Há quase 14 meses eu sequer imaginaria ver o Annihilator, banda nome-fantasia, ao vivo. Nunca tinha dado as caras por aqui o tal de Jeff Waters. Vi, curti, mas mais o Exodus de alguns dias antes e reclamei um tantinho na resenha aqui. Voltariam uns 6 meses mais tarde, no q eu declinei (pensando “porra, já??”), o q ñ rolou, pq se descobriu ser coisa da Negri Concerts, essas merdas.
Anunciaram a volta agora pra junho, aparentemente sem Negri Concerts na jogada (a ñ ser q eu tenha sido engambelado), no q até cogitei de ir. Aparecer ali no dia, na hora, q certamente haveria ingresso (e ñ lotou mesmo), se ñ estivesse chovendo e eu acordasse do jogo da Seleção a tempo… Mas nem precisou.
João Alves was back!! Participei de promoção e ganhei par de ingressos. Acordei do jogo e desta vez levei a Patroa, q teve lá seu intensivão e curtiu de verdade: até chegou a reconhecer “Clown Parade” q íamos ouvindo no caminho.
(pensar q ano passado EU ñ reconheci “Clown Parade” ahah. Cheguei a achar q fosse “Torn” mal tocada)
E foi melhor q ano passado. Por 3 razões principais: 1) estava eu mais preparado pro evento (alguns álbuns recentemente adquiridos me ajudaram a ñ ficar só nos sons óbvios dos 4 primeiros álbuns); 2) o som estava bem melhor q ano passado, a ponto de eu duvidar q fosse o mesmo baterista; 3) ñ era uma terça-feira à noite, dia e horário horrorosos pra se assistir show em São Paulo.
Havia o risco dum set-list parecido. Muitíssimo parecido. O q se deu. Só q acrescido dum som inédito (curti “No Way Out”, dum álbum a desovarem em agosto, “Feast”), dum solo de bateria (legalzinho mesmo; cabra bão esse Mike Harshaw) e de 2 sons q ñ rolaram em 2012: “Time Bomb” e “No Zone”. “Betrayed” ñ havia rolado ano passado e entrou no lugar de “Battered”, e a instrumental “Bliss”, esticada, entrou no lugar de “Burns Like a Buzzsaw Blade”.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=mbYG9ObOcs4[/youtube]
Pareceu-me os caras estando mais à vontade, agüentando brincadeiras e andanças destrambelhadas pelo palco (continua me parecendo “o Michael Olga do metal“) do chefe; brincando de abafarem os pratos do baterista – Waters, Alberto Campuzano (baixista) e Dave Padden (vocalista/guitarrista) – em “W.T.Y.D.”, tocarem até melhor, sei lá.
E jamais poderei reclamar dum set q contenha “King Of the Kill”, “Ultra-Motion” (pra desatarrachar a cabeça do pescoço!), “W.T.Y.D.” ou “The Fun Palace” tocadas perfeitamente. “The Trend” é hipnótica e ñ parece tão grande; “Alison Hell” continua o som mais trampado e acessível de todos os tempos.
Ñ entendo como “Clown Parade” nunca tocou em rádio; “Time Bomb” foi o som desta vez q ñ cheguei a reconhecer. E em “Set the World On Fire”, Waters tocou com sua flying v escarlate ACESA – parecendo guitarra de videogame. Guitar Hero é o cara, foda-se o joguinho. Claro q em determinado momento, em os andamentos sendo muito parecidos, fica parecendo tudo meio… parecido, mas me ocorreu ali na hora q um dvd ao vivo, com essa formação e set-list, ficaria muito foda.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=o2jS30-ITlQ[/youtube]
Foi mais ou menos a mesma coisa. Mas Annihilator, tirando uma ou outra vacilada discográfica pelo caminho, tb é mais ou menos a mesma coisa – sem desmerecimentos. Imagino q agora, com a “porta estando aberta”, os caras voltem mais vezes. Pra promover novos discos, pra mexer num ou em 2 sons no set-list, e tudo bem. Mesmo.
Estranheza final, q ainda n entendi e acho q nem quero: foram mais músicas desta vez, mas pareceu durar menos tempo. Sei lá.
E parafraseando o amigo Ricardo Sarcinelli: “Jeff Waters é pai”. E um pouco mais: pega uns moleques pra criar, os ensina a tocar – pra caralho – e põe no palco pra tocar junto.
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O componente desnecessário achei a abertura do Torture Squad, meu preço a pagar por ter ido de graça. Mais torture q squad. Mais autista ainda o baterista: contei 11 pratos ali (e tinha mais) – pra quê, se ñ se percebe diferenças ao vivo? E mesmo set interminável da abertura pro Krisiun doutro dia, aparentemente. E cada vez mais Zagallos, no discurso Korzus de “metal nacional”: orgulho em estarem tocando “na própria cidade”, dos 20 anos “na estrada, sem pararem”, de serem headbangers “do Brasil”… Caralho, ñ tenho mais idade pra isso. Mas os abnegados, os trues e os alienados de plantão respeitaram.
Já q ñ fizeram tanto nome assim (pra o penhorarem a torto e a direito), parece-me suficiente estarem vivendo de “respeito”.
Set-list: 1. “Ambush” 2. “King Of the Kill” 3. “Betrayed” 4. “Ultra-Motion” 5. “No Way Out” 6. “Time Bomb” 7. “Clown Parade” 8. “Set the World On Fire” 9. “W.T.Y.D.” 10. “Bliss” 11. “Phantasmagoria” 12. solo de bateria 13. “21” 14. “No Zone” 15. “I Am In Command” 16. “The Trend” 17. “The Fun Palace” 18. “Alison Hell” / bis 19. “Stonewall” 20. “Shallow Grave”