IMPRESSÃO/REAÇÃO
Este post dialoga com o post “Accident Of Bruce” cometido por Leo Mesumeci em 9 de fevereiro último.
(e q torço para ñ ter sido mesmo o último)
Sobre esses tantos vídeos de “primeira vez q fulano ouviu tal coisa e a reação”. Q eu tendo a desacreditar logo de cara; ñ q determinadas pessoas realmente desconhecessem músicas até óbvias pra mim (sou ciente da minha “bolha” sonora), mas q estejam de fato ouvindo pela primeira vez e reagindo a tudo, com tudo filmado e lindamente montado/editado.
Mas pode ser só chatice deste q vos bosta bloga mesmo.
Amigos andaram me mandando montes, algoritmos do YouTube me recomendaram outros tantos (fosse uma pessoa, ñ uma IA, eu reclamaria a ela q prefiro isso a podcasts bostonóias de Sergio Mallandro e outras merdas q andaram me aparecendo), e eu mesmo fui indo atrás de algumas coisas. Sempre descofiando, mas pinçando até aqui 4 q achei mais legais.
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O baterista q ouviu pela 1ª vez “Enter Sandman” e saiu tocando na 2ª.
Faltam-me referências sobre o negão. Ñ sei mesmo se é baterista famoso, nem histórico do mesmo (e praqueles 5 minutos de Google “ñ encontrei tempo”). Parece professor de bateria, voltado a jazz. Por isso, ouvir uma das músicas mais ralas do Metallica certamente foi fichinha.
Pensei num primeiro momento em postar um “chupa Lars”, mas a real é q se o gnomo dinamarquês viu isto aqui, certamente se sentiu lisonjeado. A intenção dele e do Metallica era realmente se vender. Tá de acordo.
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A ‘carismática voz’ trazida pelo Leo em fevereiro, Elizabeth Zharoff, me fez chorar junto com a reação/análise de “Silent Lucidity” (Queensrÿche), q é aquela música até manjada, mas q o tempo lhe tem sido injusto. No sentido de ser uma tremenda canção, destrinchada no vídeo em seus elementos vocais, instrumentais e de produção. Recomendo muito.
Só q preferi postar a reação/análise dela pra “Painkiller”, q de verdade eu acreditei q ela nunca tivesse visto/ouvido mesmo. E deu uma aula de como Rob Halford é um puta vocalista de fato.
Ñ q seja alguém subestimado, nada disso. Mas – polemizando – cada dia mais vejo q a estrutura “quadradinha” do Judas Priest mais escondeu do q mostrou o quão foda era (é) o Padim Ciço Careca do metal.
E a intro do Scott Travis é pra assustar mesmo. Pra impressionar. Metal, caralho.
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Esta aqui é uma primeira vez de sujeito q tb me convenceu como a primeira vez ouvindo Frank Zappa. E é mais ou menos assim q acontece, essas caras e bocas e estranhezas.
Já devo ter contado aqui: tive uma colega na faculdade q disse q a primeira vez q ouviu Zappa, duma fita q o namorado tinha emprestado, achou q o walkman estava com problema, deu stop e trocou as pilhas ahahah
Essa é a vibe. E essa é uma deixa pra recomendar FZ por aqui de novo e novamente. “Apostrophe (‘)”, cuja suíte inicial (de menos de 15 minutos) é por aqui contemplada, me parece um ótimo disco pra se iniciar no Big Ode.
Mas já devo ter dito isso antes aqui.
E ñ entendi o nome do ouvinte acima. Essa molecada de hoje em dia inventa uns nicknames q o tiozão aqui ñ entende, ñ assimila. Mais um só.
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Abba Geebz parece q é professor de bateria tb e/ou ‘velho compositor’. Ñ entendi bem. Tem seu canal de YouTube aparente e majoritariamente dedicado a reações de primeira vez com músicas esquisitas (tem Tool ali tb) ou bandas exóticas. No q me fica uma dúvida: se nunca ouviu nada dessas coisas, como é q chegou a ser professor ou compositor?
(implicância, parte 3 a revanche)
O q entendi é q ele fez merchan de café e alegou dor de cabeça enquanto fez o vídeo numa madrugada. Tvz ñ as ideais condições pra encarar pela primeira vez o Meshuggah, mas fez e ñ teve um derrame no transcorrer.
E é um vídeo um pouco mais técnico, mais pra baterista mesmo. Mas q achei válido.
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Uma implicância final: algumas dessas impressões/reações acho um tanto longas. Natural – por um lado – em se tratando de primeira vez, e a pessoa ter q recorrer a seu repertório particular, efeito surpresa etc. Mas tb algo carente duma edição mais esperta.
Pelo menos esses pincei por achar divertido.
märZ
4 de maio de 2021 @ 08:43
Assisti a dezenas desses videos de reações, e muitos dá pra ver que é fake. Americanos pela primeira vez ouvindo Queen? Yes? Metallica? Ah, faça-me o favor. E notei um padrão: o tube tá cheio de canais de reação de negros que apregoam nunca terem tido acesso a rock, como se vivessem numa bolha hip hop, e pela primeira vez fossem expostos a músicas que sabemos ser feijão com arroz e tocar a todo tempo no mainstream. Seja nas rádios, comerciais, filmes, etc. Pura balela, tudo por um like.
Desses que postou, estou familiarizado com o “old composer” e com a professora de canto (aliás, só com professora de canto existem uns 10 canais diferentes). Parecem verdadeiros e fornecem uma análise bem interessante das músicas a que reagem. Sugiro ela reagindo a “Cemetery Gates” e ele a “46 & 2” do Tool, levado pelas então crianças da escola de música O’Keefe.
André
4 de maio de 2021 @ 13:01
Quando é um adolescente, eu até acredito. Adolescentes vivem em suas próprias bolhas. Porém, uma pessoa alegar que nunca ouviu Queen, sendo que Queen nunca esteve tão em evidência quanto nos últimos anos é de matar. Mas, vamos aos vídeos:
O batera do primeiro vídeo toca no Snarky Puppies que é uma banda instrumental de jazz/fusion. Ouvi alguns sons e não bateu pra mim. Mas, é uma banda bastante cultuada. Pela idade do sujeito, é difícil de acreditar que ele nunca tenha ouvido Enter Sandman. Se for verdade, talvez, se deva ao fato do cara ser do meio gospel (estou chutando), daí, não ter contato com essas coisas do capeta.
“Assisti a dezenas desses videos de reações, e muitos dá pra ver que é fake. Americanos pela primeira vez ouvindo Queen? Yes? Metallica? Ah, faça-me o favor. E notei um padrão: o tube tá cheio de canais de reação de negros que apregoam nunca terem tido acesso a rock, como se vivessem numa bolha hip hop, e pela primeira vez fossem expostos a músicas que sabemos ser feijão com arroz e tocar a todo tempo no mainstream. Seja nas rádios, comerciais, filmes, etc. Pura balela, tudo por um like.”
Concordo 100%.
Tiago Rolim
4 de maio de 2021 @ 14:19
Particularmente além de achar chato p Caraí esses vídeos, tamvem acho tudo mentira. O cara ouvir enter Sandman pela primeira vez em 2021????? Me poupe né???!!!!
Leo
7 de maio de 2021 @ 20:47
Eu gosto desse tipo de vídeo.
E me importa menos se é fake ou não, porque acho que, no fundo, tudo é uma ação performática (pra não falar “atuação”, pq YouTubers, digital influencers não são atores), e 99,9% a internet é regida pela lógica dos likes.
O que me interessa é o que trazem.
E eu gosto de ver, por exemplo, a Zharoff comentar detalhes sobre dicção do Bruce, alcance vocal do Halford, emotividade do Corey Taylor, a variação do Phil Anselmo, pq, não sendo vocalista e nunca tendo estudo nesse sentido, me aporta parâmetros técnicos pra entender aquilo que me agrada.
Marco Txuca
10 de maio de 2021 @ 23:37
Reitero minha bronca com a longa duração desses vídeos. Quem sabe o segmento evolui e passa a oferecer edição mais caprichada e interessante. Até pq a molecada com déficit de atenção vai largar depois de 2 minutos.
O lance fake, vou na pegada do Leo: quando é afetado demais (tem um duns negões ouvindo “Dead Embryonic Cells”, com caras de bocas a Lars Ulrich, q ñ entendi a graça q o amigo q me recomendou viu), eu largo. Por outro lado, gente q nunca ouviu Zappa ou Meshuggah, eu acredito.
E acho interessante essa “visão de fora” do metal. De gente (old composer, carismatic voice) q endossa o q a gente sempre soube. Q são bandas ou músicas do caralho, e a gente às vezes só ñ sabia adjetivar melhor ahahah
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Ao mesmo tempo, ñ vejo problema em fazer “reactions” mesmo sem ser 1ª audição. Dá pra assumir isso e fazer uma leitura bacana do som. Jessiê fez isso outro dia no bangersbrasil com a “YYZ” (Rush) e ficou foda.
E eu curtiria ver alguma versão nacional, com tr00s parados no tempo expostos a sons b de Alice in Chains, L7 e Soundgarden (repudiados até hoje por serem “grunge”) ou sons menos manjados de Helloween “fase Deris”, e mesmo sons do Iron Maiden pós-2000 e algum tipo de heavy metal pós-1986, pros mais parados no tempo.
Eu pagaria pra ver esses tronchos elogiando e curtindo, até o interlocutor falar “ó, é Alice in Chains, viu?”