Clipe novo do Ministry. Disco novo, “Moral Hygiene”, chega em 1 de Outubro.
Presumidamente, antes do Apocalipse. Q ñ está vindo duma vez.
E um Ministry conforme se espera em 2021: BLM, foda-se os fascistas, bora ir pra cima.
Nada q vá incomodar metaleiro isentão ou redneck trumpista. Pq tb ñ me iludo com bandas q vão mudar o mundo ou gerar uma revolução. Sempre lembro de Frank Zappa nessas horas: “se música mudasse o mundo, estaríamos todos nos amando. Pq a maior parte das músicas é canção de amor”.
Por outro lado, nada q tenha me comovido. Body Count tá mais rude. Sei lá, achei morno.
Ou seria a realidade q ñ está sendo páreo pra nada atualmente?
Este post dialoga com o post “Accident Of Bruce” cometido por Leo Mesumeci em 9 de fevereiro último.
(e q torço para ñ ter sido mesmo o último)
Sobre esses tantos vídeos de “primeira vez q fulano ouviu tal coisa e a reação”. Q eu tendo a desacreditar logo de cara; ñ q determinadas pessoas realmente desconhecessem músicas até óbvias pra mim (sou ciente da minha “bolha” sonora), mas q estejam de fato ouvindo pela primeira vez e reagindo a tudo, com tudo filmado e lindamente montado/editado.
Mas pode ser só chatice deste q vos bosta bloga mesmo.
Amigos andaram me mandando montes, algoritmos do YouTube me recomendaram outros tantos (fosse uma pessoa, ñ uma IA, eu reclamaria a ela q prefiro isso a podcasts bostonóias de Sergio Mallandro e outras merdas q andaram me aparecendo), e eu mesmo fui indo atrás de algumas coisas. Sempre descofiando, mas pinçando até aqui 4 q achei mais legais.
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O baterista q ouviu pela 1ª vez “Enter Sandman” e saiu tocando na 2ª.
Faltam-me referências sobre o negão. Ñ sei mesmo se é baterista famoso, nem histórico do mesmo (e praqueles 5 minutos de Google “ñ encontrei tempo”). Parece professor de bateria, voltado a jazz. Por isso, ouvir uma das músicas mais ralas do Metallica certamente foi fichinha.
Pensei num primeiro momento em postar um “chupa Lars”, mas a real é q se o gnomo dinamarquês viu isto aqui, certamente se sentiu lisonjeado. A intenção dele e do Metallica era realmente se vender. Tá de acordo.
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A ‘carismática voz’ trazida pelo Leo em fevereiro, Elizabeth Zharoff, me fez chorar junto com a reação/análise de “Silent Lucidity” (Queensrÿche), q é aquela música até manjada, mas q o tempo lhe tem sido injusto. No sentido de ser uma tremenda canção, destrinchada no vídeo em seus elementos vocais, instrumentais e de produção. Recomendo muito.
Só q preferi postar a reação/análise dela pra “Painkiller”, q de verdade eu acreditei q ela nunca tivesse visto/ouvido mesmo. E deu uma aula de como Rob Halford é um puta vocalista de fato.
Ñ q seja alguém subestimado, nada disso. Mas – polemizando – cada dia mais vejo q a estrutura “quadradinha” do Judas Priest mais escondeu do q mostrou o quão foda era (é) o Padim Ciço Careca do metal.
E a intro do Scott Travis é pra assustar mesmo. Pra impressionar. Metal, caralho.
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Esta aqui é uma primeira vez de sujeito q tb me convenceu como a primeira vez ouvindo Frank Zappa. E é mais ou menos assim q acontece, essas caras e bocas e estranhezas.
Já devo ter contado aqui: tive uma colega na faculdade q disse q a primeira vez q ouviu Zappa, duma fita q o namorado tinha emprestado, achou q o walkman estava com problema, deu stop e trocou as pilhas ahahah
Essa é a vibe. E essa é uma deixa pra recomendar FZ por aqui de novo e novamente. “Apostrophe (‘)”, cuja suíte inicial (de menos de 15 minutos) é por aqui contemplada, me parece um ótimo disco pra se iniciar no Big Ode.
Mas já devo ter dito isso antes aqui.
E ñ entendi o nome do ouvinte acima. Essa molecada de hoje em dia inventa uns nicknames q o tiozão aqui ñ entende, ñ assimila. Mais um só.
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Abba Geebz parece q é professor de bateria tb e/ou ‘velho compositor’. Ñ entendi bem. Tem seu canal de YouTube aparente e majoritariamente dedicado a reações de primeira vez com músicas esquisitas (tem Tool ali tb) ou bandas exóticas. No q me fica uma dúvida: se nunca ouviu nada dessas coisas, como é q chegou a ser professor ou compositor?
(implicância, parte 3 a revanche)
O q entendi é q ele fez merchan de café e alegou dor de cabeça enquanto fez o vídeo numa madrugada. Tvz ñ as ideais condições pra encarar pela primeira vez o Meshuggah, mas fez e ñ teve um derrame no transcorrer.
E é um vídeo um pouco mais técnico, mais pra baterista mesmo. Mas q achei válido.
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Uma implicância final: algumas dessas impressões/reações acho um tanto longas. Natural – por um lado – em se tratando de primeira vez, e a pessoa ter q recorrer a seu repertório particular, efeito surpresa etc. Mas tb algo carente duma edição mais esperta.
Já disse isso por aqui (acho): ñ sou um saudosista, por filosofia e por empirismo. Ñ fico lembrando de como eram bons os tempos de escola, de faculdade, de bandas q se encerraram. Foram bons, mas acabaram. Ok.
Se os posts q tenho feito sobre o No Class parecem isso, posso reformular. A idéia neles é contar histórias – encrencas e feitos – e ñ ficar lamentando, ou glorificando em excesso, o q passou.
Nesse sentido, ñ fico saudoso da minha primeira bateria tosca, na qual fiz o primeiro ensaio da minha primeira banda “séria” (Requiem), em 31 de março de 1990, ensaio esse q gravamos em fita cassete, q ainda tenho (e por isso lembro a data, e ñ sei se ainda toca) e já fiz post a respeito.
Até pq minha bateria tinha menos peças q essa ahahah
Achei isto aqui sensacional. Sujeito é da Indonésia, tem outros vídeos (mas só vi este) e tendo a endossar a opinião coletiva por ali de q o Sr. Mike Porretnoy, caso veja esta versão, teria a obrigação moral de mandar uma bateria de verdade pro sujeito.
Ou então o Dave Grohl. Ñ é ele o “cara legal” do rock?
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Pensei em abordar o vídeo por uma outra via. A ñ ser q o sujeito seja um emérito chupim de Porretnoy (ñ parece ser), tenho q esse é um músico de verdade. Um baterista de verdade. Ainda q o instrumento ñ seja adequado.
Ñ entro no papo chato de “geração Nutella” e “molecada mimimi” q uns tiozões chatos andam regurgitando pelas redes (anti)sociais. Ñ no sentido besta de “ah, tá vendo, monte de moleque com instrumento bom e esse coitado aí sem chance de acontecer”.
Existem os moleques idiotas com instrumentos bons e q ñ conseguem tirar nada deles. Assim como os guitarristas de cabo de vassoura com arame de varal tocando Paganini. Mas esses primeiros sempre existiram; os q estão velhos, viraram os tiozões q xingam a “geração Nutella” e a “molecada mimimi”.
Ou nem todos; vai ver tb nunca tocaram nada na vida, a ñ ser toca-discos e cd player. E q se fodam.
O link acima é sobre esporro e lição q o jovem Steve Vai – “and he’s a crazy guy” – ganhou de Frank Zappa, quando com ele pra quem tocava; por um lado um esporro por descuido com o equipamento, enquanto q por outro uma sacada q é lição de vida: ñ importa tanto o instrumento. Ele é um MEIO, a música está na pessoa.
Q o diga Jimi Hendrix em Woodstock. Acho q todo mundo aqui já analisou pelo seguinte prisma: o q o sujeito tinha de equipamento e recursos em 1969? Fora a gravação e mixagem absurdas (se tivesse um Nobel de Física póstumo, q dessem pra Eddie Kramer), q monte de show atual, com mesas de trilhões de canais ñ consegue captar.
Jimi Hendrix ERA a música. A Stratocaster só conduzia a coisa pra fora. Exorcizava a criança vodu. Do mesmo modo vejo esse Deden Noy, indonésio da bateria enlatada.
Q eu me lembre, Tony Iommi cita bem por alto em sua autobio a amizade com Frank Zappa.
Tvz eu precise reler “Iron Man” qualquer hora. (Pra rachar de novo, e muito, com o capítulo “Born Again” ahah). Ou então ir atrás das bios zappatistas q um grupo facebúquico de Zappa tem compartilhado ultimamente.
Entregando q eram amigos razoavelmente próximos numa época, do tipo de jantar e sair em fotos junto, num nível de FZ se importar e defender publicamente a música do Black Sabbath. Assim como tb eleger “Supernaut” e “Iron Man” suas preferidas.
Está tudo aí acima, na matéria quase mini-documentário disponível no YouTube. Com direito a imagens e citações diversas. E q conclui com o combinado duma jam num show sabbáthico setentista – alerta de spoiler – q ñ rolou, e tudo bem.
Pra ñ ficar no ar, algum tipo de critério na lista abaixo: músicas chatas, mas de bandas/artistas ñ necessariamente chatos; ou ñ o tempo todo. Gosto das bandas, só ñ dessas músicas, q nunca gostei.
Tb ñ entram músicas q a gente já gostou e o excesso nos deu enjôo, como são pra mim, por exemplo, “The Trooper” e “Another Brick In the Wall, Pt. 2”. Ah, foquei em rock e metal. Pra outros estilos, outras listas. Ou ñ, vai de (des)gosto.
Será q ajuda a calibrar as escolhas?
TOP 10 MÚSICAS MAIS CHATAS DA HISTÓRIA:
“Sunshine Of Your Love, Cream [“Disraeli Gears”]
“Should I Stay Or Should I Go?”, The Clash [“Combat Rock”]
“Whole Lotta Love”, Led Zeppelin [“Led Zeppelin II”]
“Wish You Were Here”, Pink Floyd [“Wish You Were Here”]
“Jump In the Fire”, Metallica [“Kill ‘Em All”]
“Ytse Jam”, Dream Theater [“Where Dream And Day Unite”]
“Bobby Brown Goes Down”, Frank Zappa [“Sheik Yerbouti”]
MEU TOP 10 DISCOS ÓBVIOS Q MONTE DE GENTE DIZ CURTIR PQ SÓ CONHECE OU (DIZ Q) OUVIU ELE NA DISCOGRAFIA ESPECÍFICA, E Q PODEM SER ATÉ OS DISCOS FAVORITOS DE (OU MELHORES PARA) QUEM REALMENTE CURTE A BANDA/ARTISTA MAS Q AQUI Ñ E O CASO:
“Ace Of Spades”, Motörhead
“Aqualung”, Jethro Tull
“Perfect Strangers” ou “Machine Head”, Deep Purple
Vivo estivesse, Frank Zappa hoje comemoraria 80 anos.
Em 4 de dezembro último, por outro lado, passaram-se 27 anos de seu falecimento.
Sujeito morreu aos 53, deixando em torno de SESSENTA DISCOS lançados (nem todos geniais, como “Francesco Zappa” e “Thing-Fish”) em… 27 anos de carreira. E legando à posteridade outros inéditos + coletâneas + registros ao vivo q sua prole confusa desova a conta-gotas. E q já chegam a 100 álbuns.
Já devo ter postado isso. Segue.
Especulação mais ou menos óbvia: o q teria lançado desde 1993 (27 anos – de novo, 27: equivalente a metade de sua vida. E ao dobro de sua carreira), caso ñ tivesse morrido? A aritmética (P.A./P.G.) ajuda a imaginar; provavelmente seria ainda mais coisa.
Antes de morrer, digitalizou TODOS os seus discos e estava fazendo música – ainda mais esquisita – no computador, o tal Synclavier (iniciando em “Francesco Zappa” e “Jazz From Hell”, culminando em “Civilization Phaze III”, último em vida, “Feeding the Monkies At Ma Maison” e “Dance Me This” e sei lá mais quantos), sem ter q ensaiar e estressar com músicos de verdade…
Todo modo, estaria fazendo música.
E estaria, certamente, aloprando pra cima de trumpistas, evanjegues, terraplanistas, isentões de direita e celebridades. Pq já o fazia desde os 80’s (“You Are What You Is”, “Meets the Mothers Of Prevention”, “Broadway the Hard Way”), destilando ódio aos Republicanos e em todo encarte convocando as pessoas a votarem.
Deixou até um punhado de hits: “Bobby Brown Goes Down”, “Valley Girl” (ganhadora de Grammy), “G-Spot Tornado” (outro Grammy), “Peaches In Regalia”, todos meio sem querer querendo.
Um homem de seu tempo? Um homem de NOSSO tempo.
Ainda há… tempo de descobrir muita coisa. Ainda há… tempo… pra ser CONTEMPORÂNEO do q fez e já fazia há muito.
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Por aqui, resolvi homenagear com os vídeos acima:
Steve Vai (um dos tantos “revelados” por FZ) falando, divertidíssimo, de sua audição pra tocar com ele (ñ era pra qualquer zé mané), em episódio até manjado.
O segundo, uma animação duma entrevista (deveriam lançar dvd’s ou discos de entrevistas dele tb) a respeito de como gerenciava a própria carreira e o q exigia de quem com ele tocava. Impressiona.
E com trecho de show tributo “Zappa Plays Zappa“, em q Dweezil (seu filho mais velho e van-haleano) juntou músicos de gabarito + alguns dos ilustres q tocaram com o pai, pra fazer versões – a meu ver – irrepreensíveis e tocantes do vasto repertório do Big Ode.
O som acima é uma suíte do álbum “Apostrophe”, q me parece bem adequado a quem quiser se iniciar no cânone. Pq curtinho e pelas participações de Jack Bruce na faixa-título (co-autor, inclusive) e de Tina Turner (ñ creditada) fazendo backing vocals em “Uncle Remus”.
Voltando ao ZPZ: o negão fazendo voz de Zappa e saxofone com wah-wah (chupa, Kirk Hammett!) é Napoleon Murphy Brock. Pra quem o tempo passou generoso. Carisma e talento.
Enfim. Eu curto. E recomendo.
PS – a quem conhece, e curte, só “Bobby Brown Goes Down”, uma boa e uma má notícia. A boa: é uma baita letra, veia Zappa total. A ruim: acho um dos piores sons do cara. Tem coisa muito melhor.
A série de 6 cd’s duplos “You Can’t Do That On Stage Anymore” q FZ lançou ao fim de sua carreira/vida compila 20 anos de trechos de sons ao vivo (apenas o Vol. 2 é o único com show na íntegra, em 1974 em Helsinque), alternando versões inéditas, músicas (poucas) ñ lançadas e curiosidades para fãs. Todos os volumes contêm as justificativas para conter este e aquele outro som etc.
Fora isso, existe a descrição meticulosa, som a som, dos músicos participantes, do modelo de guitarra usada por ele, quantos canais tinha a mesa de som, tipo de fita utilizada, nome do operador da mesma e datas de apresentações específicas. Além de compositor, guitarrista e frasista de 1ª grandeza, FZ foi seu melhor curador.
Mas Zappa ñ tinha paciência com fã true ahahah Segue descrição singular contida no Vol. 5 dessa série:
“This collection has taken more than 20 years to put together. It provides a comprehensive sampling of unreleased live material with absolutely no over-dubs, and, in this set, a few unreleased studio cuts. Disc One of this set deals with the early years from 1965 to 1969. Great care has been taken to ensure the best audio quality, however, the selections on Disc One, though not exactly ‘hi-fi’, have been included specifically for the amusement of those collectors who still believe that the only ‘good’ material was performed by those early line-ups“.
“Freak Out!”, Frank Zappa and The Mothers Of Invention
“The Doors”, The Doors
“The Book Of Taliesyn”, Deep Purple
“This Was”, Jethro Tull
“Disraeli Gears”, Cream
“Led Zeppelin”, Led Zeppelin
Obviamente constam discos e bandas ñ exatamente heavy metal, pois “Black Sabbath”, o disco, ainda ñ tinha sido lançado. Próximas décadas deixarão de conter bandas/artistas q ñ sejam exatamente pesados