FRIENDLY VOICE
Quando o Leo fez a postagem aqui sobre Elizabeth Zharoff (“The Charismatic Voice”) – aliás, em 9 de fevereiro do ano passado [post “Accident Of Bruce”] – destacou algo q soa óbvio, mas ñ.
A moça pinça detalhes dos sons dos quais já estamos pra lá de acostumados, ou q sequer parávamos pra reparar, por habituados q estamos a muitos desses clássicos.
Vamos lá, q a pauta hoje é falar dela analisando Rush.
Rush é minha banda preferida. Desde q ouvi pela 1ª vez. Rush é muito foda. Rush tinha o melhor baterista do mundo, de legado suficiente pra passar uma vida analisando.
Mas no show em 2002, tive a epifania (enquanto quase acertava o cara ao lado fazendo air drumming de “YYZ”) de prestar atenção em Geedy Lee e Alex Lifeson, monstruosos tanto quanto; tvz ñ ostensivos. E aí, passei a conseguir analisar as músicas como um todo, ñ só como sons de fundo pra bateria ahahah
Recentemente tb saquei e me prometi prestar mais atenção às letras, a maioria de alta quilatagem, repletas de referências e insights. A maioria absoluta cometida por Neil Peart. Q foda.
E estou me devendo isso ainda. Bora diminuir o tempo diário no celular ahah
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E aí, o q a moça acima foi analisar? A parte mais depreciada desde sempre dos canadenses: a VOZ.
E chama atenção – embora pra mim, ñ tanto – os detalhes de pronúncia q ela pinça (se um dia for analisar “The Camera Eye”, o vídeo vai durar duas horas…), incluindo a ênfase nas consoantes (?!) e tb os destaques emocionais conferidos ao som.
“The Spirit Of Radio”. Aliás, dum clipe póstumo soberbo.
Quem assistiu ao (fraco) documentário “Álbuns Clássicos”, q juntou “2112” e “Moving Pictures” e porcamente discorreu a respeitos, vai lembrar dum pedaço em q eles atribuíram qualidades cinemáticas aos sons – “Red Barchetta” e “The Camera Eye” – mais do q a escalas, compassos e firulas técnicas. Os caras eram muito técnicos, sem ostentação.
Sério: ñ há UM solo em qualquer som deles q seja redundante ou excessivo. Ao contrário: há solos de guitarra escondidos (como em “Roll the Bones”) vez ou outra, e mudanças abruptas de fórmula de compasso, sem q nos demos conta.
Isso é uma manha composicional q só o Soundgarden tb tinha.
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Enfim: a moça aí foi toda emoção, empatia e algo mais pra com a voz de Geddy Lee. Q ñ gravou de qualquer jeito. Q entonou emoções ao longo do som, variando-as.
Vc pode ñ curtir a voz do sujeito, mas nunca poderá dizer q ele ñ sabia (sabe ainda) cantar. Cada mínimo detalhe de 3 caras fazendo o som, e se duplicando, às vezes se triplicando (ao cubo) nos mesmos.
Rush é muito foda. Vou morrer sem entender tudo. Q bom e q merda.