O 1991 Q NUNCA ACABA
30 anos de “Metallica”, já comemorado. Já comentado por aqui. E o q faz o Metallica? Requenta a marmita.
Disco novo? Aham. Como bem disse o André por aqui já: vão viver de black album o resto da vida. Ñ fizeram ou farão nada maior, sabem disso. E, no q depender do mainstream, é isso mesmo. E só se revolta quem é sebastianista sem noção.
Aquele povo – né, Jessiê? – q ainda acredita numa integridade imaculada de James Hetfield. Eu prefiro acreditar em unicórnios.
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Nada contra: Metallica parece q foi a algum programa televisivo (Howard Stern) tocar “Enter Sandman” com Milley Cyrus. É isso. Ñ seria com Dave Mustaine.
E parece q rolaram depoimentos de gente graúda saudando o disco e a banda, com direito a Elton John enaltecer “Nothing Else Matters” como uma “das maiores músicas feitas”. Com direito a Hetfield ir às lágrimas.
(Michael Kamen, no além-túmulo, agradece)
Por outro lado, e um pouco menos brega, está saindo um álbum tributo em formato digital (oi?), “The Metallica Blacklist”, com 50 versões de sons de “Metallica” – e acho q umas 10 de “Nothing Else Matters” – cometidas por gente diversa: Volbeat, St. Vincent, Biffy Clyro, Juanes, Ghost, Corey Taylor, Dave Gahan, Weezer, Cage the Elephant, entre outros.
Aquele tipo de ‘tributo’ (chupa, Edu Falaschi!) – prometido tb em formatos físicos (aham) em LP (triplo? quádruplo?) e CD (duplo? triplo?) – q tem uma mega sacada marqueteira de capilarizar o Metallica pra onde ainda eles aparentemente ñ chegaram. Indies, latinos, millennials, tiktokers e etc.
E q pelo menos nos poupa de outras 15 versões péssimas de “Seek & Destroy”.
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Pincei pra postar aqui 2 momentos (e só ouvi esses mesmo), q achei muito bons. Pq as músicas são boas, ñ pq eu ache q o Metallica merece ahahah
Rodrigo y Gabriela, em versão “chupa, Kirk!”
Imelda May, em versão “adocicou, mas respeitou”.
Comentários outros, bora aí.
FC
17 de setembro de 2021 @ 12:59
Só ouvi a do Volbeat e lembro de ter achado legal. Logo esqueci.
André
18 de setembro de 2021 @ 07:46
Óbvio que o Elton John iria elogiar Nothing Else Matters. Quero ver ele elogiar The Shortest Straw kkkk Na verdade, deve ser a única coisa que ele ouviu de Metallica.
Esse lance do Howard Stern foi tipo aquele quadro do Faustão que aparecia uns globais pra elogiarem o homenageado do dia. Tudo tão natural quanto o Chick Corea tocando com o Foo Fighters.
Jessiê
19 de setembro de 2021 @ 00:45
Não comunico com nada disto, não senti frenesi no fandom.
Se ouvir algo será por acidente.
Tiago Rolim e Silva
20 de setembro de 2021 @ 11:11
Contra mão total aqui. Estou me surpreendendo positivamente com esses covers. Óbvio que não ouvi todos. Melhor ñao. Ehhehehehe
Mas, do que ouvi, mas gostei que detestei. Isso é a surpresa. Das 11(!!!!), onze!!!! Versões de matters, ouvi 3. Duas gostei. Uma, Essa com Elton John é de vomitar. Sério.
Mas tem boas surpresas. E quanto mais diferente, melhor. Tem umas duas de Sad But True que de tão boas, me fez até ouvir a original de novo
Marco Txuca
20 de setembro de 2021 @ 11:49
Vou nessa vibe tb, Tiago. Mas com algum decoro.
Gostei dessas duas q postei aqui (e pq são músicas “Lado B” do disco), mas só ouvi elas. Q outras vc recomenda?
E pensando no marketing: achei certeiro. O staff dos caras acertando na curadoria (nada de Foo Fighters – ou ñ teriam aceitado? – e os óbvios Anthrax, Exodus, Testament, Death Angel, q tvz fizessem a parada de graça) e no fato de q a banda fazer show comemorativo ou regravação do disco seria vexatório. E ñ só por culpa do Lars.
É uma auto-homenagem mais ou menos disfarçada q visa, óbvio, o nome no mercado, mas tb consolidar o Metallica como marca breakthrough. Vão morrer abraçados mesmo em “Metallica”, e quem acredita ainda em “volta às origens” precisa seriamente dum exorcista.
Pq nem terapia resolve mais.
bonna, generval v.
21 de setembro de 2021 @ 19:37
A “Sad But True” da St. Vincent é a melhor coisas deste disco.
Tiago Rolim e Silva
21 de setembro de 2021 @ 22:45
A dica tá dada, pelo próprio Metallica: “Open mind for a diferent view”.
As mais doidas são as melhores. Kamasi Washington detona em Misery. Ele destrói a música.
Tem uma parada chamada Mexican Institute of Sound. Que faz uma colagem sonora Sad But True que ficou arretado. Enfim, quanto mais doida for, melhor eu acho. Algumas ficaram péssimas. Meter um rap no meio de Unforggiven é uma péssima ideia.
Como diz a minha avó, “Linguado feita p se queimar”!
Das 52(!!!), umas 20 pelo menos me cativaram.
Marco Txuca
21 de setembro de 2021 @ 23:09
Outro dia vi no Jools Holland esse teu amigo Cumpadi Washington, Tiago, e achei foda. Tocou um som q fez prum videogame, banda afiada e tudo.
Bonna: essa St Vincent aí vi num Austin City Limits e achei foda tb. Visual incluído. Pena ser (parece) dessas artistas “versáteis”, q querem se meter a fazer tudo quanto é estilo e acaba se perdendo no processo. Ou nem?
E um lance de se “enfeiar” pra não ficar parecendo gostosa, me incomoda. Como as L7 faziam. Entendo q não queira ficar rotulada como um pedaço de carne suculento, mas porra, mulher linda e talentosa ainda não virou clichê?
Q merda isso.
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Quanto aos artistas escalados nesse tributo, quantos vcs acham de verdade q Lars, James, Kirk e Trujillo conheciam de verdade antes?
Tiago Rolim e Silva
21 de setembro de 2021 @ 23:21
Dos 52? Chuto uns 15. O resto é esquema de contatos.
Vou mais longe. Dos 52 EU CONHEÇO 11. E desses 11, alguns só de ouvir falar, ou ouvir poucos sons.
André
22 de setembro de 2021 @ 08:05
Não ouvi nada e nem sei se vou. Não duvido que tenha coisa boa. Mas, não me interessa. Como li em algum lugar, se a obra mais relevante de um artista foi lançada há trinta anos, isso é a prova que, musicalmente, ele está morto.
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Marco, aqui a St. Vincent deixou o lance de se enfeiar de lado. Mas, não saquei a proposta sonora dela ainda.
https://www.youtube.com/watch?v=GyIS7Gye71E
Tiago Rolim e Silva
22 de setembro de 2021 @ 09:37
Mas, isso de obra mais relevante de um artista ter tantas décadas, virou padrão. Pense de cabeça em 10 bandas gigantes do metal/Rock. Qual foi O último grande clássico delas? Pois é…
André
22 de setembro de 2021 @ 11:28
É diferente. A fonte do Metallica secou em menos de dez anos.
Tiago Rolim e Silva
22 de setembro de 2021 @ 14:00
Repito a pergunta. Se parar p pensar bem, a maioria das bandas é assim.
Quando( e com quanto tempo de banda), secou a fonte do Iron? E a do Pearl Jam? A do Slayer?
Maioria absoluta das bandas quase que em sua totalidade tem uma validade de uns 10, 15 anos!!!! Pode observar. Não importa que tenham 30, 40 ou mais anos de banda.
André
22 de setembro de 2021 @ 19:26
Tem, cara. Mas, o agravante do Metallica é que, além de lançarem pouquíssimo material nos últimos trinta anos, nada sequer se equipara ao Black Album. Não houve um segundo auge para os caras.
Tiago Rolim e Silva
22 de setembro de 2021 @ 21:01
Aí é o gênio de Lars. Pra quê ficar lançando muitos discos? Vão ser fracos e todos vão reclamar. Vamos dar tempo da geração mudar e desovamos cirurgicamente para gerar demanda e algum engajamento. Depois do Load/Reload. Que sim, vieram rápidos, olhando em retrospecto. O último show da turnê do preto foi em 1994. Lá p meio do ano. 3 anos em turnê direto. Em junho de 1996 veio o Load. Aí caiu o mundo da banda. Pelo menos para os tru.
Sempre fico imaginando, o lugar na história da música, se o Metallica tivesse acabado, de verdade, na época do preto ainda. Seriam a maior banda do metal, não só pelo motivo que o São hoje. Mas pelos motivos artísticos. Não teria quem batesse eles.
André
23 de setembro de 2021 @ 07:47
Se tivessem acabado, estariam como o Guns’n’Roses.
Não sei se “gênio” é a palavra. Bem assessorado é mais adequado. Lançaram poucos discos pois sabiam que não precisavam de mais do que já tinham feito. Em terra de cego…
André
23 de setembro de 2021 @ 12:40
O que acho foda é o timing dos caras. Eles já eram empresariados desde o Ride The Lightning pelos mesmos empresários do AC/DC e Def Leppard. Porém, não cometeram o erro de mudar o som drasticamente logo em seguida. O Master Of Puppets vendeu bem sem single nas rádios e clipe na mtv. Isso só veio no …And Justice For All, que é um disco prolixo e, ao mesmo tempo, com uma produção mais limpa que torna o som mais palatável. E, o Black Album foi a cartada comercial definitiva.
Marco Txuca
23 de setembro de 2021 @ 13:07
Isso tem na Bio por Mick Wall: o “Master” tem estrutura idêntica a do “Lightning”, deliberadamente.
Primeiro som com intro acústica, 8 sons totais e um instrumental. O “Justice” é progressivo, rushiano e até anticomercial, mas vendeu. É aquilo da resenha do “Metallica” q compartilhei aqui outro dia: os caras fizeram a própria imagem de integridade e o disco vendeu. Puxado pela “balada” “One”. Polêmica de não ouvir o baixo ficou pros tru.
Aquele dia em q compartilhei entrevista do Lars à Bizz em 1989 só comprova isso: eles SEMPRE quiseram se vender. Estourar com “Metallica” até demorou.
Eles estavam querendo, aí o zeitgest 1991 ajudou. Eles estavam mais prontos q Nirvana e Chili Peppers. E tão prontos quanto REM e GNR.
Tiago Rolim e Silva
24 de setembro de 2021 @ 09:11
E essa história de não fazer clipes, também é uma maneira genial de se vender. Nada de truzice. Estratégia pura. A biografia de Mick Wall explica essa também. Eles sempre souberam como fazer a parada. O Metallica (disco), foi a cereja do bolo apenas.