Ozzy Osbourne
TEM Q TER FIM
As polêmicas da vez envolvem o “fim” do Slayer e o fim do Rush.
Slayer saiu por aí anunciando uma “última turnê mundial”, com monte de banda pendurada junto. Quero ver se esse combo vem pra cá mesmo. Mó comoção q sinceramente ñ entendo: os caras já vêm enrolando e vivendo de nome há anos. E quero ver se essa última turnê acaba logo ou perdura como a do Scorpions. Q vão parar, mas ñ disseram QUANDO.
Mas parece q as pessoas parecem se apegar. E mais: se apegar a uma banda q ñ mais existe (mesmo q ao vivo ainda renda um caldo) como existiu em seu auge. Ñ é nem birra de “Jeff Hanneman morreu” ou “sem Dave Lombado ñ rola”, nada disso. Subjetivo e relativo isso, mas como o amigo märZ postou por aqui certa vez, os últimos álbuns – por melhor q seja o “World Painted Blood” – dava pra ficarmos sem. Desse último então, ficou a capa, uns 3 sons mais ou menos e 3 videoclipes metidos a gore.
https://whiplash.net/materias/news_771/277240-slayer.html
Já o Rush parece estar anunciando o fim do modo Rush/canadense de ser: ninguém estava querendo assumir a mão amarela, daí surgiu depoimento de Alex Lifeson dando conta de q nos últimos 2 anos ñ tem havido mais shows marcados ou planos de gravar alguma coisa. Basicamente DEU.
Aparentemente de boa. E acho q tem q ser assim mesmo. Devem nada aos fãs ou ao mundo. Fica o legado. 24 discos de estúdio, caralho. E poupar quem curte da decadência q já se prenunciava.
(como Geddy Lee já ñ conseguir cantar a contento certas músicas mais. Vide dvd recente, “R 40”, q aliás já avisava categoricamente o fim)
Pq a real é assim: tá morrendo gente adoidado. Só neste mês, q nem acabou, já foram Chris Tsangarides, guitarrista do Babymetal (novinho, tudo bem), Eddie “Fast” Clarke, baixista do Kinks, vocalista do The Cranberries (tb nova, exceção) e ex-baterista do Judas Priest. A hora em q Ozzy Osbourne ou gente do Iron Maiden se for, tvz vá cair a ficha da galera de q esse povo já virou os 60 e 70 e só duram pq duraram. E lutando contra a indignidade.
E pq a obra pregressa – ñ a atual – segura a onda.
Assim: é natural q tudo morra. Esse negócio de banda insistir em continuar soa antinatural. E prende a todos nós num limbo perpétuo. Faltam “peças de reposição”? Evidentemente. Mas vai ficar faltando ir a show desse povo? Melhor elaborar de vez esse tipo de luto do q ficar vendo dinossauros capengarem até morrer de velhice.
Sei lá, é o q me parece.
S.U.P. TCH
“Black Sabbath – A Biografia”, Mick Wall, 2013, Editora Globo – 338 pp.
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O maior trunfo, virtude absurda deste livro, é sua concisão.
O autor consegue contar a história do Black Sabbath em 321 páginas, de fio a pavio. Com direito a capítulo específico sobre carreira solo (oitentista) do Ozzy, o q inclui praticamente uma biografia de Randy Rhoads, vida, obra e legado. Cronologicamente situando ainda a carreira solo de Dio, em seus altos e baixos, após sua expulsão em meados de 1981/1982. Fora dando-lhe a autoria dos “chifrinhos”, devidamente.
E ainda incluindo 24 páginas extras de fotos bem interessantes, de todas as fases.
Vai da infância dos integrantes originais, resumidas ao necessário, às 3 (três) faixas liberadas na coletiva de lançamento de “13” (2013). Impressionante. Assim: ao fim do capítulo 6 – de 13 totais – na página 145, Mick Wall já passou por todos os discos, intrigas e encrencas até “Never Say Die!” (1978). Sem omitir os dias de Tony Iommi no Jethro Tull, a má vontade da imprensa pra com os caras, os bullyings com Bill Ward, a putaria em Los Angeles q foi a gestação de “Vol. 4” (1972), e por aí vai.
Falta um detalhe ou outro, q outras biografias certamente contêm (ou “ñ contém” – vide abaixo), mas sem deméritos. Afinal, bandas como o Black Sabbath, tanto como o Kiss, o Metallica e o Ramones, têm – e ainda terão – livros e biografias complementares, parciais no bom sentido, com cada envolvido descrevendo o q viveu, viu, sentiu e omitiu. O q é duma interatividade tremenda: quem lê é q faz os juízos, toma partidos, escolhe os “lados” das questões como bem quiser.
Mick Wall, além disso, é jornalista e foi assessor de imprensa do Sabbath, de Ozzy e de Dio por quase 35 anos. Por isso, além de saber escrever, descreveu eventos q testemunhou e tece juízos (nem sempre positivos) q ñ o comprometem. Demonstra isenção. E coragem, como nos agradecimentos, quando diz “e, claro, todos os vários membros do Black Sabbath que tive o prazer – e o ocasional desgosto – de conhecer durante esses anos”. Ñ lançou o livro pra ser só mais um souvenir ou calço pra criado-mudo.
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Um defeito q sempre encontro em biografias bandísticas, auto ou hetero escritas, é o de os dias e obras recentes/atuais/últimos serem contados com pressa, sem detalhes, só pra constar. “Black Sabbath – A Biografia” Ñ O TEM. Tanto.
Trata da “fase Dio“, com o significativo renascimento das carreiras – duplo sentido! – dos envolvidos, tb da “fase Ian Gillan“, q ñ era mesmo pra ter durado, o Live Aid broxa, dos rolos q envolveram a “fase Glenn Hughes” (com montes de músicos oportunistas e usados, fora uns tantos vocalistas ñ creditados q passaram pelo almoxarifado) e ainda da “fase Tony Martin“, e a dupla sacanagem pra com o cara – primeiro, quando o tiraram pra Dio voltar, depois quando o recrutaram de volta quando da deserção do elfo – e a decadência derradeira em “Forbidden” (1995).
Ñ omite o ensejo caça-níqueis de “Reunion” (1998), trata do Heaven And Hell e da morte de Dio, aborda o câncer de Iommi e a volta efetiva e consagradora – hj tb consagrada – pra “13”. Cita ex-esposas chifradas e esposas tornadas empresárias, picuinhas a rodo (tem motivo Dio creditado como “Ronnie Dio” na contracapa de “Live Evil”), tiroteios hediondos entre Sharon Osbourne e Don Arden, seu papai (quase sempre usando o Sabbath e/ou Ozzy como peões), e aborda controvérsias tornadas lendas (como a da tal treta pra mixarem “Live Evil”), ao mesmo tempo em q confirma lendas nascidas de fatos (Ozzy mordendo morcego, mijando em monumento e arrancando cabeças de pomba a dentadas). Cita até “The Osbournes”, decadência – com elegância? – na tv.
Wall, em episódio nojento noventista (o da ovada no Maiden fica menor – modo de dizer – comparando), praticamente afirma ser de $haron Osbourne, aliás, os direitos do nome Black Sabbath. A mulher é o ser mais abjeto da face da Terra, acreditem. E deu pra Randy Rhoads, sim.
Por outro lado, falta um cuidado – lembrete – aos discos solo de Bill Ward, poucos e obscuros mas existentes. Ou menção aos solos, de fato, de Iommi, como “Iommi” (2000) e os “The 1996 DEP Sessions” (04) e “Fused” (05), com Glenn Hughes. Ao mesmo tempo em q cita de passagem a Geezer Butler Band oitentista, de duas demo tapes legadas, mas ñ o GZR/Geezer noventista. Mas tudo bem: esses aí dá pra achar no Metal Archieves ou na Wikipédia.
Para ser lido com fones de ouvido, com a discografia sabbáthica, na ordem de lançada, acompanhando.
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CATA PIOLHO CCLVI – “Unconditional”: Prong ou Dew-Scented? // “Midnight Sun”: Helloween ou Black Country Communion? // “Earthshine”: Rush ou Summoning?
CANJA DE MORCEGO
Pouco me importa quem é, ou era, Young MC. Tô me lixando pros sons estarem cortados, editados.
Só queria entender um negócio:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=UfMgxveaplg[/youtube]
Terá a tecnologia chegado ao ponto de revisitar o passado, corrigindo-o?
Assim: como é q em 1990 Ozzy estava claramente melhor q hoje (sendo q hoje parece melhor q em 1986), a ponto de entoar “War Pigs” sem teleprompter ou sem errar tanto? Numa jam?
O “I love you all” e o “let’s go fucking crazy” já existiam, mas terá sido mesmo o Ozzy Osbourne ali ou era Mike Patton cometendo o cosplay dos cosplays?
Improbabilíssimo um troço desses em 2016, todo modo.
SEM RITA NEM BETO
OS MAIS PROEMINENTES ‘LEE’ PRA MIM:
- Geddy Lee – Rush
- John Lee Hooker
- Michael Lee – Robert Plant/Page & Plant
- Lee Altus – Heathen/Die Krupps/Exodus
- Tommy Lee – Mötley Crüe
- Jake E. Lee – Ozzy Osbourne
- Lee Ranaldo – Sonic Youth
- Lee Rocker – Stray Cats
- David Lee Roth – Van Halen
- Jerry Lee Lewis
LUNA
MELHORES DISCOS LUNARES PRA MIM:
- “Dark Side Of the Moon”, Pink Floyd
- “Marquee Moon”, Television
- “Under A Violet Moon”, Blackmore’s Night
- “Under A Funeral Moon”, Darkthrone
- “Black Moon”, Emerson Lake & Palmer
- “First Band On the Moon”, The Cardigans
- “Shadow Of the Moon”, Blackmore’s Night
- “Earth And Sun And Moon”, Midnight Oil
- “Nove Luas”, Os Paralamas do Sucesso
- “Bark At the Moon”, Ozzy Osbourne [pra inteirar 10]
ENCARTE: BLACK SABBATH
Agradecimentos individuais em “13” (2013):
“Ozzy Osbourne would like to thank…
I would like to dedicate this album to my son, Jack Osbourne. He’s the man I’ve always wanted to be.
Over the last 13 years this project has been spoken about constantly, but with lawsuits, egos and disagreements with the band it was never really a reality to me. But Sharon Osbourne and Rick Rubin never gave up. Their perseverance and belief mad it happen. I thank you both for never giving up and for your constant support and encouragement. After all my years in the industry I finally know what it’s like to work with a great producer. Thank you Rick.
Geezer Butler – the world’s best bass player
Tony Iommi – the riff-master
Brad Wilk – the ultimate professional and gentleman
My family: Aimee, Kelly, Jack, Lisa and Pearl Osbourne – thank you all for putting up with my crazyness. I know I’ve been a pain in the ass through this entire recording. Jessica, Ben Issy, Harry and Kitty Hobbs X. Louis, Louise, Maia and Elliah Osbourne X.
(…)
Billy Morrison: love ya! You deserve a medal for putting up with my insanity.
(…)
Blasko & Carol, Hardy Chandhok, Tommy Clufetos, Vicky Ericksen, Zak Fagan, Jay Krugman; John Fenton, Sharon & Dave Godman, Howard Grossman,Michael Guarracino, Todd Jacobs, Sam Taylor-Johnson& Aaron Taylor-Johnson, Julie Le, Rod Macsween, Duff McKagan, Pete Mertens, Dave Moscato, Mark Neuman, Dari Petriashvilli, Trino Prieto, Marcee Rondan, Mitch Schneider, Lynn Seager, The Great Crew at Shangri-la Studios, Shure Microphones, Slash & Perla, Claire Smith, Kathleen Smith, Saba Teklehaymandt, Bob Troy, Melinda Varga, Adam Wakeman, Bill Ward, Zakk, Barbaranne, Jesse, Hayley Rae, Hendrix & Sabbath Wylde.
To all the Black Sabbath fans who have alwawys shown us their undying support. Than you for everything for you’ve brought to my life. God bless you all… Ozzy“.
***
“Tony Iommi would like to thank…
I would first like to thank my wonderful wife Maria for all her love and support, especially over the last 18 months while I’ve been going through my cancer treatments. Without her help and love I could never have done it!
My daughter Toni for being such a wonderful and caring person I’m so proud of her!
My managers, Ralph Baker and Ernest Chapman for all their hard work and dedication, and once again helping me get through life as smoothly as possible.
Dear friends at home for all their support.
Special thanks to the Sabbath Family – Ozzy, Geezer, Bill, Sharon and Gloria.
A big thank you to drummers Brad Wild and Tommy Clufetos.
Mike Exeter for his huge contribution towards the making of this album.
Rick Rubin for producing this record and for his insight in what it should be.
(…)
And last but not least all the wonderful medics without whom I wouldn’t have been able to make the record“.
***
“Geezer Butler would like to thank…
all my love to Gloria, my heart and soul
My wonderful son, James Butler, for keeping it all together and keeping it real.
My comrades in arms, Tony and Ozzy
Drummer supreme, Brad Wilk
Beard of the year, Rick Rubin
Love & kisses to my grandkids, Carolina & Guy and kisses to Gemma & Pearl.
Special thanks to brother Bill Ward, Debi Buchan, Heather Losik, Sharon O., Ralph Baker, Collin Newman, Missy, Dizzee & the gang. Mike Exeter, Tommy Clufetos, Adam Wakeman, Pedro Howse, T2 & the Weltys, the Butlers, Howses, Ismails, Crofts, Sheila Walker, Biff & Tricia, Joe Siegler, Steve Stride & A.V.F.C.
(… continua falando das marcas e patrocinadores)”
ENCARTE: OZZY OSBOURNE
Trecho do release cometido por Phil Alexander, editor-chefe da Kerrang!, no encarte de minha versão de “No More Tears” (91):
“ANOTHER SONGWRITTER who collaborated with Ozzy and the band during the writing of No More Tears was Motörhead mainman Lemmy who co-wrote ‘Hellraiser’, ‘Mama, I’m Coming Home’, ‘Desire’ and ‘I Don’t Want to Change the World’ with Ozzy, guitarist Zakk Wylde and, on the latter two tracks, drummer Randy Castillo.
“Lemmy is fucking incredible! I love the guy!” enthuses Ozzy on the subject of a man he describes as “one of my oldest and greatest friends”. I go round to his apartment and he goes ‘What have you got?’. I usually tell him that I’m confused about where to go with a set of lyrics. That’s what happened with ‘Mama, I’m Coming Home’. Whenever I do the scratch lyrics in the studio I have a phrase or a melody that I like. It doesn’t mean that I’ve got the whole thing. With that track I said to Lemmy “I’ve got this vocal which goes ‘Mama, I’m Coming Home’ but I’m not sure what it means”. He just went “Give me an hour”. I came back an hour later and he had about 10 sets of lyrics for that track. And he goes “If you don’t like any of them I can change them”. Incredible!”.