Longo (eu mesmo não vi tudo ainda, parei na safra “Load”), mas didático e necessário.
Riffs e bases do Metallica q não são de James Hetfield. Inclui criações do Lars.
Pra desmistificar o “Papa Hetfield” e toda sorte de integridade forçada a ele atribuída. Pra levantar um pouco a moral do funcionário do mês perpétuo Kirk Hammett, q criou o maior hit dos caras, oras.
E tb pra colocar Cliff Burton e Dave Mustaine em seus altares devidos. Fonte: um tal Ake, q cita outros vídeos anteriores e/ou similares, então a epistemologia segue.
30 anos de “Metallica”, já comemorado. Já comentado por aqui. E o q faz o Metallica? Requenta a marmita.
Disco novo? Aham. Como bem disse o André por aqui já: vão viver de black album o resto da vida. Ñ fizeram ou farão nada maior, sabem disso. E, no q depender do mainstream, é isso mesmo. E só se revolta quem é sebastianista sem noção.
Aquele povo – né, Jessiê? – q ainda acredita numa integridade imaculada de James Hetfield. Eu prefiro acreditar em unicórnios.
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Nada contra: Metallica parece q foi a algum programa televisivo (Howard Stern) tocar “Enter Sandman” com Milley Cyrus. É isso. Ñ seria com Dave Mustaine.
E parece q rolaram depoimentos de gente graúda saudando o disco e a banda, com direito a Elton John enaltecer “Nothing Else Matters” como uma “das maiores músicas feitas”. Com direito a Hetfield ir às lágrimas.
(Michael Kamen, no além-túmulo, agradece)
Por outro lado, e um pouco menos brega, está saindo um álbum tributo em formato digital (oi?), “The Metallica Blacklist”, com 50 versões de sons de “Metallica” – e acho q umas 10 de “Nothing Else Matters” – cometidas por gente diversa: Volbeat, St. Vincent, Biffy Clyro, Juanes, Ghost, Corey Taylor, Dave Gahan, Weezer, Cage the Elephant, entre outros.
Aquele tipo de ‘tributo’ (chupa, Edu Falaschi!) – prometido tb em formatos físicos (aham) em LP (triplo? quádruplo?) e CD (duplo? triplo?) – q tem uma mega sacada marqueteira de capilarizar o Metallica pra onde ainda eles aparentemente ñ chegaram. Indies, latinos, millennials, tiktokers e etc.
E q pelo menos nos poupa de outras 15 versões péssimas de “Seek & Destroy”.
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Pincei pra postar aqui 2 momentos (e só ouvi esses mesmo), q achei muito bons. Pq as músicas são boas, ñ pq eu ache q o Metallica merece ahahah
Shaun LaCanne é um estadunidense do Wisconsin e sua banda é o Putrid Pile.
(pra quem é mais antigo: é a Putrid Pile)
Q a pesquisa básica no Metal Archieves encontrou em sua página 6 discos lançados, desde 2000. O mais recente, do ano passado, é “Revel In Lunacy”.
Traz ainda q a inspiração pra montar a banda veio quando Shaun assistiu ao show dum outro Shawn, Whitaker, q à época era tb uma banda dum cara só (atualmente ñ mais), o Insidious Decrepancy.
Legado é isso, caralho.
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Fico divagando aqui, por outro lado, Dave Mustaine, James Hetfield e Peter Tägtgren assistindo isto no conforto de suas torres de marfim e epifaneando: “por q é q ñ pensei nisso antes?”
Jeff Waters, vulgo Annihilator, lá do Watersound Studios (provavelmente o quarto dele), deve ter visto tb, rachado de rir e falado alto “eu já fazia isso quando vc ainda ouvia Nickelblargh, seu millenial”.
(Só q ñ ao vivo. Ainda)
Estivesse vivo ainda, Quorthon certamente veria como finalmente aceitar aquele caminhão de dinheiro por uma turnê do Bathory comemorativa, 3 primeiros opus e na ordem. SQN.
Seriamente falando: nem achei essa maravilha toda. Mas achei muito foda a coragem e a estrutura em fazer esse tipo de coisa. Fora divertido e verdadeiramente misantrópico. Em tempo: o show inteiro nesse festival da República Tcheca consta como dvd oficial da banda.
Ou do cara.
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Tivesse eu condições pra tal – ou uns 20 anos menos – faria algo assim tb e aproveitaria um solo de bateria programada duns 10 minutos pra dar stage diving na galera ahahah
Jon Schaffer. Dono de banda, empreendedor. Patriota, cidadão exemplar, pagador de impostos. Certamente temente a Deus. Um americano puro-sangue defendendo a liberdade de expressão e possuidor de “opinião divergente”.
SQN
Todo mundo aqui vem acompanhando a história: participou da invasão do Capitólio e está preso. Hora vejo q prenderam, hora q “se entregou”. Vai ver, meu inglês é q ainda é falho. Uma pesquisa prévia demonstra o quilate da “opinião” do sujeito sobre o q acontece no mundo.
Decorrência óbvia: músicos contratados membros da banda se pronunciaram contra. Bora tentar salvar a imagem e algum trampo mais à frente; vai q a banda foi pro saco mesmo.
Só q parece q um deles, ñ lembro qual e ñ achei o link, já tinha se pronunciando apoiando e apagou. Daí mudou de opinião. Ratos abandonam o navio, a covardia se instalou.
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E aí fico aqui pensando o quanto os srs. Phil Anselmo, Zakk Wylde, James Hetfield, Tom Araya, Yngwie Malmsteen, Ripper Owens, Michael Sweet, Sammy Hagar, integrantes de Hate Eternal e Nile, e mesmo Dave Mustaine andam quietos ultimamente. Cadê jornalista pra perguntar aos distintos opiniões a respeito? Um amigo, muito fã de Metallica (ñ um fã hipster) me disse esses dias estar aliviado de Mr Hetfield, “nem oficialmente ou extra oficialmente” se pronunciar a respeito. Pra ñ passar por decepção.
Contra-argumentei q o Sr. Lars Ulrich deve manter a rédea curta ali. O media trainning. “Ñ é bom pra economia” falar certas coisas – como ficaria a “família Metallica“? – e certamente ñ seria bom pra lojinha.
Ao mesmo tempo, embora Sebastião Bach tenha se pronunciado e intimado geral, e tb um nunca omisso Phil Rind (Sacred Reich) e tenhamos sabido q Rob Flynn tem sido ameaçado de morte por FÃS devido a opiniões contrárias ao ocorrido e ao apoio ao Black Lives Matter, o fato é q a maior parte do metal dos EUA está convenientemente quieta.
No fim, só espero q essa neo-Hollywood Netflix ñ venha daqui a um tempo fazer filme sobre Schaffer. Certamente livro ou autobiografia vai rolar. À moda nórdica Burzum-Dissection.
Parecia mais distante, folclórico e confortável quando esse tipo de psicopatia era só coisa de escandinavo, né?
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Semana passada o amigo märZiano deu aparte q passou meio ao largo, sobre “cancelamento”. A vontade é cancelar toda essa gente, se desfazer de discos e seguir adiante. Possível? Ñ. Tvz só ñ seguir mais, boicotar caso venham tirar dinheiro dos índios tocar por aqui novamente, essas coisas.
Até pq todos aqui já conhecemos bangers radicais q romperam com bandas, bem antes q a pauta de “cancelamento” existisse. Sei de amigo q parou com o Metallica no “Metallica”, tirou adesivo do carro e nunca mais acompanhou. Normal. Lembro na Galeria do Rock o tanto de disco do Kreator (vinil e cd) disponível depois q os mesmos lançaram “Renewal”.
Um radicalismo boçal e comum de pessoas q nunca foram exatamente mente aberta. Muitas dessas hoje casadas, com filhos e freqüentando igrejas. De Deus, de família, “Brasil acima de tudo”.
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E por falar em Kreator…
“Esse tipo de festival conecta todos os tipos de pessoa. Temos gente do mundo inteiro aqui. Mas o pior é que ainda há gente no metal que pensa que é cool ser racista.
Sabem duma coisa? Na minha opinião, metal e racismo não combinam. Então, pra esse próximo som eu queria pedir um baita mosh-pit pra mostrar pros fucking racistas que fiquem longe do metal. Porque a gente diz ‘vão se foder’.
‘Europe After the Rain’ 1-2-3-4...”
O discurso acima é uma tradução livre minha e ñ consta no recorte youtúbico desta versão de “Europe After the Rain” cometida no Wacken 2008 q consta no dvd bônus do meu “Phantom Antichrist”. Tirei a fala dali.
A única banda 100% anti-fascista e “de esquerda” no thrash metal (e sei lá se ñ no heavy metal todo) é o Kreator. Sempre foi.
“Europe After the Rain” é do “Renewal” e já alertava sobre o neo-fascismo. Lembro de show aqui em q Frank Godzik disse em entrevista ao Gastão q tinham abandonado turnê com Morbid Angel pq aqueles tinham sido uns “asnos” ao defender nazismo.
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Enquanto escrevia isto, deixei o dvd rolando. Tá rolando “Tormentor”. Vou lá bater cabeça depois do enter e já volto pra comentários.
Outro dia postava por aqui links divertidos do tal Josh Steffen, baterista fodão, zoando Lars Ulrich e seus cacoetes baterísticos indolentes.
Parece uma onda divertida no You Tube de gente forçando umas barras e fazendo imitações insólitas. O cabra da vez é um certo Nico Borie, q se mete a imitar os cacoetes escarrados de James Hetfield. O melhor deles, pra mim, segue abaixo: se Hetfield cantasse “Holy Wars”, do Megadeth?
Ñ assisti outros links do cara. Mas é um tal de cantar músicas novas como fosse com o vocal de “… And Justice For All” e outros truques, mais restritos. Q ñ me pareceram tão engraçados.
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Nada a ver, mas me lembrou Van Halen e um papo de boteco q tive uma vez com amigos: se eu tocasse em banda cover de Van Halen (só em sonho!), trataria de arrumar 2 vocais. Um à David Lee Roth pra cantar os sons de Sammy Hagar + outro pra fazer Sammy Hagar cantando os sons de Lee Roth.
Ou algum caboclo possuído por algum exu q permitisse cumprir os 2 trabalhos ahah
Estou ensaiando uma banda cover de Megadeth, recém-batizada Trust In Peace. Tocaremos ñ sei pra quem, nem onde, já q os lugares pra tocar por aqui andam ainda mais escassos, mas tudo bem. Divagação.
Divagação outra foi, no último ensaio, termos conversado na linha do “o q aconteceria se?” sobre James Hetfield provavelmente ñ reunir condições pra tocar o Metallica caso Dave Mustaine tivesse ficado na banda. Bases improváveis nas quais o boca-torta enfia vocais (tipo “Tornado Of Souls”) provavelmente seriam reprovadas pelo crivo da chefia Hetfield/Ulrich.
Acho q o cabra ñ conseguiria tocar e cantar junto o monte de bases insanas. Lars Ulrich, penso q até conseguiria acompanhar. O fato é q os colegas – sobretudo os guitarristas – andam suando a tanga pra conseguir replicar os detalhes, firulas e filigranas dos sons.
Passam 2 dias e eis q vejo no whiplash um certo Megatallica, suposta/virtual banda juntando sons do Metallica e do Megadeth em esquema mash-up. Misturando os sons, ao invés de coverizá-los estranho, como o Beatallica.
Achei do caralho duas amostras, aqui linkadas. A acima, “The Master Of Peace Sells… But Who’s Buying the Puppets?”. E a outra, abaixo, “Welcome My Darkest Hour” eheh
Quando da entrada de Jason Newsted pro Metallica, por conta da óbvia vaga deixada por Cliff Burton, se ficou sabendo terem sido testados músicos ilustres, como Pepper Keenan (do Corrosion Of Conformity) e Les Claypool, q ainda ñ tinha o Primus. Entre outros, q ñ me ocorrem agora.
A questão é q no fim dos 80’s ainda ñ existia o “efeito the Osbournes”, pra q James Hetfield e seus sócios tivessem feito onda pra cima do evento (vide os testes q resultaram na entrada de Robert Trujillo estarem disponíveis no You Tube). Ficaram os relatos e memória, ficou a História.
E ficou o vídeo acima, em q Les Claypool brevemente descreve a experiência, já longínqua.
E q a mim soa interessante pelo distanciamento: Hetfield, em imagem de VH1 recuperada, descrevendo a incompatibilidade real: “tocava demais” (sic). Assim como Claypool, racionalizado, amenizar q the thing that should not be, já q nem era tão fã da banda, “só curtia o ‘Ride the Lightning’, e tal”.
Comparem-no à sua fala final, mais antiga, sobre a reação de ñ ter entrado pra banda ahah
Scott Ian Rosenfeld lançou sua autobiografia em 2014, e em mais de 300 páginas, discorreu sobre sua vida desde a infância, o impacto que um show do Kiss causou em sua psique ainda pré-adolescente, e a criação e evolução do thrash metal e, consequentemente de sua banda, Anthrax.
Não vou discorrer sobre o livro, somente destaco um pequeno trecho. Quando em turnê com o Big 4, o primeiro filho de Scott estava para nascer e precisaram arranjar um substituto que assumisse a guitarra base em alguns shows europeus. Com a palavra, Scott Ian:
“The first person I thought of to fill my spot was Andreas Kisser from Sepultura. Well, James Hetfield was my first choice, but that wasn’t going to happen. So, Andreas was perfect. I’ve known him forever. He’s a great rhythm guitar player and he understands the aggression of the music. And he’s a name, a personality. That was important to me. If I couldn’t be there, I wanted to make sure that whoever was on stage in my place was someone people knew and would be psyched to see. Andreas is a fucking ICON. Everybody in the metal world knows who he is, and he’s universally respected. He wasn’t like some unknown dude that we’ve never hung out with. We’ve played with Sepultura and been fans of Sepultura forever”.