30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
… o q ficou?
Tinha ouvido, por alto, e ñ curtido “The Hope Six Demolition Project”, até então o último álbum lançado por PJ Harvey, em 2016. Achei meio world music e “evoluído demais”.
Sou órfão do início de carreira blues sujo da moça. Nem comprei.
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Em 2018 trouxe de viagem “The Hollow Of the Hand”, co-escrito com um jornalista tb inglês, Seamus Murphy. Legal, letras de músicas e poesias feitas em viagem jornalística dos dois em áreas de conflito pelos cafundós do mundo.
Tipo lá onde o Judas perdeu… o KK Downing ahahah
Mas ñ tinha ligado uma obra a outra.
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Anteontem, fuçando na “xêpa do Now”, me deparo com o documentário híbrido “A Dog Called Money” (de 2019), q nunca tinha ouvido falar e junta ambas as coisas. Polly Jean era multimídia e eu ñ soube.
Mistura imagens documentais dela no Afeganistão, no Paquistão, no Kosovo, na fronteira entre Macedônia e Grécia (onde flagrou um empurra-empurra de refugiados da primeira à segunda) e na parte pobre e negra de Washington D.C., nos EUA. Interagindo musicalmente e pouco fazendo juízos. Apenas registrando.
Temática geral: pobreza, abandono, religião consolando/manipulando e os EUA cagando em tudo. O q inclui imagens de tropas estadunidenses ostensivamente armadas pelas ruas (os afegãos nem estranham) e dum drone-dirigível pairando q enviaria relatórios diários de Cabul ao Pentágono.
Ao mesmo tempo, e intercalado, é um documentário sobre a composição e gravação do disco citado, acessível ao público (q assistia do lado de fora dum estúdio construído pra essa mesma voyeur finalidade, em Londres), com direito a requintes de PJ e sua banda + produtor (todos homens) incorporando – ops! – cânticos rituais afegãos e côro gospel estadunidense às músicas inspiradas no rolê.
Recomendo demais. Ainda q incialmente pareça demasiado eurocêntrico – palavra da ordem do dia – ou predatório à Paul Simon indo tocar com o Olodum pra repaginar a carreira. Ñ vi desse modo, mas é q sou fã e tvz esteja passando pano.
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De todo modo, um tapa na cara pra quem “ora pela Ucrânia” bovina e binariamente em correntes de WhatsApp e simplesmente – como aqueles jornalistas europeus racistas compilados (alguém aqui ñ viu?) – caga e anda pra Sudão, Armênia, Afeganistão, América Latina, Palestina e Oriente Médio. Submundo (“países em desenvolvimento” de ânus é nome de pomba) com guerras a toda hora, q ninguém liga.
Cereja do bolo? Isentão comentando num dos sons lá no YouTube q PJ Harvey “devia parar de fazer músicas políticas”. Tá certo. Alguém teve a manha de perguntar “e por quê?”.
Pra esse ser responder algo como “ñ é todo fã dela q curte essas paradas”. Aham. Pau no cu de quem “só curte som pelo som” e q considera bom gosto só o próprio gosto.
RANQUEANDO DISCOS DE PJ HARVEY POR AQUI:
“I”, Meshuggah, 2004, Fractured Transmitter Record Company
sons: I
formação, ñ especificada: Fredrik Thordendal, Mårten Hagström, Jens Kidman, Tomas Haake
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Desde q este blog é blog, me cobro por convicções (racionais) ou envolvimento (emocional) suficientes pra lavrar uma resenha. Por mais vã q tenha saído uma ou outra (saíram…), ainda me é um critério, o q responde a limitações por eu ainda ñ ter resenhado certos discos/bandas – decerto os amigos já notaram ausências – com os quais tenho excesso de envolvimento ou carência de entendimento. Para tal.
Por isso, esta resenha ñ se pretende uma resenha, mas um depoimento. Afinal o Meshuggah me assola com uma série de contradições, 1) inerentes à própria obra e 2) causadas em mim por ela. Exemplo-mor: quanto mais ouço a banda, mas sinto q a entendo; porém, duvido q entenda de fato. Ñ pode ser. Demanda esforços racionais e disponibilidade cognitiva tremenda para assimilar, mas ao mesmo tempo me parece q quanto mais exposto fico a seus discos, mais me ressoa eles ñ sendo tão robóticos.
Philip K. Dick, certa vez, lançou a pergunta: “andróides sonham com ovelhas elétricas?”, q os Replicantes parafrasearam – parafraseando a paráfrase, aliás – em “Androides Sonham Com Guitarras Elétricas”. Parece q os nerds math metal do Meshuggah têm sentimento, coração, coerência e senso. Brincam com a gente, vão tirando com a nossa cara. Sonham. Fingem fazer uma coisa, quando de fato cometem outras. Ilusionistas rudes. Vanguardismo, tecnicismo, mas tb… feeling, oras.
Bem… a ñ resenha virou resenha.
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A quem assustar com o fato de ser este um ep de 1 som apenas, durando 21 minutos, vale lembrar: ouvir 4 ou 5 sons do Iron Maiden numa enfiada consome mais de 20 minutos. Do Metallica idem. Ao mesmo tempo, há sons do Dream Theater com um terço da duração q parecem durar uma semana, sem entregarem mínimas dinâmica e coesão. Tem 21 minutos este “I”? Pq PRECISOU ter 21 minutos.
Pela própria estrutura composicional do som e da banda, elípticos contumazes, no q objeto resenhas desfavoráveis q li sobre, no Metal Archieves, acusando o mesmo de repetição e exaustão. Coisa de quem teve preguiça de ouvir inteiro ou q ñ quis entender a bagaça. O som tem repetições, tem tb variações e tem DINÂMICA: partes lentas, outras sem bateria, partes sem vocal, partes q se integram num todo.
Até mais q o “Catch 33” imediatamente posterior, tb fundado num som dividido em partes. Só q em partes fragmentadas, q se atritam entre si mesmas.
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Uma grosseira comparação q me dá na telha fazer é a de “I” como um “Thick As A Brick” pós-apocalíptico. Ou uma “Atom Heart Mother” – faixa-título floydica (floydiana?) – com a doença da vaca louca. Progressividade distante, mas tb próxima, de quem – Jethro Tull e Pink Floyd – viajou sem topar seguir regras como as de retorno a tema(s), óbvias passagens repetidas ou condições centrípetas afins. Vc ouve e no fim ñ lembra de como começou, a ñ ser q seja maestro ou fã xiita doentio (no caso dos bretões), ou tudo bem ñ lembrar, com o Meshuggah. É parte da paisagem e da viagem.
O q o Rush e o Soundgarden, noutras proporções, cometem doutros modos. E tb o Meshuggah. Tb aqui. Fazem/fizeram sons complicados, mesmo quando ñ ostensivamente difíceis, e dos quais muitas vezes ñ sacamos as intrincações. Ponto pra eles todos, q nos entortam neurônios, e por isso tb nos ajudaram na gênese de novas sinapses. O Meshuggah, comparando-os a esses citados, considero rock progressivo. Contraditória e igualmente. E do maior gabarito.
Ainda outro espanto q tenho e tive com “I”, adquirido este mês (o preço tb foi lindo), é do mesmo ñ ser álbum novo dos suecos. Parece opus recém-lançado, sem destoar dos álbuns recentes, tampouco de seus antecessores. Evolução e continuidade aliadas. Inclusive na produção, impecável e infalível. Superior ao “The Violent Sleep Of Reason” recente, inclusive. No q me ocorre certo depoimento de Frank Zappa em “Eat That Question” (recomendado outro dia), quando o mesmo revelava pensar sua obra como uma música só, dividida em partes.
Meshuggah me parece tão ORGÂNICO tanto quanto, a ponto de “I” parecer parte duma obra contínua, contígua e maior. E q tvz já tenham até premeditação para encerrar, vai saber. Alienígenas? Voltem à deliberação especulada há 8 parágrafos.
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A letra de “I”, creditada a Mårten Hagström, possui 42 versos sem repetição ou refrão, q ñ sei cravar se à moda poesia profunda/hermética ou se duma lavra aleatória/dadaísta de razoável vocabulário em inglês. À moda de suas letras em geral, constituída de esboços futuristas, comentários existencialistas e alguma sorte de ñ obviedades. Por vezes juntos, às vezes misturados. Ñ me atrapalha ou cativa, a ñ ser por uma menor participação de Jens Kidman – e sua manha de entoar letras sem métrica com algum método – incômodo e necessário à banda tanto quanto James LaBrie no Dream Theater.
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No mais: fora “Autobahn” (Kraftwerk), ñ me recordo haver ouvido duas vezes seguidas um som de 20 minutos, sem enfado. E só ñ emendei uma 3ª ouvida – dentre as primeiras vezes – pq já era adiantado da noite e precisei ir dormir. Sem sonhar com ovelhas ou com guitarras elétricas. Subjetivo de dizer, mas é q “I” me instigou a isso. Vontade e fascínio subjugados. Quero crer q rolará com mais gente aqui, tanto quanto outras vezes comigo.
Especulo sobre medirmos músicas em tempo resultando em demérito pras mesmas. “I” é um som, mas tb um álbum, e ñ trechos compilados e colados à força pra impressionar. Ou ganhar tempo. Ou fazer com q o fã perca tempo. O tempo é CONDIÇÃO pra q o assimilemos.
Em tempos (ops!) em q as pessoas ñ têm tido tempo (arre!) pra ouvir álbuns inteiros, “I” ñ é bem um álbum inteiro (embora seja), é uma música. Tb é uma música. Um compêndio de sons, pausas, timbres e ritmos enxertado num acrílico, q ñ o aprisiona nem o resume. E cada um q se vire pra arrumar… tempo pra ouví-lo.
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CATA PIOLHO CCLVIII – “Submission”: Sex Pistols ou Lock Up? // “Shrine”: Triptykon ou Jeff Beck? // “Victory”: PJ Harvey ou Megadeth?
“Stoosh”, Skunk Anansie, 1996, One Little Indian/Virgin
sons: YES, IT’S FUCKING POLITICAL / ALL I WANT / SHE’S MY HEROINE / INFIDELITY (ONLY YOU) / HEDONISM (JUST BECAUSE YOU FEEL GOOD) / TWISTED (EVERYDAY HURTS) / WE LOVE YOUR APATHY / BRAZEN (WEEP) / PICKIN ON ME / MILK IS MY SUGAR / GLORIOUS POP SONG
formação: Skin (vox, theramin & bv’s), Cass Lewis (bass guitar & bv’s), M.K. (Ace) (guitars), Mark Richardson (drums, bv’s & percussion)
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A trilha sonora de “Strange Days” (lançado cá em 1995 como “Estranhos Prazeres”), filme distópico sobre a virada do milênio (ainda q virada de 1999 pra 2000…) é uma q comprei pela oferta e pela versão de “Strange Days” (The Doors) com o “Prong featuring Ray Manzarek”. O q me arrebatou nela foram “Selling Jesus” e “Feed”, com o Skunk Anansie. Melhores (pra mim) e mais pesados (de fato) sons do disco.
Chega 2000 e o Chefe Tony Iommi lança “Iommi”, com Skin (vocalista) participando de “Meat”, meu som preferido na bagaça. Liguei antena e, encontrando este “Stoosh” num sebo anos mais tarde, fui sem medo.
O Skunk Anansie me enganou. Como enganaria qualquer um q trilhasse mesmo caminho ao meu: “Stoosh” tem sons pesados e ótimos momentos, mas passa ao largo do PESO e da categoria dos sons avulsos acima listados.
Inflência sabbáthica ñ deixaram de apresentar; no entanto, mais q algum heavy metal alternativo noventista, o material entrega um rock alternativo mais pesado. Sendo ingleses, ficaram fora do balaio britpop, e globalmente ñ se encaixaram no pós-grunge. Numa comparação tvz imprópria, ficariam mais próximos dum Therapy? mais sofisticado q de um stoner metal mais apropriado. Sem soar pejorativo: na verdade a banda tem uma pegada própria, como pude sacar ao tb adquirir o álbum seguinte, “Post Orgasmic Chill” (1999).
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Outra aproximação vã me ocorre: é como fossem uma “PJ Harvey metal“, muitíssimo bem produzidos e assessorados, inclusive em usos de órgão Hammond (em “Glorious Pop Song”), cordas (cortesia de Martin McCarrick então no… Therapy?), ruídos, loops e programações sutis. Nesse sentido, lamento ñ terem sido banda estadunidense, ou teriam vingado, devido ao peso considerável, à raiva embutida (mas ñ embotada) e à personagem Skin, uma negona alta, dita feminista e careca.
(Chupa, Alanis Morrisette!) (Se bem q negona alta, feminista e careca, na Terra de Marlboro e de Obamis, tvz jamais estourasse)
Além disso, depreende-se da banda ter tido – acabaram em 1999, voltaram nos 10’s – uma paleta mais ampla q duma banda de metal, ou de metal alternativo: vide “Infidelity (Only You)”, praticamente um single pop q ñ repercutiu. “Hedonism (Just Because You Feel Good)” faria frente pintuda a um Hole ou ao Smashing Pumpkins; “Milk Is My Sugar”, por sua vez, ñ ficaria estranha caso regravada pelo Red Hot Chili Peppers. A capa tb entrega a veia pop, pq cometida por Anton Corbijn, de portfólio q inclui… Therapy? (conceito idêntico à de “Infernal Love”, daqueles), o Metallica “Load”/“Reload”/“S&M” e U2 desde há muito.
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Na verdade, “Stoosh” ostenta mais um som pesado e até acessível – sem ser vulgar – com traços soul bem dosados, q o “Post Orgasmic Chill” seguinte abandonaria, em prol de traços electro. Musicalmente falando, é todo mundo muito bom no time, e minha objeção vai pra cozinha, sobretudo o baterista Richardson, um tanto “reto” pro meu gosto. O guitarrista Ace (mais afeito a texturas e timbres q a solos) e Skin é q comparecem mais. E tudo bem.
Meus sons preferidos são os mais pesados: a trinca inicial, “Twisted (Everyday Hurts)” e “Milk Is My Sugar”. O disco seguinte tvz possa agradar mais aos amigos aqui, pq é até mais pesado – embora tb mais prolixo; resenhei “Stoosh” por tê-lo ouvido mais. Disco anterior e os três lançados na volta solenemente ignoro, mas li elogios em relação aos últimos por terem mantido pegada e a relevância. E a quem for atrás da (esta) sugestão deste (eu) q vos bosta bloga e ñ curtir o álbum ou a banda, recomendo ainda assim baixar as citadas “Selling Jesus”, “Feed” e “Meat”.
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CATA PIOLHO CCL – Jogo dos 7 Erros capístico:
(já terei postado este?)
“Coverkill”, Overkill, 1999, CMC International/BMG
sons: OVERKILL [Motörhead] / NO FEELINGS [Sex Pistols] * / HYMN 43 [Jethro Tull] / CHANGES [Black Sabbath] / SPACE TRUCKIN’ [Deep Purple] * / DEUCE [Banda Beijo] / NEVER SAY DIE [Black Sabbath]/ DEATH TONE [Manowar] / CORNUCOPIA [Black Sabbath] * / TYRANT [Judas Priest] / AIN’T NOTHIN’ TO DO [Dead Boys] * / I’M AGAINST IT [Ramones] *
formação: Blitz (vocals), Tim Mallare (drums), D.D. Verni (bass & vocals), Joe Comeau (guitar & vocals), Dave Linsk (guitar)
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Tirando raríssimas exceções (me ocorrem “Miscellaneous Debris”, do Primus e “Acid Eaters”, do Ramones), disco de cover é aquela coisa q ñ fede nem cheira na discografia duma banda. Qualquer banda. Geralmente cometidos em períodos de parca criatividade (“Undisputed Atittude”, do Slayer; os “Feijoada Acidente?”, do R.D.P.), com retalhos de faixas bônus lançadas avulsas (o percentual em “Hidden Treasures”, do Megadeth), pra gravadora tirar todo o sumo de seu produto (Guns N’Roses e seu “The Spaghetti Incident?”) ou por piração sem noção (os 3 – TRÊS – “Graveyard Classics”, do Six Feet Under).
Há os claramente desnecessários, como “Feedback” (Rush) e o do Sepultura (“Revolusongs”). Aquele um ou outro pra tentar reinserir banda no mercado (“Take Cover”, do Queensrÿche). E os irrelevantes, como “Metal Jukebox” (Helloween), mas tvz isso seja menos fato q minha opinião.
Safo sempre foi o Iron Maiden, lançando covers e versões, boas e ruins, só em singles. Ñ mancharam reputação desse modo, ao mesmo tempo em q ñ desagradaram o xiita compulsivo q deles tudo compra. Covers gravados avulsos e soltos em meio aos discos, sendo bons ou ruins, sempre causam menos danos. Ou chamam atenção melhor.
Metallica acho caso parecido com o da Donzela: ao menos no “Garage Days” ep original, conseguiram cometer versões de sons obscuros, q metade ninguém nunca tinha ouvido original, e a outra metade já parecia Metallica de algum modo.
Existem os discos de versões, tb 8 ou 80: “Let It Be” (Laibach) reinventou o segundo melhor quarteto de Liverpool; o primeiro do Apocalyptica fez um barulho, mas parece ñ ter sobrevivido ao tempo, tal como os do Bloco Vomit.
Há outros exemplos pra dar, em tudo o q citei até agora na resenha, mas deixo a critério dos amigos/amiga por aqui citarem. Pq senão ñ cabe espaço pra falar deste “Coverkill”.
Q parece um disco de cover de entressafra. E de retalhos de faixas-bônus (os sons acima asteriscados, quase meio álbum). E com Black Sabbath demais (“Never Say Die” achei desnecessária). E de nome meio besta. Com capa derivativa, a cargo de Travis Smith. Então, por q recomendá-lo?
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Pelos melhores sons, q aliaram audácia e ñ obviedade. Pra mim, “Changes”, “Hymn 43”, “Cornucopia”, “Space Truckin'” e “No Feelings”. Quer obviedade com Black Sabbath? Só gravar “Never Say Die” (ops!), “Paranoid” ou “Children Of the Grave”. Com Deep Purple? Deve haver umas trocentas mil regravações de “Burn” e “Hush” (q já era cover). Sex Pistols? “Anarchy In the U.K.” ou “God Save the Queen” é entrar com jogo ganho. Jethro Tull tem mais q “Aqualung”? Os thrashers vão lá e cometem as acima citadas!
“Changes”: quem imaginaria q por detrás daquele coração peludo e raquítico, Bobby Blitz fosse decantar sensibilidade osbórnica? E q daria pra tocar no baixo o teclado original? Q Tim Mallare fosse demonstrar groove – na do Purple e em “Cornucopia” – sem perder a ternura (e os 2 bumbos)?
Joe Comeau – pra mim, o melhor vocalista a ter passado pelo Annihilator (pra onde foi pouco depois) – parece ter cometido alguns backings, ficando interessante. Pena ter durado pouquíssimo nas bandas (por onde andará?). A do Sex Pistols destoa em relação às outras covers punk (q achei fracas, por soarem demasiadas metal) por ñ me parecer forçada. Muito pelo contrário.
Pouco mais a acrescentar nisso: ouçam e discordem. Ou concordem.
Cito os sons meio-termo: gostei de “Overkill” e “Deuce”. O primeiro até óbvio (e q nunca havia sido feito) com o vocal tresloucado e falsamente ao vivo, o outro menos, mas sem acréscimos. Nem deméritos. “Death Tone” e “Tyrant” perdem pras originais, mas ñ envergonham Manowar ou Judas Priest. Por tb ñ serem exatamente hinos daquelas hordas.
Em suma: objetivamente ñ acho o melhor trabalho do Overkill, q pra mim são “I Hear Black” e “From the Underground And Below”. Mas achei este “Coverkill” uma daquelas pérolas, ao mesmo tempo típica e atípica, do thrash metal q recomendo. Pelas razões acima, ou mesmo como disco inicial pra quem nunca ouviu os nova-iorquinos. Destoa dos discos de cover como os de Primus e Queensrÿche acima citados, tb pela pertinência.
Com a cara da banda. São covers, mas ñ são meras cópias. Soam Overkill.
Tem o fato de eu tê-lo comprado há 15 dias: ainda estou entretido com ele mais do q irei ficar daqui 15 dias, 1 mês, 1 ano. Subjetivo demais pra convencer os amigos/amigas por aqui? Dica outra: adquiri-lo pra mostrar praquele tiozão riponga e ver se ele reconhece Jethro Tull sem flauta ahah
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CATA PIOLHO CCXLV – “Legs”: ZZ Top ou PJ Harvey? // “The Hunter”: Girlschool ou Mastodon? // “Evil Eye”: Black Sabbath ou Motörhead?
Foi um ano meio morno, esse 2014. Bons lançamentos, mas tvz nenhum assim memorável. Ou q vire um álbum clássico daqui 10 anos. Exceção, tvz, ao Ratos de Porão novo, petardo. Arregaço. Porrada.
Sem mais preâmbulos, minhas listas da vez:
MELHORES ÁLBUNS DE 2014
MELHORES ÁLBUNS Q ADQUIRI EM 2014, MAS LANÇADOS NOUTROS ANOS:
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álbum desnecessário do ano: “The Endless River”, Pink Floyd
Acreditou em “álbum novo do Pink Floyd” o otário e a otária q quiseram. Vi babacas na internet crendo piamente q Roger Waters tomaria parte disso. “Rádio rock” daqui de SP anunciando como o “novo álbum após 20 anos” só alimenta a ilusão capenga e dolosa. É um disco de sobras de “The Division Bell”, q já ñ era um primor. Apenas pra ganhar uns trocos, a troco de prestar tributo a Rick Wright, autor e co-autor de 12 dos 18 “sons” por aqui. Disco de Pink Floyd com Rick Wright à frente é o mesmo q disco do Metallica com Kirk Hammett compondo tudo sozinho… Comprei mesmo assim.
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menção horrorosa: “Pandemonium”, Cavalera Conspiracy
A pior capa de disco q já vi, aliada a algo inacreditável: um disco ñ mixado. Nem Darktrhone véio faria pior. Provavelmente gastaram o orçamento do disco em farofa, pinga, uísque com energético (pro Iggggor) e lançaram o álbum, q tem bons momentos, apesar de tudo. Tomara q daqui uns anos relancem… mixado!
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PIORES ÁLBUNS Q COMPREI ESTE ANO…
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MELHORES LIVROS DEVASSADOS EM 2014, E Q RECOMENDO:
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SHOWS…
ñ tem muito. Fui só no Hypocrisy e nos dos amigos do Armahda, quando abriram pra Sabatton (fracos) e Vicious Rumors (quase fracos)
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PREVISÕES DE SHOWS
fora os anunciados e os mega-festivais, prevejo shows no Brasil de Sonata Arctitica, Glen Rugas, Focus e Peter Hook tocando Joy Division (pelo menos uma vez: em 2014 foram duas). Fora Biohazard em “Matanza Festival # 519” (com montes de gente, de novo, saindo fora durante a “atração principal”), Epica, Obituary, Destrúcho e Brujeria (q ñ aprendem a parar de brincar)… e Metallica, lançando disco novo em set-list demagógico, mas com turnê temática comemorativa dos 10 anos em q Lars Ulrich aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas.
MELHORES ÁLBUNS “AMOROSOS”, PRA MIM:
MELHORES ARTISTAS/BANDAS Q CONHECI EM 2014:
Ano passado, a 1ª lista do ano foi uma de “Promessas para 2014”. Ñ repeti uma de mesmo estilo por conta de só ter conseguido cumprir 3 delas (ouvir som um pouco mais baixo no carro, perder peso e ver metade dos dvd’s de séries compradas).
Ñ li “O Iluminado”, “Moby Dick” nem “A Revolta de Atlas” – por aqui ainda nas prateleiras – tampouco cheguei ao show 200 com a banda cover, nem tirei férias, ouvi “Operation: Mindcrime” ou os 3 discos do Genesis q tenho. Ñ deu tempo. Daí, deixei pra lá atualizar isso ahah
Lista de “melhores de 2014” posto terça q vem, dia 13. Ainda tenho algumas coisas pra desempatar…