Algo q um ex-amigo chileno na época do colegial já havia me mostrado. No Chile, os discos estrangeiros (de língua inglesa) saíam com títulos e nomes de músicas traduzidos pra espanhol, em capa e contracapas.
Puxei no Google: achei um artigo de Collector’s Room de março de 2016, assinado por Ricardo Seelig, de onde printei as fotos e o link, abaixo.
Nada de “curiosa tradição argentina”. Decreto de Ditadura Militar por lá, apenas e tão somente.
Até engraçado (pra mim, até mais motivo pra Inglaterra fazer guerra com Argentina do q posse das Ilhas Malvinas), mas ridículo ao mesmo tempo. Coisa de ditadura, q ao invés de censurar de vez resolveu dar um migué.
Gostaria de tentar encontrar alguma reação da EMI ou CBS a esse respeito. É (era, ñ sei se ainda rola) adulteração de capa.
E se rola um “valor de colecionador”, me parece sem querer. Como eventualmente algum isentão bostonarista ponderar q no Japão (de onde encomendou os cds do Franga) “é assim tb”. Só q ñ: no Japão, se traduz as letras nos encartes, sem zoar as capas.
Pelo menos ñ traduziam os nomes das bandas. Parece q na Argentina mesmo boçalidade tinha algum freio.
Em julho de 2020 fiz mês temático sobre bateristas: suas permanências, iminências, imanências e intermitências em bandas. Desta vez deste mês a pauta será baixistas, os seres mais… peculiares na música.
TOP 10 BANDAS Q TROCARAM O BAIXISTA ORIGINAL APENAS, E SÓ UMA, VEZ: (critério: preferências pessoais misturadas a impacto da mudança e permanência desde então)
Living Colour [Muzz Skillings pra Doug Wimbish]
Alice in Chains [Mike Starr pra Mike Inez]
Anthrax [Dan Lilker pra Frank Bello]
Exodus [Rob McKillop pra Jack Gibson]
Ramones [Dee Dee pra CJ]
Nightwish [Sami Vänskä pra Marco Hietala]*
Rolling Stones [Bill Wyman pra Daryl Jones]
Arch Enemy [Michael Bengtsson pra Sharlee D’Angelo]
Van Halen [Michael Anthony pra Wolfgang Van Halen]
Franga [Luís Mariutti pra Felipe Andreoli – pra inteirar 10]
*Hietala q recentemente saiu – da vida musical, inclusive – chutando o pau geral em comunicado, mas q como a banda ñ anunciou ainda substituto, faz parte ainda da lista
OBS: Nightwish e Arch Enemy tiveram em seus respectivos discos de estréia os guitarristas (Empuu e Amott) gravando os baixos. Nesse sentido, o critério baixistas originais se manteve. Ainda q tardios.
Ao contrário do q a lista da última sebunda sugeriu, bandas q nunca mudaram de baterista, no metal e na música em geral, ñ são assim raras.
Compilei hoje bandas cuja permanência do baterista desde o início fica combinada num coeficiente q mistura anos de banda com mudanças de formação. Ñ sou de exatas, por isso fica troncho ahah
Se a banda é antiga, mas ñ mudou muito de formação, perde pra uma eventual q nunca mudou de formação mas manteve o mesmo baterista. Ou se a banda ñ é tão antiga, mas mudou muito a formação sem mudar o baterista, ranqueei meio esquisito tb. Critério de preferências tb. Lista aberta a participações e críticas:
BANDAS Q NUNCA MUDARAM DE BATERISTA:
Rolling Stones [Charlie Watts – 4 formações; 56 anos de banda]
Vivemos os tempos das lives. Ñ exatamente novas. Novidade é mais gente prestando atenção nelas.
Vi lives de ensaios. Jeito bacana de bandas ñ pararem. Tecnologia sendo usada a favor da música e das relações. Teve a do Rolling Stones, com Charlie Watts arrebentando nas malas, desde então um clássico.
Mas um outro Charlie tem se divertido mais, pelo jeito. Charlie Benante. Meio ressuscitando o S.O.D. na parada.
(reparem a camiseta de Dan Lilker)
E fazendo umas outras tb, q ainda ñ vi. Tipo tocando Rush com amigos e etc.
E aí, fica vendo live de sertanejo bolsonóia, bootleg de Metallica ou voz e violão sofríveis quem quer…
Estava reparando que alguns dos meus álbuns favoritos de artistas que admiro não são necessariamente considerados entre seus melhores trabalhos. Alguns foram muito criticados por serem comerciais, outros por serem fracos e outros tantos, simplesmente equivocados.
Não que eu os ache fantásticos, mas tenho por vezes uma relação afetiva com esses álbuns, muitos deles descobertos décadas atrás, ainda na era dos LPs, quando pouco chegava até nós. Então qualquer coisa virava ouro, devido à raridade. Eis alguns de que me lembro agora:
Judas Priest: “Ram It Down”
Feito com as sobras do álbum anterior, que por sua vez já não foi grandes coisas. A produção é limpa e cristalina demais e o som não tem peso nem graves. Mas curto muito algumas músicas e acho que funcionariam muito bem ao vivo. E Halford está cantando muito.
At War: “Ordered to Kill”
Tosqueira de estréia desse trio terceira divisão da Virgínia. Curtia muito seu som limitado, bem calcado em Motörhead. Música burra, porém honesta.
Ozzy Osbourne: “The Ultimate Sin”
Alguns consideram este o ponto mais baixo da carreira solo do Madman, e talvez até seja. Foi o primeiro álbum inteiro do Ozzy que tive e ouvi, ainda em cassete original. Tem algumas boas canções: o que mata mesmo é a produção da época, tentando transformar seu som para o gosto do público hair metal.
Rolling Stones: “Dirty Work”
Stones tentando sobreviver aos coloridos anos 80 e à dominância da new wave. Mas o álbum nada tem de feliz, e notoriamente Mick e Keith nem estavam se falando durante sua composição, gravação e tour que sucedeu. Tem uns climas meio sombrios e traz a guitarra de Keith bem pesada em alguns momentos. Como bônus, solo não creditado de Jimmy Page em duas músicas.
Kiss: “The Elder”
Quando coloquei minhas mãos nesse LP, só conhecia então “Creatures Of the Night” e a coletânea “Kiss Killers”. Apesar de toda a controvérsia que o acompanha, acho um bom álbum, com passagens bem pesadas, quase heavy metal. Não soa como Kiss, e talvez por isso seja tão interessante.
AC/DC: “Fly On the Wall”
Primeiro LP da banda que tive, e ouvi muito. Talvez as composições não sejam muito inspiradas, mas as guitarras estão rasgando tudo e o vocal de Brian Johnson nunca esteve tão esganiçado.
Titãs: “Tudo Ao Mesmo Tempo Agora”
Disco maldito da banda, vindo na seqüência de três clássicos. Duro, pesado, distorcido, ácido, cheio de palavrões. Ninguém ouviu, as rádios não tocaram, mas comprei assim que saiu e ouço até hoje.
Motörhead – “Another Perfect Day”
Eu até entendo a implicância com esse disco. É bem diferente do que se esperava na época de um álbum da banda. A guitarra e o visual de Brian Robertson mudaram a identidade do trio, mas as músicas são excelentes. Diferente, sim. Ruim, não. As canções têm gancho e swing, e desde quando isso é um problema?
MELHÖRES CÖVERS PERPETRADÖS POR MOTÖRHEAD, EM MINHA ÖPINIÃO:
“Louie Louie” – Richard Berry [single]
“Please Don’t Touch” – Johnny Kidd & the Pirates [“St. Valentine’s Day Massacre”]
“Cat Scratch Fever” – Ted Nugent [“March Ör Die”]
“Jumpin’ Jack Flash” – Rolling Stones [bônus em “Bastards”]
“Rosalie” – Thin Lizzy [vi em show em 2007]
“God Save the Queen” – Sex Pistols [“We Are Motörhead”]
“Enter Sandman” – Metallica [algum tributo]
“Motörhead” – Hawkwind [“On Parole”]
“Emergency”- Girlschool [“St. Valentine’s Day Massacre”]
“The train Kept-A-Rollin'” – Tim Bradshaw [“Motörhead”]
PS – há tb participações de Lemmy em discos tributo, como com “Tie Your Mother Down” (em tributo ao Queen) e a música da “Rena do Nariz Vermelho” em disco de metal natalino, mas ñ é Motörhead a vera
Nem vai precisar de meteoro. Nos próximos anos, vários artistas da música pendurarão suas já desgastadas chuteiras. Seja por cansaço ou morte, até 2020 creio que desaparecerão de vista (entenda-se palco e estúdio) dinossauros do calibre de Paul McCartney, Rolling Stones, Roger Waters, Deep Purple, Kiss, Scorpions, The Who e vários outros.
É natural. A idade pesa. Se juntarão a Rush, Sabbath, Nazareth, AC/DC, Motörhead, Dio, Bowie e tantos outros que já se foram ou aposentaram.