Joe Satriani
COME TASTE THE BAND
A opinião é reiterada: acho uma papagaiada esse Rock’n’Roll Hall of Fame. Agrega algo? O quê? Fora o antropocentrismo estadunidense.
Explicando “antropocentrismo”: premiação em 2016 envolveu Deep Purple – no início, discretamente e recebidos com palpável indiferença – Steve Miller (quem?), N.W.A. (!?!?!?) e Cheap Trick, encerrando a noite com estardalhaço e jam session.
Só nos EUA Cheap Trick (estadunidenses) consegue ser maior q Deep Purple.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=Q4-rGQ-qqMs
[youtube]https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=Q4-rGQ-qqMs[/youtube]
Enfim.
Falo mal, mas por outro lado quando passa na tv (passou há uns 15 dias, no BIS), acompanho.
Pq se tratou de evento insólito, esse dos púrpuras. Ritchie Blackmore ñ deu as caras (nunca daria), Steve Morse e Don Airey ñ ganharam prêmio (filigranas de regulamento do evento), David Coverdale e Glenn Hughes compareceram e discursaram (mas ñ cantaram), viúva de Jon Lord subiu ao palco bastante comovida, Ian Gillan aludiu a Nick Semper, Rod Evans, Joe Lynn Turner, Tommy Bolin e Joe Satriani… e Lars Ulrich fazendo um impagável discurso de indicação. Pândego. Sério mesmo.
E quando recém-citei q Coverdale e Hughes ñ cantaram com a banda, estrago a ilusão – de quem ñ viu e/ou ñ soube – de q teriam tocado “Burn”. Ñ tocaram. Mas tocaram 2 sons. Naquele modo showbizz usa: playback de som gravado ao vivo antes.
Achei divertido. Segue acima. Digam lá vcs o q acharem.
PS – ñ pretendo fazer post sobre o tal Grammy do último domingo. Desculpa ae!
BÊ ÉSSE
MELHORES ÁLBUNS HOMÔNIMOS DE SONS DO BLACK SABBATH:
(sem serem discos de Black Sabbath)
- “Kiss Of Death”, Motörhead
- “Voodoo”, King Diamond
- “Time Machine”, Joe Satriani
- “In Memory”, Nevemore
- “Black Moon”, Emerson Lake & Palmer
- “5150”, Van Halen §
- “Nativity In Black – A Tribute to Black Sabbath” *
- “Get A Grip”, Aerosmtv
- “Warning”, Billy Cobham
- “Zeitgeist”, Smashing Pumpkins
§ forçando um pouco pra caber eheh
* tecnicamente ñ é Sabbath
1º SOM – 1º ÁLBUM
Joe Satriani
1º som: anos 80, uma certa propaganda de cigarro… q me chamou atenção pro som, ñ pra fumar.
Alguma coisa aconteceu no meu coração? Alguma coisa eu tinha em comum com aquilo? Alguma coisa deixou de acontecer a meus pulmões? Todo modo, propaganda inócua. Ou indireta
vim a saber nome do som e do guitarrista pouco mais tarde, ainda no fim dos 80’s
1º álbum: “Surfing With the Alien”, gravado em fita, já nos 90’s. Ouvi muito no carro, ainda acho boa trilha pra dirigir. E recomprei em cd só há uns 3 anos; fita mandei pra lixeira recilável
VALE 10 CONTOS, ATÉ 15
“Destination Set to Nowhere”, Vision Divine, 2012, ear Music/Edel/Hellion
sons: S’I FOSSE FOCO / THE DREAM MAKER / BEYOND THE SUN AND FAR AWAY / THE ARK / MERMAIDS FROM THEIR MOONS / THE LIGHTHOUSE / MESSAGE TO HOME / THE HOUSE OF THE ANGELS / THE SIN IS YOU / HERE WE DIE / DESTINATION SET TO NOWHERE
formação: Fabio Lione (vocals), Olaf Thorsen (guitars), Federico Puleri (guitars), Alessio Lucatti (keyboards & piano), Andrea “Tower” Torricini (bass), Alessandro Bissa (drums)
–
Os amigos por aqui vão pensar q pirei: resenha de metal melódico no Thrash Com H?
Defendo-me argumentando q Vision Divine nunca me soou banda de metal melódico típica. Ouso ainda mais: ñ fosse o segmento tão cristalizado, combalido e estereotipado – e se a banda ñ fosse da Itália, país periférico no heavy metal – seria banda acusada de querer/conseguir EVOLUIR o estilo.
Minha curiosidade se deu por culpa do baterista no disco autointitulado de estréia (de 1999), Matt Stancioiu, de q li entrevista na Rock Brigade falando em influência do Death – !! – no modo de tocar. Fui atrás e, mesmo ñ tendo a ver literalmente (inexistem as quebradeiras, viradas a granel ou firulas na cúpula dos pratos tão caras a Gene Hoglan), percebi as tais referências no modo de acompanhar os sons: nunca fazendo o q se esperava de um baterista de banda de heavy metal melódico.
Bumbos tercinados ao invés de bumbos disparados 5ª marcha, às vezes acelerados mas sem acelerar a caixa, e quase sempre acompanhando as guitarras; passagens em andamentos mais lentos tb mais na manha (ao invés do mesmíssimo som de caixa com eco a música toda, um álbum inteiro), levadas às vezes tendendo ao thrash, levadas diferentes para cada parte dum som (intro, estrofe, pré-refrão, refrão, solos) e por aí.
***
“Destination Set to Nowhere” ñ tem Stancioiu na bateria, mas o tal Alessandro Bissa, q padece das mesmas virtudes. Disco pra ser ouvido sem enfado. Focando na bateria, q ñ é pirotécnica, mas jamais preguiçosa ou indolente. Viagem? Ouçam apenas “The House Of the Angels”, “Here We Die” (em sua levada Exodus!) e “Mermaids From Their Moons”. E desminta-me o espanto, quem conseguir.
Quem discordar, precisa nem continuar lendo esta resenha.
Claro q ñ só o baterista apresenta tal diferencial: proporcionalmente o tremendo vocalista Fabio Lione tb o faz, alternando entonações inspiradas dentro dum mesmo som, chegando a “rasgar” a voz; os 2 guitarristas tb o fazem, deixando momentos de fritação (poucos, como em “Mermaids…” e em “The Lighthouse”) meio em 2º plano em relação ao ótimo tecladista (q sola mais q os eles, mais interessados em palhetar e em conferir PESO aos sons), diferenciado tb em puxar o riff principal – como em “The Ark” ou em “The House Of the Angels”.
A dinâmica baterística diversa permite tb ouvirmos razoavelmente o baixo (quando rola isso numa banda do estilo?), na maior parte do tempo comparecendo distorcido; quando ñ tb conduzindo um som, “The Sin Is You”, de jeitão meio Amorphis, meio Moonspell, um tanto Helloween safra “The Dark Ride”. “The Lighthouse” consegue parecer o Helloween “fase Deris” e o “fase Hansen” – sem deméritos – ao mesmo tempo…
Comparar com o Helloween recente acho mais pertinente q com excrescências do tipo Chatovarius (embora alguns momentos ñ escapem – vide “The Dream Maker” e “Beyond the Sun And Far Away”, mais clichês): imaginem o Helloween recente, com Andi Deris em muito melhor forma e com um tecladista pouco afeito a meramente acompanhar (dar a “caminha”) as coisas, os sons, as composições. Q predominam em relação ao desempenho – superlativo – individual dos músicos. Dá uma noção.
***
Os sons de abertura e de encerramento são realmente pra abrir e fechar o disco, aparentemente conceitual sobre algum tipo de viagem espacial (ainda ñ li direito o encarte), meramente passagens, nesse sentido. O som mais besta, insosso, sem maiores destaques, acho “Message to Home”, tentativa de baladinha, nem hard, nem metal melódico, nem prog, tampouco AOR.
Cito “prog” por aqui tb ñ a tôa: embora inexistam compassos compostos, músicas imensas ou fritação indômita e inveterada, parece-me óbvio q os carcamanos ouviram Dream Theater e incorporaram nas composições alguns de seus macetes, como bases de solo palhetadas em stacatto. Sem fajutices. Fogem do óbvio por aí tb.
Afirmar ser um bom disco é bem subjetivo; há discos horríveis q tb são legais. Reitero apenas o q citei acima, nas premissas: trata-se duma banda competente, fazendo de modo nada óbvio um subgênero metálico pra lá de exaurido, sem a menor chance de mudar o mundo, o metal, a História e o mercado. Mas tudo bem. Paguei 4 contos nele, mas pagaria até 10 ou 15 reais. Sem remorsos.
*
*
CATA PIOLHO CCXLVII – uma dúvida: será q Joe Satriani ouve Iron Maiden?
Deveria?
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=zribiFMJnEc[/youtube]
Vai ver q ele é true e parou no “Killers”…
MODO DE DIZER (ALGUNS)
MELHORES “SUPER” DISCOS, PRA MIM:
- “Superheat”, The Gathering *
- “Superunknown”, Soundgarden
- “Super Sex” (single), Morphine
- “Supermercados Da Vida”, Barão Vermelho [eia!]
- “Super Ready/Fragmenté”, The Young Gods
- “Shockwave Supernova”, Joe Satriani [valeu, doggmatico!]
- “Superstition”, Siouxsie & the Banshees [ops!]
- “Superholic”, Engine §
- “Supersexy Swingin’ Songs”, White Zombie
- “Super Collider”, Megadeth
* resenhado pelo blog quando era do Terra
§ resenhado por aqui em setembro/2010
PENUMBRA
10 MELHORES ÁLBUNS, PRA MIM, COM INTEGRANTE(S) RECONHECÍVEL(IS) NA CAPA PELA SOMBRA:
- “Too Tough To Die”, Ramones
- “Decade Of Aggression/Live”, Slayer
- “Aftertaste”, Helmet
- “Rush In Rio”, Rush
- “Dawnrazor”, Fields Of the Nephilim
- “The Extremist”, Joe Satriani
- “Down On the Upside”, Soundgarden
- “Feel the Fire”, Overkill
- “Blood-Rooted” [coletânea], Sepultura
- “Soulfly”, Soulfly
Ñ VALE 10 CONTOS
“The Blackest Album” – An Industrial Tribute to Metallica, 1998, Roadrunner/Eagle Records
por
- Apotygma Berzerk – “Nothing Else Matters”
- Die Krupps – “Battery (Re-Filtered By Filter Secretion)”
- Razed In Black – “The Thing That Should Not Be (Back In Black Mix)”
- Spew – “For Whom the Bell Tolls”
- Hellsau – “Master Of Puppets”
- Razed In Black – “Damage Inc.”
- Abaddon Of Venom – “Whiplash”
- Godheads – “Wherever I May Roam”
- The Element – “Nothing Else Matters (Elemental Mix)”
- Carbon – “The Thing That Should Not Be”
- Birmingham – “Seek And Destroy”
- In Strict Confidence – “Sad But True”
- La Honda Militia – “Battery (High Voltage Mix)”
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Todo mundo por aqui lembra daquela febre de álbuns-tributo duns 15 anos atrás. Feitos de vários modos, alguns claramente picaretas, outros obviamente furos n’água, um ou outro aparentemente sincero, muitos redundantes, mas todos eles – e aposto q isso ninguém sabe – profetizados por Nostradamus como “praga” de final de segundo milênio. Junto da invasão das bandas cover de Nightwish e das de metal melódi-cu sub Chatovarius. Em nota de rodapé de suas profecias, claro, mas profetizados.
(É q ninguém realmente lê notas de rodapé)
Além disso, e pra falarmos de profecia realmente ocorrida, todos esses prenunciadores do vácuo criativo q se estendeu na música em geral, e tb no “nosso” heavy metal na 1ª década do tal 3º Milênio. Estou mentindo??
Afinal muitos desses tais artefatos se prestaram porcamente a bandas desconhecidas tentarem lugar ao “sol”. Ñ há, tampouco houve, truezice ou anti-comercialismo nessas empreitadas. O q se objetivou em todos eles foi ganhar um trocado e foda-se. É o caso tb deste LIXO de tributo “eletrônico” (aspas é pouco) ao Metallica, condizente, além do mais, em sua apresentação, vide
- praticamente metade de seu repertório repetido;
- o encarte NULO de informações, sem citar integrantes das bandas, datas de gravação, produtores envolvidos nem autorias dos sons;
- o release idiota e inútil, q ocupa as 3 desperdiçadas páginas dobradas do encarte, contando por alto a história da banda, provavelmente pra inteirá-la aos leigos e fãs de eletronices aqui contidas. Fora porcamente sugerir (é ainda mal escrito o negócio) alguma intersecção entre o pioneirismo e atitude underground do Metallica pra com – supostas – similitudes das hordas daqui. Pff!
***
Ao julgar “porcaria”, nem o faço por considerar música eletrônica porcaria. A ñ ser esses lixos psy, trance, pra mim, música de playboy ficar quicando em rave chapado, sem qualquer fundamento ou objetivo. Digo-o por soarem quase todos os sons aqui – exceção ao Abaddon – como fossem uma única banda cometendo-os, com timbragens idênticas, baterias eletrônicas maçantes (em nada honrando, sequer reconhecendo, o arrojo baterístico de Lars nos velhos tempos), irritantemente pastiche de Skinny Puppy (do pouco q conheço dos canadenses) e com os piores maneirismos do Nine Inch Nails.
A “música eletrônica” aqui é de gente q tvz nunca ouviu falar em Tangerine Dream ou kraut rock. A quem Laibach e suas versões (algumas) desconcertantes se pense ser spam em emails. É apenas escombro e estereótipo de música eletrônica, cometendo versões q alternam entre o redundante, o duvidoso e o irreconhecível em relação às músicas originais.
Sendo q os “redundantes” achei os mais passáveis. Os q claramente samplearam partes dos sons originais e tentaram emular Trent Reznor gemendo em cima. Caso dos do Razed In Black e Carbon, ao mesmo tempo em q as versões de Speu e Hellsau, de idêntico modus operandi, eu ñ tenha curtido, achei bem mais fracas.
Os sons “duvidosos”, pra mim, são os de Godhead e Birmingham (“Seek And Destroy” ficou duma heresia escabrosa), tornados putz-putz pra danceteria. Coisa q, se chequinho ñ tivesse caído nas respectivas contas, Lars e James certamente blasfemariam contra. Tb duvido q tenham alguma qualidade pra tocar em rave. Por outro aspecto, ficaram irreconhecíveis as do Die Krupps, do The Element e do In Strict Confidence – ou tão reconhecíveis quanto reconhecer gente morta pela arcada dentária: ñ havendo as levemente parecidas linhas vocais, mal se poderiam reconhecer como sons do Metallica.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=sKG_D4wSJBo[/youtube]
Por outro lado, na “Nothing Else Matters” do Apotygma Berzerk e tb na “The Thing…” do Carbon, reconheci alguma qualidade e atributo. Trechos nelas de gente q poderia tê-los aproveitado pra fazer sons próprios levemente dissoantes da mesmice do álbum. Tanto quanto a intro cabarezística cometida pelo La Honda Militia, na “Battery” estranha deles. Ponto pra esses, mesmo q em pedacinh0s.
Ao mesmo tempo, a “Whiplash” cometida por Abaddon (aquele!) soa algo como irreconhecível, tosco e vil: dá impressão do sujeito ter feito a 1ª coisa q lhe passou pela cabeça e, se esse som específico destoa de todos os outros, o mérito está apenas em destoar. Perder tempo com ele é jamais reaver irreparáveis 2 minutos e 38 segundos da vida, preciosos pra se fazer QUALQUER OUTRA COISA, como ver grama crescendo no canteiro ali na esquina, ou ver/ouvir goteira de chuveiro.
Em suma: “The Blackest Album” acho das piores tranqueiras q se cometeu na modalidade álbum tributo. Sem nada q eu conseguisse considerar “melhor música”, e dum legado caça-níquel ainda mais deletério: procurando pela capinha acima, descobri terem saído ainda partes “2” e “3” disto, em 2001 e 2002, com tantas outras hordas semidesconhecidas (semiconhecidas tb?), fora repletas de sons de “Load” e “Reload”.
Se teu ensejo nalgum momento for o de ouvir versões inusuais de Metallica, recomendo o debut do Apocalyptica ou rir do Beatallica; se o ensejo for o de ouvir versões fiéis/paudurescentes, sugiro “Whiplash” pelo Destrúcho, “The Thing That Should Not Be” pelo Primus e “Battery” pelo Machine Head. Agora, se a vontade for o de ouvir versões irreconhecíveis/ruins dos sons clássicos da banda, melhor q se baixe/pegue algum bootleg ou dvd das turnês “Load” e “Reload” e se arque com o devido desgosto ahah
.
CATA PIOLHO CCVII – Joe Satriani processou aqueles glúteos-flácidos do Coldplay por plágio. E parece q ganhou. Ganharia, fora algum dinheiro, muita droga e estadia anual no Albert Einstein (pra tratar de “stress“), se processasse a caquética Rita Lee, por sua “Tataratlantes”, confiram!
TWO HIT WONDERS
(pra dar seqüência besta à lista a tôa do 31 de Outubro último)
10 MELHORES BANDAS DE 2 HITS, PRA MIM:
- Carcass – “Heartwork” e “No Love Lost”
- Survivor – “The Eye Of the Tiger” e “Burning Heart”
- Thin Lizzy – “Jailbreak” e “The Boys Are Back In Town”
- Joe Satriani – “Always With Me, Always With You” e “Summer Song”
- Scatterbrain – “Down With the Ship” e “Don’t Call Me Dude”
- Quiet Riot – “Cum On Feel the Noize” e “Mama, Weer All Crazee Now”
- Dr. Sin – “Emotional Catastrophe” e “Futebol, Mulher & Rock’n’Roll”
- Journey – “Separate Ways (Worlds Apart)” e “Don’t Stop Believin'”
- Asia – “Heat Of the Moment” e “Only Time Will Tell”
- Viper – “Living For the Night” e “Rebel Maniac”