30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
… o q ficou?
Quer me tirar do sério? Vem com papo de q Mike Porretnoy “é melhor q Neil Peart”.
Nem pisco, mando se foder na hora. E nem explico. Pq deveria ser desnecessário.
Agora, de uns anos pra cá, me tirar do sério é vir com papinho de “o Rush vai voltar, com Mike Portnoy na bateria” (ñ q o babaca ñ queria; faz lobby pra isso desde Peart vivo), ou “o Rush tá voltando com o batera do Dream Theater na bateria, vc viu?”. Acontecia, em média, a cada 15 dias.
Eu simplesmente ñ respondo mais. Mudo de assunto ou viro as costas.
Fazia tempo q ñ acontecia, daí uma prima roqueira minha (roqueira nível Foo Fighters, U2 e Muse – nada contra, só contextualizando) semana passada me manda essa (e o vídeo acima) no WhatsApp dizendo: “vc viu q o Rush vai voltar e está fazendo testes pra baterista? Vai treinando aí”.
Putz.
Desnecessário dizer q ela nunca me viu tocar. Tive q explicar q ñ sei tocar Rush; no máximo coisinha ou outra do “Counterparts”, q considero dos piores discos deles justamente… pq têm músicas q eu consigo tocar.
E falei q já ensaiei bandas q o povo puxava Rush e eu ñ toco. É blasfêmia. É pecado, tenho medo. É o meu limite (pra cá) da psicopatia, sou apenas um castrado freudiano como a maioria, ñ me atrevo. Enfim.
Perguntei pra Bete (a prima) “de onde vc tirou isso?”. Resposta: “ah, um locutor da 89fm falou”.
Tempos de likes e haters, tá certo. Pós-verdade é a mentira gourmet. Foda-se se é opinião travestida de informação; a verdade virou “opinião”. Ñ importa q Geddy Lee e Alex Lifeson já o tenham desmentido 500 vezes. Importante é a “polêmica”. A era dos podcasts, q merda.
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E todo esse rumor semana passada pq Alex Lifeson liberou 2 sons novos (“Spy House” e “Cabul Blues”) em sua página oficial. Sem Geddy Lee. Sem sobra de Rush. E por causa do vídeo, híbrido de biografia, endorsement e gratidão à Gibson.
A Gibson é q tem q te agradecer muito, meu caro.
Todo um isencionismo, uma vontade imensa de ñ serem mal interpretados e meio um pedido de desculpas se ofenderam alguém, por acaso. Um “péra aí” sem q ninguém tivesse perguntado, e toda uma passação de pano pra cima de si próprios na caixinha de “Revolusongs” (2002):
“We are a band that always played covers from the groups we liked; we learned a lot from them and had a lot of fun doing that. The title REVOLUSONGS doesn’t represent revolutionary’s lyrics or a political statement, but a big musical challenge that we have never faced before. Through out our career we had done the bands that were more close to the style we do, like DISCHARGE, MOTÖRHEAD, RATOS DE PORÃO, BLACK SABBATH, etc… but this time we looked to bands that we never thought about it like DEVO, U2, JANE’S ADDICTION, PUBLIC ENEMY, MASSIVE ATTACK and it was great to ‘sepulturyze’ those songs. Once again we learned a lot doing this album and we feel we are reaching another musical level and we are more prepared to the next challenge ahead of us. Enjoy“.
Saiu.
O Rei da Quarentena.
Ele insiste em ñ ser um “disco solo”. Tvz ñ seja. Tb ñ é um disco de cover padrão. É algo q ninguém lançou antes. Aproveitado das “quarentene video series“, algumas já repostadas aqui. Sai dia 14 pela Megaforce Records e terá, segundo o q li em knotfest.com, parte da renda revertida pra caridade.
Neal Casal Music Foundation, aparentemente instituição pra ensino de música e tratamento de doenças mentais. Bravo.
Repertório:
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Por ora, só duas estranhezas:
RANQUEANDO DISCOS DO U2:
E a surpresa é eu ter 9 discos do U2.
Esclarecimentos definitivos sobre a veracidade de “Live And Dangerous” (1978), por Stuart Bailie, do New Music Express, em minha versão remasterizada (1996):
“The band’s set of Hammersmith Odeon shows from November ’76 were commited to tape. Another nights at Seneca College Fieldhouse in Toronto, and at Philadelphia’s Tower Theatre were also preserved. Even an inspired soundcheck of ‘Southbound’ was put to use. Everybody was pleased by the flat monitor mixes they heard, but Visconti figured that they had the makings something really unique. He said they could either slam out a rough approximation of the gigs, or they could tidy it up some, give it cohesion and release something that would live forever.
This approach needed some extra work back in the studio – fixing bum notes and amending the backing vocals. Scott remembers that himself and Brian Robertson were so pumped up on stage during this era that they were stepping up to the mics, ‘screaming anything and running away again to play guitar’.
Because of this, a few begrudgers said that the whole record was a sham, that hardly any of it was taken from the stage at all, but co-manager Chris O’Donnell refutes this, stressing that it was at least ’75 per cent live’. Frank Murray, the band’s tour manager at the time, seconds the story. ‘People talk about overdubbing and what went on with that album, but it was greatly exaggerated. I heard it in its raw state and it was still a number one album. It was one of the greatest records ever made. U2 used to listen to it all the time, to try and achieve that type of excitement’“.
PS – “Visconti” era Tony Visconti, produtor do disco; “Scott”, Scott Gorham, um dos guitarristas
LISTA DE LARRY’S, ALEATÓRIA:
Nome e/ou apelido: Jessiê
Idade: 43
Cidade e Estado de origem: Goiânia-GO radicado atualmente em Joinville-SC
Gênero musical preferido: heavy metal
Ouve rock desde: 1985 com o Rock in Rio
Disco que mudou sua vida: “Master of Reality” Black Sabbath
Disco que mais ouviu na vida: Black Sabbath Vol. 4
Primeiro disco que comprou: King Diamond – “Fatal Portrait” (sem convicção)
Último disco que comprou: “The end” – Black Sabbath
Top 5 discos ilha deserta: “Reign In Blood”, “Master of Puppets”, “Vol. 4”, “Rust In Peace”, “Sad Wings of Destiny”
Top 5 bandas: Black Sabbath, Slayer, Deep Purple, Led, The Gathering.
Top 3 melhores shows que já viu ao vivo: Slayer, Black Sabbath e Raimundos (todos no Monsters of Rock no melhor dia musical da minha vida)
Música que seria a abertura do seu próprio programa de rádio: “74 Jailbreak”, AC/DC
Não entendo como conseguem gostar de: Nickelback e afins
Já tocou em alguma banda: porcamente
Além de rock, curto muito: blues e folk
Maior decepção musical: Metallica ter virado o U2
Indique 3 bandas novas: Não conseguiria recomendar nada que tenha surgido nos últimos dois anos
LP, CD, mp3 ou streaming: LP pela nostalgia, fetiche e sonoridade, mp3 pela portabilidade e volume a se ouvir no carro. CD nunca curti e streaming ainda me é esquisito.
Acrescento como cheguei aqui: Numa busca sobre a banda holandesa Centurian, que li a resenha e curti. mas fui comentar depois num post do Testament em 2010 como “novato” https://thrashcomh.com.br/2010/09/legado-testamenteiro/#comments hahaha
“Abandoned Places”, Henk van Rensbergen, 2013, 160 pp., Lannoo
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O autor é belga e piloto de Boeing 787, o q lhe permitiu aprimorar um hobby fotográfico de longa data: buscar lugares abandonados (ñ é o mesmo q “desertos”) pelo mundo e fotografá-los, inicialmente para um site próprio chamado ‘industrial art’, posteriormente para fazer carreira desse tipo de registro, o q inclui seguidores, imitadores e até um estilo consolidado.
Desconheço realmente se Rensbergen foi o primeiro a fazê-lo: seus relatos pessoais, em prefácio, epílogo e casos envolvendo algumas locações e percalços são exatamente pessoais, sem pretensões de isenção ou coisa assim. E tanto faz, na verdade.
O livro em questão é uma coletânea de outros ‘abandoned places’ lançados pela mesma editora, e em versões ‘1’, ‘2’, ‘3’ e ‘melhores momentos’. E oferecem um tema q é de meu interesse, tvz mórbido, o q a capa entrega de imediato. Aliás, a foto em questão parece algo ártico, mas é no litoral da Flórida.
Ñ q eu tenha nascido com fascínio por fotos de lugares abandonados, ou tenha adquirido gosto em algum momento da minha vida por isso especificamente (nem imaginava se tratar dum segmento em fotografia), mas tenho apreço por distopias, filmes de cenários futuristas esvaziados/apocalípticos, coisas assim.
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E o q o livro entrega é tudo isso: viagens pelo mundo (mais pelo mundo civilizado; p.ex., nada de África) retratando construções outrora úteis, imponentes ou significativas totalmente abandonadas, tantas vezes sem uma razão específica. Apenas abandonadas, tornadas obsoletas, esquecidas quase q por completo.
E ñ por serem ruínas ou destroços: shopping center em Nova Jérsei, monumento comunista inóspito na Bulgária, motel, bar retrô setentista – com mecanismo ainda funcionando quando das fotos – e parque de diversões no Japão (fotos noturnas, coisa de filme de terror b), castelo europeu do século XVIII, fábricas imponentes, teatros, hospitais, bancos, igrejas, q tantas vezes sugerem uma reforma para voltarem a ter utilidade, função. Fantasmagorias urbanas. Construções às vezes intactas, apenas deixadas pra lá.
Sem o tal do ser humano. Fotos ñ óbvias: ruínas sugeririam destruição e impactam menos; abandono sugere descaso, desdém. Causam dúvidas, geram espanto. Parecem aquela nota desafinada no meio dum solo, ou aquela banda q propõe algo diferente q demora a assimilarmos. Por isso chocam. Por isso curti.
O título do post, acima, alude a como o autor denomina esse seu trabalho, dentro duma certa ética: entrar nos lugares sem invadir, apenas tirando as fotos e deixando pegadas pra trás. Mais um dos tantos livros q trouxe de Londres e q valeram muito a pena. E q recomendo.
E o site do autor a quem interessar é: http://www.henkvanrensbergen.com/
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CATA PIOLHO CCLXII – fotógrafo conhecido é o holandês Anton Corbijn, de colaborações com Depeche Mode, U2, Metallica fases “Load/Reload/S & M”, entre outros. Colaborações muitas vezes instantânea e imediatamente reconhecidas.
A dúvida abaixo, citando duas capas específicas, seria: estilo ou auto-plágio envolvido?