30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
DISCOS DO MORPHINE PRA MIM:
MELHORES “SUPER” DISCOS, PRA MIM:
* resenhado pelo blog quando era do Terra
§ resenhado por aqui em setembro/2010
MELHORES BANDAS Q ENCERRARAM ATIVIDADES QDO DO FALECIMENTO DE INTEGRANTE(S):
MELHORES BANDAS SEM GUITARRAS:
* paranaenses q praticavam um death metal até comum, até resolverem abolir as guitarras da formação, trocando-as por violinos e violinos de fabricação própria de um dos integrantes. Aparentemente, encerraram formação antes de registrarem qualquer coisa nesses moldes
“The Trinity Session”, Cowboy Junkies, 1988, RCA/BMG
sons: MINING FOR GOLD [traditional] / MISGUIDED ANGEL / BLUE MOON REVISITED (SONG FOR ELVIS) / I DON’T GET IT / I’M SO LONESOME I COULD CRY [Hank Williams] /TO LOVE IS TO BURY / 200 MORE MILES / DREAMING MY DREAMS WITH YOU [Waylor Jennings] / WORKING ON A BUILDING [traditional] / SWEET JANE [Velvet Underground] / POSTCARD BLUES / WALKING AFTER MIDNIGHT [Patsy Cline]
formação: Alan Anton (bass), Margo Timmins (vocal), Michael Timmins (guitar), Peter Timmins (drums)
participações especiais: Jeff Bird (fiddle, mandolim, harmonica on “200 More Miles”, “Misguided Angel”), Kim Deschamps (pedal steel guitar, dobro, bottleneck slide guitar), Jaro Czerwinec (accordion), Steve Shearer (harmonica on “I Don’t Get It”, “Postcard Blues”, “Walking After Midnight”)
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Os alternativos, q ñ eram ainda os indies autistas, os hipsters invertebrados de mp3, nem os atuais roqueiros de micareta deslumbrados por vinis q freqüentam a Augusta, gostavam (de dizer q gostavam?) de Cowboy Junkies só por conhecerem a versão de “Sweet Jane”, enxertada na trilha do blockbuster noventista “Assassinos Por Natureza”.
Concordo ser uma boa versão – q a mim supera a original chatonilda – mas o álbum em q está contida, “The Trinity Session”, o 2º da banda canadense, passou batido em meio à hemiplégica badalação. Aparentemente, como toda a discografia da banda, ainda ativa e com mesmíssima formação (raridade), fora 23 discos e contando.
Em tempos atuais de Pro Tools e de discos gravados em casa, ñ deveria ser assim: lançado como álbum gravado em UM DIA (digitalmente), numa igreja em Toronto (Holy Trinity Church) e com UM microfone (Calrec Ambisonic Microphone), o mesmo exala melancolia sem afetações. Sons de matriz country e blues, sem estereótipos ou breguices, com a ótima vocalista Margo Timmins, de voz “pequena” e contida (ñ esperem mulher tacando vibrattos pra todo lado) pairando por sobre tudo.
No q cabe um reparo sobre o nome da banda: o “Junkies” pode sugerir, a desavisados de plantão, se tratar duma banda de roqueiros “muito loucos” e pró-legalização de drogas, coisa do tipo. Na verdade, parece referir-se ao efeito de suas músicas sobre quem as ouve: soam narcóticas, anestésicas, introspectivas, proporcionando viagens etéreas, quase como certas drogas, quase ainda como o Morphine, banda noventista de outra proposta, mas tb afim no “combo” nome + abordagem sonora.
“The Trinity Session” está tb citado naquele livro “1001 Discos Pra Ouvir Antes de Morrer”, mas poderia ser apreciado apenas pela beleza das canções e interpretações, das quais particularmente desconheço versões originais. E acho q nem quero.
“Mining For Gold”, na abertura, é a capella e arrepia. As de autoria própria, “Misguided Angel” (épica), “I Don’t Get It” (com um leve groove, quase animado) e “Postcard Blues” são minhas favoritas, embora o álbum tenha uma coesão q dificilmente ñ proporcione audições integrais.
Fuçando o Allmusic.com há pouco, pra pegar capinha e ler alguma resenha a respeito (onde capturei nomes de intérpretes originais de algumas releituras), li sobre um “Trinity Revisited”, cometido pelos próprios em 2007, auto-celebrativo e com convidados, mas tb reparador duma certa “inverdade” tornada “lenda” em 1988: a do álbum gravado “num take só”, uma vez q até o foi, mas com as participações especiais tendo sido gravadas posteriormente e daí acrescentadas à gravação como overdubs. Virou documentário, fizeram na mesma igreja e com as participações, algumas idênticas, nesta outra vez, ao vivo com a banda. Macula o mito saber disso, mas ñ a obra.
Álbum ideal pra dias de chuva ou de alguma depressão leve: o repertório aqui contido ñ puxa a pessoa mais pra baixo, muito pelo contrário. Tb presta-se a trilha sonora pra dias/noites de namoro enfurnados em edredon. Comprei o meu há ñ muito tempo a 7 reais num sebo aqui perto: dá vontade de voltar ao lugar e dar… mais uns 7 lá pro dono eheh
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CATA PIOLHO CCXXXVIII – “Metal Heart”: Accept ou Garbage? // “Art Groupie”: Grace Jones ou Voodoocult? // “Tora! Tora!”: Van Halen ou Raimundos?
Passava por uma banca onde constava esta aqui – revista Bass Player Brasil, edição 41 – pra vender. Na cara de pau, resolvi ler ali mesmo a entrevista com Les Claypool, o q fiz praticamente toda.
Duas coisas curiosas constatadas:
Lembrei, na hora, do vídeo abaixo, dalgum tributo a Sandman em q Claypool participou. Valendo-se dum baixo de 4 cordas (o DOBRO das q Sandman usava) e relativa simplicidade. Quer dizer, o cabra é técnico pra caralho, mas parece ñ ter esquecido do quesito feeling…
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=nL3ePKLEJlE[/youtube]
PS baterístico – Tim Alexander continua de volta ao Primus, ora vivas! Parece estar se recuperando dum infarto (ou duma cirurgia cardíaca), mas tudo bem
Mês de listas temáticas nostálgicas. Estréio com uma mais pra tiozões.
10 MELHORES BANDAS Q CONHECI POR MEIO DA REVISTA BIZZ:
“Way Of the Dead”, Yakuza, 2002, Century Media
sons: VERGASSO / MIAMI DEVICE / YAMA / SIGNAL 2.42 / T.M.S. / CHICAGO TYPEWRITTER / OBSCURITY / 01000011110011
formação: Eric Plonka (guitars, throat singing), James Staffel (drums, temple bell, udu), Eric Clark (bass, backing vocals), Bruce Lamont (vocals, tenor & soprano saxofones)
Additional saxofone on “Obscurity” by Ken Vandermark
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Difícil analisar um álbum de heavy metal cuja intro do 1º som ostenta um didgeridoo acompanhado dum sino: metal étnico? Versão de Jamiroquai? [“Por favor, ñ!”, me ocorreu enquanto ouvi pela 1ª vez]. Mais uma banda posando de eclética cometendo versão de Midnight Oil?
Nada disso. Por outro lado, banda mais q true o Yakuza: sem qualquer registro no Metal Archieves, site q registra bandas q nem saíram da demo filha única em cassete. Como isso, se fazem heavy metal? Meio misturado, haja visto a presença de saxofonista(s) ao longo de “Way Of the Dead”, mas metal. Numa proposta um tanto próxima daquilo q o citado site metálico rotularia como avant gard metal.
Rotulação esta às vezes inespecífica, uma vez abranger formações díspares como Buckethead (fritador freak), Fantômas (barulheira e Mike Patton) e Disharmonic Orchestra (death metal grooveado de pirados); Faith No More (música de novela global), Arcturus (black metal de pirados) e Diablo Swing Orchestra (big band from hell pra baile de formatura de Carrie). Por este disco, o Yakuza tvz pudesse ser rotulado como um avant gard stoner com grind e jazz, predominantemente.
E aproximadamente, uma vez q um som ñ é igual ao outro. E ñ de modo caricato, feito bandas tentando atingir variados públicos-alvo e nichos de mercado: é gente q sabe tocar e, aparentemente, faz música pra si mesmos, naquela ideologia um tanto oblíqua de acharem q meia dúzia de pessoas q tb curtirem estará bom. E é material bem gravado e produzido: portanto, ñ espere bagaceira mal gravada posando de true e anticomercial.
Exemplifico: “Vergasso” contém a intro exótica acima citada, até virar som de batidas tribais (brevemente) e sincopadas, como o Sepultura do “Chaos A.D.” ou Mastodon. O vocal ñ é gutural, e caberia numa banda de hard com culhão. Termina com berros e saxes. “Miami Device” começa jazz com linha de baixo de aveludada, repentinamente virando algo com trampo de 2 bumbos e palhetadas – bem thrash metal – no qual o vocal (ainda agudo, mas abrindo-se a uns guturais) fica por cima; quando parece q termina na porradaria, volta a introdução jazzística. Daí acaba.
“Signal 2.42” é uma instrumental curtinha, baseada em dedilhado e harmônicos de guitarra meio limpos, entremeada com percussão tribal e barulhos sortidos – parece som de trilha de filme. “T.M.S.” é a mais pesada, quebrada, barulhenta, gutural e com blast beats, na qual o fronteirismo “grind com stoner” vale; tem refrão limpo (me lembrando vagamente “Desire”, do Slayer) q dá pra cantar junto. “Chicago Typewritter” surge colada nela e tem uma veia psicodélica – quase q stoner à moda Kyuss. Ñ fossem as dissonâncias e os blasts repentinos. “Obscurity” é minha preferida, caótica e cacofônica como uma cruza – com vocal hard e acessível – de Morphine com Napalm Death.
O auge dessa formatação q desafia rótulos e generalizações é a “01000011110011” derradeira, e sua viagem de 43 minutos e 25 segundos, congregando os óbvios elementos jazzísticos, psicodélicos, stoner e o q mais. Os nerds do Dream Theater aprovariam, sem entender. O pirado do John Coltrane tvz lembrasse tê-la cometido – ou ñ. Ocupa mais da metade do álbum, maior q todos os outros 7 sons juntos. Pra piorar, ñ consigo ouvir seus 6 minutos finais: meu cd player engripou por ali. Coisa de cd em versão ucraniana comprado em sebo.
Como fiquei conhecendo a horda? Por um dvd-coletânea de videoclipes da Century Media, q contém o abjeto feito pra “Chicago Typerwritter” (tem no You Tube). Passados uns anos, encontrei “Way Of the Dead” e arrisquei. Custou 15 reais, o q aqui em São Paulo paga um almoço num Habib’s, e ainda o estou digerindo. A ponto de ñ conseguir cravar valer 15 contos, trocá-lo por um frango empanado com arroz + fritas + suco na franquia, ou a aquisição se encontrado mais barato. Digamos q tvz valha um download.
Já ouvi misturebas bem mais indigestas. E ñ escarafunchei “Yama” pq ñ quis estender a resenha pra além de 9 parágrafos.
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CATA PIOLHO CCXXXIII – se James Brown é o artista solo mais sampleado na História, e a Portuguesa de Desportos o time de futebol mais roubado do mundo, o Thin Lizzy – a Portuguesa do rock – é claramente uma das bandas mais (senão a mais) chupinhadas de todos os tempos. Pô, Coverdale, cover deles tb?
“For Those Who Love to Live” – 1976
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=ANIkF5Ar4GE[/youtube]
“The Time Is Right For Love” – 1978
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=f3b_ScHOD0g[/youtube]
MEUS BAIXISTAS PREFERIDOS:
[ñ necessariamente os “melhores”]