THE DARK SAGA
Jon Schaffer. Dono de banda, empreendedor. Patriota, cidadão exemplar, pagador de impostos. Certamente temente a Deus. Um americano puro-sangue defendendo a liberdade de expressão e possuidor de “opinião divergente”.
SQN
Todo mundo aqui vem acompanhando a história: participou da invasão do Capitólio e está preso. Hora vejo q prenderam, hora q “se entregou”. Vai ver, meu inglês é q ainda é falho. Uma pesquisa prévia demonstra o quilate da “opinião” do sujeito sobre o q acontece no mundo.
Decorrência óbvia: músicos contratados membros da banda se pronunciaram contra. Bora tentar salvar a imagem e algum trampo mais à frente; vai q a banda foi pro saco mesmo.
https://whiplash.net/materias/news_735/327710-icedearth.html
Só q parece q um deles, ñ lembro qual e ñ achei o link, já tinha se pronunciando apoiando e apagou. Daí mudou de opinião. Ratos abandonam o navio, a covardia se instalou.
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E aí fico aqui pensando o quanto os srs. Phil Anselmo, Zakk Wylde, James Hetfield, Tom Araya, Yngwie Malmsteen, Ripper Owens, Michael Sweet, Sammy Hagar, integrantes de Hate Eternal e Nile, e mesmo Dave Mustaine andam quietos ultimamente. Cadê jornalista pra perguntar aos distintos opiniões a respeito? Um amigo, muito fã de Metallica (ñ um fã hipster) me disse esses dias estar aliviado de Mr Hetfield, “nem oficialmente ou extra oficialmente” se pronunciar a respeito. Pra ñ passar por decepção.
Contra-argumentei q o Sr. Lars Ulrich deve manter a rédea curta ali. O media trainning. “Ñ é bom pra economia” falar certas coisas – como ficaria a “família Metallica“? – e certamente ñ seria bom pra lojinha.
Ao mesmo tempo, embora Sebastião Bach tenha se pronunciado e intimado geral, e tb um nunca omisso Phil Rind (Sacred Reich) e tenhamos sabido q Rob Flynn tem sido ameaçado de morte por FÃS devido a opiniões contrárias ao ocorrido e ao apoio ao Black Lives Matter, o fato é q a maior parte do metal dos EUA está convenientemente quieta.
No fim, só espero q essa neo-Hollywood Netflix ñ venha daqui a um tempo fazer filme sobre Schaffer. Certamente livro ou autobiografia vai rolar. À moda nórdica Burzum-Dissection.
Parecia mais distante, folclórico e confortável quando esse tipo de psicopatia era só coisa de escandinavo, né?
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Semana passada o amigo märZiano deu aparte q passou meio ao largo, sobre “cancelamento”. A vontade é cancelar toda essa gente, se desfazer de discos e seguir adiante. Possível? Ñ. Tvz só ñ seguir mais, boicotar caso venham tirar dinheiro dos índios tocar por aqui novamente, essas coisas.
Até pq todos aqui já conhecemos bangers radicais q romperam com bandas, bem antes q a pauta de “cancelamento” existisse. Sei de amigo q parou com o Metallica no “Metallica”, tirou adesivo do carro e nunca mais acompanhou. Normal. Lembro na Galeria do Rock o tanto de disco do Kreator (vinil e cd) disponível depois q os mesmos lançaram “Renewal”.
Um radicalismo boçal e comum de pessoas q nunca foram exatamente mente aberta. Muitas dessas hoje casadas, com filhos e freqüentando igrejas. De Deus, de família, “Brasil acima de tudo”.
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E por falar em Kreator…
“Esse tipo de festival conecta todos os tipos de pessoa. Temos gente do mundo inteiro aqui. Mas o pior é que ainda há gente no metal que pensa que é cool ser racista.
Sabem duma coisa? Na minha opinião, metal e racismo não combinam. Então, pra esse próximo som eu queria pedir um baita mosh-pit pra mostrar pros fucking racistas que fiquem longe do metal. Porque a gente diz ‘vão se foder’.
‘Europe After the Rain’ 1-2-3-4...”
O discurso acima é uma tradução livre minha e ñ consta no recorte youtúbico desta versão de “Europe After the Rain” cometida no Wacken 2008 q consta no dvd bônus do meu “Phantom Antichrist”. Tirei a fala dali.
A única banda 100% anti-fascista e “de esquerda” no thrash metal (e sei lá se ñ no heavy metal todo) é o Kreator. Sempre foi.
“Europe After the Rain” é do “Renewal” e já alertava sobre o neo-fascismo. Lembro de show aqui em q Frank Godzik disse em entrevista ao Gastão q tinham abandonado turnê com Morbid Angel pq aqueles tinham sido uns “asnos” ao defender nazismo.
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Enquanto escrevia isto, deixei o dvd rolando. Tá rolando “Tormentor”. Vou lá bater cabeça depois do enter e já volto pra comentários.
19 de janeiro de 2021 @ 18:32
Talvez, a esquerda não seja tão antenada assim com seus ídolos. Eu incluído. Que era direitoso, disso eu já sabia. Mas, envolvido com mílicias? Complicado. Iced Earth nunca foi banda de cabeceira. Eu gosto, acho o som legal. Mas, ficou um gosto amargo. E, o Jon é o dono da lojinha e autor de quase todas as músicas. Vai ser foda para os outros continuarem.
Quanto aos outros citados, de repente, nem é o caso de serem trumpistas. Simplesmente, são caras despolitizados ou estão zelando pela imagem. Não aplaudo, mas, não condeno. Álias, no Brasil,exigir posicionamento político de todo mundo resultou em Leonardo, Eduardo Costa, Gustavo Lima e outros se revelarem bolsonoias. Surpresa? Claro que não. Mas, são pessoas que atingem milhões de acéfalos. Aí, ja sabe. Por isso, fico meio puto com a preocupação das pessoas com o fascismo no rock/metal, enquanto, o sertanejo predomina e influencia milhões. Recentemente, um rapper da moda, um tal de Djonga, que é bem cotado pela esquerda, fez um show pra dez mil pessoas. Foi detonado e saiu do Twitter. Aí, veio com uma desculpa esfarrapada de estar levando um pouco de alegria à periferia. PRa mim, é direitoso enrustido e hipócrita, o pior tipo de pessoa pra mim.
19 de janeiro de 2021 @ 18:40
“Por isso, fico meio puto com a preocupação das pessoas com o fascismo no rock/metal”
Só esclarecendo que não gosto da generalização. Recentemente, discuti com um fdp no facebook que entrou no meu perfil e falou umas groselhas por causa das bandas que eu curto. VSF, né?
19 de janeiro de 2021 @ 18:50
Vou falar da minha experiência com Pantera, que era das minhas bandas preferidas, que me influenciou muito enquanto protomúsico que fui e que pretendo voltar a ser. Rs
Algo se rompe com aquele gesto nojento do Phil Anselmo. Nunca mais consegui ouvir como antes… Acabo ouvindo quantitativamente menos tb.
Como o André, não tenho problema com o cara ter posições quaisquer que sejam (políticas, inclusive) diferentes das minhas. Mas uma coisa é ter posição política diferente e outra ser criminoso – fascismo, racismo, homofobia, assim como foi a invasão do capitólio, ou a veiculação de mentiras (tucanadas como fake news), são crime… E não há nada que torne defensável esse tipo de posição!
“Ah, mas ele não sabia!”
Pois, se não sabe, deveria!
19 de janeiro de 2021 @ 20:31
Pode ser uma atitude condenável da minha parte, mas se por um lado execro o comportamento e ideologia de alguns músicos famosos, por outro ouço sua música sem o menor remorso. Não sei se estou sendo hipócrita ao achar Tom Araya um imbecil e ao mesmo tempo comprar todos os discos do Slayer e ter comparecido a 3 de seus shows, mas é como é. E o mesmo se aplica a Jon Schaffer, pois se não sou fã do Flat Earth, ainda assim tenho 3 de seus cds.
Deveria me sentir mal quanto a isso?
19 de janeiro de 2021 @ 22:52
Não é de hoje que acompanho com lupa letras e posições de personas e bandas. O problema não é ser conservador ou de direita até porque para usamericanos tais conceitos (direita e esquerda) são bem diferentes do que os nossos.
Muita gente anda batendo palma para a suposta esquerda norte-americana quando na verdade seriam um pouco mais ao centro da direita, nunca uma esquerda. esquerda nos EUA é gueto.
Hoje em dia muito brasileiro jacta ser conservador “e de direita” sem ter o menor conhecimento de suas palavras ou dos conceitos que se autoproclama.
Outra ilusão é achar que norte-americanos são todos cultos e inteligentes. A maioria desses rednecks loucos de pedra pouco diferem de “faicebuquianos” locais (reescrever a história, as teorias da evolução, da gravidade e por aí vai).
O mundo não involuiu as pessoas sempre foram assim, a diferença é que as redes sociais viraram a reunião do tio bêbado assediador, sem noção e inconveniente. Mas está tudo certo pois ele é pessoa de bem e vai na missa (culto) pedir perdão aos finais de semana.
Não vou vender meus discos, mas provavelmente não vou comprar outros e algumas bandas específicas sequer consigo ouvir. Dá náusea e sentimentos ruins. O propósito primordial da música e sossegar meus fantasmas não alimentá-los.
Ninguém é 100% perfeito durante toda uma vida. Ninguém está livre de ter pensamentos e ideias erradas. Mas entender como pessoas depois dos 40, que viajam pelo mundo todo, tem grana (aparentemente), moram e vivem bem ainda podem pensar que outro ser humano é inferior ou mesmo mereça morrer e sofrer tão somente por ser e agir diferente é bestial.
Sobre a banda ainda tem aquele membro que foi preso e condenado por raptar e estuprar uma moça… Ripper continua sendo imbecil em seu IG. Sinceramente não é surpresa e preparem-se muita coisa pior vai acontecer aqui.
20 de janeiro de 2021 @ 11:16
Esqueci de incluir no post a parte da reação dalguns fãs q colaboraram em crowdfunding (ñ é “crowfucking”, FC) pra um projeto aí do Schaffer.
Querem o dinheiro de volta. Achei do caralho.
https://whiplash.net/materias/news_735/327880-icedearth.html
E de outro lado, institucional, a Century Media cancelou os dados e produtos de Iced Earth e Demons & Wizards de seu catálogo.
https://loudwire.com/iced-earth-demons-wizards-removed-century-media-online-roster/
Parece radical, mas tomemos pelo lado de uma REAÇÃO ao extremismo.
O aparte do Jessiê achei pertinente: por aqui a coisa é mais selvagem, bruta e ignorante. Esperemos ainda coisa pior vinda dos milicianos.
Na parte do metal, ninguém comenta ou opina. Tenho impressão de q é assunto pra poucos (como aqui) e tvz venha aparecer logo o pessoal do “deixa disso”.
O pessoal a la Marcello Pompeu: “pô, vai perder amizades por causa de política?”
Nunca foi por política. É pelo desvio de caráter e psicopatia de quem ainda lambe o cu do Bostonaro.
20 de janeiro de 2021 @ 12:27
“O pessoal a la Marcello Pompeu: “pô, vai perder amizades por causa de política?”
Nunca foi por política. É pelo desvio de caráter e psicopatia de quem ainda lambe o cu do Bostonaro”.
Tenho orgulho de dizer que NÃO TERMINEI AMIZADE COM NINGUÉM POR CAUSA DE POLÍTICA. Terminei amizade com gente mau caráter com quem já deveria ter terminado há muito tempo e cujo bolsonarismo foi só a cereja num bolo de merda.
E que, aliás, continuam bolsonaristas (tirando uma figura que disse “eu votei no Amoedo”). De todos com quem cortei relações desde 2018 afirmo sem pestanejar QUE NÃO FAZEM FALTA ALGUMA.
O curioso é notar que essas pessoas com quem cortei relações já eram bolsonaristas antes mesmo do Bolsonaro. E sinto até vergonha de mim mesmo, às vezes, por ter mantido perto de mim alguns deles, ajudando de tudo quanto é jeito.
E o mesmo vale para as bandas. Ouvia regularmente Ultraje a Rigor e Lobão. Hoje não consigo mais. Até pelo meu querido Dr. Sin eu já nem me interesso mais.
Se for isentão, pior ainda. Andreas Kisser um dia desses quase gozou ao falar da liberdade de expressão nos EUA, que permite que se faça passeata até pró-nazismo.
A única coisa que me surpreendeu na história do Flat Earth foi a atitude da Century Media. Se foi por discordar das opiniões ou o simples medo de perder $ com boicote, não importa. Uma medida drástica que eu não esperava.
P.S. Eu faria um “crowfucking” pra gravar um documentário do Manowar comentando o fato.
20 de janeiro de 2021 @ 15:13
“O curioso é notar que essas pessoas com quem cortei relações já eram bolsonaristas antes mesmo do Bolsonaro. E sinto até vergonha de mim mesmo, às vezes, por ter mantido perto de mim alguns deles, ajudando de tudo quanto é jeito.”
Mesma coisa por aqui: limei muitos da minha vida, e nenhuma falta fazem. O complicado é ter irmãos, sobrinhos, primos, tios bolsominions. Não dá pra simplesmente cortar da vida.
Mas sempre que decido cortar com alguém, que até recentemente tinha sido do meu convívio, fico pensando se minha atitude não está colaborando para a polarização da coisa toda. Não era pra gente tentar se entender?
20 de janeiro de 2021 @ 16:20
No meu caso, eu procuro me entender se uma pessoa é a favor da privatização e outra da estatização, ou se uma quer a marginal a 100km e a outra a 60km, por exemplo.
Com o Bolsonarismo não tem possibilidade nenhuma de entendimento, porque tudo se baseia no ódio, exclusão de minorias, racismo, eugenia, misoginia, machismo e violência. Não dá pra ser tolerante com o fascismo, por isso já corto logo pela raiz.
20 de janeiro de 2021 @ 18:07
Eu acho q ñ dá “pra gente tentar se entender”, märZ. A intolerância desse pessoal nos torna sempre errados.
Os errados somos nós, falta autocrítica e informação. E esse povo ñ virá pedir desculpas. Tenho q nós, democráticos e tolerantes, estejamos sempre dispostos a dar “mais uma segunda chance”.
Eu tenho q isso tem q vir dessas pessoas. E sei q é complicado, em se tratando de família.
Mas pessoalmente já venho limando gente assim desde 2016. “Gente” q era bolsonóia antes do Bostonaro; até então eram coxinhas autoritários coronelistas antipetistas invertebrados e rábicos.
Aquele povo paneleiro com camisa da CBF.
Deixei de atender um paciente (o fazia em domicílio) de 10 anos de trabalho. Juro q morri de dó do sujeito, mas ñ dava pra conviver com a família. Estava me fazendo mal.
Mas entendo quem tenha dificuldade de romper. Só digo q esse povo ñ se arrepende e ñ virá pedir desculpas. O q eu, particularmente, faço melhor é cuidar da minha vida e pagar minhas contas.
Meu email, meu celular, meu blog são e serão os mesmos. Se a pessoa quiser me achar, estarei por aí. Essa gente ñ quer.
***
PS – esse depoimento do Andreas, FC, foi quando e onde?
20 de janeiro de 2021 @ 20:12
Sobre o Andreas: depois dessa merda aqui (https://www.youtube.com/watch?v=4KiTmiedtb8), eu não levo esse cara a sério.
21 de janeiro de 2021 @ 10:27
Uma entrevista dele e do Eloy, num estúdio. Mas não lembro o canal agora.
23 de janeiro de 2021 @ 02:33
O post e a discussão são brilhantes, pena eu ter chegado tão tarde. O trocadilho Flat Earth foi demais, cai na gargalhada.
Alguns apartes:
O membro favorável à invasão, e depois apagou o post, é o cantor Stu Block. Que, aliás, é canadense: https://whiplash.net/materias/news_735/327726-icedearth.html
Em termos de Metallica, Hetfield seria bolsominon e Lars usaria laranja.
Do Iced Earth, lembro que juntar dinheiro e me dar de presente de aniversário o “Alive in Athens” lá em 2003. Mesmo sendo um adolescente acéfalo 15 anos, já estava claro para mim o posicionamento da horda.
Inclusive, até um colega historiador chegou a fazer sua monografia a respeito do discurso patriótico de “The Glorious Burden”.
E que lembrança essa do clipe do Andreas, André… Consegue superar, no conteúdo de vexame, aquela versão de “Pra frente, Brasil”, do Angra.
24 de janeiro de 2021 @ 15:44
Tua chegada no papo tvz seja tardia, Thiago, mas o assunto ñ acabou eheh
Comparações com Metallica: Hetfield Bozo, Lars Amoedo, Kirk “político é tudo igual” (eleitor de Marina Silva) e Trujillo tvz votasse no PT ou no PSOL escondido dos chefes ahahah
Tb tenho esse “Alive In Athens”, triplo, q me resolveu a vida com a banda: ñ precisei ir atrás dos outros, q os q conheci ñ achei q fedessem ou cheirassem. Iced Earth nunca saiu da série C pra mim.
Agora o tal Stu Block ser canadense, acho isso das maiores patetices. Nego q nem é estadunidense mas defende demais os EUA: Tom Araya e Yngwie Malmsteen são outros exemplos.
Pessoal lembra da treta no show do último em Porto Alegre, pouco depois do 11.9, quando tocou o hino dos EUA, foi vaiado e ainda ouviu côro de “Osama Osama”?
Tanto ele quanto Derek Sherinian ficaram pistolas ahahah
O q tb demonstra o nível de alienação do cidadão USA. Nesse sentido, Dave Mustaine embora eternamente cuzão, demonstrou algum entendimento recente. Quando, inclusive, parou de se referir a seu país como “America”.
Ao mesmo tempo em q tenho certeza de q quando vem pra América Latina mal sai do quarto de hotel e deve trazer até água, lençóis e toalhas de casa…
25 de janeiro de 2021 @ 09:19
Marina Silva é muito injustiçada. Talvez falte ódio e populismo pra ela.