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sknk annsie

“Stoosh”, Skunk Anansie, 1996, One Little Indian/Virgin

sons: YES, IT’S FUCKING POLITICAL / ALL I WANT / SHE’S MY HEROINE / INFIDELITY (ONLY YOU) / HEDONISM (JUST BECAUSE YOU FEEL GOOD) / TWISTED (EVERYDAY HURTS) / WE LOVE YOUR APATHY / BRAZEN (WEEP) / PICKIN ON ME / MILK IS MY SUGAR / GLORIOUS POP SONG

formação: Skin (vox, theramin & bv’s), Cass Lewis (bass guitar & bv’s), M.K. (Ace) (guitars), Mark Richardson (drums, bv’s & percussion)

A trilha sonora de “Strange Days” (lançado cá em 1995 como “Estranhos Prazeres”), filme distópico sobre a virada do milênio (ainda q virada de 1999 pra 2000…) é uma q comprei pela oferta e pela versão de “Strange Days” (The Doors) com o “Prong featuring Ray Manzarek”. O q me arrebatou nela foram “Selling Jesus” e “Feed”, com o Skunk Anansie. Melhores (pra mim) e mais pesados (de fato) sons do disco.

Chega 2000 e o Chefe Tony Iommi lança “Iommi”, com Skin (vocalista) participando de “Meat”, meu som preferido na bagaça. Liguei antena e, encontrando este “Stoosh” num sebo anos mais tarde, fui sem medo.

O Skunk Anansie me enganou. Como enganaria qualquer um q trilhasse mesmo caminho ao meu: “Stoosh” tem sons pesados e ótimos momentos, mas passa ao largo do PESO e da categoria dos sons avulsos acima listados.

Inflência sabbáthica ñ deixaram de apresentar; no entanto, mais q algum heavy metal alternativo noventista, o material entrega um rock alternativo mais pesado. Sendo ingleses, ficaram fora do balaio britpop, e globalmente ñ se encaixaram no pós-grunge. Numa comparação tvz imprópria, ficariam mais próximos dum Therapy? mais sofisticado q de um stoner metal mais apropriado. Sem soar pejorativo: na verdade a banda tem uma pegada própria, como pude sacar ao tb adquirir o álbum seguinte, “Post Orgasmic Chill” (1999).

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Outra aproximação vã me ocorre: é como fossem uma “PJ Harvey metal“, muitíssimo bem produzidos e assessorados, inclusive em usos de órgão Hammond (em “Glorious Pop Song”), cordas (cortesia de Martin McCarrick então no… Therapy?), ruídos, loops e programações sutis. Nesse sentido, lamento ñ terem sido banda estadunidense, ou teriam vingado, devido ao peso considerável, à raiva embutida (mas ñ embotada) e à personagem Skin, uma negona alta, dita feminista e careca.

(Chupa, Alanis Morrisette!) (Se bem q negona alta, feminista e careca, na Terra de Marlboro e de Obamis, tvz jamais estourasse)

Além disso, depreende-se da banda ter tido – acabaram em 1999, voltaram nos 10’s – uma paleta mais ampla q duma banda de metal, ou de metal alternativo: vide “Infidelity (Only You)”, praticamente um single pop q ñ repercutiu. “Hedonism (Just Because You Feel Good)” faria frente pintuda a um Hole ou ao Smashing Pumpkins; “Milk Is My Sugar”, por sua vez, ñ ficaria estranha caso regravada pelo Red Hot Chili Peppers. A capa tb entrega a veia pop, pq cometida por Anton Corbijn, de portfólio q inclui… Therapy? (conceito idêntico à de “Infernal Love”, daqueles), o Metallica “Load”/“Reload”/“S&M” e U2 desde há muito.

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Na verdade, “Stoosh” ostenta mais um som pesado e até acessível – sem ser vulgar – com traços soul bem dosados, q o “Post Orgasmic Chill” seguinte abandonaria, em prol de traços electro. Musicalmente falando, é todo mundo muito bom no time, e minha objeção vai pra cozinha, sobretudo o baterista Richardson, um tanto “reto” pro meu gosto. O guitarrista Ace (mais afeito a texturas e timbres q a solos) e Skin é q comparecem mais. E tudo bem.

Meus sons preferidos são os mais pesados: a trinca inicial, “Twisted (Everyday Hurts)” e “Milk Is My Sugar”. O disco seguinte tvz possa agradar mais aos amigos aqui, pq é até mais pesado – embora tb mais prolixo; resenhei “Stoosh” por tê-lo ouvido mais. Disco anterior e os três lançados na volta solenemente ignoro, mas li elogios em relação aos últimos por terem mantido pegada e a relevância. E a quem for atrás da (esta) sugestão deste (eu) q vos bosta bloga e ñ curtir o álbum ou a banda, recomendo ainda assim baixar as citadas “Selling Jesus”, “Feed” e “Meat”.

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CATA PIOLHO CCL – Jogo dos 7 Erros capístico:

(já terei postado este?)

"Tyr", Black Sabbath (1990)
“Tyr”, Black Sabbath (1990)
"Urkraft", Thyrfing (2000)
“Urkraft”, Thyrfing (2000)