “metau nassionau” façam música pra arrecadar fundos pra eles mesmos, já que o público, veja só que absurdo, prefere ir ao show do Guns e do AC/DC e não no deles.
E o Kirk doou foi pouco. US$ 5 mil é o que o cara ganha de royalties por dia por ter composto o riff de Enter Sandman.